Zombie World - A Evolução (Li...

By saints_bruno

17.7K 2.2K 434

Improváveis alianças interceptam o progresso de Taylor, quando uma guerra toma diferentes lados. Daisy constr... More

Recapitulando...
Parte 1
Capítulo 1 - Dias de um passado esquecido
Capítulo 2 - A estranha e o monstro
Capítulo 3 - Carpe Diem
Capítulo 4 - Glaube
Capítulo 5 - O cubo
Capítulo 6 - A encruzilhada
Capítulo 7 - Isso não é um zumbi
Capítulo 8 - A incrível, fabulosa e assustadora máquina de destruir zumbis
Capítulo 9 - Inimigo?
Capítulo 10 - Feridas do passado
Capítulo 11 - A casa azul
Capítulo 12 - Filme de terror
Capítulo 13 - Sacrifício
Capítulo 14 - A rainha dos corvos
Capítulo 15 - Espólios de uma guerra
Parte 2
Capítulo 16 - Hurt
Capítulo 17 - Santa Clara
Capítulo 18 - Ann e Alex
Capítulo 19 - A face da morte
Capítulo 20 - A garota misteriosa
Capítulo 21 - Quem é você?
Capítulo 22 - Cicatrizes
Capítulo 23 - Detroit
Capítulo 24 - Kirby Reed
Capítulo 25 - Os estranhos
Capítulo 26 - O bicho-papão
Capítulo 27 - O lobo
Capítulo 28 - O que é justiça?
Capítulo 29 - Darwin
Capítulo 30 - Esperança
Parte 3
Capítulo 31 - O esquadrão suicida
Capítulo 32 - Autoconsciência
Capítulo 33 - Porcos
Capítulo 34 - Show de horrores
Capítulo 35 - 149
Capítulo 36 - Entre nós
Capítulo 37 - Laços profundos
Capítulo 38 - O agente do caos
Capítulo 39 - A batalha de Daly City
Capítulo 40 - Sem volta para casa
Epílogo I
Epílogo II
Epílogo III
O que vem agora? Terceiro livro, spin off e remake...
Em breve

Prólogo

1K 110 17
By saints_bruno

Heathrow, aeroporto de Londres, um dia após queda da Califórnia

As caixas amplificadoras espalhadas pelo grande saguão do aeroporto sinalizava uma nova mensagem: "Senhores passageiros, temos novas atualizações nas situações de cinco voos agendados para os próximos vinte minutos. Atentem-se aos números dos voos em nossos telões. A Heathrow agradece pela compreensão".

Impaciente, enquanto aguardava o retorno de sua irmã, Amy levantou-se do banco, segurou sua mala e caminhou até a frente do grande telão conforme sugerido pela mensagem de voz. Havia uma multidão de pessoas se apertando por ali e mesmo com o ar condicionado, o clima estava bastante quente. Amy retirou seu casaco sobretudo preto, jogou sobre sua mala e puxou o bilhete do portão que estava em seu bolso. Cerrou seus olhos para o telão e olhou duas vezes para o bilhete. Felizmente, seu voo não era um dos que haviam sido cancelados.

- Sorte ou azar? - indagou uma voz masculina atrás dela.

A jovem moça olhou para trás e encontrou-se com um rapaz alto, de ombros largos e pele morena, aparência indiana, vestindo uma roupa bastante social, com a camisa branca para dentro da calça, olhando para ela com um bilhete também em mãos.

- Desculpe-me, não entendi - respondeu Amy puxando seus cabelos castanhos ondulados para trás da orelha.

- Está olhando para o quadro de voos e a maioria foi cancelada. Como está o seu voo?

- Ah sim. 4345 - respondeu Amy mostrando o bilhete ao rapaz de olhos claros. - Os voos pela Europa são os únicos que ainda não foram cancelados.

- Não é estranho? Não temos nenhuma notícia da América do Norte desde as últimas 24 horas. Os jornais simplesmente fingem não estar acontecendo nada. #OndeEstáAAmérica está em primeiro nos trending topics do Twitter. Minha irmã mora em Vancouver. Não consigo mais ligar para ela desde das duas horas da tarde.

- Há uma teoria de que seja um ataque terrorista cibernético. Não se preocupe, logo teremos notícias de lá. Agora se me dá licença, preciso retornar ao meu assento até que minha irmã volte. A aeroporto tá lotado e o sinal do wifi... bem, ele acabou de cair novamente - terminou Amy olhando irritada para seu celular. A jovem obstetra olhou novamente para o galante rapaz e acenou em despedida com um sorriso, seguindo seu caminho de origem.

***

Ouve-se uma forte descarga continuada por segundos. Hannah puxou suas calças e arrumou sua blusa sobre ela. Abriu a porta e seguiu até a pia que estava a sua frente. Diferente do saguão do aeroporto, o banheiro estava vazio. Sobre a pia, abriu sua bolsa e começou a retocar sua maquiagem. Seu celular estava a beira e vibrava constantemente. 

"Hannah, a coisa ficou séria. Me atenda ou responda por..." dizia a notificação na tela do celular.

Despreocupada, Hannah desligou a tela de seu celular e o jogou de volta para dentro  da bolsa. Para seu espanto, ouviu uma mulher tossindo de dentro de um dos banheiros. A mulher parecia estar muito mal e perdia o fôlego a cada sessão de catarros. Preocupada, Hannah caminhou até a porta do banheiro que estava fechada e deu duas batidas.

- Tá tudo bem aí? - indagou esperando respostas.

O silêncio durou segundos até que a mulher voltou a tossir já mostrando sinais de ânsia.

- Ei? Quer que eu chame a enfermaria? - gritou Hannah batendo na porta.

Impaciente por vácuos, Hannah decidiu a ignorar e retornou até a pia para continuar retocando a maquiagem. Olhando para o espelho, podia ver os pés da mulher que tossia atrás da porta. Poderia ser uma funcionária dali sobre aqueles scarpin pretos. A mulher realmente não parecia bem. Hannah concentrou-se sobre os pés dela e, mesmo que com pouco nitidez, percebeu sangue respingado ali.

Seu celular tocou dentro da bolsa. Suspirou pausadamente após o susto do aparelho vibrando e o pegou. Era Ansel, seu ex-noivo. Talvez fosse ódio, talvez decepção. A incerteza lhe machucava, mas Hannah não aguentava mais as inúmeras ligações e mensagens que lhe havia enviado naquele dia. Desejava ao fundo que sua viagem para Amsterdã com sua irmã não carregassem suas mágoas do recente término de noivado. Desligou a ligação no aparelho e jogou-o de volta na bolsa.

Olhando para o espelho, sentiu um calafrio por sua nuca. A porta do banheiro estava aberta e a mulher não estava mais lá. A pequena bolsa branca com corrente dourada ainda estava jogada ao canto sobre as gotas de sangue. Aliás, havia uma trilha de sangue espirrados pelo banheiro. Aquilo lhe assustava e Hannah parecia muito preocupada.

Cautelosamente, caminhou em passos curtos até o mofino cenário de terror. Empurrou a porta até a encosta e sentiu um cheiro de podridão. Grunhidos foram ouvidos dos sanitários ao lado. Não pareciam mais aquela mulher tossindo, eram como ratos se comunicando. Assustada, Hannah seguiu a trilha de sangue até o penúltimo sanitário.

- Olá! - exclamou com receio. - Você não parece bem? Quer ajuda?

Os grunhidos se calaram. Parada em frente ao sanitário de porta fechada onde a trilha de sangue terminava, a advogada decidiu descobrir o que acontecia com aquela estranha mulher. Levou a mão até a porta e a empurrou vagarosamente, escutando apenas o ranger dos quícios. Um gélido ar cruzou sobre seu rosto assomado do sanitário também vazio. Hannah se sentiu perdida e suas mãos ficaram geladas.

De trás, da escura fileira de sanitários desativados, a estranha mulher deu um grito e saltou sobre as suas costas. A advogada não conteve com o susto e gritou enquanto cambaleava pelo peso em suas costas para dentro do sanitário. Ao escorregar no sangue espalhado pelo chão, desprecaveu-se ao segurar nas bordas do vaso sanitário e acertou a cabeça contra a fria parede de azulejos se sentindo tonta pela pancada. Sentia as unhas da mulher rasgarem sua blusa e arranharem a sua pele. Desesperada, apoiou-se suas mãos sobre o vaso e esforçou seu corpo para empurrar a mulher para trás, conseguindo escapar de seu ataque.

- Socorro - gritava Hannah assustada. - Alguém me ajuda, por favor. Socorro!

Ainda tonta, tentou gatinhar pelo corredor em direção a saída, mas teve seus pés agarrados e foi violentamente puxada para trás. Outra vez, sentia seu corpo debater contra a parede. Sua cabeça doía e seu olho esquerdo estava com a vista embaçada com o sangue que escorria de um corte na testa. Em pânico, tateou as cegas o chão ao seu lado e deparou-se com um dos sapatos da mulher. Quando a louca saltou novamente sobre ela, Hannah fincou o salto do scarpin em seu olho e a empurrou para dentro do sanitário aberto.

"Legítima defesa", pensou como uma advogada.

Mesmo cambaleando, apoiou-se na parede para levantar e correu em direção a porta do banheiro, deixando sua bolsa e seu telefone tocando para trás. No corredor dos banheiros, encontrou-se pessoas assustadas olhando para ela com o cabelo todo bagunçado, sangue escorrendo pela cabeça e as vestes rasgadas. Estava aflita, segurava nos braços das pessoas, buscava amparo, mas encontrava apenas desafeto. Sentia-se perdida e com tanto medo quanto o dia em que perdeu seu pai em um assalto. Em meio a tantos olhares indigestos, queria apenas encontrar os braços de sua irmã.

- AMY! - gritava Hannah correndo pelo largo corredor em meio a multidão.

***

Sentava em seu banco de horas de espera, Amy lia as notícias em seu celular no The Independent. Dentre as várias notícias sobre o nascimento da segunda filha do Príncipe William e as constantes transmites a cerca da possível saída do Reino Unido da União Europeia, Amy deparou-se com uma rara notícia sobre a misteriosa situação da América do Norte. 

Na menor das manchetes, o título dizia " Ataque bioterrorista ou invasão alienígena: o estranho caso do apagão sobre os EUA". Sem se hesitar, Amy clicou na notícia. Havia sido publicada há quinze minutos por um redator aparentemente jovem e nerd, de óculos azul e cabelo cacheado castanho, Archell Lowis Brandson. Olhando para a foto do redator e o sugestivo título da manchete, Amy não conseguia colocar credibilidade, mesmo estando postado em um dos maiores e mais respeitados jornais britânicos.

A curiosidade pelos fatos que o jovem redator poderia trazer ao texto a atraiu. Logo no parágrafo introdutório do texto, ponderava a informação de que pessoas grandes estariam por trás do estranho caso e que a mídia estava sendo monitorada, assim sendo aquela publicação poderia ser excluída a qualquer instante. Fato ou fake, Amy tirou print de todo o texto para que pudesse ler com mais calma e atenção durante o voo. Era como previsto pelo redator, segundos após tirar os prints, o site atualizou e a redação havia sido excluída. Poderia haver alguma verdade ao meio daquela teoria de conspiração, imaginava Amy.

Aventurando-se por sua galeria, atentou-se as citações grifadas:

"Presidente norte-americano morre em ataque terrorista em restaurante italiano em Washington".

"Presidente do Senado, Kelvin Smith, é visto pela última vez deixando a cidade de Nova Iorque duas horas antes do surto".

"Surto?", questionou Amy confusa. Sua atenção ao texto foi interrompida com a chegada apressada de sua irmã. Ela estava ferida e com a blusa rasgada, trazendo espanto em seus olhos.

- Temos que dar o fora daqui agora - dizia Hannah a puxando pelo braço.

- O que aconteceu com você? - perguntava Amy assustada. - Olhe para mim, o que aconteceu?

Não conseguindo se acalmar, Hannah recuperou o fôlego, segurou nos ombros de sua irmã mais nova e olhou no fundo de seus olhos.

- Eu não sei o que tá acontecendo. Mas não quero saber o que vai acontecer se não sairmos daqui agora.

- Tá tudo bem com ela? - perguntou o rapaz com quem havia conversado minutos antes.

- Eu... eu não sei - Amy gaguejava confusa.

- Não, eu não estou bem - Hannah gritou impaciente atraindo a atenção de todos ao redor. - E agora vocês olham para mim, seus robôs ridículos. Eu estava sozinha no banheiro sendo atacada sem motivos por uma mulher maluca que até então estava tossindo sangue e não queria ser socorrida. Acham que estou bem? Eu não estou bem - terminou relutando contra as lágrimas que se acumulavam.

- Tem certeza disso, moça? - indagou um segurança alto e negro se aproximando.

- Não, eu não tenho certeza. Devo ser maluca e ter rasgado minhas próprias roupas, acertado a cabeça no caso sanitário e deixado a minha bolsa com o meu celular tocando.

- Hannah, tudo bem - pediu Amy a abraçando. - Tente se acalmar. O senhor poderia trazer algum kit de primeiros socorros para lhe ajudar por favor

- Temos a enfermaria. Posso levá-la até lá - O segurança respondeu.

- Eu não quero ficar aqui, Amy. Me escute, precisamos sair daqui.

Um forte estrondo aquietou a grande multidão, tremendo os grandes painéis de vidro do saguão e balançando os lustres. A frente das altas janelas, a escura tarde causada pelo mau tempo clareou-se com algo causado de cima. Gritos ecoavam vindos das pessoas mais próximas das janelas. Estas corriam empurrando as demais para longe. O segurança ao lado das irmãs tentou conciliar o caos, mas foi derrubado sobre malas caídas. O rapaz desconhecido, sem a quem recorrer, correu para ajudar o segurança a se levantar. 

Hannah segurou a mão de sua irmã e a puxou correndo na mesma direção que a multidão. Atrás delas, ouviram uma nova sequência de explosões e sentiu estilhaços e escombros jogados contra elas. Amy não conseguiu evitar a força da explosão e soltou a mão de sua irmã, tendo como sua última lembrança, seu corpo sendo jogado contra um pilar de gesso. Os gritos cessaram e a escuridão apossou-se de sua vista.


Notas do autor:

E aí sobreviventes? Tudo bem com vocês?

Como prometido no anúncio da semana passada, trago a vocês finalmente a continuação de Zombie World.

Paradeiros dos sobreviventes de San Francisco? Aguardemos o primeiro capítulo que deve ser lançado na semana que vem.

Obrigado pelo carinho. Att. Bruno Targaryen


Continue Reading

You'll Also Like

3.5K 111 13
meu nome é John Blath, por 6 anos fiquei perdido em uma mata no sul da África, todos pensaram que eu estivesse morto, mas depois de todo esse tempo...
27.6K 3.2K 7
* Eleito uma das "MELHORES HISTÓRIAS DE 2020" pelos perfil @AmbassadorsPT. * Primeiro lugar no desafio "Conto de Fadas" do perfil @RealezaBR. U...
155K 12.9K 49
Ela era doce, eu não Ela era boa, eu não Ela era ingênua, eu não Eu estava apaixonado, ela não... Será o amor capaz de contro...
4.7K 342 52
Em Tóquio, no ano de 2024, Naruto Uzumaki está cumprindo pena por um crime que cometeu: o assassinato de seu padrasto. Enquanto isso, Hinata Hyuga e...