Oiee lindas, chegamos ni tão esperado capitulo 37 hahah eu sei, a ansiedade falou alto nessas últimas semanas e esperar quase 2 dois que foram bastante turbulentos deixaram vocês a flor da pele.
Desfrutem-se!
|| CASSIE ||
ELE ABRE E fecha a boca e vejo o quão confuso ele também está. Ele fecha os olhos e respira fundo, quando abre seu olhar eu sinto que a próxima frase que ele dirá vai me desabar completamente.
- Cass, eu... Eu te amo.
Paraliso.
Meu coração quase sai pela boca.
Fico sem folego.
Pisco algumas vezes enquanto olho seu rosto sereno e sincero, minha fala trava, não consigo mover um centímetro do meu corpo e eu fico tentando entender se o que acabei de ouvir é real ou apenas um sonho.
Sebastian.
Sebastian acabou de dizer que me ama.
Eu nunca imaginei que alguém diria isso pra mim, que o Sebastian diria essas palavras agora. A última chamada do navio toca e me sobressalto com o barulho chegando mais próximo a ele e acordando do meu pequeno transe. Sebastian continua me olhando aguardando uma resposta e posso dizer que seu olhar é quase angustiante.
Minha mente navega perdida e eu não encontro as palavras certas para lhe dizer o que eu quero e ao mesmo tempo eu tenho que entrar no navio se não eu não vou conseguir embarcar.
- E-eu... - engulo seco e seus dedos passam em meu rosto.
- Não precisa dizer agora, temos muito tempo pra isso. - ele beija minha testa - Agora vai, antes que o cruzeiro e sua amiga partam sem você. - força um sorriso.
Beijei seus lábios rapidamente e me afastei indo para o navio com raiva de mim mesma por não ter conseguido falar o que ele queria ouvir e o que eu queria ter falado. Quando já estava dentro do navio, parei no deck e observei ele lá embaixo com as mãos enfiadas na calça jeans escura e o pequeno sorriso em seus lábios mas o que me doeu mais foi ver que em seus olhos ele queria muito ter ouvido a minha resposta.
- O que houve Cass?
Louise surge na minha frente assim que me o navio começa a se afastar do porto.
- Sebastian acabou de me chamar para morar com ele.
- Cassie do céu, tipo casados?
- Não sei... Minha cabeça ainda está flutuando. - solto o ar - E tem mais... Ele disse que me ama.
- Caralho. Puta que pariu. - ela sorri - Que lindo! - me abraça toda animada mas não demonstro tanta animação como ela - E o que você disse?
- Eu não respondi?Ela desfaz o abraço e me olha com a testa franzida.
- COMO ASSIM CASSIE JOPLIN?
- Fiquei sem saber o que falar... Na verdade eu queria falar mais eu não consegui, porra eu fui pega de surpresa Louise. - fecho os olhos relembrando a minha reação.
- Puta merda Cassie...
- É, puta merda.
(...)
Toronto, Canadá.
ASSIM QUE COLOCO os pés dentro de casa e me jogo no sofá, eu agradeço aos céus por isso. A volta foi angustiante, eu não consegui parar de pensar na merda que eu tinha feito, ou não tinha feito já que não falei porra nenhuma para Sebastian. Eu só queria chegar em casa, deitar na minha cama e dormir até não querer mais e buscar uma solução que conserte a decepção que foi aquela partida de San Andres.
Encaro meu celular por alguns segundos antes de pega-lo e quando vejo já estou ligando para Sebastian. Eu não sei o que eu vou dizer, não sei qual será a reação dele e muito menos como ficará o clima entre nós dois mas eu quero ouvir a sua voz. Eu quero ouvir que está tudo bem entre nós dois. A ligação cai na caixa postal, desligo frustada e mando mensagem.
"Oi, já cheguei. Te liguei para avisar mas caiu na caixa postal, espero que esteja tudo bem."
Bufo e jogo minha cabeça para trás.
Merda, espero que ele não esteja me evitando.
Eu não queria que ficasse um clima ruim entre a gente mas acho que será impossivel.
(...)
ACORDO ME sentindo disposta, dormi bem e a ressaca da culpa de ontem não está mais impreguinada em meu corpo. Pego o celular na esperança que Sebastian tenha ligado mas não há nenhuma ligação perdida e nem mensagem dele, apenas do meu pai me perguntando se cheguei bem da viagem.
Me levanto apesar se não ser nem 7h da manhã e faço meu café, decido fazer algo para distrair minha mente e que costuma funcionar. Pego minha roupa de malhar, calço meu tenis e pego meus fones. Vou correr.
Corro pelas ruas largas de Toronto em direção ao centro da cidade, passo pela ponte que dividi a cidade e corro até o bosque. Ao sentir a brisa fresca da floresta bater em meu rosto me sinto revigorada, eu adoro sentir esse frescor da cidade, me tranquiliza de certa maneira. Sigo a trilha ouvindo Out Of Love da Alessia Cara, algumas pessoas caminham, outras correm como eu e outras descansam observando o grande lago. Quando estou na metade da trilha sinto uma sensação estranha, como se eu estivesse sendo seguida. Olho pra trás rapidamente mas não encontro nada suspeito, dou pausa na música e continuo minha corrida, agora mais atenta e ouvindo as coisas ao meu redor. Minutos depois eu ouço alguém correndo atrás de mim, está longe mas quando começa a se aproximar eu suspeito. Olho pra trás rapidamente e vejo um homem de capuz preto me seguindo, preocupada eu acabo tropeçando em alguns galhos e escorrego pela pequena ladeira coberta de folhas secas.
Me viro para trás assustada mas não vejo ninguém, olho ao redor e também não encontro nada. Me levanto com rapidez e corro de volta saindo da trilha indo em direção ao parque com medo, procuro algum suspeito ao redor mas ninguém está usando capuz preto. Independente de quem era, queria me assustar e conseguiu. Uma lembrança ruim vem a minha cabeça, parecia a mesma pessoa que me seguiu no galpão.
Stuart.
Puta merda.
Volto para casa caminhando e olhando para trás receosa de ter sido seguida, entro para dentro de casa corredo e coloco a senha acionando o alarme. Meu coração continua acelerado e os pensamentos que tenho ao pensar no que poderia acontecer se eu não tivesse percebido.
A primeira coisa que eu penso em fazer é ligar para o Sebastian, eu preciso dele nesse momento. Pego o celular e disco seu número enquanto pego a arma na gaveta e observo o lado de fora da casa. Vai direto para caixa de mensagem.
Que porra aconteceu com o celular do Sebastian?
Eu preciso ir até o galpão já que eu não sei onde é sua casa. Tomo um banho e coloco uma calça jeans e uma blusa soltinha, quando vou pegar a chave da minha moto em cima da cômoda a minha campainha toca. A primeira reação que eu tenho é pegar a minha arma e cautela caminho até a porta. Olho pelo olho mágico e não vejo ninguém, observo pela janela e não há ninguém passando na rua. Abro a porta e encontro uma caixa rosa média com um laço preto.
Que porra é essa?
A primeira coisa que me vem n
a minha cabeça é que seja uma bomba, mas como não escuto barulho de tic tac eu pego a caixa ainda receosa, sei que isso não é nada bom.
Coloco ela em cima da minha mesa de centro, sento no sofá e fico observando. Como eu sou muito curiosa, eu abro logo de uma vez.
Há um embrulho preto em volta e sinto cheiro de ferrugem forte. Respiro fundo e desembrulho o pacote, ao ver o que tem dentro solto um grito e meu corpo gela, meus olhos arregalam e me afasto com nojo e medo.
É um coração.
Um coração humano.
Minhas pernas começam e meu coração dispara. Meu celular começa a tocar, olho para ele do outro lado da sala e avanço com pressa rezando que seja Sebastian. Atendo de uma vez.
- Alô?
- Olá Cassie, ¿aprovechó bastante las vacaciones? (aproveitou bastante as férias?)
Uma voz sombria faz meu corpo arrepiar, olho no visor e vejo que é um número restrito.
Mascarenhas.
Deus, é ele.
Meu corpo treme e me escoro na parede para não cair e escondo meu nervosismo ao responder.
- Mascarenhas.
- Você é muito esperta, deve ser por isso que o Collins te contratou.
- O que você quer Mascarenhas?
- Eu sou o único que pode fazer as perguntas aqui. Gostou do meu presentinho?
- Você é um desgraçado. - ele gargalha.
- Ah detetive, não faça desfeita. Foi tão difícil encontrar um coração que você merecesse. - engulo seco com essa afirmação - Se acalme, não é ninguém que você conhece, ainda... Mas se você não colaborar o próximo coração será do seu querido pai, jornalista do principal jornal de Kingston.
Prendo o ar.
- Filho da puta, a onde está Stacy? - bravejo.
- Não sei se posso confiar em você já que namora o irmão dela... Sebastian Galvani, é o próximo da minha lista, esse merdinha já me causou problemas demais.
- Você não fará nada a ele e nem a Stacy.
- Ah Cassie, você não sabe com quem está lidando... Eu não sou amador e quando eu falo que vou acabar com alguém, em até 3 dias essa pessoa estará morta... Más mientras tanto, vamos a jugar un poco.
- O que você quer? - pergunto entre dentes.
- Hum... Deixa eu pensar... Se afaste do FBI, eu sei que estiveram em uma das minhas casas, mataram alguns dos meus homens e deram sorte que conseguiram fugir antes que eu estourasse o crânio de cada um de vocês. E é claro, não conte nada a Sebastian, descarta ele. Eu sei de cada passo seu, e se eu descobrir que contou a ele sobre a nossa conversinha, seu pai vai pagar muito caro. - engulo seco com o corpo tremendo dos pés a cabeça.
- A onde está Stacy? - ouço sua risada.
- Esqueceu quem dita as regras aqui? Faça o que eu disse e talvez eu te diga onde encontra-la. Eu manterei contato. Fique esperta detetive e mantenha seus olhos bem abertos. - desliga.
Desabo no chão com o meu empreguinado em cada partícula da minha pele. Se antes eu não sentia medo, hoje eu estou com pavor. Pavor do que ele pode fazer não só na minha vida mas também na vida das pessoas que convivem comigo.
Deus, eu não vou conseguir terminar com Sebastian, é demais pra mim.
Meus olhos enchem de lágrimas e o desespero de escolher entre o medo e o arriscado me põem em uma sinuca de bico. É um beco sem saída.
Eu preciso ser forte.
Eu preciso encontrar a Stacy e trazer ela sã e salva para sua família. Devo isso ao Sebastian e a mim mesma.
Eu não consegui dormir, coloquei a arma ao meu lado na cama e não preguei os olhos com medo de que alguém poderia entrar aqui e fazer algo comigo.
Na manhã seguinte eu estava um caco, enquanto tomava banho Sebastian me ligou e meu coração acelerou ao ver a sua ligação perdida.
Eu não posso.
E eu não vou retornar, tentarei me manter longe dele o máximo possível. Uma hora ele vai desistir.
Não, ele não vai.
E eu sei disso.
(...)
CHEGO AO PALÁCIO do Governo de Toronto exatamente as 10h da manhã, entro após passar pela revista de meia hora antes de cruzar os portões da Casa Branca. Como de praste Ravier vem me recepcionar e seu olhar revela mais do que ele queira expressar, fico na minha enquanto ele me leva até a sala do governador.
Eu só estou aqui por que recebi uma ligação mais cedo do próprio governador, para que eu comparecesse no palácio pois ele queria falar algo muito importante comigo. Como achei o tom da sua voz preocupante, eu corri pra cá. Mesmo passando pelo que passei ontem e sabendo que estou sendo vigiada pelo Mascarenhas, preciso agir naturalmente.
- Bom dia Governador e primeira dama. - forço um sorriso ao cumprimentar os dois.
- Bom dia Srta. Jolin, sente- se por favor. - nossa, ele está muito sério.
- Vocês querem que eu comece dizendo o que descobri desde a última vez que nos encontramos ou fale da minha próxima estratégia para achar a filha de vocês?
- Não precisa dizer mais nada, aliás quero que devolva as coisas pessoais da Stacy que deixei nas suas mãos.
Franzo o cenho sem entender o rumo dessa história, olho para a primeira dama e seu rosto está fechado, não é o mesmo sereno e acolhedor como das outras vezes.
- Eu não estou entendendo. O que o senhor quer dizer com isso?
- Eu descobri tudo. - engulo seco - Sabemos que você mantém um relacionamento com o irmão desaparecido de Stacy.
Puta que pariu.
Fudeu.
Quando eu abro para rebater, ele levanta as mãos me impedindo.
- Srta. Joplin, você está fora do caso de desaparecimento da minha filha Stacy.
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NOTA DA CAAH: 😨😨😨😨😨😨😨😨😨😨😨😨😨😨
Quem tá chocado ai? 🙋
SOCORRO, muitas bombas em um capítulo só 😓
Primeiro a nossa detective sendo ameaçada e agora o governador descobriu sobre Sebastian...
Quem tá ansiosa com o próximo capítulo? Ahhh eu também 😬
Beijinhos, sobrevivam até lá 😂