Ela e eu

By laresppereira

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Luísa sempre teve um olhar diferente para uma professora de sua faculdade. Quando finalmente consegue lhe ter... More

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Prólogo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXXIX
XXXX
XXXXI
Carta
:)
Informações

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By laresppereira


Ana:

Luísa continuou encarando o papel, então me aproximei e a puxei pela cintura, beijando seus lábios.

- Não gostou?

- Estou em choque, amor. - Ela disse segurando meu rosto. - Nunca imaginei que...

- Eu pensei em aumentar a família, então procurei uma clínica para tirar algumas dúvidas sobre valor e procedimento. Ah, ninguém está sabendo disso, nem as meninas.

- Certo, vai ser nosso segredo até finalmente estarmos grávidas. - Franzi a testa. - Eu digo estarmos, mas é porque estaremos esperando o bebê, não que as duas farão inseminação.

- E é claro, você que vai engravidar. - Eu disse.

- Ah, não.

- Amor, eu tenho mais de 36 anos, seria uma gravidez complicada, mais arriscada a não conseguir.

- Olha, eu engravidar não é uma má ideia. - Ela me deu um selinho e se afastou para retirar o vestido.

- Você vai ficar linda com um barrigão. - Falei retirando minha roupa.

- As grávidas possuem desejos e ficam inchadas, então a outra pessoa fica a cargo de procurar comida de madrugada, fazer massagens e paparicar, mimar, entre outros. Ou seja, como eu estarei grávida...

- Ai, nem engravidou ainda e já está querendo me escravizar! - Puxei seu corpo contra o meu e apertei seu bumbum coberto apenas por uma calcinha fina, de renda e que tapava quase nada.

- Escravizar? Gosto! - Ela se jogou na cama e me puxou junto, me prendendo com as pernas contra seu corpo e me beijando. - Me chupe.

- Mandona, hein?

- Você precisa aprender a mimar. - Falou sussurrando.

Dei um tapa em seu bumbum, puxei a calcinha, rasgando-a e beijei sua boca novamente. Ela retirou as pernas da minha cintura. Me abaixei até sua intimidade e passei a língua, fazendo-a gemer e arquear o corpo da cama. Segurei sua cintura para baixo e continuei o sexo oral, brincando com a língua e dedos. Luísa puxava meu cabelo com força, às vezes para cima e às vezes contra seu sexo.

- Puta merda! - Falou alto enquanto puxava meu cabelo com uma mão e a outra agarrava o lençol branco.

Dei um tapa na sua coxa e subi até sua boca, beijando seu lábios para que sentisse o seu próprio gosto.

- Você é muito gostosa, nunca irei me saciar. - Sussurrei em seu ouvido.

Luísa me deu um tapa no bumbum e inverteu nossas posições, me puxando para baixo.

- Você é mais ainda.

Luísa iniciou um oral que só ela sabia fazer, me levando ao céu. Ela se afastou, sentou na cama e me puxou para sentar de costas para ela. Apoiei minha cabeça em seu ombro e ela voltou a me tocar, enquanto apertava os meus seios com a outra mão. Em penetrações ritmadas e deliciosas, e escutando meus próprios gemidos (que para mim horrendos, para ela não), me desfiz em seus dedos. Luísa puxou meu rosto e me deu um selinho.

- Minha vontade é ficar aqui nessa cama para sempre. - Eu falei lhe empurrando para baixo, a fazendo deitar e fiz igual.

- Também quero, mas infelizmente precisamos trabalhar daqui uns dias. - Ela revirou os olhos. - Mas estaremos em fase final, logo teremos férias.

- Sim, isso é bom. - Beijei seu rosto.

***

Luísa:

Sentei na janela e Ana ao meu lado, na poltrona do meio. Ela segurou minha mão após afivelar o cinto.

- Nervosa?

- Me poupe, já viajei inúmeras vezes. - Revirei os olhos e ela me beliscou na mão mesmo. - Ai!

- Mas já viajou para fora? - Neguei. - É uma viagem muito longa e cansativa.

- Por isso tem você comigo, eu também trouxe o notebook para trabalhar um pouco, tem livros, algumas revistas que eles disponibilizam...

- Já transou no avião? - Ela perguntou com uma carinha safada.

- Não. - Falei, mas logo me toquei. - Ana, não.

- O que eu fiz? - Ela riu e beijou meu rosto.

Havíamos ficado na última fileira de poltronas e por sorte longe do banheiro, então era uma área tranquila e parecia ser mais reservada.

- Apesar daqui ter poucas pessoas, estamos em público.

- E daí? - Ela apertou mais a minha mão e me fez a olhar. - Lembra que falamos que iríamos fazer de tudo para dar felicidade a outra?

- Estava bêbada.

- Ah, sim. Todas as vezes, até durante o casamento?

- Principalmente nesse dia. - Falei e ela revirou os olhos. - Amor, vai sentar alguém nessa bendita poltrona.

- Relaxe, claro que não vai.

Ela se acomodou melhor na poltrona. Fiquei observando o que havia fora da janela, enquanto Ana falava com Raquel por WhatsApp. Um tempo depois, o piloto informou que o voo havia sido autorizado.

Após o voo estar no ar, Ana apertou um botão que chamava a aeromoça.

- Por favor, pode trazer um cobertor de casal?

- Desculpe, temos apenas de solteiro.

- Pode ser, a gente se ajeita. - Ana disse e a aeromoça sorriu, saindo em seguida.

- Está com frio?

- Sim, um pouco. Não está? - Neguei.

A aeromoça retornou com um cobertor branco e nos entregou. Ana o abriu e nos cobriu. Me ajeitei melhor e ela pousou a mão nas minhas pernas, puxando para cima dela.

- Ana...

- Relaxa, estou te deixando confortável.

Eu usava um vestido curto, preto, era confortável para dormir e viajar. Ela levantou um pouco ele e tocou minha calcinha. Dei um tapinha em sua mão por cima do cobertor e ela segurou o riso.

- Está louca? E nosso vizinho aí?

- Que vizinho?

Olhei para o lado e não havia ninguém na poltrona.

- Onde está ele?

- No meu computador. - Ela balançou os ombros e desceu a mão para minha coxa.

- Como assim? Você comprou a passagem ao nosso lado? - Fiquei boquiaberta e ela riu.

- Amo você.

- Você é doida, Ana.

- Louca por você.

Encostei a cabeça em seu ombro e passei a mão por dentro do cobertor, pousando em sua cintura, abraçando-a.

Ela não perdeu tempo. Passou a mão por minha calcinha, levantou o vestido até minha cintura e acariciou meu sexo. Eu estava próxima do seu ouvido, então poderia lhe provocar.

Ana passou o dedo por meu clitóris e começou movimentos circulares, cravei os dentes em meus lábio inferiores enquanto tentava esconder qualquer movimento ou barulho que denunciasse gemidos.

Logo ela passou a outra mão para debaixo do cobertor e, quando eu estava lubrificada o suficiente, introduziu apenas um dedo. Abri a boca denunciando desejo e um gemido, mas me segurei. Aproximei minha boca do seu ouvido e sussurrei:

- Você vai pagar por isso. - Ela apenas riu.

Colocou mais um dedo e diminuiu o ritmo, deixando lento. Tentei cruzar as pernas para saciar o desejo absurdo, mas ela conseguiu me segurar com a mão que me massageava no clitóris.

- Odeio você. - Falei e ela voltou a rir.

As luzes foram acesas e a aeromoça informou que o primeiro lanche seria servido.

- Termine antes que ela chegue. - Falei sussurrando.

- Vou esperar ela chegar aqui.

- Você não é louca! Na verdade é, mas...

Antes de eu continuar a reclamar, cheguei no limite e me desfiz em seus dedos. Ela retirou os dedos e chupou, me dando um selinho.

- Você é estranha. - Falei me ajeitando na poltrona, arrumei o vestido e sentei igual menininha.

- Nada, me deixe aqui sentada. - Falei ainda ofegante com o orgasmo.

- Menina direita que não transa.

- Não gosto dessas coisas. - Eu disse segurando o riso.

- As inocentes são piores.

- Conheceu muitas?

- Antes de você? Sim.

- Depois de mim não eram as inocentes? - Cruzei os braços e lhe encarei.

- Não existiu ninguém depois de você. - Ela disse puxando minha mão e a beijando. - É minha única esposa.

- Bom que eu seja mesmo. E caso eu descubra qualquer coisinha sua fora do casamento, dou na sua cara, dona Ana.

- Quem gosta de bater sou eu. - Ela me deu um tapa na coxa e sorriu.

A aeromoça apareceu próximo a nós e entregou o cardápio. Pedimos pães de queijo com suco de laranja, ela logo saiu para buscar.

- Finalmente comer algo por cima, já fiz o lanche da manhã por baixo. - Ana falou normalmente.

- Meu Deus, com que tipo de mulher eu casei? O que estamos indo fazer na Disney? As crianças, senhor!

- Merda, vamos ter que transar muito durante esses meses, quando nosso filho nascer, é ele quem vai mamar em seus seios.

- Ainda bem que sou única e exclusiva nos seus.

- Hum, também sabe falar, é? - Ela disse me dando um tapinha na mão.

***

Quando chegamos em um hotel de Orlando, MUITAS horas depois, apenas desabei na cama. Era noite, mais ou menos 9 horas.

- Estou cansada. - Gemi de bruços.

- Estou com fome, vamos sair para comer?

- Amor, eu levanto nem fodendo. - Falei me virando de frente e espreguiçando.

- Vou pedir nosso jantar aqui no quarto, tome um banho.

Ela foi até o telefone do quarto para ligar na cozinha, mas ninguém atendeu.

- Vou descer, fazer o pedido e quanto retornar, esteja banhada.

- Sim, senhora, mãe.

Ela me deu língua, pegou um dos cartões-chave do quarto e saiu. Igual a uma zumbi, caminhei até o banheiro, prendi o cabelo e tomei um banho. Coloquei um pijama velho e liguei para mamãe, avisando que estávamos no hotel. Ela perguntou por Ana, falei que ela havia ido pedir nosso jantar e que deveria estar voltando. Ela desejou boa lua-de-mel e desligou.

Mandei algumas fotos do quarto para o grupo que havia de Fernando, Cecí, Raquel, Ana e eu.

"Estou fodido nessa viagem. Essa porra é cara." - Fer mandou.

"É porque nem compramos nada nas lojinhas da Disney" - Enviei.

"Vão se foder! Eu sou professor, todos somos, então vocês sabem que (infelizmente) não temos dinheiro aaaaaa" - Ele respondeu.

Ana entrou no quarto com uma caixa de pizza e uma garrafa de refrigerante de um litro.

- Tive que sair do hotel e comprar em uma pizzaria aqui ao lado. A cozinha do hotel fecha às oito da noite aos domingos. - Ela revirou os olhos e colocou a pizza sobre a cama. - Vou tomar um banho rápido.

- Eu espero.

Ela foi ao banheiro e eu peguei o computador na bolsa. Abri no site da clínica médica de inseminação, entrei no login que Ana tinha e olhei alguns doadores anônimos, as descrições, características, entre outras coisas.

Quando Ana saiu do banheiro, de pijama velho igual ao meu, veio até a cama, abriu a caixa da pizza e pegou um pedaço, fiz o mesmo.

- O que está olhando?

- As características dos doares.

- De qual você mais gostou?

- Não quero escolher assim, parece um cardápio, prefiro que a médica escolha. - Mostrei o computador a ela. - Por exemplo, escolher entre um loiro e branco, ou negro, isso é extremamente ridículo.

- E o que você quer? Surpresa mesmo?

- Sim, o que acha?

- Concordo com você. Vamos deixar a médica escolher. Na verdade ela poderia pegar qualquer vidrinho, sem precisar olhar essas características. O que acha?

- Sim, vamos conversar com ela depois. - Abri a garrafa de refrigerante e bebi na própria boca.

- Amanhã vamos logo ao parque?

- Sim, brincamos e depois, lá para o fim, compramos coisinhas.

- Só não podemos exagerar, ainda vamos até Nova York, esqueceu?

- Não. - Desliguei o computador, coloquei numa mesa e retornei para a cama. - O que acha de popularizarmos o nosso casamento para os alunos?

- Alguns já sabiam do nosso namoro, mas não todos.

- Recebi cinco fotos do casamento. - Mostrei as fotos no celular e ela viu todas, sorrindo. - Podemos postar.

- Certo, eu gostei dessa.

Ana checou o celular e as fotos também estavam em seu e-mail. Postei no Instagram e Facebook com a legenda: "Duas esposas e um casamento".

Ela fez uma careta, dizendo ser brega e postou:

"De minha monitora/aluna para esposa."

- Perderei o emprego. - Falei colocando nossos celulares de lado.

- Já prescreveu.

Coloquei a caixa de pizza e refrigerante na mesa, apaguei a luz e liguei a televisão, que passava um filme da Disney bem antigo. Ana me puxou para debaixo do cobertor e me beijou.

- Agora vamos fazer coisas de adulto.

- Estou chateada com a fantasia sexual no avião.

- Você ainda não escutou a maior fantasia sexual que eu tenho. - Ela me deu um selinho e encarou meus olhos: - Por favor, que mamãe nunca escute isso.

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