Burn

Galing kay Leitoramaster1

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Eu via todo o medo refletido no castanho dos seus olhos. Dizem que os olhos são os espelhos da alma e, defini... Higit pa

Personagens
Sinopse
Prefácio
Prólogo
| Capítulo Um |
| Capítulo Dois |
| Capítulo Três |
| Capítulo Quatro |
| Capítulo Seis | pérola
| Capítulo Sete |
| Capítulo Oito | Bad Things
| Capítulo Nove |
| Capítulo Dez| pérola
capítulo onze | entertainer
capítulo doze | dark horse
capítulo treze
capítulo catorze
capítulo quinze
capítulo dezesseis | pérola
capítulo dezessete | pérola
capítulo dezoito
capítulo dezenove | especial
capítulo vinte
capítulo vinte e um
capítulo vinte e dois
especial dalillah | flashlight
capítulo vinte e três | pérola
the end | mirror - SoMo
m e d u s a | woman
| Dalillah is real |

| Capítulo Cinco |

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Galing kay Leitoramaster1

Saint

Ouço seus passos suaves andarem pra lá e pra cá, mas tento me concentrar em qualquer outra coisa que não seja essa mulher.

Não posso ficar aqui nesse quarto pra sempre, penso.

Suas palavras ainda ecoam na minha cabeça e eu tento descobrir uma forma de conhecê-la melhor. Não posso viver pra sempre com uma estranha.

Pra sempre.

Onde eu estava com a cabeça quando trouxe essa mulher pra cá?

Por que não consigo deixá-la ir?

Ela é minha para cuidar, meu subconsciente sussurra e eu tenho vontade de dar um chute em meu próprio traseiro por pensar assim.

Suspiro e me sento na cama. Olho os meus pontos no peito e vejo que estão um pouco menos roxo que ontem, antes de Pérola fazer o curativo.

—Pérola. -em um sussurro eu testo o seu nome, como ele se desenrola em minha língua e eu penso nela, mais uma vez.

Levanto frustrado da cama, decidido. Precisamos ter uma conversa.

Vou para o banheiro e tomo um longo banho, com cuidado, seco os pontos em meu peito. Paro em frente ao espelho e passo a pomada.

Ouço batidas suaves na minha porta. Pego a calça moletom que deixei sobre a cama e visto antes de tocar a maçaneta. Abro a porta do quarto, mas não encontro exatamente o que eu esperava, mas fico feliz mesmo assim.

—Jen? -sorrio, a garota devolve.

—Irmãozinho! -então ela se joga encima de mim, cercando-me com seus braços.

—Ai!

—O que...? -ela se afasta e observa o meu rosto. Aponto para o meu peito, para os pontos.

—Céus, Dom! -ela cobre a boca com as mãos e eu reviro os olhos, sorrindo.

—Está tudo bem, e não me chame de Dom. -ela volta a sorrir e agora, me abraça com muito mais delicadeza. Meus pontos maldita mente agradecem.

—Eu senti tanto a sua falta. -Jen murmura contra o meu peito. A seguro em um abraço que dura minutos.

—Eu também, de você.

Ela se afasta e invade o meu quarto, jogando-se em minha cama desfeita. Jen faz uma careta.

—Mas então, quem é a garota bonita? -ela sorri esfregando as mãos.

Reviro os olhos e encosto a porta.

—Pérola. -respondo simples.

—De onde?

—Gana.

—Gana tipo África? Onde você estava servindo? -ela parece chocada quando se arruma na cama, mais atenta.

—Sim, Jenevive. -vou para o closet e puxo uma camisa de algodão.

—Jen, Dominico, Jen. -ela revira os olhos e prende seus cabelos falsamente loiros platinados em um coque.

—Tanto faz. -dou de ombros e visto a camisa.

—Mas então, como Pérola veio parar aqui na sua casa?

—Sinceramente? Eu não sei. -dou de ombros e suspiro desarrumando ainda mais os meus cabelos.

Sento-me na cama ao seu lado.

—Com assim "não sabe"?

—Eu estava internado, me dei alta e vim para casa a trazendo comigo, fim de história.

—Nossa, isso soa românico. Mas então, como ela veio para nos Estados Unidos? -Jen pergunta curiosa.

—Ela estava mal, baleada, e eu tanto quanto. Marmadoc disse que eu me recusei a deixá-la lá. -Jen arregala os olhos.

—Uau. E você já beijou ela? Sabe, ela é muito bonita. -ela comenta como quem não quer nada. Aperto os olhos em sua direção.

—Claro que não, ela está passando por uma fase difícil, mal sei seu sobrenome. Que tipo de tarado eu seria?

—Um esperto, porquê, puta merda, a mulher é tão bonita quanto uma deusa e é educada como uma dama. -ela ri.

—Você sabe que é uma idiota, sim? -tiro a camisa quando ela começa a incomodar os meus pontos e a jogo sobre a cama.

—Já escutei algo do tipo. Agora vamos descer, não aguento mais a sua barriga roncando. -concordo, levantando da cama, ela faz o mesmo.

Abro a porta e ela passa na minha frente, seguimos rumo a escada.

—Você sumiu por três anos e não tem nada de legal pra contar?

—Se guerras, mortes e fome soarem legais pra você, sim, eu tenho. -seguro o corrimão e desço as escadas devagar com Jen logo atrás de mim.

—Credo, Saint, pelo menos você achou um amor para a sua vida. -olho sobre o ombro e a vejo sorrindo tristemente e fazendo um gesto com a cabeça indicando algo à nossa frente.

Então, eu olho.

E como todas as outras vezes, eu senti aquele frenesi.

O meu sangue corre mais rápido por todo o meu corpo.

Sinto meu coração bombear como nunca antes.

Minhas mãos gelam.

Percorro o caminho do seu corpo e a vejo enrolada em uma toalha, parada, me olhando.

Nos encaramos pelo que parecem minutos, até seus olhos se desviarem dos meus.

—Saint? -sinto a mão da minha irmã tocar meu ombro, faço um gesto com a cabeça, ainda sem deixar de olhar a mulher a minha frente. —Eu... eu preciso ir, tenho coisas... coisas pra fazer.

Jen desce, antes deixa um beijo na minha bochecha. Ela para ao lado de Pérola.

—Foi um prazer te conhecer, espero que possamos nos conhecer melhor. -ela sorri e abraça a mulher. Pérola devolve, sorrindo.

Minha irmã segue o caminho em direção à saída e eu a perco de vista.

Pérola se envolve com os seus próprios braços, ela olha para todos os cantos, exceto para mim. Percebo a sua pele úmida e arrepiada, o ar-condicionado ligado só piora a situação.

Sugo uma respiração quando tomo ciência dos seus mamilos enrijecidos, pressionando contra o tecido da camisa. Tento - inutilmente - forçar meus olhos a encararem outro lugar.

—Ah... eu não tenho uma roupa sequer. -ela encolhe os ombros e sussurra tímida.

—Você -limpo a garganta e volto a observar seu rosto. —Você pode vestir uma das minhas camisas, então amanhã podemos comprar roupas pra você. -passo a mão em minha nuca.

Eu não consigo pensar direito, meu sangue não está circulando no cérebro.

—Sabe que eu não posso ficar aqui, não sabe? -ela diz e me pega de surpresa. Termino de descer as escadas e paro à sua frente, a encarando.

—Por que, Pérola? -seu nome se desenrola em minha boca e meu corpo enrijece quando ela observa os meus lábios. Ela sacode a cabeça, tirando a atenção de lá e fita os meus olhos.

—Sou uma professora. Tenho que cuidar dos meus alunos. Tenho prioridades. -ela respira fundo e ergue sua postura.

—Pérola. -respiro fundo e dou passos em sua direção. —As coisas por lá não estão fáceis, você sabe disso melhor que eu.

—E isso muda algo? Um dia eu prometi proteger as minhas crianças. E eu o farei.

—E você protegeu por muito tempo. Agora eles estão bem e seguros. Você não precisa ir embora.

—Mesmo que eu não possa voltar para o meu país, não posso ficar sob o seu teto eternamente. -ela prende o lábio inferior entre os dentes. Vejo seus olhos encherem d'água e meu coração se aperta.

—Você prometeu protegê-los e agora, eu vou te proteger. -dou mais um passo em sua direção e ela não se afasta.

—Você sequer me conhece, Saint. -fico apaixonado pela forma como que ela pronuncia o meu nome, com o seu sotaque forte.

—Mas se eu trouxe você comigo, você é minha responsabilidade. -ela parece confusa.

—Responsabilidade? -ela franze a sobrancelha pra mim.

—Responsabilidade. Algo meu para cuidar. -respondo simples.

—Eu não sou um objeto. -ela dá um passo para trás, afastando-se de mim. Nego rapidamente com a cabeça.

—Não! Você não é um objeto.

—Você disse que eu sou algo seu para cuidar. -ela da outro passo para trás quando eu me aproximo. Pérola segura a toalha contra o corpo com mais força.

—Sim, como mulher. -calmamente caminho em sua direção ao mesmo tempo que ela da passos para trás.

—Como mulher?

—Sim.

—Em que sentido? -seus lábios cheios quase desaparecem entre os dentes.

—No que você quiser. -então o seu corpo bate contra a parede.

Me aproximo totalmente fechando toda a distância entre nós.

Toco a sua mão, ela acompanha o movimento, assim como eu. A minha mão vai subindo sobre o seu braço completamente arrepiado.

—Saint? -ela sussurra e eu olho o seu rosto quando a minha mão toca o seu ombro desnudo.

—Sim? -lentamente aproximo o meu rosto do seu quando ela me olha nos olhos. Suas mãos tocam o meu abdômen desnudo, logo abaixo dos pontos.

Com a nossa proximidade, nossas respirações se tornam uma só. Perco-me em seus olhos. Consigo sentir toda a sua agonia, sinto a sua dor e penso em como deve estar sendo difícil estar tão longe de casa.

—Você tem uma família? -seus olhos se desviam dos meus e ela parece se afastar de mim, da nossa conexão. Tenho vontade de dar um soco em mim mesmo.

—Não. Os perdi. Cada um deles. -então uma lágrima escorre pelo seu olho, ela logo a seca.

Sem pensar, a seguro em um abraço. A puxo pra frente pelo ombro e rodeio o seu corpo, pela cintura. Ela levanta um pouco na ponta dos pés e esconde o rosto em meu pescoço.

Sinto suas lágrimas molharem o meu pescoço, a deixo ter um momento.

Sua cintura fina presa entre os meus braços parece tão certo. Seu rosto na curvatura do meu pescoço me arrepia, me desconcertando.

Alguns minutos depois ela se afasta e me olha com os olhos vermelhos. Tento desenrolar os meus braços do seu corpo, sem sucesso.

Ela respira fundo e eu a observo como um louco.

—Você pode me emprestar uma camisa?

Demoro alguns segundos para colocar a cabeça no lugar e dar dois passos para trás, me afastando do seu corpo.

—Claro. Uh... -coço a garganta. —Elas estão no closet, pode ficar à vontade.

Ela sorri concordando e passa por mim. Viro-me para vê-la subir as escada, é inevitável.

Suspiro mais uma vez, passando as mãos pelos cabelos, totalmente frustrado.

Sigo para o corredor para a cozinha, e sinto um cheiro divino. Levanto o pano de prano da travessa de vidro e vejo uma lasanha.

Porra, quanto tempo tempo eu não como uma?

Logo pego o prato e me sirvo. Falta de educação a minha não esperar Pérola para jantar, penso já me sentindo sobre o banco da bancada mesmo.

Como rápido, gemendo com o sabor incrível da comida. Ouço passos lentos e silenciosos se aproximarem e olho para a entrada da cozinha. E porra... Paro o garfo que estava indo em direção a minha boca e a observo atentamente.

Estou com fome de outra coisa, penso.

Balanço a cabeça me repreendendo pelo pensamento. Observo o seu corpo coberto por uma camisa preta com o meu nome bordado do lado direito. Caralho. Sinto-me possessivo quando a vejo se aproximar lentamente e sentar-se em um banco a minha frente. Perco a respiração e me engasgo.

Tusso como um louco e só piora quando ela se levanta e toca as minhas costas várias vezes. Respiro fundo tentando acalmar a minha respiração.

—Você está bem? -ela estende o meu copo d'água.

—sim. -tusso mais uma vez. —Sim, estou.

Ela sorri.

—Você está todo vermelho. Parece uma pimenta. -ela volta a se sentar a minha frente e eu tento não encarar as suas pernas enquanto ela fala.

—É, com certeza estou. -sorrio de canto e empurro o prato vazio para o lado.

Ela observa o meu pescoço e seus olhos vão descendo até a barra da minha calça moletom. Ela volta a olhar meu rosto e prende o lábio quando me pega a fitando.

—Gosto dos seus desenhos. Conbinam com você. -ela encolhe os ombros, tímida.

—Combinam?

—Sim, diferente do seu nome. -ela sorri como se se divertisse com uma piada.

—O que tem o meu nome? -sorrio de canto.

—Você não parece um anjo. -ela é sincera ao responder e eu sorrio ainda mais. As coisas que eu penso em fazer com você com certeza não são atitudes de um anjo, penso.

—Já escutei algo assim. -murmuro.

—Mas é tão bonito quanto um. -ela desvia os olhos do meu, mas volta a me olhar. Meu coração dispara e eu não sei o que dizer.

—Obrigado. -molho meus lábios secos com a língua e seus olhos acompanham o movimento.

Porra, eu preciso sair daqui agora. Me levanto rapidamente e pego o meu prato o colocando na lavadora, logo saindo da cozinha. Eu eu juro ter escutado sua risada suave às minha custas. Suspiro quando pego o controle e jogo-me no sofá.

Eu estou fodido com toda certeza.

⚠⚠⚠⚠⚠⚠⚠⚠⚠⚠⚠
N/A: Oi, gente! Capítulo novo pra vocês! Quero dizer pra vocês que agora vou me concentrar somente nesse livro até o fim.

Quero dizer também que demorei um pouco pra postar pq estive resolvendo algumas coisas do meu aniversário de 15 anos que não aconteceu, infelizmente!

Mas enfim, muito obrigado por lerem! AMO VOCÊS.

Por favor, deixem a sua estrelinha e comentem suas opiniões.

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