capítulo catorze

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Saint

Agora Pérola parece muito feliz com a notícia que tem para me dar. Ela saltita animadamente por toda a sala e eu só consigo rir da sua felicidade. A sua bolsa já está jogada no sofá e os seus tênis um em cada canto da sala.

-Bom, você precisa me dizer, então. -eu suspiro ainda sorrindo e me encosto confortavelmente contra o estofado.

-Você pode tentar. Bem, vamos lá. -ela caminha até mim, se sentando confortavelmente no meu colo, passando os braços pelos meus ombros e me puxando contra si.

-Uhh... -eu finjo pensar. -As crianças do seu trabalho foram abdusidas por extraterrestres?

-Não, Saint. Que horror. -ela ri.

-Então você conseguiu um aumento?

-Isso seria legal, mas não. É bem melhor que isso.

Eu me afasto do seu peito e a olho realmente sem saber.

-O que, então?

Seus olhos brilham com a mais pura animação. Seus dentes prendem o lábio inferior e ela solta um gritinho animado.

-Eu fui chamada para fazer fotos! -ela bate palminhas e as minhas sobrancelhas devem ter chegado ao nível do céu. Ahn?

-Você não sabe fotografar, sabe? Você sequer gosta?

-Eu não vou tirar as fotos, eu vou ser fotografada.

Demora alguns segundos para que eu realmente entenda o que ela está dizendo. Porra. Fotos? Pode parecer egoísta, mas pra quê? Eu não preciso de mais ninguém apaixonado por ela, além de mim mesmo, porra.

-Você não ficou feliz. -ela suspira e seu corpo escorrega lentamente, se afastando de mim.

-Não, não... só... uau. Isso é legal, uh? -eu realmente não tinha certeza disso. Na verdade, eu fodidamente odiei essa idéia.

-É incrível, Saint. -ela pega a bolsa do sofá.

-Ahn... sim.

-Um homem chamado Flynn me abordou na rua e disse que trabalha para um estúdio famoso. Ele me achou bonita e disse que eu poderia tentar. -que porra de nome é Flynn?

-Você só aceitou a proposta de um estranho? -eu pareço incrédulo.

-Ele foi legal, Dominic. -ela debocha.

-E você burra, ele poderia ter te sequestrado. -os seus olhos se alargam e ela me olha com raiva.

-E você está sendo um grande babaca.

-Ok, desculpa. -eu suspiro e passo as mãos pelos cabelos bagunçados.

-Não, está tudo bem.

Pérola me da as costas e sobe as escadas na velocidade da luz, sem me dar chance de falar. Eu estraguei tudo, não é?

*

-Você não está saindo com essa roupa, porra.

BurnOnde as histórias ganham vida. Descobre agora