Evil Boy (Romance Gay)

De lorde_underworld

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Gay | + 18 | Classificação indicativa. [CONCLUÍDA] Após ser abandonado em um orfanato junto do irmão, Ivi co... Mai multe

0. Notas Iniciais
1. Bernardo - Parte I
2. Bernardo - Parte II
3. Destino
4. Reflexo
5. Sem parar
6. Sangue quente
8. Retaliação
9. O que fizeram com ele?
10. Perdão
11. Novo ataque
12. Vingança
13. Pele de cordeiro
14. Limpeza
15. O fim
00. Série Underworld

7. Dono do jogo

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De lorde_underworld


Sacrifício. Acho que essa é a palavra certa para definir o que faz uma vingança ser bem-sucedida. No fim, para conquistar meus objetivos precisei abrir mão de muitas coisas — personalidade, desejos, honra e até meu próprio corpo.

Deitar com Francis não foi fácil.

Depois que a troca de olhares e de palavras no restaurante terminou, o velho se deixou levar pelos meus olhos, pela minha perna alisando a dele por baixo da mesa e por aquele jogo de conquistar que comecei.

Me senti sujo fazendo aquilo, mas tudo valeu à pena quando trocamos o Grill por um quarto de motel.

Tive que agir rápido, aproveitei quando ele foi ao banheiro – provavelmente para tomar uma dose dupla de Viagra – e preparei a câmera do meu celular, a posicionando no local certo, bem escondida e voltada para a cama.

Tirei minha roupa e fiquei apenas de cueca, me deitei e fiz a pose mais sexy que consegui para atiça-lo. E funcionou. Assim que saiu do banheiro e me viu, Francis mordeu o dedo indicador, afrouxou a gravata e disse:

— Garoto, você é lindo.

— E o que você vai fazer comigo agora? – Perguntei, com uma voz excessivamente infantil.

— Cinquenta e sete anos de pura potência – brincou, passando a mão por cima da calça e aperando o pau. – Acha que aguenta?

Passei a língua pelos lábios e deixei que ele viesse.

Fiquei de quatro na cama, Francis veio por trás e abriu mais minhas pernas. O cara apenas desceu o zíper e tirou o pênis para fora. Deve ter levado cinco minutos para fazê-lo ficar de pé.

— Agora você vai ver o que é um macho de verdade.

Achei graça, confesso.

Toda aquela potência não foi bem o que esperava. Foram cinco estocadas. Senti um pouco de dor quando ele me invadiu com brutalidade, mas foi rápido.

Quando me virei ele estava ofegante, ficou deitado ali de barriga para cima, olhando o teto com um sorriso bobo nos lábios e com o pau para fora.

Revirei os olhos, achando aquilo patético, levantei e fui para a minha mochila. Tirei de lá todos os papéis que separei no dia em que compartilhei os arquivos do pendrive e joguei em cima dele.

— Ei, calma aí, minha putinha.

— Levanta daí, velho nojento!

Ele ficou confuso. Até um pouco assustado. Ajeitou o zíper e me encarou enquanto eu pegava a câmera.

— O q-que... O que é isso?

Fui até ele, ainda pelado. Cheguei bem perto e então, com força, dei um tapa em seu rosto.

— Filho da pu...

— É melhor pensar bem no que fala, Francis – avisei, cortando suas palavras. – Não vai querer xingar minha mãe. Não sabe do que sou capaz por ela.

Ele estava com medo. Cheirava a pavor e inalei aquele odor de covardia com prazer. Sentei em uma cadeira e cruzei as pernas.

— Vou dizer como será – falei, sucinto. – Esses documentos. Quero que assine.

Ele buscou pelos papéis e leu o título. Suava frio, mas quando entendeu do que se trava começou a rir.

— O quê? – Falou, fazendo graça. – Quer que transfira minhas ações da Gordon & Cia para você? Isso é uma piada?

— Tenho cara de quem está brincando?

Minha seriedade era tamanha que ele afastou o sorriso do rosto e se mostrou irritado.

— Vou embora daqui.

— Não. Você não irá para lugar nenhum! – Quase gritei. – Sabe, até cogitei a ideia de te matar, mas infelizmente, não tenho o sangue frio necessário para isso. Então decidi ser um pouco mais... criativo.

— Sou um homem de família...

— Sim, claro que é! Por conta disso duvido que sua família ficaria satisfeita se assistisse isso aqui. – Virei a tela do celular para que ele enxergasse o vídeo da nossa festinha na cama. Francis virou o rosto, com um misto de fúria e confusão.

— Quem te contratou? – Ele perguntou. – Foi você quem colocou os documentos da empresa na internet, não foi? Quase a fez falir a agora quer comprá-la? Com certeza está a mando de alguém. Quem é?

— Ivi Gordon – Não hesitei em falar. – O garoto que você abandonou em um orfanato junto do irmão.

— O q-ue? – Seus olhos se arregalaram. – Vocês estão juntos? Tudo isso... É vingança?

— Sim. Sim... E sim. – Achei graça dele nem sequer imaginar que na verdade o Ivi era eu.

— Por favor – ele começou a implorar. – Não tive culpa. Gordon queria fazer pior com os garotos, mas eu os ajudei!

— AJUDOU? – Cuspi as palavras. – Jogá-los em um orfanato caindo aos pedaços, deixá-los nas mãos de um diretor pedófilo e encobrir o assassinato da mãe deles! Isso é proteger, Francis?

— Não tive nada a ver com a morte da mãe deles. Juro que não sei quem foi!

— E justamente por isso, sua punição será leve. – Peguei uma caneta nas minhas coisas e joguei para ele. – Os 5% da Gordon & Cia e todos os dados comprometedores que tiver guardado, por que sei que você tem muitos podres da família Gordon. Me dê tudo e então seu pecado estará perdoado.

— E se eu não quiser? – Ele perguntou em desafio.

Caminhei devagar até ele. Cheguei bem perto. Aproximei meu rosto do dele, e então... beijei sua bochecha com carinho.

Foi divertido. Francis tremeu de medo e meus olhos se fixaram nos dele, mostrando enfim maldade ao invés de sedução.

— Você é um alvo pequeno, não quer me desafiar – falei. – Jogo esse vídeo no YouTube e envio o link para seus filhos, sua esposa, família, empresas, vizinhos e até para a igreja se necessário. Quando você estiver destruído, quando não te restar mais nada, ainda não será o fim. Farei com que sofra tudo o que Ivi sofreu e mais. Então o que me diz, Francis? Vai assinar os papéis ou quer ver do que sou capaz?

Ele baixou a cabeça e começou a chorar.

Voltei para a cadeira, ainda nu, e me sentei com um sorriso vitorioso.

Entrei em casa com todos os papéis na mochila.

Cantarolava de felicidade, as coisas não podiam estar melhores! Menos um alvo na minha lista e tudo ocorreu conforme o planejado.

O único problema é que agora viria a pior parte.

Quando entrei em casa subi as escadas e fui para o meu quarto. Olhei para tudo e pensei em como minha vida estava prestes a mudar.

Quando desci as escadas fui direto para a cozinha e encontrei meu pai frente ao fogão, lutando com a panela para que os respingos de óleo do ovo frito não o atingissem. Cheguei perto dele, tirei a tampa da sua mão e tomei a dianteira no fogão.

— Graças a Deus você chegou – ele disse, respirando fundo. – Dona Tereza está de folga hoje e sua mãe é pior que eu cozinhando.

— Senta lá, vou jogar isso fora e fazer outro. – Falei, rindo. – Empesteou a cozinha inteira!

— Um ponto pela tentativa, não?

Ele jogou o pano de prato no meu ombro, beijou minha bochecha em agradecimento e foi para a bancada da cozinha enquanto eu trabalhava.

Cinco minutos depois estávamos sentados um frente ao outro, dividindo o prato de omelete que preparei.

— Sério! Isso é incrível – ele falou, sem esconder a satisfação. – Você tem o dom, filho.

— Não exagera. Está meia-boca.

— Está perfeito.

Ele continuou com os elogios e imaginei como começar a falar o que precisava.

Por fim, esperei Filipe terminar de comer para tocar no assunto.

— Pai – tomei coragem. – Preciso conversar com você.

— Ah, claro – ele engoliu o restante do omelete e afastou o prato de nós. – Pode dizer. Está com algum problema?

— Não.

— Algo com o David? Já aviso que adorei aquele garoto, mas se ele te magoar basta me contar que dou um jeito de sumir com o corpo – brincou.

— Está tudo bem entre o David e eu. Não é nada disso. É um assunto mais delicado.

— Hum – ele ficou mais sério quando ouviu aquilo. – Está começando a me preocupar. O que foi?

Ele franziu a testa.

— Vou direto ao ponto. – Falei. – Preciso de dinheiro.

— Ah, é só isso? Quase me assuntou, menino. – Ele tirou a carteira do bolso.

— Não, o senhor não entendeu. – Fiz ele guardar a carteira e continuei. – Tenho dezoito anos. Minha mãe ne deixou uma herança, você sabe disso. Não é muita coisa, mas preciso que me dê acesso a esse dinheiro.

— Ah, sim... – ele baixou a cabeça. Parecia não gostar do assunto. – Posso saber para o que seria? Não que queira me envolver demais. O dinheiro é seu, mas...

— Quero sair de casa.

A reação dele foi de partir o coração. Minha vontade era de desistir dos meus planos, abraçá-lo e dizer que jamais sairia do seu lado, mas a verdade é que adiei aquilo por tempo demais. Quando cheguei naquela casa, sabia que seria um local provisório.

— Foi algo que Rebeca e eu fizemos? Sei que vocês dois não se dão bem.

— Não. Imagina. Vocês foram... Na verdade, vocês são os melhores pais que eu poderia ter tido. Agradeço por tudo o que fizeram – e suspirei, deixando as lágrimas escaparem um pouco. – Mas acho que está na hora de ter um espaço meu e conquistar aquilo que quero. Tenho planos que devem ser realizados.

Ele baixou a cabeça, choroso. Aquilo era difícil para nós dois.

— Posso transferir o dinheiro para você amanhã. Mas não posso mexer na parte do Caleb.

— Sim, está certo.

— Pretende leva-lo?

— Não, fique tranquilo quanto a isso.

— A única coisa que me deixa preocupado são seus objetivos. – Ele segurou minha mão e me olhou nos olhos. – Tome cuidado. Por favor, não se deixe levar por seja lá o que estiver planejando.

— Pai...

— Não sou idiota, Bernardo. Te conheço melhor do que qualquer outra pessoa. Sei que é forte, mas que se deixa levar por essa sua... capacidade de manipular. Mas existem coisas que você não pode controlar por mais que planeje e se prepare. Algumas pessoas são imprevisíveis e podem te machucar.

Ele apertou minha mão e, de algum jeito, imaginei que estivesse implorando para que desistisse da minha vingança.

Balancei a cabeça, na tentativa de disfarçar o abalo que senti com aquelas palavras.

— Sou só um jovem saindo da casa dos pais – brinquei. E tirei minha mão da dele, de um jeito um pouco brusco. – Não se preocupe. Ficarei bem.

Liguei para David e contei que deixaria a casa dos meus pais.

Ficamos horas conversando, trocando experiências e brincando um com o outro na linha até que ele adormeceu e tive que desligar para não aturar os roncos.

Minha relação com David estava indo tão bem...

Uma pena que nada é infinito. Hora ou outra ele descobriria quem eu era e me questionava se não seria bom terminar nossa relação antes disso.

— Oi, amor! – David chegou por trás, me abraçou e me fez corar na frente de todo o escritório. Ele me apertou e beijou minha bochecha com afeto.

— David! – Tentei me afastar. – Eu tô trabalhando!

Ele se virou e sorriu para mim. Depois se sentou em cima da minha mesa e desarrumou algumas das pilhas de papéis que levei horas para organizar.

— Também estou! – Ele se defendeu. – Acredite ou não, meu pai quer que comece a usar meus 2% das ações e compareça às reuniões.

— Espera. Você tem 2%? – Fiquei curioso.

— Claro que tenho. Sou filho do dono, esqueceu? – Ele me deu um beijo e se afastou. – Vai ter reunião agora. Daqui a pouco eu volto.

— Vou estar lá.

— Ah, sim. Então nos vemos aqui a pouco. Beijos!

Ele correu para fora e fiquei ali, pensativo.

Ajeitei a gola da minha camisa, peguei o jarro de água e os documentos e fui para a sala de reuniões. Lá dentro todos pareciam ansiosos, observavam o tempo passar e aguardavam a chegada de um Francis que a essa altura estava bem longe do país.

Enxerguei meu pai biológico, mas minha atenção foi para Ryan, que gritava com a caixa de mensagens do Francis, inutilmente. Quando ele me viu, desligou o telefone e lançou um olhar fulminante na minha direção.

— O que pensa que faz aqui, garoto? – Berrou.

— A água – falei, entregando a jarra e espalhando os copos pela mesa, devagar. – E trouxe também a sua papelada.

— Tenho outras pessoas para fazerem isso! – E grunhiu. – Não recebeu a merda do e-mail hoje de manhã? Você está demitido!

— Demitido? – David pareceu surpreso. – Pai! Ficou maluco?!

— É isso o que faço com empregados incompetentes!

Sorri para ele. Claro que li aquele e-mail idiota, mas não liguei a mínima. Aquilo com certeza era uma retaliação pelo que houve no jantar. Boris estava tão desesperado que buscava qualquer coisa para me afastar dele.

Era bom estar por cima da situação.

Por isso contornei a mesa e me sentei no lugar que pertencia a Francis. Bem em frente ao sr. Gordon.

Ele se levantou, furioso.

— O que significa isso? – Ele gritou.

— Ah, nada demais. – Abusei da ironia. – Só estou me colocando no meu lugar.

— Ben? – David era o mais confuso ali, por isso o ignorei.

— Se fosse você olhava melhor para os documentos que te entreguei, Sr. Gordon – falei, com um sorriso vitorioso.

David estava perdido. Lilian parecia relutante entre dizer alguma coisa ou ficar quieta, Caio até se divertia um pouco com a situação e meu tio... Ah, ele estava furioso!

— Está escrito que de agora em diante sou um dos acionistas dessa empresa, com direito a voto. – Expliquei. – Ontem Francis "vendeu" sua parte da empresa para mim. Sabe o que significa? Que não sou mais seu empregado incompetente, senhor Gordon. Mando aqui tanto quanto você.

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