Ela e eu

Autorstwa laresppereira

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Luísa sempre teve um olhar diferente para uma professora de sua faculdade. Quando finalmente consegue lhe ter... Więcej

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Prólogo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXXIX
XXXX
XXXXI
Carta
:)
Informações

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Autorstwa laresppereira


Ana:

Entrei na sala de aula, dei o final da matéria para a segunda prova, fiz a chamada e liberei todos. Tirei dúvidas de alguns alunos que pediram em minha mesa, peguei minhas coisas quando a sala esvaziou e desci.

- Estou indo embora, estou com muita dor de cabeça. - Falei para Cecília que checava alguns papéis na mesa. - Me libera?

- Eu explico para a Katherine depois, sem problemas. Melhoras, Aninha.

- Obrigada, Cecília.

Desliguei o computador e fui embora. Chequei as redes sociais dentro do carro, enquanto o sinal estava fechado. Luísa tinha postado um storie estudando, então deixei a menina em paz e fui para casa descansar um pouco.

No sábado fui na oficina com minha irmã e conseguimos tirar o carro e levar para outra oficina, entraríamos com processo contra a primeira e resolveríamos tudo. Depois almoçamos na casa de nossa mãe, conversamos um pouco e depois me despedi. Deixei Raquel (irmã) em sua casa e segui para a minha.

Fiz um chá verde, tomei um copo e fui assistir algum programa idiota que passa aos sábados à tarde. Acabei cochilando e acordei quase oito da noite. Sem sono e sem ter o que fazer, abri uma cerveja e fui estudar um pouco para a construção de um possível artigo no futuro. Não havia falado com Luísa e estava com saudades, mas não queria entrar em contato. Ela que ficasse com Cecília.

No domingo, acordei quase meio-dia. Tomei um banho, tomei um copo de leite e liguei a TV da sala em um canal de músicas. Comecei a ajeitar a casa que estava uma bagunça, e ao terminar, quase as duas horas, o interfone tocou e o porteiro avisou que uma pessoa estava subindo, e que pedira surpresa, e que como conhecia, achou problema nenhum permitir.

Meu coração acelerou imaginando Luísa, mas quando abri Bruna estava sorridente com uma mala ao lado.

- Oi! - Ela me agarrou e nos beijamos. Eu continuava em choque. - Está surpresa?!

- Si-sim! Você me mandou fotos do Rio hoje de manhã, garota! - Dei-lhe um selinho e fechei a porta.

- Mandei antes de embarcar para que a surpresa desse certo. Estou morrendo de fome, tem almoço?

- Sim, no forno... E seus pais? - Fomos pra cozinha e ela pegou a lasanha.

- Ficaram. Eu também tinha as provas, não iriam permitir terceira chamada por conta de férias de lazer. - Ela colocou a lasanha no prato e começou a comer. - Aliás, amanhã eu tenho prova de Ambiental e o estágio de dia.

- Você vai se sair bem, relaxa.

Bruna ficou contando da sua viagem e dormiu em minha casa. Quando amanheceu, ela saiu primeiro, pois iria em casa trocar de roupa e deixar a enorme mala.

Tomei um banho às 8h, preparei um café forte e puro, vesti uma calça social branca, blusa de botão preta meio transparente, sorte do sutiã ser rendado e escuro, coloquei um salto bem alto e preto.

Como eu entrava apenas 9:30 nos dias de segunda, quarta e sexta, e o relógio marcava 8:50, passei em uma floricultura para encomendar um buquê de rosas.

- Certo, você deseja assinar algum cartão? - A vendedora perguntou enquanto reservava um buquê de rosas vermelhas.

- Não, a pessoa saberá quem é. - Falei e retirei o cartão da carteira. - Hum, acho que levarei dois.

A vendedora me olhou confusa.

- Mas agora um que seja misturado com brancas e vermelhas. - Apontei um buquê próximo a ela. - Esse eu vou assinar.

Peguei o papel, uma caneta preta e escrevi:

"Estou com saudades. Vamos jantar hoje, às 20 horas, no Outback do shopping. Beijo."

Coloquei entre as rosas e deixei bem claro os endereços de cada um. Paguei e fui para a faculdade. Cecília estava aplicando prova, então o tutorial seria de meu atendimento.

Recebi a mensagem de Bruna horas depois, agradecendo o buquê várias vezes.

Quando anoiteceu, dei a última aula e fui direto para o shopping.

**

Luísa:

Eu resolvi todas as questões da prova e antes de entregar para o professor, um homem surgiu na porta carregando um enorme buquê.

- Entrega para Luísa. - O homem avisou e os poucos alunos que ainda faziam a prova me encararam. - Você precisa assinar.

Levantei, peguei o buquê e assinei o papel. Entreguei a prova ao professor e saí da sala. As meninas estavam na porta e ficaram boquiabertas com as rosas.

- Quem mandou isso?! - Bia perguntou.

- Não sei.

- Aqui tem um cartão. - Paloma apontou e eu peguei.

Li o que estava anotado e guardei no bolso.

- Não tem nome, mas quer jantar comigo.

- Hummm... Cheia de segredos! - Layssa disse me abraçando. - É a loirinha?

- Não sei, Layssa.

Fomos almoçar no campus e depois fui embora agarrada com meu buquê. Foi o primeiro que recebi em toda a minha vida. Queria muito falar com Cecília, mas ela estava ocupada por ser semana de provas.

Quando anoiteceu, vesti um short jeans branco, uma blusa rosa de mangas, uma sapatilha rosa e uma bolsa grande e preta. Por sorte, eu morava próximo ao shopping e fui andando em passos largos.

Cheguei primeiro e perguntei se alguém estava me aguardando, uma recepcionista informou que havia uma reserva em meu nome, mas a pessoa ainda não havia chegado.

Sentei e fiquei mexendo no celular. Pedi um chopp e enquanto tomava, avistei Ana entrar de calça branca, blusa preta transparente e saltos maiores que os normais que costumava usar.

- Não acredito... - Sussurrei enquanto ela sentava à minha frente.

- Oi. Surpresa?

- Você quem me mandou o buquê?!

- Sim, e pelo visto você adorou, chegou até primeiro. - Ela sorriu e eu cerrei os olhos. - Já fez o pedido?

- Ainda não, apenas pedi o chopp.

Ana chamou o garçom e fez o pedido para nós duas, e pediu um suco para ela.

- Não posso beber, estou dirigindo. E ainda preciso corrigir algumas provas. - Ela falou enquanto provava o suco de laranja.

- Porque me mandou um buquê?! Fiquei morrendo de vergonha, recebi durante a prova.

- Queria fazer uma surpresa, Luísa. Eu não sei o seu endereço, então tive que mandar para lá. Sorte sua que tenho acesso ao sistema, porém limitado, e descobri a sua sala.

Nosso jantar chegou e ficamos conversando sobre o dia e a semana, principalmente sobre as provas e aproveitei a oportunidade de tirar algumas dúvidas sobre a prova do dia seguinte.

- Agora vamos comprar o seu vestido. Estou lhe devendo. - Ela disse enquanto pagava a conta.

- Finalmente, pensei que nunca fosse me dar. - Falei enquanto levantávamos e ela me lançou um olhar, eu ri e beijei sua bochecha. - Estou brincando, meu amor.

Quando saímos, Ana segurou minha mão. Andamos de mãos dadas até uma loja chique e cara.

- Ei, meu vestido não foi tão caro assim. - Falei antes de entrar.

- Deixe de bobagem, Luísa.

Entramos e ela apontou uma arara de roupas, enquanto sentava em uma poltrona branca e aceitava uma taça de champanhe. Lancei um olhar para ela, que encarava a vendedora sorridente.

Olhei alguns vestidos e escolhi três para experimentar. Segui até o provador e enquanto provava o primeiro, escutei risadas e sussurros. Tirei e experimentei o segundo.

- Quero ver como está. - Escutei Ana falar alto.

Suspirei e saí do provador. Ela sorriu e assentiu.

- Esse ficou ótimo.

- Peguei outro, vou experimentar.

Entrei no provador e coloquei mais um. Esse era curto, ficava bem abaixo do bumbum, era vestido atrás, mas na frente tinha um decote bem maior que o meu. Decidi leva-lo, pois ficou melhor que o segundo.

Saí do provador e Ana me encarou séria, negando.

- Ficou ótimo! - A vendedora disse se aproximando. - Temos vermelho e branco.

- Eu gostei desse preto, mas posso ver um vermelho.

A vendedora se afastou e Ana levantou, colocou a taça numa mesinha e se aproximou.

- Esse é muito curto e decotado. O outro é mais bonito e mais vestido.

- Mas eu não gostei, prefiro esse.

A vendedora voltou com o vermelho. Ana continuou me encarando séria, mas eu não iria voltar atrás. Decidi levar o preto e entreguei a vendedora.

Ana foi até o caixa, pagou, pegou a sacola e me entregou, sem antes de abraçar e se despedir da vendedora.

- Esse vestido é ridículo. - Ela disse enquanto segurava minha mão.

- Não sabia que você ficava abraçando as vendedoras. - Falei de uma vez.

- Aquela garota começou Direito, mas não se identificou e saiu. - Ela falou.

- Mas vocês estavam sorridentes demais.

- Passado, Luísa. Esqueça isso. - Ela me falou bufando. - Vamos embora.

- Quero chocolate. - Falei, mas ela pareceu ignorar. Então puxei minha mão. - Vou comprar chocolate, pode ir.

Comecei a andar para a praça de alimentação e senti Ana andar atrás de mim. Ela me alcançou e segurou minha mão mais uma vez.

- Brownie e sorvete? - Perguntou.

- Pode ser.

Ela me levou até uma casa de brownies e fez o pedido. Sentei em uma mesa próxima e ela sentou ao meu lado, colou seu corpo ao meu e beijou meu rosto.

- E aí, o que achou do nosso encontro? - Ela perguntou baixo.

- Adorei. Amanhã vou me ferrar na prova, mas eu não ligo muito. - Ela riu.

Uma garota entregou nossa taça de sorvete com brownie e saiu.

- Então, como foi na época da vendedora?

- Meu Deus, Luísa...

- Estou brincando. - Balancei os ombros e ri. - Ela ficou animada com sua chegada. - Ana me encarou. - Tudo bem, vou parar!

Ergui as mãos e ela riu. Dividimos a sobremesa em meio a brincadeiras e selinhos. Dessa vez, insisti em pagar a conta e fomos embora.

Ana me deixou em casa, nos despedimos com um beijo demorado e logo entrei.

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