Ela e eu

By laresppereira

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Luísa sempre teve um olhar diferente para uma professora de sua faculdade. Quando finalmente consegue lhe ter... More

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Prólogo
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXXIX
XXXX
XXXXI
Carta
:)
Informações

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By laresppereira


Luísa:

Cheguei em casa e por sorte, minha família tinha saído pra algum canto. Entrei no quarto e troquei de roupa. Vesti um pijama e dormi o resto do dia. Estava cansada e só desejava dormir até o dia seguinte.

Infelizmente, acordei de noite com muita fome. Tomei um banho rápido, peguei algumas frutas e jantei. Voltei para o quarto e liguei o celular que estava desligado por algum motivo.

Havia dez chamadas de Cecília, duzentas mensagens no grupo das meninas e uma mensagem de Ana. A única que visualizei foi de Ana.

"Cecília passou o dia na casa de Fernando. Tem certeza que foi pra casa dela? rs."

Respirei fundo e lembrei do nosso beijo. Eu sempre gostei e quis ter algo com Ana, mas Cecília está sendo legal comigo, mesmo que eu não tenha essa paixão com ela. Não queria e nem poderia magoá-la.

Como não consigo ficar calada, mandei:

"Primeiro, nem sei como conseguiu meu número. E segundo, eu estava na casa de uma outra mulher. Não existe só Cecília na minha vida."

Ela visualizou no mesmo instante e eu saí do Whatsapp. Liguei para Cecília, conversamos sobre a festa e sobre o pós. Ela realmente dormiu na casa de Fernando e foi para casa à noite. Falei que passei o domingo dormindo, mas queria vê-la em breve.

Quando desliguei, Ana havia apenas visualizado e isso me irritou. Coloquei o aparelho para pegar mais carga e dormi até o dia seguinte.

***

- Você está pegando a Cecília?! - Layssa gritou aos quatro ventos da faculdade.

- Cala a boca! - Falei vermelha.

- Ela beija bem?! - Assenti. - Vocês já transaram?

- Ainda não, vamos com calma. Só que aconteceu algo no domingo que... Ana e eu nos beijamos na casa dela.

- Como?!

Expliquei tudo o que aconteceu nas duas últimas semanas e as meninas entraram em um surto de felicidade. Fiquei apenas rindo e respondendo as perguntas. Pedi segredo e logo fomos para a aula.

Tive que passar o dia na terça-feira. Não deu para ver Cecília, mas Ana estava lá o dia inteiro. No horário do almoço, estava indo ao refeitório quando o carro de Ana parou.

- Ei, estou indo almoçar em casa. Vamos?

- Não, muito obrigada.

- Preciso devolver seu vestido.

- Traga mais tarde. - Respondi e ela bateu a mão no volante.

- Deixe de ser teimosa. Entre no carro antes que eu lhe pegue no colo.

- Duvido!

Ana abriu a porta do carro e eu logo corri para entrar, antes que todos vissem minha calcinha, pois eu estava de vestido curto. Ela levantou os vidros, trancou as portas e aumentou o volume do som em uma música de MPB.

- Gosta?!

- Estou com fome, apenas me alimente. - Ela riu e seguimos em silêncio.

Chegamos em sua casa e uma empregada já estava ajeitando a mesa.

- Boa tarde, dona Ana. Posso servir?

- Daqui a pouco eu digo, preciso conversar com essa moça.

- Oi, boa tarde. - Falei apertando a mão da senhora.

- Me acompanhe.

Ana andou para o corredor e eu lhe acompanhei. Entramos em uma porta e era seu escritório. Ela fechou a porta atrás de mim e passou a chave. Havia vários livros do curso de direito, algumas pastas com papéis, porta-retratos com duas mulheres ao seu lado, provavelmente a sua família, e na mesa um notebook, tablet e mais papéis.

- Aqui está o seu vestido. - Ela pegou uma bolsa de loja de roupas e me entregou. - Comprarei outro ainda hoje.

- Como?!

Tirei o vestido da sacola e o decote tinha sido arrebentado e o vestido estava com manchas brancas de algum produto de limpeza.

- O que você fez com meu vestido?! - Tentei me acalmar, mas estava visível que eu estava furiosa.

- Eu não sei lavar roupa muito bem. Fui ser gentil, fiz besteira. Não se preocupe, iremos até uma loja comprar um igual. - Ela mexia no notebook tranquila, como se eu não estivesse com vontade de lhe dar vários tapas.

- Era o meu favorito! Minha mãe quem me deu, Ana! - Gritei e ela fechou os olhos. - Trate de encontrar um idêntico ou eu... Compre um igual!

Joguei o vestido sobre a sua mesa e tentei abrir a porta, mas a chave estava na sua mão.

- Vou embora, abra a porta. Me dê essa chave.

- Você precisa se controlar mais. Principalmente quando falar comigo. - Ana começou a se aproximar de mim e me prendeu contra a porta.

- Porque? Você vai me bater? Ah, me poupe, Ana.

- Pode ser uma boa ideia.

Ela segurou meus braços para cima e beijou meus lábios. Colou seu corpo no meu e senti meu corpo acender em chamas.

Ana:

O que eu mais queria era foder Luísa no meu escritório naquele momento. Não me importava quantas reuniões, aulas e processos eu tinha que resolver. Queria nos resolver.

Segurei a barra do seu vestido e subi devagar. Passei a mão pela sua coxa até chegar em sua calcinha. Ela gemeu baixo entre o beijo e eu desci para seu pescoço, chupando e lambendo.

- Ana... - Ela gemeu meu nome e eu não pude aguentar mais.

Fiquei de joelhos e baixei sua calcinha, retirando-a. Coloquei no bolso frontal da minha calça e comecei a chupa-la. Ela era deliciosa. Lu segurou minha cabeça, empurrando ainda mais contra seu sexo. Penetrei um dedo, dois dedos e até o terceiro. Lu era deliciosamente apertada e o ritmo dos meus dedos faziam com que seu corpo batesse contra a porta, fazendo a porta também balançar.

Quando ela se desfez em minha boca, chupei um pouco e levantei. Fiz-a chupar meus dedos e após beijei seus lábios. Lu estava vermelha demais.

- Começamos pela sobremesa. - Pisquei e ela sorriu, envergonhada.

Sentei-a na cadeira, servi um copo de água que tinha na jarra do pequeno escritório e lhe ofereci. Ela bebeu e em seguida fiz o mesmo.

- Sábado iremos ao shopping comprar seu vestido, não se preocupe.

- É bom mesmo eu não me preocupar.

Logo Maria, a empregada, bateu na porta.

- Está com fome? - Ela assentiu. - Vamos.

Sentamos na mesa e nos servimos. Comemos em silêncio, apenas trocando olhares. Luísa tinha alguma coisa que me trazia calma, eu gostava de estar com ela, mas ao mesmo tempo achava um erro me envolver, pois não queria machuca-la.

Maria retirou a mesa quando Luísa levantou-se junto comigo.

- Vou buscar minha bolsa. Já retorno.

Fui até o escritório, peguei a bolsa, a chave do carro e segui para a sala. Ao chegar, Luísa estava com uma cara totalmente diferente, maia fechada e de braços cruzados. Maria já estava na cozinha lavando as louças.

- O que foi, Lu? - Perguntei fechando a porta.

Saímos de casa e entramos no elevador. Entramos no carro, ainda com aquele silêncio tenso, liguei o veículo e coloquei o cinto.

- Luísa, Maria falou algo?

- Não, ela é um amor de pessoa. Eu apenas vi uma coisa e... Deixa pra lá.

- Pode confiar em mim, sabia?

- Eu vi uma foto sua com Bruna em um porta-retrato na sua sala, próximo a TV. Eu não tenho direito nenhum de estar chateada, até porque sei do namoro de vocês, mas... É que isso nunca vai acontecer comigo, sendo você e eu. - Ela suspirou e olhou pra fora do carro. - Estou sendo idiota, desculpe.

- Eu amo a Bruna, estamos namorando há alguns meses, eu não penso em terminar.

- Se ama tanto, porque trai ela comigo? - Luísa riu com irônica e negou com a cabeça.

- Porque eu quero transar com você. Não uma vez, mas inúmeras vezes, quantas vezes você ou eu quisermos. O que temos é isso.

- Isso o que? - Ela perguntou enquanto eu estacionava na vaga do campus.

- Sexo. Apenas cama. - Respondi.

Luísa abriu a porta do carro antes que eu desligasse o veículo e saiu em direção ao bloco. Gritei seu nome, mas foi em vão. Estacionei direito, peguei minhas coisas e fui para o tutorial. Luísa estava sentada na frente de Cecília, já que dividíamos a sala.

- Boa tarde, Ana! - Cecília disse sorridente.

- Oi, Cecília! - Beijei o topo de sua cabeça enquanto encarava Luísa. - Almoçou com quem?

- Tive que almoçar fora daqui, com minha mãe. E você?

- Em casa... - Sorri e sentei na minha cadeira. - Muito bem acompanhada...

- Está com cara de quem aprontou.

- Eu sempre apronto. - Luísa me encarou cerrando os olhos. - Ei, vocês topam um programa de casal essa sexta?

- Iríamos adorar, né, Lu?! - Cecí diz entusiasmada e ela assente.

- Ótimo, vamos para um barzinho novo que conheci. Bruna vai adorar te conhecer, Luísa.

- Também quero muito conhecê-la, contar algumas coisas, sabe... - Ela me encarou e eu apenas retribui com um olhar sério.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem.

"Sua calcinha continua no meu bolso."

"Espero que sua namorada encontre."

- Preciso ir, tenho curso do grupo de pesquisa no outro bloco. - Luísa levantou, puxou o vestido para baixo e deu a volta na mesa de Cecí. Deu-lhe um selinho demorado e saiu da sala.

"Será que Cecília reconhece a sua calcinha?"

"Vai se foder, Ana."

Depois que terminei de dar todas minhas aulas do dia, o relógio marcava 22:15h. Liberei todos os alunos, peguei minhas coisas e fui para o carro. De longe, vi uma pessoa encostada no veículo e me acalmei ao ver Bruna.

- Você sumiu, hein? - Ela disse me dando um abraço. - Podemos ir jantar?

- Onde quer ir? Estou cansada, quero ir logo pra casa...

- Podemos passar no drive do McDonalds e comer na sua casa. Meu carro ficou com minha mãe hoje, vim de Uber. - Assenti e coloquei minha bolsa no banco de trás. - Pode ser?

- Entra aí.

Seguimos até o McDonalds, fizemos os pedidos e seguimos para minha casa. Bruna tagarelava sobre seu final de semana fazendo os trabalhos, sobre o estágio e das aulas do dia.

- E como foi seu dia? - Ela perguntou.

Ah, eu dei aula, depois transei com uma aluna no escritório de casa, ou seja, lhe traí, a calcinha dela está na minha calça nesse momento e estou indo embora com minha namorada como se nada tivesse acontecido.

- Foi bom... Cecília e eu resolvemos aquele assunto das palestras, o edital de monitoria irá sair daqui a uma semana e marcamos as datas das provas finais. Ah, sexta-feira marquei um barzinho com ela, programa de casal.

- Cecília está namorando? Quem é?

- Sabe aquela garota da festa? Então, parece que é ela. - Bruna começou a rir.

- Nunca pensei que Cecília fosse gostar de mulher, Ana.

- Ninguém é heterossexual, querida. Todos nós temos um lado que gosta do mesmo sexo. - Desliguei o carro na garagem, peguei meu lanche e desci do carro. - O mundo que gosta de rotular as pessoas.

Entramos no apartamento, fechei a porta e comemos os sanduíches enquanto assistia o final de um filme infantil da Disney. Levantei, joguei as coisas no lixo e fui tomar um banho. Tirei a roupa, peguei a calcinha de Luísa e coloquei no fundo do cesto. Após o banho demorado, vesti um pijama e deitei na cama esperando que Bruna tomasse seu banho e deitasse ao meu lado.

Trocamos selinhos e logo dormimos.

Acordei de madrugada e senti mãos ao meu redor. Olhei com esperança de ver Luísa, mas Bruna dormia serena ao meu lado. Suspirei, me afastei um pouco e voltei a dormir.

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