Prision [Em Edição]

By blueninaa

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De seis em seis meses, Kyungsoo procurava por novos ômegas para ajudar os seus amigos no cio. Mas, daquela ve... More

Prologue
The First Meeting
The First Impression
The First Friendship
The First Kiss
The First Plan
The Second Kiss
The First Contact
The First Date
The Second Plan
The First Joke
The Second Date
The First Rejection
The First I Love You
The First Threat
The First Bite
The First Confession
The First Time
The First Sensations
The First Pregnant
The First Revelation
The First Consultation
The Second Pregnant
The Third Date
The First Touch
The Second Touch
The Fourth Date
The First Propose
The Second Revelation
Não é cap, mas é importante!
The Truth About Him
Leia Atentamente, Por Favor.
The Mixed Feelings
The Problems Started
The First Interference
The First True Moment

The First Chance

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By blueninaa

~*~
A Primeira Chance

Junmyeon e Sehun estavam sentados um ao lado do outro na sala de espera do hospital. Os dois resolveram dar um tempo para Minseok ficar com Jongdae. Não queria atrapalhar o casal, já que eles tinham muito para conversar.

— Vamos tomar um café, hyung? — questionou Sehun, cansando de ficar sentado ali.

Junmyeon apenas assentiu antes de sair atrás do mais novo e caminhar em silêncio junto à ele até a lanchonete do hospital. Por sorte, a mesma estava completamente vazia. O único som propenso no cômodo era da chuva que —ainda caia do lado de fora —, e de alguns funcionários que conversavam. Parecia que eles respeitavam a lei do silêncio inclusive por ali. O dia estava bastante frio, tanto que o ômega estava encolhido dente de um suéter grosso.

O mais velho pegou uma caneca de café fumegante, sentindo seus dedos começaram a se queimar com o contato da pele com a porcelana quente, então ele andou rapidamente até a mesa e colocou-a em cima, com cuidado. Olhou para as suas mãos assim que se sentou, vendo que as pontinhas de seus dedos estavam vermelhas, ardia um pouquinho, mas nada que um pouco de gelo não resolva. Alguns minutos depois Sehun se sentou de frente à ele, com um pedaço de torna e cappuccino. Na lanchonete do hospital não haviam garçons para lhe atender nas mesas, então você mesmo tinha que ir até o balcão e pegar o seu pedido.

— Sabe direitinho o que aconteceu com Jongdae? — perguntou Junmyeon, um pouco curioso a respeito daquilo. Enquanto assoprava o café, estava muito, muito, muito quente, ele queimaria a língua se resolvesse beber aquilo agora.

Sehun suspirou antes de pensar em responder qualquer coisa. Não sabia se deveria dizer aquilo ao ômega, por isso resolveu resumir um pouco.

— Acredito que seja alguém da universidade. Procurarei saber direitinho sobre isso.

— Você vai dar um jeito nisso, não é mesmo? — o menor fez uma careta.

— Não posso deixar ninguém fazer aquilo com ele e sair impune.

— Você é um bom irmão, Sehun-ah! — sorriu.

— Eu tento. — deu de ombros. — Não fiz coisas legais para ele no passado, estou tentando concertar agora.

— Acho que Jongin faria o mesmo por mim e por Minseok. Ele não deixaria ninguém nos machucar e sair impune. É o mesmo que você está fazendo.

— Seu irmão é um alfa bom, só é doido. — disse Sehun, fazendo o menor rir.

— Por quê?

— Será que eu fui o único a perceber que ele está caidinho pelo Kyungsoo hyung?

Junmyeon riu mais ainda, quase se engasgando com o café. Ele também havia notado que o irmão mais novo ficava diferente quando estava perto do ômega, ou quando ouvia o nome do mesmo ser citado. Mas por um momento achou que aquilo podia ser coisa da sua cabeça, afinal Jongin e Kyungsoo não combinavam em absolutamente nada.

— Ele fica com uma cara de idiota ao olhar para ele. — disse o ômega, colocando a mão na boca para abafar a risada.

— Fica sim! — Sehun concordou, rindo junto. — Jongin tá perdido. O hyung nunca vai dar uma chance para ele.

— Você acha que não?

— Não mesmo. Kyungsoo hyung não é o tipo de ômega que se envolve com alfas. Ele só dormiu com o Chanyeol nesse anos todos, mas apenas quando no primeiro cio, ou quando as coisas estavam insuportáveis de aguentar.

— E se eles forem almas gêmeas? Você sabe que lúpus tem o seu par destinado. — Junmyeon entristeceu de repente, abaixando a cabeça, ele começou a passar o dedo na borda da caneca vazia. — Tenho medo do Yixing encontrar a alma gêmea dele.

Sehun deu um sorriso compreensivo. Ele queria poder dizer a verdade, ainda mais vendo a carinha triste do mais velho. Mas ele se conteve, não poderia dizer qual era a ligação que havia entre o recente casal, não era o momento certo deles saberem ainda.

— No caso do Kyungsoo, ele vai evitar Jongin mesmo se ele for sua alma gêmea. Agora no seu caso, tenho certeza que você é a alma gêmea de Yixing.

— Mas eu não sou um lúpus, Sehunnie.

O ômega estava triste com aquele assunto. Sehun podia perceber a tristeza exalando dele. E uma coisa que o maior detestava, era aquela insegurança que Junmyeon tinha. O pequeno era simplesmente adorável. Ele não era feio, nem sequer desajeitado ou gordo — não que isso fosse um problema, pois não era. Mas ômegas costumavam ter inseguranças com a balança. Achava-o incrivelmente lindo, apesar de não sentir atração física por ele, pois sentia uma coisa mais maternal vinda do ômega. Gostava de brincar que ele era o seu omma, pois sempre considerou Yixing como seu appa, igual Jongdae considera Kyungsoo.

A questão toda era que Junmyeon era tão perfeito para Yixing e, Yixing era tão perfeito para Junmyeon. Parecia que os dois haviam sido desenhados sob medida um para o outro. E, na verdade, eram mesmo. Haviam tantas coisas que apenas Sehun, Jongdae e Minseok sabiam a respeito desses dois, que deveria ser revelado em breve, mas vendo o ômega tão inseguro e triste em seu frente, o dançarino teve uma enorme vontade de desentalar todos os segredos que tinha guardado. Porém, sabia que não podia de forma alguma, então se segurou para ficar quieto.

— Não pense nisso, hyung. Vocês estão juntos e apaixonados. Isso que é verdadeiramente importante! — sorriu de lado para ele.

Kim fez que sim com a cabeça. Talvez fosse melhor dar ouvidos para Sehun e não pensar naquelas coisas. Se Yixing estava com ele, era porque o queria, certo? Certo.

xx

Jongin estava sentado na cozinha, enquanto tomava um pouco de suco de laranja que Baekhyun havia feito. Os dois ainda estavam em casa, pois tinham combinado que iriam visitar Jongdae mais tarde. Sehun disse que queria ajuda do alfa para resolver algumas coisas. Então, ele se encontraria com o estudante no hospital quando fosse com o motorista deixar Baekhyun por lá.

Mas, ele estava sozinho naquele momento. Ele ficou conversando com o jardineiro por alguns minutos, antes de entrar para tomar o suco que Byun havia feito para os dois. O menor havia ido tirar um cochilo antes deles saírem, deixando o moreno completamente sozinho naquele lugar. Pelo menor era o que ele achava.

Ele havia esquecido a porta que ligava a cozinha ao jardim aberta, fazendo com que um vento frio batesse contra suas costas. E um cheiro cítrico de repente inundou o ambiente.

Já havia sentido aquele aroma antes. Era o cheiro de um certo ômega. Ele se sentia estranhamente bem ao sentir o aroma de Kyungsoo inundando as suas narinas, tão bem de uma forma que achava que nunca havia se sentindo antes.

Do havia acabado de entrar na cozinha. Ele parecia não percebe que Jongin estava ali, ou fingiu não perceber. Era mais propenso ser a segunda opção, já que Kyungsoo era um lúpus, então certamente sentia seu cheiro e presença no ambiente. Ele estava tão fofo naquele momento. Vestia um conjunto de moletom azul claro, tinha os cabelos castanhos bagunçados, o rosto sonolento e os olhinhos menores por conta do sono. Ele estava andando meio molenga, coçando os olhos com as costas da mão, enquanto bocejava. Parecia que havia acabado de acordar.

Definitivamente Jongin estava atormentado com tudo aquilo. Uma sensação estranha se apossou de seu corpo no instante em que o viu ali. Não sabia descrever o que estava sentindo, palavras não eram suficientes para dizer quais eram aquelas sensações bizarras, e até então desconhecidas por ele. Estava dessa forma desde que havia sido agarrado pelo ômega na febre do cio há algumas semanas atrás, e naquele dia em que esbarrou nele na saída do quarto dos ômegas.

O alfa não sabia se era normal estar sentindo essas coisas malucas. Como frio no pé da barriga, as mãos geladas e suando frio, seu coração estava tão acelerado que eu imaginei que poderia ter um infarto ao qualquer momento. E todos os sentidos do seu corpo parecia congelar ao ouvir a voz do empresário.

— Boa tarde, Jongin. Onde está todo mundo? — perguntou Kyungsoo, sem olhar para o alfa, enquanto abria a geladeira para procurar algo pra comer.

— Boa tarde. — o cumprimentou de volta, tentando não deixar a voz vacilar pela aproximação, mas o copo que segurava escorregou por entre seus dedos — por conta do suor frio que acumulou em suas mãos —, e se estilhaçou no chão. — Desculpe-me. Escorregou da minha mão.

— Não tem importância. — retrucou o ômega, na maior tranquilidade, batendo a porta da geladeira.

Kyungsoo foi até a dispensa pegar uma pá e uma vassoura para recolher os cacos de vidro.

— Pode deixar, eu faço isso.

Jongin pegou os utensílios ao notar que o menor estava indo limpar o estrago que ele havia feito. Ele saiu de perto para deixar que o alfa limpasse o local, estava descalço e poderia cortar o seu pé em algum caquinho. Enquanto Jongin limpava, ele podia sentir o olhar de Kyungsoo queimar sobre si. Mas o menor ficou completamente calado. Ele limitou-se a olhá-lo com um ar completamente inexpressivo. O alfa varreu todo o chão. Depois apanhou uma luvas de borracha fornecidas por Kyungsoo e as calçou. Ele pegou todos os cacos que não havia conseguido recolher com a pá e jogou dentro do saco de lixo.

O silêncio do local não lhe pesava nada. Enquanto o ômega observa aquele homem com intensidade. Não sabia o que pensar a respeito dele. Achava-o extremamente charmoso. Tudo nele era bonito, desde o rosto até o corpo moreno, inclusive gostava do pouco que conhecia de sua personalidade. Jongin era um alfa muito, muito bonito. Isso era inegável. Até um cego conseguia enxergar aquilo. E era aí que morava o problema. Ele já se sentia atraído por aquele alfa. E, em seus vinte e seis anos de existência, Kyungsoo havia evitado a se atrair por outras pessoas.

— Você ainda não me respondeu... — disse, ao ver que o clima estava começando a ficar desconfortável. — Onde estão os outros?

— Tao, como sempre, deve estar enfurnado dentro daquele quarto, acho que Luhan está com ele. Baek disse que ia dormir um pouco. Agora o resto está no hospital. — informou, reunindo forças pra que conseguisse responder.

Uma coisa que Jongin gostava muito de fazer, era observar aquele ômega. A primeira coisa que havia reparado em Kyungsoo, quando o conhecera ainda na prisão, foi as enormes esferas castanhas que ele tinha como olhos, era de uma tamanha formosura e transbordava inocência que ele definitivamente não tinha. Sua boca era carnuda e de uma cor forte, como um vermelho, mais puxado para o escarlate, e tinha o formato de coração quando ele sorria — o que aconteceu poucas vezes. Sua pele era pálida e delicada, diferente de seu ser interior. Ele tinha os cabelos raspados do lado e um topete, era um castanho meio caramelado. Aquela autoconfiança que ele exalava, combinando com a sua personalidade forte, era uma das coisas mais atrativas que ele tinha — segundo a opinião de Jongin.

Ao perceber que estava encarando demais, e que Kyungsoo notara isso, o alfa de afastou um pouco. Não queria deixar aquilo mais desconfortável do que já estava.

Do havia notado o olhar de Jongin sobre si. Já havia percebido há muito tempo que o moreno o olhava de uma forma diferente. Talvez desde o dia em que ele cometeu a burrice de não tomar os supressores e seu cio acabou chegando. Ele não estava preparado para um relacionamento, e nem sabia se um dia estaria preparado para se envolver com alguém. Não é que Kyungsoo nunca havia sentindo necessidade, ele não queria se envolver com ninguém, não queria se apaixonar. Mas Kim era um alfa diferente, ele era doce e também sedutor e, de algum modo, estava começando a despertar coisas dentro de Kyungsoo que estavam adormecidas há anos — desde os 17, quando ele se envolveu com um beta no colégio, única pessoa que havia despertado alguns sentimentos no coração do baixinho.

Kyungsoo estava em um dilema: mesmo não querendo se envolver com Jongin agora, ele também não queria ficar longe dele. Estaria mentindo para si mesmo se afirmasse que seu lobo não se sentia balançando quando pensava ou se encontrava com o moreno de sorriso fácil. Ele talvez só precisava de um tempo para avaliar a situação. Para pensar melhor, antes de se envolver com alguém. Ele tinha que avaliar todos os prós e os contras de deixar Jongin entrar em sua vida, para sentir quais eram as suas reais intenções. Alfas cafajestes eram o que mais existia, e Kyungsoo não queria cair na teia de um deles, porque bem que o Kim podia ser um deles, um lobo na pele de cordeiro, prestes a abocanhar sua vítima. E francamente, tudo o que o empresário menos precisava era de um coração despedaçado naquela altura da vida. A julgar pela idade do garoto, que era um grande indício de problema também. Um alfa de dezenoves anos querendo se amarrar em um ômega de vinte e seis? Isso era muito incomum.

Mas ele também podia ser uma pessoa verdadeira. Talvez ele fosse um alfa daqueles românticos — ainda existia, por mais incrível que seja —, que, de fato, estava interessado nele e queria se envolver de verdade. De qualquer modo, Kyungsoo pretendia mantê-lo por perto, e o tempo e as circunstâncias se encarregariam de aproximá-los ou afastá-los de vez.

— E por que você não foi com eles? — indagou o ômega, querendo dissipar o clima desconfortável mais uma vez.

Jongin ainda parecia desconcertado, mas se pôs a sorrir e fez força para responder com toda a delicadeza que conseguia reunir.

— Estou apenas esperando Baekhyun acordar.

— Bom, eu tenho que trabalhar um pouco agora. — sorriu abertamente, deixando Jongin com as bochechas coradas. Kyungsoo sorriu mais ainda ao notar como ele era fofo, outro ponto a favor dele, não havia conhecido um alfa fofo antes — com exceção de Jongdae, claro. — Você é fofo, Jongin-ah!

Ele queria muito dizer que achou o maior encantador, mas teve que se conter. Lembrou-se mais uma vez, que ainda estava avaliando a situação. Uma palavra inadequada e Jongin podia interpretar como uma abertura para avançar o sinal. E o ômega não queria aquilo.

— Obrigado. — Jongin respondeu depois de um breve minuto de silêncio.

O menor apenas sorriu de lado, antes de fazer uma reverência e deixar o recinto. Ele tinha ido na cozinha para comer alguma coisa, mas tinha decido voltar depois. Já havia falado coisas que não devia, e deveria evitar mais constrangimentos por enquanto.

xx

O quarto de hospital estava festivo, diversas vozes diferentes falando ao mesmo tempo e risadas escandalosas preenchiam o ambiente. Aquilo estava sendo legal, tinha dissipado a tristeza que preenchia o local antes.

— Caramba, vocês são muito idiotas! — disse Baekhyun, limpando as lágrimas que preenchiam o cantinho de seus olhos, tinha rido muito que chegou a chorar.

Eles riam das piadas idiotas que Junmyeon estava contando, os meninos riam da risada de Jongin que era extremamente engraçada.

Jongin gargalhava alto dentro daquele quarto de hospital. Ele era aquele tipo de pessoa que ria das piores piadas exesistentes, e Junmyeon era o tipo de pessoa que contava essas piadas, já havia acostumado com esse dom do irmão mais velho.

— Por que a aranha é o animal mais carente do mundo?

— Não sei. Por quê? — respondeu Jongdae, com os olhos brilhando em expectativa para a reposta daquela piada.

— Porque ela é um aracneedyou!

Junmyeon estava fazendo todos na mesa darem gargalhada. As piadas dele eram tão ruins, que chegavam a ser boas.

— Mais! Mais! Mais! — Baekhyun pediu, gritando, dando tapas nas costas de Sehun. O ômega parecia mais um adolescente do que um adulto.

— Por que a velhinha não usa relógio? — perguntou, segurando a risada, enquanto via os amigos confusos. — Porque ela é uma sem hora. Senhora, entenderam?

A risada de Jongin era engraçada, isso fazia os meninos rirem, faziam muito mais graça do que as piadas de tio.

— Mas que merda! — Sehun resmungou, parando de rir. — Chega de querer me fazer rir. E aí, casal, vocês estão bem, certo? — indagou, olhando para o casal Kim que estava um nos braços do outro na cama.

— Estamos ótimos! — respondeu Minseok, abrindo seu belo sorriso gengival.

— Isso é bom. — Sehun sorriu com sinceridade. — Juju tá com namorado... — brincou, tomando a liberdade para enfiar a mão nos fios castanhos do ômega e bagunça-los. — Dae e Min são namoradinhos... Agora só falta Baek se resolver com Chanyeol.

Baekhyun fez uma careta contorcida ao escutar as últimas palavras do lúpus.

— Fica tranquilo, isso nunca acontecerá. — respondeu. — Só estou transando com Chanyeol, porque ele é gostoso e fode bem. Depois que meu tempo naquela casa acabar, nunca mais vamos nos ver. As coisas entre nós nunca vai passar disso, é apenas sexo. — deu de ombros, como se não fosse nada demais.

O cômodo ficou completamente silencioso depois daquilo, e todos — com exceção de Baekhyun, olhavam para a porta do quarto. O ômega estava de costas, e não viu que Chanyeol estava parado ali. Haviam tantos cheiros misturados naquele local, que não havia sentido o aroma natural do alfa. Ele ainda não havia dito nada, apenas manteve a face inexpressiva. Ele estava vestido com o tradicional jaleco branco de médico, com uma prancheta nas mãos e com o estetoscópio enrolado no pescoço.

— É... Eu vim ver se o paciente está bem, mas já que está com visitas, volto mais tarde. — disse, de uma maneira completamente profissional, enquanto todos ainda o encarava como se fosse um fantasma.

Chanyeol sorriu sem mostrar os dentes, formando um linha com lábios, um tanto falso, antes de dar as costas e sair do quarto.

— Você é muito burro, Baekhyun. — disse Minseok, negando com a cabeça.

Byun resmungou algumas palavras inaudíveis, antes de sair correndo atrás do alfa. Achando-o de costas no corredor do hospital.

— Chanyeol! Espera! — a voz do ômega saiu esganiçada e alta. — Hyung, por favor. — Baekhyun lhe chamava sem saber para qual finalidade. Ele conseguiu alcançar o alfa pelo corredor do hospital, agarrando-o pelo pulso.

— Estou trabalhando, Baekhyun. — respondeu Chanyeol, sua voz soou baixa e firme. — Você não tem nenhuma obrigação comigo. Não precisa tentar se explicar.

— Chan... — ele tentou outra vez, mas nem sabia direito o que deveria dizer.

— Não se preocupe.

Chanyeol puxou seu abraço do aperto que o outro fazia, antes de dar as costas e sair dali, deixando o ômega estático para trás.

Ele nunca havia cobrado nada de Baekhyun. Não era obrigação do menor ficar consigo, mas admitia que as palavras dele haviam o machucado. Talvez um dos maiores defeitos do Park, era ser sentimental demais. Ele não era um objeto sexual, não era alguém que só servia para nutrir necessidades sexuais de outra pessoa. Estava muito magoado com aquilo. Porque por um segundo ele pensou que talvez pudesse significar algo a mais para o Byun, mas agora já havia tido a comprovação de que não era nada para ele. Como o mais novo mesmo disse, ele só fodia bem.

Chanyeol foi despertado dos seus pensamentos quando sentiu um beliscão em seu braço, olhou para o lado vendo Yixing com uma feição irritadiça enquanto encarava-o.

— Isso doeu, cara. — reclamou, passando a mão sob a pele beliscada, que agora estava avermelhada por conta da força do outro.

— Onde você estava, Chanyeol? No mundo da lua? — indagou Yixing, levemente irritado.

— Do que você está falando? — questionou de volta, um tanto quanto confuso com aquilo.

— Estou te chamando há um tempão. — Zhang bufou, rolando suas orbes castanhas. — Você simplesmente parou que nem uma estátua no meio do corredor.

— Me desculpe. Eu estava com a cabeça em outro lugar. — deu um sorriso mínimo, tentando disfarçar a sua de enterro.

— Percebi. Está acontecendo alguma coisa? — o moreno questionou, encarando-o de frente dessa vez, sem desviar o olhar por nenhum segundo.

— Não precisa se preocupar comigo, hyung. Não é nada.

— Chanyeol. — Yixing o chamou, com o olhar mais sério daquela vez. — Eu sei que está acontecendo alguma coisa. Me diga o que é. — ordenou.

Park suspirou profundamente. Não escondia nada do melhor amigo, mas não estava nenhum pouco afim de conversar sobre aquilo agora.

— Eu tenho um paciente para atender agora. Podemos conversar sobre isso mais tarde? — desconversou. Estava mentindo, era seu horário de café, e sabia bem que o lúpus tinha noção da sua mentira.

— Essa conversa não acabou aqui. — avisou. Deixou dois tapinhas do ombro do médico antes de deixá-lo sozinho.

Yixing entrou no quarto de Jongdae, vendo a animação que ele tinha por estar conversando com os amigos. Estava feliz por ele estar melhor. Tinha sido muito duro para ele ver o menor machucado.

— Hyung! — exclamou Jongdae animado, ao vê-lo entrando no recinto.

— Como você se sente, saeng? — perguntou, deixando um beijo nos cabelos do mais novo.

— Estou ótimo, hyung.

— Bom, Minseok e Baekhyun, vou pedir ao motorista para levá-los até em casa. — disse Sehun.

— Mas eu queria ficar aqui com ele. — Minseok retrucou, fazendo um biquinho.

— Você vai dormir aqui com ele. Preciso te deixar em casa para que descanse um pouco. Não é muito confortável dormir no hospital, então creio que é melhor você ir agora e voltar depois. — Oh se justificou.

Minseok assentiu com a cabeça.

— Te vejo logo. — ele segurou o queixo do mais novo e deixou um beijo nos seus lábios.

— Jun, cuide bem dele, certo?

Junmyeon maneou a cabeça e  sorriu para Sehun. Ele ficaria no hospital até que o mais novo resolvesse algumas coisas junto com Jongin. Todos se despediram rapidamente, deixando apenas o ômega e o chinês no quarto do estudante.

— Oi. — Junmyeon sorriu para o namorado. Ele estava com as mãos para trás de seu pequeno corpo, suas bochechas estavam coradas e ele tinha um sorriso no canto de seus lábios. Completamente adorável aos olhos de Yixing.

— Oi, bebê. — o de cabelos negros respondeu, enlaçando o outro pela cintura e lhe beijando com carinho e afeto. — Você está com o cheiro do Sehun. — Zhang fez uma careta, ao inalar o cheiro do outro alfa no corpo de seu pequeno.

— Estava tomando café com ele um pouco antes de você chegar.

— Não gostei do cheiro dele em você.

— Isso é ciúmes? — Junmyeon riu, colocando a mão sobre a boca.

— É, sim. Agora eu vou te abraçar muito, para o meu cheiro ficar em você.

— Não estou reclamando.

O ômega passou os bracinhos pelo pescoço do namorado, o abraçando bem forte e enterrou o rosto em seu ombro, deixando um beijinho no local. Yixing também o segurava forte pela cintura. Naquele momento o alfa finalmente havia entendido os seus sentimentos. Sorriu largo quando finalmente havia achado uma palavra para descrevê-los: amor.

Jongdae apenas sorria com um olhar afetuoso na direção do casal. Ele ficava contente por vê-los daquela maneira. Isso significava que todo esforço feito por ele e Sehun estava dando certo.

xx

Minseok e Baekhyun estavam à procura de Luhan pela casa, e tiveram a má sorte de encontrá-lo na companhia de Tao na sala de estar. Apesar do Kim ser amigo do chinês maior, ele nunca gostava de estar perto dele e de Byun, os dois sempre discutiam por coisas desnecessárias.

Uma coisa que Minseok já havia observado era que Baekhyun não gostava de Tao, mas o chinês nunca havia demonstrado ter raiva do garoto, era o contrário. E ele estava certo. Byun não gostava nenhum pouco de Zitao. Também nunca havia escondido isso de ninguém, muito menos dele. Não gostava mesmo. Enxergava todas as coisas ruins nele.

— Melhor conversamos depois, Luhan. Não gosto de ficar na companhia de pessoas sem classe. — Huang debochou, encarando Baekhyun de cima abaixo com uma careta.

— Eu que não gosto de ficar na companhia de vadias fúteis e egoístas. — foi a vez do Byun soltar o seu veneno. — Sua presença na minha vida é totalmente dez. Assim como a sua existência ou como a sua opinião. Totalmente dez. — Baekhyun sorriu com cinismo. — Desnecessária.

— Olha aqui, Baekhyun. — Tao apontou o dedo no rosto do menor. — Se enxerga primeiro antes de querer falar de mim. — os dois ficaram cara a cara, o menor ficou na pontinha dos pés para que pudesse olhar dentro dos olhos do chinês. — Cresce primeiro pra querer vim falar alguma coisa comigo.

— Vocês querem parar de brigar? — Luhan interferiu, frustrado com aquela briga desnecessária. — Os dois são meus amigos, e fica insuportável estar perto de ambos.

— Acha mesmo, Luhan, que isso é seu amigo? — apertou o indicador no peito do ômega maior. — Na primeira oportunidade, ele vai te apunhalar pelas costas. Entenda uma coisa, isso é cobra criada. O poderoso Zitao só se importa consigo mesmo e com dinheiro, mais nada.

Byun havia praticamente cuspido as palavras para cima do mais novo. E pela primeira vez Minseok havia entendido uma coisa. Baekhyun não sentia ódio por Tao, ele tinha uma mágoa enorme guardada em seu peito. Enquanto o chinês apenas escutou tudo com os olhos tristes. E aquilo cada vez deixava o ômega mais curioso. O que será que havia acontecido no passado deles? Era o que Minseok mais queria saber naquele momento e ele iria descobrir logo.

xx

Jongin se encostou na parede do beco que havia perto da universidade, enquanto assistia Sehun começar a amedrontar Chinwha. O alfa não estava ali para fazer absolutamente nada, ele apenas iria garantir que Sehun não iria matar o outro. Haviam percebido que era melhor deixar o garoto acabado do que matá-lo, preferia vê-lo sofrendo do que morto.

— Então quer dizer que você gosta de bater em pessoas mais fracas que você? — indagou, sem esperar mais nenhum segundo antes de desferir o punho na mandíbula do outro. Sehun empurrou Chinwha na parede, socando seu estômago várias e várias vezes.

Ele puxou o menor pelo colarinho da camisa e bateu suas costas com força no muro, para depois acertar um soco em seu nariz. Chinwha soltou uma risadinha irônica, sentindo o sangue escorrer de seu nariz.

— Sabe que vai preso depois que sair daqui, não é mesmo?

— Você definitivamente não sabe quem sou eu.

— Você é só um órfãozinho de merda. Igual o Jongdae. Sabe, eu deveria ter acabado com a vida daquela aberração ontem, mas eu fiquei com pena.

Sehun soltou uma risada sem humor, e agarrou-o pelo maxilar, apertando com toda a força que tinha em seus punhos.

— Eu vou acabar com você. — aumentou mais a força no maxilar.

— Estou pouco me fodendo pra você. — Chinhwa respondeu quase inaudível, por ter o seu maxilar pressionado ficava um pouco difícil para soltar as palavras. Mas Sehun e Jongin entenderam cada palavra que saiu da boca daquele energúmeno.

Sehun ainda não estava tão irritado assim. Estava até calmo perante o que costumava ser, mas as coisas pioraram quando Chinwha teve a coragem de cuspir em sua face.

Sehun passou a mão pelo rosto e limpou aquilo na calça. Olhou para Jongin, sua feição era assustadora e até moreno chegou a ficar com medo ao ver como suas pupilas estavam dilatadas. Chinhwa estava mesmo testando todos os limites da paciência de Oh, ele que não esperava perdê-la tão cedo naquele dia.

O mais novo agarrou os cabelos do alfa e socou sua face contra a parede diversas vezes. Sehun jogou o garoto no chão, e segurou o seu braço, torcendo com tanta força que o barulho do osso sendo quebrado foi alto. Chinhwa gemeu de dor, mas o dançarino não estava com pena, não tinha feito nem a metade do que pretendia ainda.

Sehun estava apenas começando.

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