Heróis (Concluída)

بواسطة ifelipearruda

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Por milhares de anos os humanos dividiram os mesmo traços básicos, mas isso acaba de chegar ao fim. Zacar... المزيد

PARTE UM
UM - A HORA DO PESADELO
DOIS - TRUQUE DE MESTRE
TRÊS - ENTREVISTA COM O VAMPIRO
QUATRO - CAÇADA MORTAL
CINCO - VELOZES E FURIOSOS
SEIS - A VOLTA DOS MORTOS VIVOS
SETE - LINHA DO TEMPO
OITO - V DE VINGANÇA
NOVE - A DANÇA DAS SOMBRAS
DEZ - CONFRONTO NO PAVILHÃO 99
ONZE - EM CHAMAS
DOZE - CISNE NEGRO
o universo compartilhado de Heróis
PARTE DOIS
UM - EMBOSCADA
DOIS - A SOMBRA
TRÊS - SERPENTE
QUATRO - TEMPORAL
CINCO - DESCONSTRUINDO AMÉLIA
SEIS - DO MESMO LADO
SETE - GUERREIROS SÃO GUERREIROS
OITO - MALDITOS CROMOSSOMOS
NOVE - ADMIRÁVEL CHIP NOVO
DEZ - MÁSCARA
ONZE - SOL QUADRADO
DOZE - A SAIDEIRA
o universo compartilhado de Heróis
PARTE TRÊS
UM - MORTE DA LUZ
DOIS - AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA
TRÊS - LUTA CONTRA O TEMPO
QUATRO - CONFRONTO DECISIVO
SEIS - MARCAS DO PASSADO
SETE - SETE MINUTOS PARA A MEIA-NOITE
OITO - UM DELES, UM NOSSO
NOVE - LUTAR OU FUGIR
DEZ - A HORA DA VERDADE
ONZE - MARCAS DO PASSADO
DOZE - GÊNESE
A ÚLTIMA PARTE
UM - A CORPORAÇÃO CISNE
DOIS - FORA DA ILHA
TRÊS - PONTO FRACO
QUATRO - QUEM DIRIA
CINCO - IRA
SEIS - O SANGUE DOS HERÓIS
SETE- FORA, MUTANTE!
OITO - O INSTITUTO DYLAN COOPER PARA JOVENS ESPECIAIS
NOVE - O QUE A VIDENTE NÃO VIU
DEZ - UMA CHANCE DE VENCER
ONZE - O FIM NÃO ESTÁ PRÓXIMO, ESTÁ AQUI
DOZE - HERÓI

CINCO - COLISÃO

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بواسطة ifelipearruda


A L E X 

– Você é doido – Alex sussurrou para Miguel quando os dois entraram em uma trilha próximo a reserva florestal de Itacorá. – querendo matar a gente?

Miguel parou de andar e agarrou Alex pela cintura.

– Só se for de tesão – disse ele rindo e roubando um beijo de Alex.

Alex revirou os olhos e se deu por vencido. Os dois seguiram pela trilha até chegar em uma velha e abandonada casa de madeira. Há dois anos a polícia da cidade havia prendido alguns traficantes ali naquele mesmo lugar. Todo mundo sabia que andar pela reserva era perigoso, ainda mais a noite e com todos os noticiários locais falando sobre o Cobra, um assassino e foragido da polícia, que podia estar em qualquer lugar, inclusive, escondido pela reserva florestal da cidade.

As coisas estavam, finalmente, ficando boas para Alex. Ele, que sempre se sentiu sozinho, estava mais do que feliz por ter conhecido Miguel, o aluno transferido da cidade vizinha e que ficava incrivelmente sexy dentro de um short de educação física.

Alex mal podia acreditar que algo tão bom estava acontecendo na vida dele. Miguel era a luz para as sombras que inundavam sua vida. O sentimento era tão bom que ele nem se importava em ter que se encontrar escondido com Miguel, já que a família dele certamente surtaria se soubesse de suas preferências sexuais.

Os dois entraram na pequena casa abandonada que rangeu com o peso dos passos dos dois pelo assoalho velho. Miguel riu e pegou na mão de Alex o levando para um canto longe da porta. Eles começaram a se beijar quando Alex sentiu algo se mover pelas sombras, ele parou o beijo no mesmo instante.

– O que foi? – Miguel sussurrou.

– Não sei... – Alex sussurrou. – É um pressentimento – ele olhou ao redor. Sua visão começando a se acostumar com a escuridão, mas não havia nada, somente aquela sensação estranha que fazia os pelos do seu corpo se arrepiarem.

– Relaxa – disse Miguel se escorando contra a parede e trazendo Alex para mais perto de seu corpo. Ele voltou a beijar o garoto.

Miguel foi passando as mãos pelas costas de Alex, por debaixo de sua camiseta e Alex retribuía fazendo o mesmo. As mãos de Miguel subiam até a nuca de Alex e desciam até as suas omoplatas com pressão e firmeza. Alex soltou um risinho quando Miguel deu um apertão malicioso em sua bunda.

– Você não vale nada – sussurrou Alex.

– Ainda bem que você sabe – respondeu Miguel mordendo os lábios de Alex e em seguida descendo para o pescoço do garoto.

Alex desceu o corpo lentamente e beijou o mamilo direito de Miguel, que havia tirado a camiseta, e em seguida mordiscou o esquerdo. Com a língua ele foi descendo pela barriga, lambendo o corpo do garoto que se deliciava com tudo aquilo. Agachado, ele esfregou a boca e depois o queixo nos pelos aparados em torno de seu pênis.

Miguel segurou a cabeça de Alex com as duas mãos quando a boca quente dele entrou em contato com sua pele. Todo o seu corpo parecia querer entrar em combustão. Ele então ajudou Alex e se levantar e o beijou mais uma vez. Em seguida o colocou contra a parede, abaixou sua bermuda e com o dedo médio, lentamente começou a penetrar em Alex, que gemia baixinho.

Alex colocou as duas mãos na parede e Miguel as segurou com força, o imobilizando. Em seguida, ele entrou em Alex com aquilo que Alex realmente queria.

○○○

– Isso ainda vai te matar – disse Alex colocando a bermuda rapidamente. Ele encarava Miguel, escorado na parede, tentando acender um cigarro.

Miguel deu risada. Ele já havia colocado sua bermuda também, mas estava sem camisa, o corpo todo suado. Alex encarou os músculos do peito e a barriga sarada que Miguel possuía, graças as horas e horas que ele passava na academia treinando, fora os jogos de futebol, a natação e a aulas de boxe que ele fazia.

Alex sabia que ele nunca iria ter a mesma disposição para os esportes como Miguel tinha. Ele se sentia um pouco envergonhado com o corpo magro e desajustado que possuía, mas Miguel não ligava para aquilo, então sua confiança não estava lá tão abalada.

No fundo Alex sabia que Miguel precisava de todas aquelas distrações. Um garoto suicida precisava ocupar a cabeça para não continuar pensando em formas de tirar a vida novamente. Encarando Miguel nas sombras, Alex se perguntava se ele mesmo também não seria só uma distração.

– Me ajuda a pensar – disse Miguel se referindo ao cigarro. – Meu pai me mata se descobrir – ele riu. – Logo ele, o médico com a solução de todos os problemas do mundo...

Alex soltou um suspiro desanimador e colocou a camiseta.

– Vamos sair daqui – disse Alex – aqui dentro é muito abafado. Miguel concordou e os dois saíram para o quintal da frente daquela casa.

Miguel seguiu pela lateral da casa fumando o cigarro enquanto Alex sentou em um dos degraus que davam para a varanda da casa. Ele sabia que Miguel estava distante porquê Alex tinha alergia a fumaça do cigarro. O garoto continuou sentado naquele degrau, encarando a mata ao redor daquela casa quando ouviu o grito de Miguel.

– Alex! – Gritou Miguel. A voz dele vinha da parte de trás da casa. – Puta que pariu Alex! Corre aqui!

Alex se levantou assustado e imediatamente foi até aos fundos da casa aonde encontrou Miguel paralisado, olhando para o chão.

– Puta que pariu! – Gritou Alex de susto quando viu o que Miguel via.

Era um cadáver.


Á G A T A

Ágata encarou seu lindo campo de girassóis sendo pisoteado por uma equipe da polícia que vasculhava todo o quintal daquela velha casa.

– Parece corpos – gritou alguém para Maria, a tenente. – Ou sobras de corpos, partes que não foram queimadas...

Ágata nunca imaginou que algum dia aquele lugar seria descoberto pela polícia, mas foi e graças a sua impulsividade. Na noite anterior, Ágata havia levado seu carro até a garagem dos Romanos e jogado o corpo de Jean no porta-malas. Em seguida, limpou o sangue na sala da casa e passou alvejante por tudo, numa tentativa de eliminar qualquer digital ou pista que levasse diretamente a ela.

Rapidamente, a policial levou o corpo de Jean para o seu cemitério particular, mas antes mesmo de terminar a cova, aonde queimaria Jean e enterraria seus restos mortais, foi surpreendida por dois rapazes que decidiram usar o local, justamente naquela noite, para, segundo eles, "fumarem um baseado".

Ágata encarou os dois rapazes próximo à entrada da trilha que levava até a casa. O pai de um deles era um médico conhecido por Ágata, já o outro ela não sabia quem era. Os dois rapazes estavam dando, mais uma vez, depoimentos sobre a noite anterior, mas Ágata sabia que eles estavam mentindo. Ela os viu se beijando. Eles estavam ali para um encontro romântico e não para fumar maconha.

Quando a policial percebeu que os dois se aproximavam, ela teve que abandonar o corpo de Jean de qualquer jeito e fugiu antes que um dos dois garotos a visse.

Como ela já imaginava que aconteceria, os garotos depois da transa, saíram da velha casa e ao darem uma volta pelo perímetro, encontraram o corpo de Jean. Ágata ainda tinha esperanças de que os rapazes fossem para casa sem ver o cadáver, ou então resolvessem não chamar a polícia, mas como qualquer outra pessoa sensata que encontra um cadáver e que não possui nenhuma ligação com a vítima ou com o crime, eles chamaram a polícia.

– É o corpo de Jean – disse Mauro se aproximando de Ágata. – Acabei de reconhecer... – ele parecia transtornado. – Quem poderia fazer algo assim com ele? – Mauro olhou ao redor. – Que tipo de monstro faria isso com todas essas pessoas?

Ágata encarou toda a equipe de polícia trabalhando arduamente, ainda sem acreditar que aquilo estava acontecendo. Se por apenas um deslize alguém encontrasse qualquer coisa que ligasse ela ao crime, sua vida estava acabada. Tudo no que ela conseguia pensar era que, seu filho Eduardo, certamente acabaria numa casa sob custódia do concelho tutelar. Ou pior ainda, com a guarda integral para a avó paterna do garoto.

– Você bem? – Perguntou Mauro. Ágata não havia percebido, mas sua respiração estava irregular. Ela estava à beira de um ataque de pânico.

– Preciso sair daqui – sussurrou ela, dando as costas para Mauro e seguindo em direção ao seu carro, qual usava naquela fatídica e ensolarada manhã. Ágata bateu a porta do carro no mesmo instante em que Mauro entrou. Ele estava preocupado.

– Ágata – disse ele. – O que acontecendo? Você bem? – Ela não respondeu. – Essa não é a primeira vez que você um cadáver, você pálida.

A policial controlou as mãos tremulas sobre o volante. Mauro não podia imaginar a ligação dela com o assassinato do marido de sua irmã mais velha. Naquele mesmo momento Ágata se lembrou de Paola.

– Você já falou com a sua irmã? – Perguntou ela. Ágata encarou Mauro. – Você falou pra ela sobre o marido? – Mauro fez um gesto negativo com a cabeça.

– O celular dela só da fora de área – ele cobriu o rosto com as mãos. – Meu Deus, ela vai surtar quando descobrir sobre a morte dele – Mauro estava desolado. – Céus, ela amava aquele homem.

Ágata estava muito confusa. Ela tentou clarear a mente, mas sentia que iria vomitar a qualquer momento.

– Eu achei aquele jantar estranho – disse Ágata relutante. Mauro a encarou. Ela tentava encontrar as palavras. – Aquela noite no jantar... – ela soltou um suspiro de derrota e resolveu abrir o jogo. – Mauro, eu acho que sua irmã apanhava dele.

– Não! – Negou Mauro. – Isso é impossível! Ele sempre amou a Paola... – Mauro parecia não similar as coisas direito.

– Mauro eu vi as marcas no braços dela! – Disse Ágata a beira de um ataque de nervos. – Eu vi! Eu já vi aquilo nos braços de muitas mulheres! Eu sei quando uma situação está fora de controle e acredite, eles estavam fora de controle!

Mauro não conseguiu dizer nada. Ele só ficou encarando as árvores e a mata fechada ainda sem acreditar no que ouvia. Ágata encostou a cabeça no banco do motorista e tentou controlar a respiração.

– Dez anos – disse Mauro. – Não faz muito tempo que Paola me disse que ter conhecido Jean havia sido a melhor coisa da sua vida.

Ágata ouvia aquelas palavras sem dizer nada.

– Eu me lembro como eles se conheceram – Mauro continuou a falar. – Ele fazia estágio no Filadélfia, na mesma época em que ela havia sido internada...

Ágata o encarou.

– No Filadélfia? – Perguntou ela assustada. – No antigo hospício? – Mauro fez um gesto positivo com a cabeça sem olhar diretamente para ela.

– Minha irmã é assombrada por uma história que até hoje nunca foi explicada – disse ele. – No passado, há uns doze anos, minha irmã foi encontrada drogada numa rodovia da antiga cidade de onde morávamos. O carro dela foi encontrado sem a parte de cima, como se alguém tivesse aberto a lataria da mesma forma que se abre uma lata de sardinha.

Ágata engoliu em seco.

– A parte da frente de um mercadinho, que ficava em frente de onde ela havia estacionado o carro, também havia sido destruída – continuou ele. – O pior de tudo foi o policial que abordou ela naquela noite – Mauro parecia distante – ele foi encontrado morto com o peito estraçalhado, como se alguém tivesse queimado ele com alguma espécie de laser ou qualquer coisa parecida.

As imagens iam se formando na mente de Ágata conforme Mauro ia falando.

– O cheiro – continuou ele – todos que viram a destruição lembram do cheiro, de carne queimada, de pólvora... – ele suspirou. – Minha irmã, antes de ser internada jurou de pé junto que tudo havia sido um acidente, mas ninguém acreditou nela.

– Mas o que aconteceu? – Perguntou Ágata.

Mauro a encarou.

– Paola jura que uma espécie de raio saiu de seus olhos – disse ele – um raio vermelho que destruiu tudo o que ela olhava. O carro, o mercadinho, o policial... é claro que ninguém acreditou nela e como ela estava vindo drogada de uma festa na hora em que foi abordada pelo policial, todo mundo começou a dizer que ela estava tendo alucinações.

Ágata sentiu um frio percorrer por sua espinha.

– Minha mãe enlouqueceu – disse Mauro. – Ela concorria à prefeitura da cidade naquele ano e a Paola simplesmente acabou com qualquer chance dela ganhar as eleições. Então ela jogou a própria filha num hospício, me deixou com meu pai quando eu ainda era uma criança e sumiu no mundo.

A ânsia de vômito aumentava em Ágata.

– Antes do meu pai morrer – continuou Mauro – eu lembro dele ter falado alguma coisa sobre ela ter sido jogada num hospício mesmo dizendo a verdade e que a culpa era da clínica responsável pelo tratamento que minha mãe fez para engravidar.

A cabeça de Ágata estava prestes a dar um nó.

– Clínica? – Perguntou ela sentindo o ar faltar em seus pulmões. – E qual seria a clínica? – Perguntou ela cautelosamente.

– A Progênese – disse Mauro lentamente. O mundo girava rápido demais para Ágata naquele momento. – Meu pai falou algo sobre um tratamento que a clínica pagou pra eles, pra fazer um experimento com a minha mãe – disse ele. – Eles precisavam de dinheiro na época, ninguém se importou.

– Mauro – disse Ágata lentamente – Progênese é a antiga clínica do Zacarias, o mesmo homem responsável por dar poderes a humanos – o coração dela acelerava. – Sua irmã é um mutante, assim como eu!

– Não – rebateu Mauro. – Minha irmã não é. Ela nunca mais teve outro ataque ou alguma experiência aonde raios saíssem de seus olhos de novo! – Ágata ainda não conseguia assimilar tudo aquilo. – Eu até cheguei a pensar nisso quando você me contou sobre os mutantes, mas a Paola não é como vocês, ela nunca mais, em dez anos, teve outra manifestação como aquela no passado.

Ágata continuava tentando controlar a respiração. O carro permaneceu em silêncio por alguns segundos.

– Dez anos? – Perguntou ela confusa. – Mas não faz dez anos que ela e Jean são casados?

Mauro fez um gesto positivo com a cabeça.

– Sim – disse ele. – Ela disse que ele salvou ela – Mauro encarou Ágata – como se ele fosse um bloqueio, uma cura.

A cabeça de Ágata começou a girar. Ela então lembrou do exato momento em que tentou usar seus poderes contra ele na noite anterior, mas que não havia surtido efeito algum nele, como se ele tivesse bloqueado suas habilidades. Naquele momento Ágata nem imaginava, mas anos depois ela entenderia que Jean tinha o poder de bloquear as habilidades de outros mutantes, exatamente como Sandro e que, coincidência ou não, teria o mesmo destino que Jean, um tiro certeiro de Ágata Telles.

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