Seropositive {jikook}

By monbabye

208K 29.6K 19.7K

Onde Jimin não tinha anticorpos, mas tinha Jungkook. started in october, 01. {flex} copyright @monbabye, 201... More

01 - beginning of life 乂
02 - first winter day 乂
03 - new neighbors 乂
04 - Welcome, neighbors! 乂
05 - new catastrophe 乂
06 - wash the moonlight 乂
07 - Pink towel 乂
08 - The proof of feelings 乂
09 - romantic cliché 乂
10 - two in the morning 乂
11 - long morning 乂
12 - refreshing the... memory! 乂
13 - false truths 乂
14 - new routine 乂
15 - celebrating anything 乂
16- we can really do this? 乂
17 - the tent more charming the neighborhood 乂
18 - new people and new stories 乂
19 - a contest rainy 乂
20 - give up trying? or finally try? 乂
21 - pessimistic thoughts 乂
22 - heart throbbing 乂
23 - problems with grass 乂
24 - one last certainty 乂
25 - Thank you, babe 乂
26 - memories of last night 乂
27 - first sentimental war 乂
28 - certainties 乂
29 - meetings and puppies-part 1/2 乂
30 - meetings and puppies-part 2/2 乂
31 - without caring 乂
32 - beyond the limits-part 1/2 乂
33 - beyond the limits-part 2/2 乂
34 - indiscreet questions 乂
36 - do you want? 乂
37 - suits and airplanes 乂
38 - passion or sudden death 乂 - Part 1/3
39 - passion or sudden death 乂 - Part 2/3
40 - passion or sudden death 乂 - Part 3/3
41 - the phases of mourning 乂
42 - negation 乂
43 - Anger 乂
44 - depression 乂
45 - negotiation 乂
46 - acceptance 乂
47 - truth hurts 乂
48 - excuses and lies 乂
49 - just be mine 乂
50 - losing fear 乂
51 - everything is fine 乂
52 - heartbreak anniversary 乂 - part 1/3
53 - heartbreak anniversary 乂 - part 2/3
54 - heartbreak anniversary 乂 - part 3/3
55 - the light 乂
56 - welcome back, my love 乂

35 - finally reciprocal 乂

5K 558 372
By monbabye

Votem <3

Já haviam se passado alguns dias desde que Taehyung recebera o que julgava ser talvez a maior decisão de sua vida.

Não havia aberto aquela carta mas estava ciente de que era necessário lê-la o quanto antes. Já que há um tempo ele vinha recuando com medo de ler o conteúdo que o
aguardava.

Com suas mãos à frente do rosto sem saber o que esperar seu coração batia apertado como se o peso das responsabilidades batessem na sua cabeça ainda mais forte... meneava quieto em seu quarto, sem um pensamento fixo, até ouvir a porta se abrindo.

– Maninho? - ouviu, era a voz de sua irmã, que entrava no quarto com um sorriso, balançando seus cabelos longos.

– Oi, Yuri. - respondeu, sem muito ânimo.

– O que te deu? Por que esse desânimo chato? - a menina sorridente deixou sua bolsa de lado para sentar-se ao lado do irmão mais novo. – Eu e a soysoy estamos aqui para saber das novidades.

– Eu sei Yuri. - Taehyung deu de ombros, encarando a irmã por segundos. – Mas não há novidade alguma.

A irmã arregalou os olhos suspeita. O irmão nunca fora alguém tão desanimado! Era sempre o palhaço da família, alguém super carismático o que era de fato um charme seu.

– Pode ir me dizendo! O que foi?

– Eu não estou com coragem de abrir a carta. - foi sincero, sabendo que com a irmã mais velha não era preciso esconder nada.

Yuri se segurou para não estapear o irmão mais novo como fazia quando eram menores e tudo que fez foi continuar encarando o garoto, que fixava seus olhos em um ponto inespecífico em seu quarto organizado.

Não era como se abrir aquela carta fosse um pesadelo, certamente mudaria muita coisa, mas Taehyung precisava de um apoio a mais e Yuri, sua irmã mais velha, estava ali para isso.

– E se abrirmos juntos? Como quando eu abri minha aceitação pra faculdade de medicina? Huh? - ela propôs, sorridente.

Taehyung sentiu uma mágoa crescer em si, Yuri não percebia? Aquele era o problema!

– Pra falar a verdade, eu prefiro que você fique longe.

– Basta! Posso saber qual o problema que você tem comigo? Já passou sua fase de adolescente chato Taehyung!

– Veja você mesma Yuri! Saiu de casa aos dezoito anos! Com uma aceitação pra melhor faculdade de medicina da Coreia, aos dezenove ganhou estágio, aos vinte teve uma filha, e agora está bem resolvida até com casa própria! - Taehyung exclamou com sua voz embargada, rouca e levemente charmosa. – Eu com dezoito anos só sei... assoprar num tubo e fazer som! - gesticulou raivoso.

Então aquele era o problema? Yuri se sentiu uma boba por não ter notado a chateação do irmãozinho. Mas por que ele se desmerecia tanto? Taehyung tinha um talento inexplicável, que precisava ser reconhecido pelo mundo! Mas principalmente, por ele mesmo.

– Taehyung. - Yuri riu. – Você está se comparando comigo? Isso é besteira! - ela se levantou, acompanhando o irmão. – Somos totalmente diferentes! Temos talentos diferentes! Que nos tornam especiais! - ela sorria. – Eu posso até saber fazer uma sutura perfeita... mas eu jamais conseguiria cantar tão lindamente como você!

Taehyung encarava a irmã, que andava animada pelo seu quarto, parando na frente de algumas prateleiras.

– Veja! E todos esses prêmios de primeiro lugar? E todos os certificados de saxofonista? Tecladista? Voz mais bonita? E tudo isso? - apontou para as medalhas de Taehyung. – Isso não vale de nada? - ela perguntou, firme.

– Yuri...

– Taehyung, você herdou o talento que mais se sobressai na nossa família... você tem o dom de cantar! Tocar saxofone! E você não precisa de faculdade nenhuma pra ser alguém maravilhoso! - ela segurou no rosto de Taehyung. – Veja você mesmo. - levou o garoto até o espelho na porta. – É maravilhoso.

Taehyung sorriu. Yuri era a melhor irmã.

– E veja só. - ela disse, abrindo a porta. – Ninna soy! Venha até aqui!

Os dois esperaram, e em pouquíssimo tempo, a garotinha com cabelos balançantes apareceu, encarando sua mãe e Taehyung. – Sim?

– O que você acha do Taetae? - Yuri perguntou a baixinha.

Ninna o encarou por alguns instantes, analisando seu hyung.
– alto - ela disse convencida.

Taehyung riu, seguido de Yuri. – Não, besta! O que você acha do talento do taetae?

– Taetae hyung tem muito talento no saxofone! E canta aquela música fofa pra mim! É bonito omma! - segurava suas mãozinhas na frente do corpo.

– Viu Tae? Crianças não mentem! - Yuri segurou a mão do irmão. – Se eles te recusarem, não significa que aquela faculdade é boa demais pra você, significa que você é bom demais para aquela faculdade!

– Yuri... eu te amo. - Taehyung abraçou a mulher, que retribuiu sem pensar duas vezes.

E depois daquilo, Taehyung já estava mais convencido de seus resultados, afinal, sua irmã tinha razão.

Viu Yuri esticar a carta até si, enquanto o encarava com uma feição esperançosa e confiante.

Enquanto rasgava aquele fino papel, Taehyung sentia seu coração pulsar forte, batendo rapidamente contra seu peito que ardia em nervosismo, intercalava seus olhares entre sua irmã, sua sobrinha, e aquela carta.

Suas mãos tremiam, e ao ler a primeira palavra ele já sabia que poderia morrer ao continuar.

Caro Sr Kim Taehyung.

É com um imensurável prazer que eu Choi Sehun, diretor da Orquestra Armonica de Seoul, anuncio que sua inscrição para o cargo de saxofonista clássico fora aceita. Seu desempenho e seu talento foram cruciais para nossos requisitos.

Entraremos em contato em breve para sua primeira apresentação em Seoul.

Parabéns, senhor Kim T.

Sr Choi Sehun, diretor da Orquestra Armonica de Seoul.

Os olhos de Taehyung encheram de lágrimas, e com um sorriso que ia crescendo mais a cada segundo.

– E-eu... eu fui aceito. - disse com seus lábios trêmulos. – Eu fui aceito! E-eu fui aceito! - encarou a irmã, enquanto puxava seus cabelos castanhos para trás. – Yuri eu fui aceito!

Sua irmã suspirou profundamente, enquanto pulava no irmão, juntamente de Ninna.

– Taetae hyung vai poder morar com a gente lá em Seoul! - a garotinha disse bem alto, animada enquanto era carregada por Taehyung.

– Que ideia ótima Ninna! Taehyung, venha morar comigo com a soysoy! Por favorrrr!

– Eu não posso acreditar. - sorriu abobado, enquanto se imaginava na cidade grande, realizando seu sonho.

– Vamos arrumar suas malas Taehyung! Nós vamos para Seoul!

Taehyung ainda não conseguia acreditar! Havia sido aceito na faculdade de seus sonhos, e estava indo pra lá, estudar aquilo que sempre quis! Orgulhava-se de si como nunca!

E tinha mais! Como ele poderia ter deixado tal informação escapar? Iria para Seoul, e poderia finalmente ver Jimin! Era com certeza o melhor dia de sua vida.

Realizaria não só um sonho, porque além de tocar em uma orquestra, finalmente veria Jimin, do jeito que sempre quis.

(...)

– Sai Jungkook! Sai daí inseto. - jimin dava suas gargalhadas, enquanto empurrava Jungkook, que tentava o beijar com seus lábios sujos de sorvete de chocolate.

– Me dá um beijinho jimin! Só um! Não se nega beijo a ninguém! - Jungkook esbravejava, não desistindo de selar seus lábios com os do loiro.

– Se é assim eu posso beijar o Taemin? - jimin perguntou, escondendo um sorrisinho sacana.

Jungkook até parou o que estava fazendo para processar as palavras de jimin. Que o atingiram de forma maldosa, enquanto sua língua castigava o interior de suas bochechas.

– Claro que pode. - deu de ombros, ainda castigando as bochechas.

– Ciúmes? - jimin assistia o moreno revirar os olhos com um sorriso irônico nos lábios, segurando em si mesmo um sorriso doce.

Jungkook não respondeu.

– Ah veja, eu não vou beijar ninguém além de você! - jimin puxou Jungkook para si, que depois de ouvir aquilo, sorriu verdadeiramente. – Mas você falou sério sobre eu poder beija-lo?

Jungkook rapidamente empurrou o ombro de jimin, voltando a recuar seus toques enquanto o loiro dava suas gargalhadas gostosas.

Como Jungkook amava aquela risada.

– Garotos, gostariam de mais sorvete? - a senhora Park apareceu na porta, recebendo a atenção dos dois.

– Eu quero um outro Park da sua família, da minha idade assim, será que consigo? - Jungkook pediu a mulher, que ia sorridente até eles.

Jimin continuava a dar risada, dessa vez tendo um olhar indignado ao mais novo. – Que audácia!

– Um outro Park? - a mulher sorria boba.

– Sim! De preferência tão bonito quanto o jimin. - o moreno deu de ombros.

– Eu sinto muito jeon, esse park aí que você tem, é único. - a mulher respondeu, sorridente. – Por isso é preciso que você cuide muito bem dele, Huh?

– Mais essa agora! Eu cuido dele senhora Park! - manhou. – Ele que não cuida de mim! - fez cara de choro.

– Park jimin! - sua mãe chamou sua atenção, enquanto o loiro ainda sorria, com os olhos sendo revirados para variar. – Onde já se viu? Tratar o namorado mal?

Jimin engoliu seco, mas antes de dizer algo, Jungkook interviu. – Na verdade senhora Park, acredita que eu ainda to esperando o jimin fazer o pedido!? - Jungkook sentou-se de pernas cruzadas, juntando as mãos próximas do rosto, fazendo uma pose de madame indignada.

– Jimin! - a mulher exclamou. – E depois reclama que está encalhado! - ela disse.

– Por acaso hoje é o dia de "azucrine o jimin?" E eu não to sabendo?

– Que nada bobo! - senhora park acariciou os cabelos do filho. – Nós te amamos, só estamos te irritando, não é Jungkook?

– Tudo verdade. - o menino concordou.

Até a parte do eu te amo? Jimin se perguntava, porque por incrível que possa parecer, ainda era uma duvida sua.

– Bom garotões, eu só vim ver se está tudo em ordem, Jungkook, vai ficar pro jantar?

– Acho que preciso voltar pra casa senhora Park, mas agradeço. - sorriu, vendo a mulher assentir e antes de sair do quarto, lançar um olhar suspeito aos garotos.

– Você vai mesmo ir embora? - jimin perguntou, se aconchegando no abraço confortável de Jungkook.

– Se eu for, qual o problema? Você pode aproveitar e chamar o Taemin para darem uma festa. - respondeu, levando um tapa no braço, dado pelo loirinho que sorria grande com as besteiras que o maior dizia.

Como amava aquela rotina, de estar com Jungkook depois do seu horário de aula, apenas para jogarem conversa fora, e ficarem agarradinhos comendo algo ou reclamando de suas próprias atitudes.

Jungkook ficava se perguntando se ele seria o primeiro a dizer um "eu te amo" naquela relação confusa que ambos haviam estabelecido, ele não via problema algum em ser o primeiro, mas era tão incerto, dizer aquilo sem ter a certeza de que seria recíproco! Era algo que ele aprendeu a prezar desde menor, a reciprocidade de um sentimento.

– Sabe jimin, eu preciso te dizer algo... que já é uma certeza minha há um tempo... - começou, fazendo questão de olhar bem no fundo dos olhos de jimin.

O que seria? Algo bom? Um fora? Os pensamentos de jimin trabalhavam milésimo por milésimo, caçando hipóteses e mais hipóteses sobre o que sairia dos lábios doces e finos do mais novo.

Os dois eram extremamente incertos em relação aos sentimentos que dividiam.

– É algo meio... tipo, caralho. - explicou. – Entende?

Jimin piscou algumas vezes, sem reação.

Caralho como dizer aquilo parecia ser difícil... seria um passo muito grande? Que droga era viver naquela incerteza.

– Jimin... eu... - mordia seus lábios, tentando manter seus olhos firmes nas orbes do loiro. – Eu t-

Quando a frase estava mais do que pronta para ser dita, o toque de um celular se iniciara, calando Jungkook.

O moreno pegou o celular e atendeu sem ao menos verificar o número que o ligara naquele final de tarde.

– Alô?

...

– Sim, é o Jungkook.

...

– Sim?

...

– Agora!?

...

– Há quanto tempo? Quem está aí com ele?

As feições de Jungkook mudavam de apaixonado para desesperado, aquilo assustou jimin, que via o garoto já se preparando para pegar sua jaqueta ao lado da cama e se levantar disposto a correr quilômetros.

O que estava acontecendo afinal?

– E-eu... eu estou indo pra aí agora.

...

– Eu dou meu jeito! Por favor mantenha ele estável.

Finalmente havia desligado, calçando suas botas sem dizer mais nada.

Jimin estava perdido.

– Jungkook...? O que você-

– Eu preciso correr.

O mais novo não parecia escutar, como se a pressão fosse tão grande que fora capaz de tampar os ouvidos do moreno, que atônito calçava suas botas.

– Jungkook! - jimin segurou firme nos braços do garoto, que dessa vez, teve olhos pro menor. – Eu vou com você.

Jungkook pareceu surpreso com aquilo, mas ao mesmo tempo preocupado demais com muitas coisas. – Você não sabe pra onde eu estou indo jimin... você pod-

– Jungkook. - chamou, mais firme. – Eu vou com você.

O mais novo apenas olhou firmemente para o loiro antes assentir e de o puxar pela mão rumo à porta, jimin o seguiu dizendo para sua mãe que voltaria ainda naquele dia, sem objeções.

Jimin não deixou de reparar no quanto jungkook parecia tenso, com medo, cansado, preocupado. Suas mãos tremiam e park sabia que não era pela movimentação incessante do táxi que haviam pego. Suas mãos pareciam tremer de medo mesmo. Algo não estava certo.

Jungkook não disse nada durante todo os dez minutos de percurso apenas pagou e pediu para que jimin se apressasse, ainda segurando as mãos trêmulas de Jungkook jimin notou que estavam numa clínica de tratamento infantil.

O medo havia tomado conta de jimin também.

Por dois motivos basicamente, um deles era porque talvez jimin já suspeitasse na onde o terceiro garoto das fotografias de Jungkook poderia estar.

E segundo, jimin odiava clínicas de tratamento pois, quando menor vivia fazendo consultas nesses lugares. Exames totalmente traumáticos, aqueles que ele conseguia se lembrar até hoje do desespero que sentia ao entrar naquelas máquinas e ser submetido a tantos tubos respiratórios, sua infância não havia sido fácil.

Só torcia para que suas hipóteses estivessem todas erradas.

Jungkook apertava sua mão a cada passo que dava e era perceptível que o garoto estava inseguro e amedrontado e nesse caso até mesmo jimin estava nervoso.

– Espere aqui. - Jungkook disse, sem dar tempo para jimin o responder algo, indo diretamente até o balcão de atendimento.

Um arrepio gelado subia por jimin sempre que ele se dava conta da onde estava, ele não estava ali para fazer exames e agradecia por isso, mas mesmo assim ainda era horrível entrar naquele lugar.

– Vamos. - Jungkook voltou até si, com um crachá que indicava que ele era um visitante, entregando um igual ao seu para jimin.

O loiro voltou a segurar as mãos frias de Jungkook ainda não conseguindo distinguir as expressões do mais novo.

Assim que passaram por uma porta que dava para uma área restrita jimin sentiu um pesar enorme em seus ombros, sentindo um empuxo enorme sobre si notando que o clima não era o melhor naquela sala, aonde assim que entraram Jungkook foi recebido por uma de suas mães.

A mulher que mais se parecia com Jungkook abraçou o filho tendo seus olhos molhados, e mesmo tendo aquele enlace ao meio dos dois jimin e Jungkook ainda tinham suas mãos entrelaçadas.

Como se não fizessem questão de se soltarem nunca.

Jimin ficou em silêncio, pois não tinha muito o que dizer, não entendia nada do que estava acontecendo e aquilo o agoniava... era tão constrangedor..

Assim que a mãe de Jungkook o soltou com muito contragosto limpou as lágrimas nos cantos de seus olhos e fora na direção do loiro, segurando seu rosto, sorrindo levemente e se distanciando em seguida.

– Jungkook... - o menor disse baixo na direção do mais alto. – Você quer me contar alguma coisa?

O moreno suspirou pesado e extremamente cansado do que escondia, portanto puxou a mãozinha de jimin o levando para o final do corredor, ignorando o olhar de seu pai sobre si.

– Jimin. - encarava seus tênis. – Eu só quero que me perdoe por esconder isso esse tempo todo. - começou fazendo jimin se arrepiar não fazendo ideia do que estava próximo de ouvir. – Eu espero que não desista de mim por isso.

Jimin encarava Jungkook com seus olhos brilhando, era tão óbvio, precisava de Jungkook e não queria perdê-lo independente de qualquer que fosse a informação que o moreno o daria naquele momento.

– Meu irmão. - Jungkook evitava olhar diretamente pra olhinhos de jimin e por isso continuava a encarar suas mãos entrelaçadas. – E-ele... ele tem...

O menor mordia seus lábios incansavelmente.

– Ele tem leucemia.

Jimin não sabia que doeria tanto ouvir aquilo saindo dos lábios de Jungkook, aqueles que sempre diziam coisas idiotas e engraçadas naquele momento sopravam algo sério.

O chão pareceu se afundar quando as paredes do coração de jimin se deram conta do que haviam ouvido.

E com aquela informação a mente de jimin acabou voltando para o passado, quando o antes moreno de cabelos pretos recebera a notícia de que era alguém soropositivo. E doeu, como doeu sentir a força daquelas palavras novamente.

– Jungkook... - segurou no rosto do maior. – Eu sinto muito. - sua voz era fraca.

O peito de jimin ardeu, como jungkook poderia pensar aquilo? A última coisa que jimin poderia fazer era deixar alguém tão precioso quanto jeon escapar.

– Eu não vou desistir de você nunca Jungkook. - voltou a segurar o rosto do menor o guiando para que seus olhos se encontrassem. – Nunca.

O moreno tinha um sorriso abalado mas ao mesmo tempo de extrema sinceridade no rosto, aquele era o momento ideal para expressar o que ambos sentiam, era sim!

– Jimin... eu am-

– Jungkook! - viram uma mulher baixa e idosa aparecer ali. – Ele acordou.

As palavras simplesmente fugiram de Jungkook que apenas olhou rapidamente para o loiro.

– Vai até lá. - jimin sorriu.

– E-eu... eu quero que venha comigo. - disse sem pensar duas vezes.

– E você acha que ele...

– Ele vai te adorar jimin, tanto quanto eu. - sorriu mínimo.

Dito aquilo jimin não fez nada além de apertar a mão de Jungkook e confirmar com a cabeça, fazendo Jungkook dar passos largos até o meio do corredor onde havia uma porta com o nome de Jeon Jung-hyun escrito em colorido com alguns adesivos colados.

O mais novo encarou a porta antes de suspirar enquanto parecia pensar em milhares de coisas, das quais, envolviam o bem estar de seu irmão mais novo.

Abriu com delicadeza a porta botando somente a carinha para observar o lugar lá dentro e sentiu seu coração errar algumas batidas ao ver o rosto do irmão mais novo, Jungkook não pode se segurar por mais um segundo.

– Jung-hyun! - entrou depressa trazendo jimin consigo.

Quando assistiu o rostinho magricela do garoto se virar e seus brilhos nos olhares se misturarem o moreno abriu um sorriso do tamanho do mundo.

– Hyung! - o pequeno jung fazia o máximo de força para ficar de pé e correr até o irmão mais velho, que só naquele momento fora capaz de largar a mão de jimin para segurar seu irmão com firmeza.

Jimin não pode conter um sorriso doce.

– jung-hyun eu senti tanto sua falta. - Jungkook disse ao irmão, cerrando os olhos com força para apreciar ainda mais o abraço do irmão que estava em seu colo.

– Hyung eu senti falta de você também. - o menino respondeu, com uma vozinha rouca.

Assim que Jungkook colocou o garoto no chão e o ajudou a estabilizar-se continuou sorrindo ao prosseguir. – Quero que conheça uma pessoa.

– É o garoto loiro? Ou estou tendo alucinações? - o garotinho disse, sorrindo com dificuldade.

Jimin se sentiu tão feliz, na idade de Jung-hyun ele era tão frio, já sabendo o quão miserável sua vida seria.

Era como um tapa em sua cara, jimin achava, já que enquanto Jung-hyun lutava para se manter firme jimin simplesmente pensasse toda noite em desistir de uma vez.

– Esse é o jimin. - Jungkook não parava de sorrir. – Ele é alguém muito especial pra mim.

Ele poderia ter falado namorado mas temia a reação do irmão mais novo e de fato nem era uma verdade ainda.

O loiro se aproximou do garotinho, sorrindo enquanto era filmado pelos olhinhos curiosos de jung.

– Olá. - jimin disse. – É um prazer.

– Eu sou Jeon Jung-hyun, muito prazer Hyung que é especial pro Jungkook hyung! - disse animado, erguendo seu braço magro e conectado com algumas agulhas.

Jimin apertou a mão do garoto e ambos sorriram. Aquela era a cena mais linda que Jungkook já havia visto.

– Jungkook? - ouviam na direção da porta, e o moreno levou sua atenção até lá, era a enfermeira. – Podemos conversar por um momento?

Jungkook suspirou e assentiu. – Fique aqui, eu não demoro. - tentou sorrir o máximo que conseguia, saindo e deixando seu irmão e jimin a sós.

– E então... quantos anos você tem? - jimin perguntou, cauteloso e ainda sorrindo.

– Eu tenho doze. - o menino devolveu um sorriso. – E essa é minha última idade.

Jimin engoliu seco, não entendendo. – Como assim?

– É a última idade que terei, não chegarei aos treze. - disse já sem seu sorriso confortante de antes.

O desespero começava a rondar a mente do mais velho que estava ali, que palavras eram aquelas? Ainda mais vindas do garoto que a pouco se mostrou alguém tão animado.

– Claro que vai chegar... não diga isso. - jimin tentava ser cuidadoso com suas palavras.

O garotinho demonstrou estar cabisbaixo. – Eu não aguento mais, Hyung.

O loiro não conseguia mais tirar seus olhos do menino abatido, que começava a adquirir uma voz chorosa.

– Eu só... só quero desistir. - ele continuava. – Eu não quero mais viver assim Hyung... deixando todos preocupados, os deixando noites sem dormir, por minha causa. - suspirou.

Jimin sequer piscava seus olhos.

– Eu quero dizer adeus a todos de uma vez. - fungou o nariz. – E é isso que farei, porque é isso que eu quero.

O menino fazia questão de encarar jimin também, com sua feição calma e séria.

– Não Jung-hyun. - jimin finalmente conseguiu dizer algo. – Você não pode desistir.

– E por que não!?

– Porque você tem muitos motivos para continuar tentando. - a voz do loiro soava desesperada.

– Por que tem tanta certeza ao me dizer isso!?

– Porque eu também já estive prestes a desistir.

Jung ficou em silêncio, com seus olhos correndo desesperados pela feição de jimin.

– E nós temos algo em comum. - o loiro continuou.

– O que é?

– Nós dois temos o Jungkook nos mantendo vivos.

O garotinho arregalou seus olhos fundos com olheiras escuras logo a baixo.

– Ele cuida muito bem de você Jung-hyun, ele te ama muito e eu vejo isso. – Jimin suspirou. – Você precisa continuar tentando, se não por você, faça por ele.

Passou seu olhar para a janela aberta. – É o que penso sempre que estou prestes a fazer uma besteira. Eu penso nas pessoas que vou deixar, mesmo que não sejam muitas... eu penso na dor delas antes de pensar nas minhas. E é o que eu te aconselho a fazer. - segurou as mãozinhas do menor.

– Mas Hyung, você é forte! Eu sou um fracote.

– Acredite jung. - ergueu as mangas de sua blusa longa, deixando à mostra seus arranhões profundos e suas marcas roxas avermelhadas. – Eu sou mais fraco do que você imagina.

O silêncio caiu sobre o quarto, enquanto Jung-hyun refletia sobre as palavras de jimin o loiro pensava no quanto o garotinho fazia questão de esconder as fraquezas de Jungkook, e em suas costas pensando em tantas possibilidades de dar um fim ao seu sofrimento.

Viu uma luz vermelha se acender na parede o que indicava que era a vez de um outro visitante ver o garoto.

– Eu confio em você. - jimin voltou a dizer, se levantando da cama. – Confio que vai ser forte o bastante. - o lançou um último olhar. – Confio que nos veremos em breve.

Jung não respondeu, continuava a encarar o carpete que cobria o chão até que jimin finalmente saiu do quarto.

Assim que saiu não viu Jungkook em nenhum lugar, e aquilo o deixou com uma baita má impressão.

Olhava em volta, com o coração acelerado dava giros e mais giros na tentativa de avistar Jungkook em algum canto daquela parte da clínica.

Correu apreensivo até a porta da frente, notando a escuridão que já tomava conta do céu, sentindo o peito apertar por não ver Jungkook por perto.

Se virou rapidamente, e quase bateu de frente com o homem alto de cabelos pretos que também parecia estar correndo em círculos.

– Senhor duck?

Sim, era o pai de Jungkook ali.

– Park? É park não é?

– É jimin. - corrigiu, ofegante. – O senhor viu o Jungkook?

– Eu também estou o procurando. - o homem segurou sua nuca com as duas mãos. – Sem sinal dele?

– Eu estou preocupado... ele não me atende, e e-eu não o vi pela clínica. - a voz de jimin já começava a ficar chorosa. – Droga...

– Relaxa garoto. - o homem engrossou a voz. – Jungkook sempre foi de sumir e aparecer do nada. - dizia. – Acho melhor você voltar pra casa... precisa de carona?

Qual é! Jimin não deixaria Jungkook por aí. – Eu agradeço, mas não posso deixar o Jungkook.

O homem cerrou os olhos. – Escute o que eu digo, o Jungkook deve estar em algum canto que só ele conhece, logo deve aparecer.

Algum canto que somente ele conhecia?

– Bom... eu... vou ficar por aqui, tenho dinheiro pra um táxi.

Duck assentiu rigorosamente. – Você até que é um bom amigo pro Jungkook. - disse já saindo de vista. – Boa noite Park.

Jimin não tinha certeza, mas arriscaria seus últimos wons para encontrar Jungkook, num possível lugar em que ele poderia estar naquela noite.

Foi o mais rápido possível sentindo o peito apertar e pedindo mentalmente para que jeon estivesse bem independente da onde estivesse.

– Pode me deixar aqui. - jimin disse ao taxista, que parava o carro na frente do mercacat. Seu coração já palpitava dolorido.

Por que Jungkook teria fugido daquela maneira? O deixando lá sozinho? Jimin só queria que o motivo não fosse uma má notícia.

Correu contra o vento que bagunçava seu cabelo e quase lhe retirava o casaco que vestia, seus olhinhos carregavam lágrimas que ainda se mantinham presas. O desespero era real.

Virou a esquina e correu mais alguns metros antes de forçar a visão e conseguir avistar o galpão que Jungkook lhe trouxe certa vez. Era ali, tinha que ser ali.

Correu o mais rápido que podia, sentindo seus ossos pedirem por um descanso. Mas jimin sabia que só descansaria quando estivesse ao lado de Jungkook naquela noite.

A luz estava acesa e aquilo fez o nervosismo de jimin diminuir um pouco. Se aproximou, se apoiou na porta na tentativa de ouvir algum ruído vindo de dentro e de fato ouvia murmúrios baixos.

– Jungkook!?

Esperou e pra sua maldita sorte, viu a porta se abrir lentamente até que o rosto entristecido, abatido e murcho de Jungkook ficasse a mostra.

Antes de mais nada jimin puxou jungkook para si o abraçando forte sem segurar as lágrimas que escapavam por conta própria de seus olhos vermelhos.

– Me desculpe jimin. - sussurrou soluçando. – Eu te deixei... me desculpe, eu só... só não consegui.

– Jungkook... tá tudo bem ok? Eu estou bem aqui com você. - enterrava sua cabeça no ombro do maior que ainda o abraçava firme. – Só me conte o que aconteceu.

– Antes eu quero... quero te levar num lugar. - Jungkook disse, olhando para o loiro.

– Achei que aqui fosse o seu lugar secreto.

– Não é longe, eu juro.

Jimin assentiu, e Jungkook o guiou durante alguns minutos para um lugar totalmente afastado, eles dois subiram uma pequena colina que fez a pouca força de jimin ser de extrema importância. Os dois caminharam e finalmente chegaram ao topo da colina que os proporcionavam uma vista extremamente bonita da enorme lua que preenchia o céu de Seoul.

{SYML - wildfire} Para leitura de cena.

Jungkook ajudou jimin a subir em cima de uma rocha, fazendo questão de o manter extremamente perto de seu corpo, inalando seu cheiro tão único e tão marcante. Uma das centenas de milhares de coisas que faziam jungkook ser ainda mais apaixonado por jimin.

E depois de alguns segundos de silêncio, só pode-se ouvir o milésimo suspiro do mais novo só naquela noite.

– Jung-hyun pediu uma morte induzida.

Jimin arregalou tanto seus olhos que jurou que eles poderiam pular pra fora de suas pálpebras.

– E-ele pode pedir uma coisa dessas?

– A decisão é totalmente dele, Jung-hyun é um garoto consciente, por mais que seja jovem demais. - seus olhos se enchiam de lágrimas. – E a culpa é toda minha.

– Jungkook! Não diga isso. - jimin segurou as mãos do maior. – A culpa não é sua.

– Eu não fiz o suficiente para ele se sentir satisfeito em viver. - lágrimas desciam por seu rosto. – Eu estava tão abalado, me sinto tão imprestável, eu não consegui fazer meu irmão ter amor a vida, jimin. - chorava.

As lágrimas de jimin também já se faziam presentes era uma dor inigualável que os habitava.

Como se não tivesse saída ali aonde ambos estavam.

– Jungkook eu conversei com seu irmão hoje, ele vai ficar bem...

Jungkook continuava em silêncio, encarando a lua.

– Eu tenho certeza de que ele continuará tentando por você. - fazia carinho na palma da mão do mais novo. – Eu prometo que ele ficará bem.

– Eu não quero estar sozinho. - Jungkook lamentava.

– Você não está sozinho. - jimin segurou o rosto do moreno.

– Por que diz isso?

– Porque eu estou aqui com você Jungkook...

Jimin se aproximou ainda mais do moreno, acariciando seus cabelos escuros que facilmente se perderiam juntamente com a escuridão da noite.

– Porque você é o garoto mais especial que eu já conheci em toda minha vida... É o único que consegue me tirar do sério mas ao mesmo tempo é alguém que acaba com a minha sanidade.

Jimin sorriu, beijando os lábios doces de Jungkook.

"Porque... eu te amo Jungkook"

– Jimin... - Jungkook comprimiu os lábios, sorrindo em seguida. – Você é tão... perfeito.

O loiro sorriu de uma forma graciosa, seu coração estava quente e batia com calma, via o mundo de uma maneira menos dolorosa ao lado de Jungkook e sentia que aquilo era tudo culpa do sentimento que sempre assombrou jimin, o amor.

Já jeon escondia que seu interior se encontrava em chamas depois daquelas palavras, aquele carinho que era finalmente recíproco o fez se sentir o garoto mais sortudo do mundo por ter encontrado alguém tão único e tão disposto a estar ao seu lado.

Aquela noite estava guardada a sete chaves pelo coração esperançoso de Jungkook.

E o coração levemente quebrado de jimin ia aos poucos se consertando graças á reciprocidade que havia entre ele e Jungkook.

Juntaram seus lábios e sorrisos brotaram instantaneamente.

– Eu gosto tanto tanto de você. - Jungkook sussurrou, passando os dedos pelo rostinho de jimin.

– Jungkook-ah...

Os dois juntaram suas testas carinhosamente, enquanto seus olhares se perdiam em seus próprios reflexos que lhe mostravam semblantes tão apaixonados e vividos com aquelas palavras diante daquele momento tão único e especial.

– Obrigado por ser tão especial para mim.

Jimin não se importou com o leve gélido que o preencheu ao ouvir aquilo, pois só tinha uma certeza naquela noite;

estava passando a amar jungkook. E desejava muito... que seu sentimento fosse recíproco.
-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~

primeiramente; EU TO SURTANDO

BIGHIT VC ESTÁ FAZENDO UM JOGO COMIGO??!!1?1???11???)$?2?/??1!

o jungkook de redhair 😭💕😭😍😭✨💕✨💕😍😭💓😭😩✨😩💕💕👍🏻💓✨

meu jinnie com seu blond king 😍✨😍✨💕😍😍😩✨💓💞✨💞😩💓❤️✨

o mullet do meu nenê inconfundível ✨💞✨😍✨💓😍❤️💓😩😩💕💞😩😩💞💞😭😩😭😭💞💞😍😍

os meus nenê tudo 😭💓💕💓❤️💕💕😭💕✨😍😩💕💓✨😩🤧😭👍🏻💓💓🤧💓🤧💓🤧💓🤧💕😭😭🤧🤩✨

tão perfeitinhos, por que @Deus!!!???

seropositive com quase 5ok eu to- 🤧❤️

Só tenho a dizer OBRIGADO CARALHO AMO VCS TUDO E ESPEREM ATT ❤️

> o tae foi aceito e vai pra seoul, aí meu deus caralhoooo to softissima-

Continue Reading

You'll Also Like

1M 57.4K 150
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...
257K 38.4K 72
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
84.3K 5.7K 28
Isís tem 17 anos, ela está no terceiro ano do ensino médio, Isis é a típica nerd da escola apesar de sua aparência não ser de uma, ela é a melhor ami...
160K 14.7K 90
Onde em meio ao caos que é Gabriel Barbosa, Dandara foi a calmaria