Seropositive {jikook}

Bởi monbabye

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Onde Jimin não tinha anticorpos, mas tinha Jungkook. started in october, 01. {flex} copyright @monbabye, 201... Xem Thêm

01 - beginning of life 乂
02 - first winter day 乂
03 - new neighbors 乂
04 - Welcome, neighbors! 乂
05 - new catastrophe 乂
06 - wash the moonlight 乂
07 - Pink towel 乂
08 - The proof of feelings 乂
09 - romantic cliché 乂
10 - two in the morning 乂
11 - long morning 乂
12 - refreshing the... memory! 乂
13 - false truths 乂
14 - new routine 乂
15 - celebrating anything 乂
16- we can really do this? 乂
17 - the tent more charming the neighborhood 乂
18 - new people and new stories 乂
19 - a contest rainy 乂
20 - give up trying? or finally try? 乂
21 - pessimistic thoughts 乂
22 - heart throbbing 乂
23 - problems with grass 乂
24 - one last certainty 乂
25 - Thank you, babe 乂
26 - memories of last night 乂
27 - first sentimental war 乂
28 - certainties 乂
29 - meetings and puppies-part 1/2 乂
30 - meetings and puppies-part 2/2 乂
31 - without caring 乂
33 - beyond the limits-part 2/2 乂
34 - indiscreet questions 乂
35 - finally reciprocal 乂
36 - do you want? 乂
37 - suits and airplanes 乂
38 - passion or sudden death 乂 - Part 1/3
39 - passion or sudden death 乂 - Part 2/3
40 - passion or sudden death 乂 - Part 3/3
41 - the phases of mourning 乂
42 - negation 乂
43 - Anger 乂
44 - depression 乂
45 - negotiation 乂
46 - acceptance 乂
47 - truth hurts 乂
48 - excuses and lies 乂
49 - just be mine 乂
50 - losing fear 乂
51 - everything is fine 乂
52 - heartbreak anniversary 乂 - part 1/3
53 - heartbreak anniversary 乂 - part 2/3
54 - heartbreak anniversary 乂 - part 3/3
55 - the light 乂
56 - welcome back, my love 乂

32 - beyond the limits-part 1/2 乂

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Bởi monbabye

Votem ♥︎

Park mal havia aberto seus olhos pela manhã mas sabia que estava totalmente fodido.

O que ele havia em mente quando concordou em passar a noite fora sem sequer avisar sua mãe?

Esfregou a palma da mão em seus olhos e virou-se de lado, e só então, se lembrou do real motivo para estar ali.

Jungkook.

Certo, até que era um bom motivo, mas de qualquer jeito, ele sabia que precisava correr, não só correr, precisava literalmente voar pra casa, sua mãe certamente o mataria.

Eram quase seis da manhã, e jimin sentia uma dor de cabeça extremamente forte, precisava de seus remédios naquele momento, e pra isso, precisava chegar em casa a tempo.

Não avisaria jungkook, não queria acordar ele naquele horário em pleno sábado, jimin explicaria depois, e torceria para que jungkook se mostrasse compreensivo em relação á sua pressa.

Saiu do galpão de fininho para que não acordasse o mais novo, e logo recebeu os raios fortes do sol em seu rosto, fazendo-o comprimir os olhos até que se acostumasse com a claridade.

Ele não sabia ao certo como voltar para casa, nunca havia ido tão "longe" assim, ainda mais agora, que estava sozinho, seria um labirinto sem fim!

Ao menos se soubesse chegar ao mercacat... saberia como voltar para casa!

Ele não queria acordar jungkook só para pedir ao garoto que o ajudasse, sabia que o mesmo iria insistir para que jimin ficasse, e de um jeito ou de outro, até o próprio Park sabia que ele não conseguiria resistir ao pedido de jungkook.

Precisava raciocinar. Ele olhava reto, e via algumas casas, a sua direta uma estradinha, e a esquerda, mais estrada. Deus, era o fim do mundo, só podia ser.

Suspirou pesado, como se já sentisse parte de sua pouca energia se esvaindo com o vento que bagunçava seus cabelos e trazia um leve arrepio sobre si.

Não sabia ao certo que horas eram, mas julgava ser cedo, cedo o bastante para que seus pais estivessem acordado em pleno um sábado. Mas ele precisava ser rápido. Só não sabia como.

Andou alguns passos lentos e pensativos, ele queria pensar num possível caminho que desse até o mercado, mas tudo que se passava em sua mente era o rosto de jungkook sorrindo para si enquanto seus cabelos eram acariciados. Tudo era tão bom, com jungkook.

– Precisa de ajuda? - ouviu, uma voz estranha atrás de si, rouca, sentiu seu estômago revirar, um arrepio percorrer por sua espinha, e um leve gélido na nuca.

Se virou de súbito, com um certo medo.

Fazendo o sujeito com cabelos castanhos arroxeados erguer as mãos em rendição. – Calma, calma, loirinho.

Por um lado, jimin ainda se sentia congelado internamente. Por outro, agradecia por ser um rosto conhecido, um rosto muito lindo, por sinal.

– Taemin, você quase me matou de susto. - colocou suas mãos no peito, vendo o mais velho sorrir.

– Não foi minha intenção. - ajeitou o casaco de baixo do braço. – Notei que você estava meio perdido, aqui, ainda mais no final dessa rua.

– O que faz aqui? E, essa hora? - o mais baixinho perguntou, o encarando com dúvida.

– Eu trabalho aos sábados também. - deu de ombros. – Eu faria a mesma pergunta à você, mas te vi saindo do galpão.

As bochechas de Park se avermelharam um bocado, ele se sentia muito... impuro. E só havia passado a noite com o mais novo, nada de mais havia acontecido, já que jimin sabia do seu problema, e das temíveis consequências...

E foi aí que jimin se lembrou, estava perdido, precisava de ajuda! E como na manhã anterior, ali estava seu anjo da guarda, Taemin parecia sempre estar por perto na hora certa.

– Taemin... eu preciso da sua ajuda... d-de... de novo. - se sentiu envergonhado ao pedir aquele tipo de ajuda, como se não conhecesse a rua em que morava há cinco anos.

Ah, mas ele não conhecia mesmo.

– Sou todo ouvidos. - Taemin expôs seus dentes perfeitos, se mostrando disposto a ajudar jimin no que fosse preciso.

– Eu preciso mesmo voltar pra casa. - suspirou. – Mas eu não conheço nada daqui.

Taemin sorriu com seus olhinhos fechados. Jimin era insanamente adorável, o tipo de garoto que não se acha em vitrines. Era uma joia rara.

– Acho que seu namorado foi longe demais, literalmente, não acha? - perguntou, de sorriso fechado.

Jimin arregalou seus olhinhos, tanto que até sentiu um leve ardor, pela forte claridade.

– O jungkook e eu não somos namorados. - disse, envergonhado. – quer dizer... nós, ah... temos uma relação confusa. - baixou seu olhar, como se não soubesse ao certo o que pensar daquilo que eles tinham.

Só sabia, que precisava ter certeza. Antes de dizer a verdade sobre si. A triste, e real, verdade sobre si.

– Mas hey. - Taemin colocou sua mão nos ombros de jimin. – Vamos andando? Te levo aonde precisa ir. - sorriu.

Às vezes, jimin agradecia ao universo o máximo que podia, por ter o enviado jungkook. Pois se não fosse pelas pirraças e chatices do mais novo, jimin jamais passaria por esse tipo de situação, a ponto de encontrar o que podia se dizer um bom amigo, ou até, bons amigos.

– Obrigado, taemin. - sorriu doce em resposta, fazendo o moreno assentir, e iniciar uma caminhada ao lado do pequeno.

O silêncio da rua naquela manhã fazia a atmosfera parecer ainda mais calma. O que ajudava jimin a se distrair diante de tanta fraqueza em seus ossos.

Ele se pegava pensando em tudo que havia acontecido consigo até aquele momento. Jimin já não se lembrava de como era um garoto triste e assustado com o mundo, o que havia deixado de ser há alguns meses, graças à ele, graças à jungkook.

Ele pensava que não havia uma maneira boa o suficiente de agradecer jungkook a tudo que ele havia o proporcionado em tão pouco tempo...

Mas jimin, mesmo estando diante de tantos sentimentos bons e sensações tão inovadoras, sabia de algo que o machucava profundamente internamente. Mesmo com tudo mudando em sua volta, jamais, deixaria de ser alguém soropositivo. E doía, como doía.

Ele às vezes tentava se distrair do pensamento que mais o rondava de verdade. Ele odiava mentiras, e sabia que jungkook também as odiava.

Mas aonde estava a verdade? Sendo que jimin, a escondia? Jimin queria negar a si mesmo que evitava o assunto de contar a jungkook sobre o seu problema, mas ele sabia, uma hora ou outra, precisava, devia, contar ao moreno.

Algo que doía mais do que qualquer dor que jimin poderia sentir, era a dor da reprovação. Que ele, infelizmente, já havia vivido na pele, algumas outras vezes.

ser reprovado, excluído, esquecido, julgado, renegado. Por simplesmente, ser diferente.
Esse, era de longe, o seu maior medo.

– Você disse que... vocês têm uma relação confusa, é isso? - ouviu Taemin, e direcionou seu olhar até ele, que não tirava os olhos da rua vazia.

– É... eu não sei distinguir o que eu sinto por ele. Não ainda. - respondeu, sincero e confuso.

Taemin riu fraco. Como jimin conseguia ser alguém tão precioso?

– Isso é normal, no começo de uma relação. - o maior disse, porque de fato, entendia o que se passava no coraçãozinho do loiro.

– Você acha?

– logo você terá certeza do que sentir. - continuava, forçando sua visão para enxergar o logotipo verde do mercado.

– É o que eu mais espero. - jimin disse alto para si.

– E se for amor. - Taemin parou, dessa vez fixando seus olhos castanhos em jimin. – Não fuja. - disse, com um tom doce na voz mas ainda sim soando seriedade.

Jimin não tinha o que dizer. Simplesmente não saía.

– Quando o amor bate na nossa porta. - ele arrumava a camisa que jimin vestia. – Nós agradecemos, e não fugimos.

Era aquilo que precisava ouvir? Ele não amava. Logo, não precisava saber daquilo. Certo?

– E então... - Seus olhares de certeza se aprofundavam nas orbes que marejavam indefinições. – Somos capazes de amar também.

– Lee Taemin! - os dois ouviram, direcionando seus olhares antes fixos, na entrada da loja. – Atrasado de novo? Anda moleque! - a mulher extremamente baixa e mal encarada berrava.

– Ah... - jimin encarou o maior, que fechou os olhos fortemente.

– Já estou indo, omma. - ele disse, não tão alto quanto o grito de sua mãe.

Jimin riu baixo. – É uma bela família. - sussurrou.

– Você não viu nada. - sussurrou de volta, piscando seu olho direito e sorrindo. – Da conta de voltar?

– Eu posso tentar. - sorriu, enquanto Taemin segurava em seu rosto, e acariciava sua lateral delicadamente.

– Te vejo depois, loirinho. - lançou um sorriso, em seguida, segurou firme em sua mochila nas costas e correu até sua mãe, que o esperava.

Jimin, suspirou, agradecido e realizado por estar finalmente tão próximo de casa.

Já sabia qual caminho deveria seguir para que pudesse chegar em casa, e então, só voltou a caminhar pela rua ainda pouco movimentada.

Logo que chegou à frente de sua casa, sentiu-se como se estivesse voltando para dentro de uma jaula, como se aquela sensação de liberdade acabasse assim que seus pés estivessem no amadeirado de sua sala.

Mas afinal, era preciso voltar.

Abriu a porta tentando fazer o mínimo de barulho para que não chamasse muita atenção de quem pudesse estar em casa. Em vão. Já que assim que fechou a porta atrás de si, ouviu passos ligeiros se aproximarem.

Era sua mãe. Com um semblante que jimin jamais vira em toda sua vida. Ela certamente não havia dormido naquela noite. E jimin, sabia bem o porquê.

– Park jimin! - ouviu, vendo seu pai se aproximar de si com ódio.

Jimin o olhava, magoado, e certamente arrependido, ou talvez não.

– Aonde você estava? O que te deu? Droga jimin! Tem noção do quanto sua mãe ficou preocupada!? - ele vinha na sua direção, com passos nervosos.

– Eu saí! - jimin respondeu, enraivado, por sempre ser tratado como uma criança, como se ele não soubesse aonde ir, e como se comportar fora de casa.

– Como é? Saiu? Simplesmente saiu? Por conta própria? Sem pedir permissão ou pelo menos me avisar!? - o homem olhava firme para jimin, com raiva.

– Sim! Exatamente isso! Eu saí, porque eu estou cansado de viver preso aqui! - o loiro respondeu, gesticulando com raiva.

– Não fale essas idiotices garoto! Você não pode sair assim, se esqueceu do seu problema!?

– Eu não posso viver um dia sem me lembrar de que eu sou um aidético de merda!? Me deixe em paz! - se virou, disposto a ir até seu quarto e chorar até que não sobrasse mais lágrimas.

E antes que pudesse sair, seu pai o segurou pelo braço, o puxando novamente para perto de si, o apertando.

– Você. - olhou profundamente nos olhos do rapaz. – está proibido de sair assim. - disse com firmeza.

Jimin sentiu vontade de apenas assentir, mas havia um problema, a voz carregada de seu pai trazia consigo um ardor alcoólico, uma sensação podre, de que algo ali estava errado.

– M-mas... eu sou um adulto! Posso tomar minhas próprias decisões, e hoje, eu tenho um compromisso importante! - seus olhos simplesmente já se enchiam.

– Você pode ter a idade que quiser, enquanto viver sob meu teto, respeitará as minhas regras! Desde quando você tem compromissos jimin? Você não vai a lugar nenhum! E se me desrespeitar, juro que eu vou ignorar essa sua doença de merda, e não vou responder pelos meus atos!

Jimin sentia-se fraco, quebrado. Iria responder, iria se arriscar. Se não fosse por ela. Por sua mãe, que praticamente implorava pelo seu silêncio. E antes de correr, encarou os olhos de sua da mulher, que o olhava com mágoa, e saiu. Correndo pelas escadas e entrando em seu quarto rapidamente.

Num baque só, caiu ao chão. Como se simplesmente desligasse. E dessa vez, não era somente sua doença que havia o deixado fraco, e sim, o fato de ter se descuidado o suficiente para que seu pai voltasse a beber e o proibisse de sair.

Ainda no chão, jimin apertava seus braços, seus pulsos eram prensados por seus próprios dedos. As marcas de sua mão ficavam cravadas em sua pele branca. Suas lágrimas lavavam a breve camada de sangue que se estendia pelas marcas deixadas.

Aquilo até poderia doer, mas não tanto quanto a culpa que seu subconsciente o fazia carregar.

Ainda deitado em seu carpete, jimin ouvia atentamente as vozes incansáveis do andar de baixo, tentando ignora-las, mas sabendo que no fundo, falharia ao tentar.

– Eu não quero que você o trate assim! - era a voz de sua mãe.

– Eu vou sair, e se esse moleque pisar fora de casa, juro que você e ele vão juntos pro mesmo saco! - a voz embargada e rouca de seu pai a respondia.

Ouvir aquilo era agonizante. Jimin sabia que seu pai ter começado a beber era culpa sua, ele tinha que trabalhar em dobro por causa de seus remédios, mas jimin, não se importava com seu pai, por ele, o idiota poderia simplesmente sumir, porque park, só se importava com a mulher que o criou. Sua mãe, era tudo pra si.

Assim que ouviu passos próximos da porta, se recompôs, baixando as mangas de sua blusa e se levantando. Pensando em milhões de coisas, que se desmancharam, assim que a porta se abriu, e jimin viu sua mãe, tão abalada.

Ele não pensou um segundo sequer. Ele simplesmente foi até ela, e a abraçou, com todo o amor do mundo, sentindo os pedaços de si, se juntarem um por um. Sua mãe, acima de tudo, era quem ele mais amava, e por quem ele seria capaz de fazer tudo.

– Eu te amo, jiminnie. - ela disse, com sua voz suave, enquanto seus braços voltavam o corpo do filho.

– omma... não deixe com que ele beba novamente. - jimin pediu, como se aquela fosse a única coisa que quisesse no mundo.

A mulher não respondeu. Suspirou, assentindo e beijando a testa do filho enquanto vagarosamente se distanciava. – Descanse amor, não vamos te incomodar. - ela disse, sorrindo, e depositando três comprimidos nas mãos de jimin. Seu coquetel.

Jimin apenas sorriu em resposta, segurando-os e tomando um por um, seguidos de um copo de água.

– Eu vou atrás dele. - sua mãe disse. – Cuide da casa, meu homenzinho. - segurou em seu rosto, sorrindo.

– Volte bem. Por favor. - pediu, e sua mãe assentiu, em seguida, saiu do quarto, deixando jimin.

O loiro sentou-se em sua cama, cansado demais para que pudesse pensar em algo. Ele queria dormir, queria descansar, porque era disso que ele precisava, jimin precisava de um tempo longe da realidade. Da realidade que era viver sendo um aidético. Ele não tinha escolha.

Pegou no sono ali mesmo, dormindo de mal jeito, apenas torcendo para que sua mãe voltasse logo, e bem.

Naquela tarde, ele sonhou com jungkook. Com os momentos em que eles haviam vivido naquele galpão, seus beijos quentes e molhados correndo por todo seu rosto. As palavras de carinho, e os toques delicados que o faziam se sentir nas nuvens. Jungkook era extremamente carinhoso consigo, parecia ser o tipo de namorado perfeito para aqueles que gostam de atenção e de gestos carinhosos. E jimin, podia não entender muito de amor, ou de demonstração de carinho, mas ele entendia que adorava tudo que jungkook fazia consigo.

Seus beijos o levavam para outro mundo. Um mundo sem culpa, sem dor, sem preocupações.

A figura de jungkook em seus sonhos se desfaziam, e uma forte escuridão preenchia aquele cenário imaginário e mágico, onde tudo que se podia ver, era a dor, o medo. Como se algo tivesse ousado destruir o carinho de jungkook.

Jimin acordou assustado, suando frio, tremendo sem motivo aparente. Ainda perdido, notou a escuridão a sua volta. Ele havia dormido à tarde inteira. Fora rapidamente até seu celular, e realmente se surpreendendo com a quantidade de ligações que haviam pelo número de jungkook.

Ele não queria saber se algo havia acontecido, temia a possibilidade de ser algo ruim. Era seu maior medo. Mas ele não poderia arriscar.

Ligou novamente, enquanto despertava e espreguiçava seu pequeno corpo na cama.

– Jungkook?

– Aqui é a Jisoo! - ouviu a voz da garota, e uma falação irritante no fundo.

– Jisoo? Onde o jungkook está?

– No vestiário, e cadê você? Era pra você ter chegado há dez minutos!

Jimin demorou um bocado pra entender, mas então se lembrou de sua promessa da noite passada. Prometeu que iria ao jogo do mais novo.

Mas fora proibido de sair de casa pelo seu pai, ele não iria desrespeita-lo.

– Eu não posso ir, Jisoo. - suspirou. – Peça desculpas pro jungkook por mim.

– Como assim não pode vir? Claro que pode! Eu deixo.

Jimin revirou os olhos, sorrindo fraco. – Desculpe Jisoo, meus pais me proibiram de sair.

– Jimin! Você não pode perderrrr. - dizia, manhosa. – Jungkook precisa do seu apoio, você já deve ter reparado no quanto ele é inseguro! Vamos, okay? Passo aí em cinco minutos pra te buscar.

– Mas-

Ela havia desligado, e jimin, bateu com sua mãozinha na testa, desejando estar de baixo da terra naquele momento.

Ainda sentado, jimin observava a rua escura, somente com alguns postes que iluminavam o suficiente. O carro não estava na garagem, e jimin rezava ao universo para que sua mãe estivesse bem, mesmo sabendo que seu pai jamais a faria mal, ele a amava.

Naquele silêncio, o loiro remoía a ideia de ir ao jogo de jungkook. Era claro que ele gostaria de ir, ele queria torcer pelo moreno, queria estar ali para o beijar caso eles ganhassem, para reconfortar o abraçando caso perdessem, queria apenas estar com jungkook segundo á segundo.

Jimin começava a se perguntar, se aquilo que ele sentia, era amor.

E enquanto procurava uma reposta para os seus bilhões de questionamentos, ouviu ao lado de fora de sua janela, algumas batidinhas. E ele já havia ouvido aqueles mesmos barulhinhos antes.

Se virou para encarar a rua, e ali, estavam Jisoo com sua típica saia preta, jungkook com o uniforme de basquete, e yoongi com um sorriso doce, tacando pedrinhas em sua janela.

Jimin não podia acreditar. Mas ele não conseguiu conter um sorriso ao ver jungkook ali, se esforçando apenas para ter a sua companhia naquela noite. Abriu a grande janela, ainda desacreditado.

– Jimin! Hey, jimin! - viu jungkook chamar por si, acenando.

Quando seus olhos se encontraram naquela escuridão, um brilho incessante cresceu. O mundo pareceu girar lentamente, e o coração de jimin bateu forte contra seu peito.

– Você só pode estar ficando louco. - jimin disse, rindo fraco.

– Louco por você! - o mais novo respondeu, sorrindo.

– Vamos jimin! O jogo começa em dez minutos! - Jisoo o apreçava.

Jimin ainda tinha dúvidas de que fosse negar ao pedido do mais novo. Ainda tinham algumas possibilidades.

– Meus pais trancaram a casa, jungkook. - jimin disse, parecendo mais magoado que o normal.

– Deve ter algum jeito de entrar. - o mais novo disse aos amigos. – Yoongi?

O de cabelos cinzas platinados encarou a janela, vendo a figura loira o encarar, como se estivesse esperando uma resposta.

– Você tem um grampo de cabelo aí? - o baixinho sorriu atrevido, enquanto jungkook agradecia e Jisoo suspirava aliviada, tirando de seu cabelo um grampo, e entregando ao amigo baixinho.

Não demorou mais que dois minutos, enquanto Jisoo espiava, yoongi usava todas as suas estratégias de adolescente delinquente para abrir a porta da frente, e jungkook fazia alongamentos no gramado, já que havia saído bem na hora do pré treino do seu jogo mais importante.

Assim que girou a maçaneta, e desencostou a porta, jimin saiu dali como um raio, correndo até o abraço de jungkook. O pegando desprevenido. Jimin já não negava, precisava de jungkook, cada dia mais.

– Eu não quero atrapalhar vocês, mas nós só temos seis minutos até o começo do jogo! O Hoseok vai nos matar. - Jisoo avisou.

– Meus pais não podem notar que eu saí, jungkook, você não entende a gravidade do problema. - jimin o avisou, olhando em seus olhos mas ainda colado no abraço.

– Mas que droga... - o mais novo murmurou, chateado.

– Eu tive uma ideia! - Jisoo praticamente pulou nos garotos. – Yoongi, você pode fingir ser o jimin!

Min apenas olhou de soslaio para a menina, cruzando os braços. – Fala sério?

– Você disse que não iria ao jogo de qualquer forma! Não é uma boa ideia? Você fica aí! Você acha que pode dar certo jimin?

– M-meus pais não estão falando muito comigo... então, se ele só fingir dormir... eu acho que daria certo. - o loiro foi sincero.

– Dormir? - yoongi perguntou. – Fechado, me mande uma mensagem dizendo o que eu preciso fazer pra convencer seus velhos de que eu sou você. - Yoongi sorriu, enquanto jungkook o abraçava.

– Precisamos correr! Você não pode chegar atrasado! - Jisoo empurrava jimin e jungkook pela rua, acenando para o mais velho, que em frente à casa, apenas sorria dos amigos idiotas.

Jimin, Jisoo e jungkook corriam pelas ruas o mais rápido que podiam, enquanto desviavam de cones de trânsito e recebiam xingamentos de motoristas ao atravessarem no sinal vermelho enquanto corriam para que chegassem na escola de jungkook.

Assim que precisaram se separar, Jungkook não hesitou em puxar jimin pela cintura e beijar seus lábios docemente, fazendo questão de encarar seus olhos de maneira profunda e sentimental.

E faltando apenas dois minutos para o início do jogo, jimin e Jisoo arrumavam um ótimo lugar na arquibancada, perto dos jogadores.

Fazia tanto tempo que jimin não ia a uma escola que ele já tinha até se esquecido de como era sufocante mas ao mesmo tempo libertador estar ali. Ou pelo menos numa quadra repleta de garotos e garotas que gargalhavam, cantarolavam, riam, e gritavam, segurando cartazes com o nome do time da casa.

Ao lado de Jisoo, jimin recuperava o fôlego que havia perdido enquanto corria para que chegassem a tempo. E pelo visto, haviam chegado em cima da hora. Jimin aplaudia junto de todos a entrada do time da casa.

Hoseok era o capitão, e juntava todos os garotos do time numa roda para que pudessem repassar os planos em quadra. Era certo que todos os garotos do time chamavam atenção com seus corpos malhados e suas alturas chamativas, e naquele uniforme então...

Mas jimin, mesmo com tantos outros garotos em quadra assim que o time adversário chegou, só tinha olhos para o moreno que sorria abobado para os amigos do time, com aquele seus olhinhos de criança, e seu sorriso de coelho.
Faria questão de torcer para jungkook, e mostrar, que estaria ali, em qualquer situação.

Enquanto isso, yoongi se acomodava na cama confortável de jimin. Aquele plano era infalível, até porquê, não era a primeira vez que yoongi fingia ser uma outra pessoa.

Recebeu as mensagens de jimin o dizendo o básico que precisava saber, e então fez como o loiro havia pedido. Apenas decidiu passar o tempo vendo animes no computador do mais novo, afinal, ele não tinha muito o que fazer ali.

Só havia aceitado por dois motivos. Ele poderia dormir ao invés de ir ao jogo, e também, porque estava brigado com hoseok. Para o mais alto o motivo era idiota, mas pra yoongi, o fato de ver seu namorado dando mole pra qualquer fãzinho idiota do seu fã-clube do time de basquete da escola era um motivo sério.

Iniciou Tokyo Ghoul, e não deu a mínima para a idiotice dos motivos que os levaram a ignorar o jogo de semifinal de seu namorado. Precisava apenas de uma distração.

Enquanto focava no anime que assistia, não pode deixar de reparar que uma barra de notificação não parava de descer e atrapalhar o momento do ápice do episódio. Decidiu ler somente uma para ver se, se tratava de algo sério.

Taehyung: Jimin? Aonde você se meteu?

Taehyung: diiiiga

Yoongi revirou os olhos, não dando a mínima de início, e se preparando para silenciar a conversa, só que algo chamou mais a sua atenção do que a tecla que perguntava se havia certeza de que era necessário silenciar a conversa.

A foto de perfil de kim taehyung.

Por sua vez, yoongi só pensou em uma coisa. Aquele plano valia mais a pena do que o esperado.

-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~
acharam que eu não ia rebolar minha bunda hoje?

esse capítulo tinha mais de 8.000 palavrasssss,
então eu dividi ele em dois, e na segunda parte tem umas coisas bem rsrsrsrs

peço desculpas desde já pela demora, semana de provas me sufocou complemente, e mais um bloqueio pra essa estória que me impediu de escrever! Mas o que importa é que voltei, e espero ainda ter o apoio de vocês :,)

esse comeback, eu to- 😍✨💓👺💕😭🤧💓💗💘💕😍😍✨😍💓💕👺💗💘😭😭✨💗✨👺👺💕💗💓👺🤧😍💓💕

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