O Que Desconheço.

By lynsTs

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Personagens.
Capítulo 01.
Capitulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06
Capítulo 07.
Capítulo 08
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capitulo 16
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capitulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capitulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.

Capítulo 19.

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By lynsTs

Sarah Cropper.

Em relances vejo luzes vermelhas e escuto pessoas falando e gritando, não consigo ver ninguém, meus olhos não se mantém abertos por muito tempo, sinto somente movimentos e ainda escuto algumas vozes distantes. Por um momento acredito que morri e logo tudo fica em silêncio, ao abrir meus olhos vejo flores bonitas, eu estou em um jardim?

— Mas que lugar é esse? - Digo olhando ao redor. O lugar é realmente lindo, caminho em frente procurando alguém ou alguma resposta, mas não há nada além de flores e borboletas.

— Olá... tem alguém por aqui? - Grito com calma.

Avisto uma mulher linda, de cabelos longos e castanhos, pele branca, olhos verdes, ela mexe em um jardim de rosas vermelhas. Me aproximo mais e a mesma se vira em minha direção, vejo um sorriso muito familiar brotar em seu rosto e tudo fica mais confuso.

— Sarah. - Diz com doçura e para em minha frente.

— Como sabe meu nome? - Junto as sobrancelhas.

— Todos aqui sabemos... Você é muito especial para todos. - Sorri.

Seu sorriso é muito encantador e perfeito, ela me lembra muito alguém, mas quem? Não me vem ninguém a mente nesse momento.

— Do que está falando? Onde estou? - Olho para os lados.

— Fique calma... Você está no jardim celeste. - Diz pegando em meu rosto.

— Jardim celeste?

— Sim meu bem, você não se lembra desse lugar? - Diz docemente.

— Eu nunca estive aqui... ou já? - A encaro assustada.

— Você esteve aqui a 19 anos atrás. - Suspira.

Que? Como assim a 19 anos atrás? Eu devo estar sonhando, isso não pode ser verdade, me sinto ficar nervosa e só quero sair desse lugar.

— O que está acontecendo aqui? Quem é você? - Digo apavorada.

— Eu sou eu... E você? Já se descobriu? - Volta a mexer nas flores.

— Quem eu sou? Eu sou só eu, Sarah! - Dou alguns passos para trás.

— Você é mais que isso. - Se levanta e me fita.

Em uma atitude inesperada, ela me abraça forte me confortando, uma onda de calmaria passa pelo meu corpo, fecho meus olhos e a sinto sumir dos meus braços.
Ao abrir meus olhos novamente vejo uma luz branca e todo o jardim havia sumido, inclusive a mulher linda que não sem quem é, não sei o que está acontecendo e nem aonde estou, minha cabeça gira e a confusão me consome, quem é aquela mulher e por que ela me disse sobre quem sou? Com dificuldade consigo abrir meus olhos por completo, a luz forte ainda me impede de ver onde estou. Aos poucos vou conseguindo ver tudo nitidamente, acima de mim há uma luz fraca sobre um teto branco, levanto minhas mãos e vejo que estou cheia de fios e com algo em minha veia do braço esquerdo, aparenta ser soro, eu estou em um hospital? As últimas coisas que me lembro, foi de conversar com John e Jack e de sair com Nicole, tivemos até um papo estranho de vampiros, lembro também de ter pego um táxi e confessado a ela que beijei Ryan. Sim, um incêndio, me lembro de tudo agora, o hotel pegou fogo e acordei desesperada, tentei sair do local pelas escadas tomadas por fogo. Lembro-me de ver alguém tentando se aproximar de mim, e foi aí que o teto caiu e nada mais vi. Me sento sentindo minha cabeça doer e meu corpo fraquejar, olho para os lados e vejo uma mulher parada em frente a janela, a mesma se vira para mim e sorri.

— Sarah graças a Deus você acordou. - Se aproxima da cama, fico a fitando um pouco confusa e logo a reconheço.

— Madrinha? - Digo em um fio de voz.

— Sim, minha querida. - Diz Samantha pegando em minha mão.

— Onde eu estou? - Digo olhando ao redor.

— No hospital. - Diz a me fitar.

— O que aconteceu? Ainda estou um pouco confusa e não tenho certeza do que lembro. - Junto as sobrancelhas.

— Teve um incêndio onde você estava hospedada, não sabemos ainda a causa, mas te encontraram no primeiro andar inconsciente... recebi a ligação de John e vim o mais rápido que pude. - Sorri e passa a mão em meus cabelos.

— Me recordo mesmo desse incêndio, achei que tinha morrido nele... afinal fui parar em um jardim. - Digo ainda confusa.

— Um jardim? Deve ter sido um sonho ou algo do tipo. - Sorri. - Pelo incrível que pareça você não sofreu nenhum arranhão, os médicos se surpreenderam.

— É, deve ter sido mesmo. - Ergo a sobrancelha. - Mas e as madeiras que caíram em cima de mim? - A fito.

— Não havia nada sobre você! - Desvia o olhar.

— Mas eu as vi caindo em cima de mim. - Digo séria.

— Meu amor, você inalou muita fumaça, deve ter visto coisas... - Suspira, minha madrinha me esconde algo, agora tenho certeza do que aconteceu antes de ficar inconsciente, aquelas madeiras caíram sobre mim, mas o que ela me esconde? Por que não tive nenhum arranhão? - Bom vou avisar aos médicos e aos Henson que você acordou. - Me dá um beijo na testa.

— Os Henson estão aqui? - Arregalo os olhos.

— Sim... um deles até passou à noite com você, para que eu pudesse dormir um pouco e olha... Ele era bem bonitão. - Vai em direção a porta com um sorriso sacana.

Antes mesmo que eu dissesse algo ela se vai com um sorriso no rosto, como consegue ser tão espontânea desse jeito? Eu a acho tão linda com esses cabelos longos e loiros, olhos cor de mel, e pela idade, parece muito nova, como se nunca envelhecesse, talvez muitos cremes e Botox? Espera, como assim um Henson passou a noite comigo? Estou curiosa para saber quem foi esse bonitão que ficou à noite toda comigo, minhas suspeitas seriam de Jack ou John, não sei de ninguém mais que perderia seu tempo aqui comigo. Perdida em pensamentos, vejo um homem de jaleco branco um pouco de idade entrar em meu quarto, provavelmente é o médico.

— Boa tarde senhorita Cropper! Finalmente acordou, sou o doutor James e vou te fazer alguns exames tudo bem? - Sorri.

— Boa tarde doutor, pode ficar à vontade. - Digo serena.

Ele mede minha pressão, escuta meus batimentos, tira meu sangue e entre outros procedimentos que desconheço.

— Você é uma garota de muita sorte sabia? De todos os pacientes que já tive... Você foi a primeira a sair de um incêndio sem nenhum arranhão ou queimaduras. - Sorri.

— Como isso é possível doutor James? - Digo o fitando.

— Não sabemos, seu caso foi novidade para nós... A única explicação que temos é que foi Deus, tenho certeza que você deve estar em todos os jornais da cidade. - Sorri.

— É acho que sim. - Aceito a resposta dando de ombros.

— Bom o que aparenta é que você está muito bem, mas ainda ficará em observação, vou liberar as visitas e mais tarde uma enfermeira te trará algo para comer, sei que deve estar faminta, mas preciso que o remédio faça efeito primeiro. - Sorri.

Concordo com a cabeça e ele se retira com um sorriso no rosto, ele foi muito simpático e gentil, gosto de médicos assim, que amam o que fazem. Me deito na cama e só de pensar em ver minha cara em todos os jornais, "Garota sobrevive a incêndio ilesa, será ela uma coisa de outro mundo, ou somente sortuda?", já imagino isso na primeira página. O que não sai da minha cabeça são as dúvidas sobre o que aconteceu, e me pergunto como sai sem nenhum arranhão daquele incêndio, será eu de outro mundo e não sei? Ou talvez seja meu colar, no habito passo a mão no pescoço e ele não está comigo, fico angustiada por alguns segundos, tudo está muito confuso.
Em alguns minutos entra Jenny e John em meu quarto me tirando de meus devaneios, sorri ao vê-los novamente.

— Sarah... Como se sente? - Diz John com um sorriso amigável.

— Bem eu acho. - Sorri.

— Senti sua falta, fiquei com medo de perder, minha professora favorita. - Diz Jenny pegando em minha mão.

— Então você tem sorte como eu, porque estou inteira. - Beijo sua mão e sorri.

— Não vejo a hora de você voltar, já estou com saudades das aulas, mesmo eu não tendo demonstrado antes, mas eu gosto muito. - Fica sem graça.

Jenny parece muito feliz em me ver, está muito carinhosa e nesse momento percebo o quanto ela gosta de mim e o quanto eu gosto dela, até que esse acidente não foi de tudo ruim. Dou um sorriso como resposta e acaricio seus cabelos brancos.

— Mas dormi tanto tempo assim? - John olha para Jenny que se toca na hora e sai.

— Bom vou comer algo e já volto. - Jenny saindo correndo do quarto.

Dou risada dela no mesmo momento em que sai, assim me deixando sozinha com John.

— E então... Quanto tempo? - Digo o fitando.

— Bom digamos que você ficou inconsciente por cinco dias.

— Cinco dias? - Quase grito.

— Sim! Ficamos muito preocupados... achávamos que você não acordaria mais. - Diz pegando em minha mão.

— Quem me salvou? - O fito.

— Bom... Os bombeiros te acharam no primeiro andar sem nenhum arranhão, você se lembra de algo?

— Eu me lembro do teto desabando em mim, mas minha madrinha me disse que não havia nada em cima de mim quando me encontraram. - Mordo meu lábio. - Tenho certeza que havia algo.

— Talvez você imaginou isso, acontece. - Diz olhando para minha mão.

— John você não acha isso muito estranho? Tipo, por que eu fiquei em coma? Não foi um acidente de carro, tipo algo grave. - O fito.

— Depende, há muitas coisas nesse mundo que achamos estranho por ser algo novo, pode ter sido coisa da sua cabeça, como pode ter sido real também. - Sorri com maldade.

— Eu vi alguém lá também. - Digo fitando o teto e o silêncio prevalece, olho para John e ele está quieto e estranho, nos fitamos por uns segundos. - John... Você sabe de algo? - Digo lhe fitando profundamente.

— É complicado! - Passa a mão em sua nuca.

— O que é tão complicado? - Aperto sua mão.

Antes mesmo que ele me responda, alguém entra, é Jack, ele está sorrindo e também parece feliz em me ver.

— Bom o horário de visita está acabando, eu tenho que ir... vou deixar Jack um pouco com você. - Beija minha mão e se retira como um foguete.

— John... salvo dessa vez. - O fito.

Ele realmente fugiu de mim? Tudo está muito estranho por aqui e tenho certeza que John e minha madrinha me esconde algo que ainda vou descobrir, Samantha não consegue segurar a língua por muito tempo.

— Então como se sente? - Diz Jack com um sorriso de fora afora.

— Estou bem, na verdade, já estive melhor. - Sorri.

— Eu fiquei preocupado... Te liguei várias vezes no sábado que aconteceu isso. - Suspira com pesar.

— Eu estava muito bêbada, só acordei com o cheiro de fumaça mesmo. - Digo fitando o teto.

— Imaginei... Por isso fui atrás de você naquela madrugada. - Diz sem graça.

— Por que você foi atrás de mim? - Junto as sobrancelhas e o fito.

— Eu fiquei preocupado, algo me dizia que não estava bem e quando cheguei lá, já estava tudo em chamas, na hora achei que você tinha morrido.

É bonito ver o quanto Jack se preocupa comigo, posso ver que seremos grandes amigos, é pouco tempo, mas já sinto um grande carinho por ele, na verdade, todos me surpreenderam, a família Henson é adorável com uma certa exceção.

— Ei... não se preocupe, eu estou viva e bem! - Acaricio seus cabelos.

Ele pega em minha mão e a beija com carinho, logo em seguida ficamos nos encarando por alguns segundos, esses olhos amarelos são lindos e o seu jeito de cuidar de mim, é mais ainda. Não demora a enfermeira entra e diz que o horário de visitas já acabou, que pena, gosto tanto da presença dele. Jack se levanta e me dá um beijo na testa, parece aliviado, pois o sinto leve.

— Fica bem princesa... Eu volto logo. - Sorri.

— Espera. - Ele me fita. - Pode me fazer um favor? - O mesmo assentiu olhando para a enfermeira. - Vê se não estou na primeira página ou em sites de fofocas, não quero prejudicar sua família de alguma forma.

— Não se preocupe, você está na segunda. - Sorri. - A primeira... Melhor você mesma ver mais tarde. - Se retira.

O respondo com um sorriso e meus olhos o acompanharam até a porta, tenho que arrumar um celular ou jornal o mais rápido. A enfermeira retira meu soro e faz alguns exames também, ela deixa meu jantar e se retira em seguida, estou faminta, então comi tudo que ela trouxe, isso que comida de hospital é horrível. Cheia e com sono, me deito novamente e os pensamentos me perseguem, continuo a pensar quem passou à noite comigo, de todos os Henson Ryan foi o único que não veio ao hospital, o que não me surpreende, digamos que ele é frio e tem Lorena, que cheguei à conclusão que eles só podem ser namorados, o jeito que ela sente ciúmes dele e o modo que ele a trata, não pode ser outra coisa. Bocejo com um pouco de raiva, afinal eu bebi daquele jeito por sua causa e quase morri por conta disso, fora o fato de Nicole que deve ter ficado muito triste com a situação.  Respiro fundo e me pergunto porque não gostei de vê-lo beijar Lorena, eu devo está enlouquecendo em sentir ciúmes do mesmo. Olho para a janela, já é quase noite, quem será que vai passar à noite comigo? Enfim, deve ser minha madrinha. Cansada de tantos pensamentos bobos, acabo adormecendo por alguns minutos, abro meus olhos lentamente e sinto que há alguém ao meu lado, pisco algumas vezes para ver se ele está realmente aqui.

— Ryan? - Digo surpresa.

Continua... 

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