Capítulo 20.

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 — Em carne e osso. - Sorri.

— O que está fazendo aqui? - Ergo a sobrancelha.

— Ué... passar à noite com você, não foi bem dessa forma que imaginei, mas está valendo. - Sorri de canto.

— Vai embora, não quero você aqui. - Cruzo os braços.

— Nossa como você é ingrata, seu agradecimento é tão grande que doí meu coração. - Revira os olhos.

— Jura? - Sorri. - Saia e chame quem passou à noite passada aqui, não quero nem olhar para sua cara. - Me viro na cama para o lado contrário.

— Tudo bem. - Diz com pesar na voz.

Ele se retira do quarto em suspiros, não sinto remorso algum em ter falado desse jeito. Minutos depois ele volta todo sorridente.

— Prontinho, madame! - Diz fazendo reverência.

— E por que você ainda está aqui? - O fuzilo com o olhar.

— Você pediu para chamar a pessoa da noite passada... Eu estou aqui, vai ter que aturar minha cara à noite toda. - Diz dando uma voltinha.

— O que? Você? - Quase grito.

— Vejo que sua inteligência continua. - Ergue a sobrancelha.

— Por que você ficou aqui? - Estreito os olhos.

— Eu estava com saudades, então passei à noite toda passando a mão em você, que delícia. - Me fita de cima a baixo.

— O que? Seu pervertido, eu vou chamar a enfermeira. - Digo furiosa.

Antes mesmo que eu apertasse o botão, ele pega em minha mão, sinto seus dedos gelados sobre os meus, como ele chegou desse lado tão rápido? Fico o fitando confusa e o mesmo parece ver minha alma.

— Eu fiquei preocupado... esperei a noite toda você acordar. - Diz sério e fica em silêncio por segundos. - Querendo ou não... não queria perder nosso joguinho porquê  você morreu. - Sorri brevemente.

Suspiro e continuo o fitando surpresa, por mais que ele não leve nada a sério, dessa vez foi diferente, falou como se realmente estivesse feliz e aliviado, desvio meu olhar tentando achar palavras e olha, demorei um pouco para isso.

— Então... Você não passou a mão em mim? - O fito.

— Só em seu rosto e seus cabelos, não sou nenhum tarado... Por mais que eu quisesse pegar no resto. - Sorri com maldade.

Nossa como vou sobreviver com ele a noite inteira? Boba fui de achar que por um momento ele falava sério. Suspiro e me deito fitando o teto, ele tem o dom de estragar o clima.

— Entendo... Obrigada! - Me viro para o outro lado novamente, ele dá a volta pela cama e se senta na cadeira à minha frente, seus olhos esmeraldas ficam me encarando com um sorriso de canto. - É feio ficar encarando as pessoas, você sabia? - O fito.

— Eu gosto de te olhar... De ver seus olhos, sua boca, seus cabelos... tudo muito bonito. - Me fita com atenção, não pude evitar de corar na hora, as vezes sinto raiva por ser tão fácil e acreditar em suas palavras, quer dizer, em algumas delas. - E quando está sem graça! - Completa com um sorriso malicioso.

Arg, fica quieto, não fiquei sem graça com seus elogios clichês. - Digo sem graça e Ryan cai na risada, ele faz isso somente para me provocar.

— Você é muito mentirosa! - Ergue a sobrancelha e sorri.

— Você não tem algo melhor pra fazer não? - Cruzo os braços e desvio o olhar.

O Que Desconheço.Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon