Capítulo 36.

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 — Mas você mata para se alimentar, tipo como instinto, a mesma coisa que um leão faminto, ele comeria uma pessoa se não tivesse outra opção. - Suspiro. - John tem compaixão, ele é muito carinhoso e não tem nada de frio, pelo menos o que vi e você... Bom, me salvou algumas vezes. - Ele fica calado por alguns minutos, parece pensar no que acabei de dizer.

— Só te salvei por ter um interesse por trás, mas se fosse outra pessoa, com certeza a deixaria morrer, ou a mataria. - Ele não me fita ao dizer isso, então abraço forte sua cintura. - O que está fazendo?

— Tenho certeza que você não é tão ruim quanto aparenta. - O aperto no abraço e logo seus braços me rodeiam.

— Não se engane comigo, só porque gosto de você. - Suspira e levanto meu olhar para fitá-lo.

— Você gosta de mim? - Meus olhos só faltam brilhar.

— Como minha irmãzinha casula. - Bagunça meus cabelos e se levanta.

— Pelo menos fico viva. - Sorri.

— Não conte muito com a sorte, posso mudar de ideia. - Me fita com malícia. - Já está amanhecendo, melhor você ir dormir, boa manhã pequena Sarah.

— Não estou com sono... E nem se atreva a me deixar aqui sozinha. - O fuzilo, realmente não quero ficar sozinha.

— Sabe que se eu ficar muito perto de você é perigoso né? - Diz se aproximando.

— Não tenho medo... Você não se alimenta de humanos. - Digo firme.

— E quem falou que o perigo está em beber seu sangue? - Diz com um sorriso malicioso.

— E qual é o perigo? - Ergo a sobrancelha.

— Te pegar de jeito nessa cama. - Morde seu lábio, certo, definitivamente fiquei sem palavras, por isso não esperava, já sinto minhas bochechas queimarem em meu rosto. – Que foi? O vampiro comeu sua língua? -Sua aproximação é cautelosa, como um verdadeiro caçador, em poucos minutos o mesmo está a centímetros de mim, ele apoia seus joelhos e mãos sobre o colchão e me fita nos olhos.

Que se dane, eu o quero, o puxo para mim e o beijo, não sei o que ele tem, mas posso odiá-lo depois, porém agora, só que terminar o que começamos a horas atrás. Coloco minhas mãos por debaixo de sua camisa e ele segura meu rosto, nos beijamos como se fosse nosso último minuto de vida, cheio de desejo e desespero. Aproveito cada segundo, pois sei que daqui horas, o odiarei com todas as minhas forças, seja por provocações ou insinuações. De supetão ele se afasta e quando abro meus olhos, o mesmo já está na porta com um sorriso no rosto, droga, que garoto é esse? Ainda vai me enlouquecer de todas as formas possíveis. Covardemente ele dá uma piscada e some do meu quarto, me jogo na cama insatisfeita, acho que estou me apaixonando por ele, mas não posso deixar isso acontecer, John continua sendo meu patrão e Nicole minha melhor amiga.

(...)

Acordo assustada com um barulho em minha janela, o sol já está se pondo e a casa está muito silenciosa para meu gosto. Me levanto um pouco desconfiada e faço minhas higienes. Novamente não fui para faculdade, acho que ainda não estou em meu juízo perfeito para isso e claro, menti para Nicole dizendo que estou doente, ela deve estar preocupada comigo, já que sumi por horas, preciso achar meu celular. Faminta decido descer e comer alguma coisa, a caminho da cozinha vejo John em seu escritório, o que me deixa aliviada, pois não estou sozinha em casa, mas passo direto, não quero incomodá-lo. Ao pisar na cozinha, o cheiro de comida invade meu nariz, acho que Lara está fazendo o jantar, mesmo sendo cedo, olho o relógio e marca 18 h, que estranho.

— Boa tarde minha querida, está se sentindo melhor? - Lara enxuga suas mãos.

— Me sentindo bem? - Acho que ela não se lembra do que aconteceu, pois não estaria tão calma.

O Que Desconheço.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant