Capítulo 56.

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— Onde achou? Ela deve ser rara.

— Nas rosas vermelhas, ela estava em cima de uma e quando me aproximei, ela simplesmente entrou no pote. - Dá de ombros.

— Deve colocá-la de volta no lugar, caso contrário ela vai morrer. - Sorri.

— Tudo bem. - Sai correndo e volta a brincar com as borboletas.

Fico a fitando brincar e queria ter tido essa infância, feliz e inocente. Volto a pensar na borboleta e por coincidência, são as duas cores de Sarah, vermelho e azul, ou será que eu a vejo em tudo e ligo tudo a ela? De fato, eu devo estar mesmo apaixonado por ela, dizem que esse é um dos sintomas de paixão. Saio de meus devaneios ao senti alguém se sentar ao meu lado, me viro para fitá-la e Lorena está sorrindo, vendo Jenny se divertir.

— Ela não é linda? - Me fita.

— Sim, muito. - Me encosto no banco.

— Você está triste por causa daquela garota? - Coloca suas mãos em meus ombros.

— Não estou triste. - Tiro suas mãos, pois não quero mais nada com Lorena.

— Não acredito que me trocou por ela. - Revira os olhos. - Agora que ela te esqueceu, me dá uma chance Ryan.

— Ela vai se lembrar, Samantha prometeu. - Esbravejo.

— O que essa garota tem de tão especial? - Me fuzila. - Você disse que nunca se apaixonaria por ela e que só queria o sangue. - Apenas suspiro e nada digo. - Ryan, por favor, você sempre gostou de estar comigo, por que é difícil me dar uma chance para te conquistar? - Pega em meu rosto e em um movimento rápido me beija, a afasto de imediato e atrás de nós vejo Sarah.

— Droga Lorena, você fez de propósito.

— Com certeza. - Sorri e me levanto, corro até Sarah que caminha até a mansão.

— Sarah, não é o que está pesando. - A paro e ela me fita com simpatia.

— Não me lembro de quem é ela, mas não vejo problema algum em vocês ficarem juntos. - Sorri de canto.

— Não quero ficar com ela.

— Mas devia Ryan. - Pega em meu rosto com suas duas mãos. - Eu, só queria me despedir e agradecer por ter me ajudado com as coisas. - Sorri.

— Eu não devia ficar com ela, eu gosto de você, estou apaixonado por você. - Pego em seu rosto e fito seus olhos com intensidade. - Não me peça para te esquecer Sarah.

— Isso não é justo, eu não posso te prender a mim dessa forma, eu não sinto o mesmo Ryan. - Meu coração para por alguns instantes.

— Você não sentiu nada ao me beijar? Sarah, não me diz isso. - Aperto minhas mãos em seu cabelo e fecho meus olhos por alguns segundos, me doí ouvir isso.

— Sinto muito, eu tentei. - Me fita. - Eu preciso ir agora. - Se afasta e minhas mãos escorregam por seu pescoço. - Obrigada por tudo, acho que essa viagem será bom, talvez você se apaixone por aquela garota, ela parece gostar muito de você. - Sorri e vai em direção a mansão.

— Não Sarah. - Pego em seu braço. - Eu não vou desistir de você, eu preciso de você comigo, só me promete que vai me dar uma chance ao voltar. - Coloco minhas mão dentro de seus cabelos e ela somente me fita sem dizer nada. - Você tem que me prometer.

Ryan, largue ela. - Diz Samantha antes que ela possa me responder. - Vamos querida. - Sarah se afasta e vai em sua direção. - Será melhor assim, confie em mim Ryan.

Sem ter o que dizer e com raiva, corro para a floresta, vou em frente sem saber para onde, só quero ficar longe, não quero vê-la ir embora, não quero mais ouvir de sua boca que não sente nada por mim. Paro no meio do nada e começo a quebrar as árvores, eu preciso tirar essa raiva de meu peito, eu preciso esquecer suas palavras. Ela não me prometeu, por que não me prometeu? Coloco as mãos em meus cabelos e me ajoelho, maldito seja quem fez isso com ela, eu vou achar essa bruxa maldita e vou fazer questão de arrancar cada membro de seu corpo lentamente. Sinto meu coração se apertar, é como se Sarah tivesse morrido e me odeio por isso, eu devia ter protegido-a, eu devia ter sido mais rápido em encontrá-la.

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