Capítulo 33.

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Ryan Norhan.

Estava andando pela floresta em busca de informações sobre Sarah, depois que comprovei que realmente ela tem poderes e aquele colar estava os segurando, claro, não contei nada a John, pois preciso me afundar nos fatos. Falando nela, acho que está me odiando por ter a ofendido tanto, mas precisava deixá-la furiosa e consegui, sem muito esforço claro. Mas posso dizer que foi muito satisfatório vê-la brava, pois amo ver aquela carinha emburrada. Sorri ao lembrar dela e logo sinto meu celular vibrar, era uma ligação de John, me perguntou se estava em casa, pois o maldito da biblioteca voltou a seguir Sarah. Ao encerra a ligação, acelerei meu carro até em casa, não sei porquê, mas durante o caminho, pude jurar ouvir a voz de Sarah me chamar em minha mente, mas em um tom de medo, de súplica. Chego na mansão junto a John e vamos para a porta de entrada, que se encontra aberta, minha espinha gela, pois isso não acontece, algo está errado. Ao entrar vejo sangue pelo chão e meu coração para, na verdade a casa cheira a sangue, o que me faz perder um pouco da noção e ativar meus instintos. John como é mais controlado vai na frente e apenas o sigo, o sangue do chão ainda está fresco, o que significa que não está a muito tempo aqui. Meu pai para na porta da cozinha e o que meus olhos veem, para meu mundo por alguns minutos, tem sangue na cozinha inteira, a parede está quebrada e o pior, Sarah está quase sem roupas e com uma faca fincada em sua coxa. Seus olhos chegam aos meus e de imediato me aproximo, mas a mesma se afasta em desespero.

— Não, não... Sai de perto de mim. - Chora.

— Sarah, sou eu. - Tento me aproximar com cautela. - Ryan, lembra? Seu demônio da guarda. - Ela continua como um bichinho assustado, olho para John que está socorrendo Lara. - Pai, ela está com medo de mim. - O fito.

— Deve está em estado de choque, tente se aproximar com cautela. - O mesmo me fita brevemente e volta a examinar Lara.

— Sarah, olha pra mim. - Assim ela faz. - Não vou te machucar, você sabe disso. - Me aproximo e a mesma me abraça e começa a chorar muito.

Tiro minha jaqueta e a cubro, a puxo para meus braços novamente e minha vontade é de nunca mais a deixar sair, juro que vou matar quem fez isso com ela. Sinto suas lágrimas molharem minha camisa e meu coração se aperta, se eu estivesse aqui, isso não teria acontecido, maldita hora que a deixei sozinha. Olho ao redor e tenho certeza que esse sangue todo é dela. Pois o mesmo cheiro está em seu corpo, tento controlar meus instintos pensando no que pode ter acontecido, não sou tão forte ao ver sangue humano, não como John. Tenho que sair daqui e tirá-la dessa cozinha. Me afasto e a fito, seco suas lágrimas que estão mais calmas e fito a faca em sua perna.

— Eu preciso tirar essa faca de sua perna, tá bom? - Ela assentiu e assim fiz, pude vê-la se contorcer de dor e logo a abracei novamente. - Calma, está tudo bem agora.

— Lara está bem, parece que quem fez isso. - John me fita. - É como nós. - Apenas o fito e ele fita Sarah em meus braços. - Sarah, o que aconteceu? Pode nos dizer? - A mesma fica quieta e começa a ficar agitada novamente. - Vou ter que hipnotizá-la novamente, caso contrário não vamos conseguir nada, ela está traumatizada. - Suspira.

John se aproxima e a faz fitá-lo, como fiz da primeira vez, ele a hipnotizou para que isso não a afetasse tanto, a ponto de virar um trauma, após isso ela cai desacordada em meus braços. Acaricio seus cabelos e me levanto com ela em meu colo.

— Vou colocá-la no quarto e preciso falar com você. - Ele assentiu e saiu antes de ver Lara acordar, que provavelmente será hipnotizada após passar informações a ele.

Respiro aliviado, pois estava quase impossível de ficar ao redor de tanto sangue, se não fosse o carinho que sinto por Sarah, provavelmente teria feito algo. Abro a porta de seu quarto e a deito em sua cama, vejo as manchas de sangue onde possivelmente ouve cortes, eles se espalham por seus braços, pernas, barriga e rosto. Bom, pelo menos ela pode se curar sozinha, mas não deixa de sentir dor em cada corte, suspiro e vou até seu banheiro, pego uma toalha e a deixo úmida, me sento ao seu lado na cama e começo a limpar seu rosto, braços e barriga. Paro ao ver suas pernas, não sei o que devo fazer, ela está de calça e vou ter que tirá-la para limpar seus ferimentos. Engulo seco e fico parado por alguns segundos, acho que não estou preparado para ver tanta coisa.

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