Curando Feridas ( Hiatus)

By alinecori

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Juliana sempre foi expert em usar máscaras, afinal, eram nelas que ela podia se esconder. A sua defesa sempre... More

Prólogo
Capitulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6 - Hugo.
Hiatus
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Ebook Grátis...
Capítulo 10
Capítulo 11
Capitulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Dica de leitura!!
Capítulo 16
Aviso!!
Chamada!!!
Capitulo 17
Perguntinhaa...
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Bônus Marina
Capítulo 27
Por favor não ignorem
capitulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Aviso.....
Capitulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Amorecos.
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Olha eu de novo!

Capítulo 23

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By alinecori




Juliana

— Eu te fiz uma pergunta Juliana. Que história é essa de filho? — Lipe vira-me bruscamente e uma lágrima escorre em meu rosto. Abaixo a cabeça. A vergonha me consome — Olha para mim pelo amor de Deus!

— Calma, Juliana vai te explicar tudo. — Lu, tenta acalmá-lo, mas, sua respiração pesada me revela o tamanho da sua fúria.

— Lu eu quero ficar sozinho com ela, por favor.

Luciana passa por mim e me dá um abraço. A minha vontade é de agarrá-la e não soltá-la mais. Ela se afasta lentamente e eu levanto meus olhos para encarar Lipe.

— Onde está a criança? Por que nunca fiquei sabendo dela? DIZ ALGUMA COISA!! — O grito de Lipe faz-me encolher.

O meu choro desesperado não alivia o olhar frio que ele direciona para mim.

— Yago. O nome dele é Yago. — Digo aos prantos. — Eu descobri que estava grávida quando você desapareceu. Me senti abandonada e com muito medo.

— Medo?

— Sim. Medo Lipe. — Conhece minha história. Eu não queria correr o risco de perder meu filho da maneira que meus pais perderam. Eu não tinha condições nenhuma de criar um filho, se ao menos vo...

— Não termina essa frase. Não venha colocar a culpa de suas burradas em mim. Nada Justifica o que você fez! Aliás, o que você fez? Deu ele para alguém? Onde ele está? Como nunca vi você grávida? — Perguntava ofegante.

— Deixei-o em um orfanato — Dizer isso me arrancava pedaço. Sangrava cada vez que eu dizia. A culpa me consumia.

Lipe sorri ironicamente.

— Orfanato? Não aprendeu com a vida? Quem te deu o direito de esconder isso de mim?

— Você não foi homem para ficar comigo, também não servia para ser pai do meu filho. ME ABANDONOU. NÃO FARIA DIFERENTE COM ELE! — Grito.

— Uma coisa não tem nada haver com outra. É do meu filho que estamos falando caramba! Um filho. Você não me disse onde ele está. Eu quero saber de tudo.

— Não posso dizer ainda! Tem muita coisa envolvida. Outras pessoas! Não posso sair destruindo tudo.

— Você já fez isso juliana! Destruiu tudo! — ele anda de um lado para o outro e eu continuo chorando. Apesar de achar que ele não tem direito de me tratar dessa forma, não consigo ter uma reação diferente, além das lágrimas.

— Por favor — o pedido sai em forma de súplica. — Eu preciso conversar com Hugo primeiro. Ele é o pai adotivo de Yago. Meu namorado e eu o amo.

Seus olhos fixam nos meus e ele parece não acreditar no que ouve.

— O ama? Ama? Seu namorado é pai adotivo do meu filho? — Ele ri descontrolado. — Diz que isso não é verdade pelo amor de Deus!

Assinto.

— Preciso contar tudo para ele. Depois que tudo se acalmar você vai conhecê-lo.

Ele encara o teto como se tivesse organizando e assimilando tudo.

— Te dou uma semana. Uma semana para resolver a sua vida com o seu namorado. Depois quero conhecer meu filho.

Ouço a porta bater e me encolho. Agacho procurando o ar que parece ter me abandonado. Me entrego de vez e deito-me no chão. Luciana entra correndo e me tira do lugar que eu não queria sair mais. O chão frio e duro. Porque era neste lugar que eu merecia ficar.



                                                                               Hugo


Meus pais sempre ensinaram a mim e ao Álvaro, que família é o centro de tudo. A base. O pilar de sustentação. Sempre fizemos questão de nos reunirmos, seja qual fosse o motivo, felizes ou momentos difíceis.

Tenho passado isso para Yago. O momento de sentarmos a mesa para as refeições sempre foi primordial em casa.

— Pai cadê sua namorada? — Yago questiona provavelmente por estar sentindo a falta dela tanto quanto eu.

Sorri.

— Foi até a casa de uns amigos Filho!

— E porque não fomos pai?

— Porque você ainda está se recuperando da bronquite filhão! Febre lembra? Achei melhor ficarmos em casa para você descansar.

Ele não estava satisfeito com a ausência de Juliana, e nem eu. Nos surpreendemos com o toque da campainha.

Marina veio da cozinha e foi em direção a porta.

— Cadê meu neto querido? — A voz da minha mãe faz Yago correr em sua direção.

— Vovó!

Meu pai, minha mãe e Álvaro?

— Que surpresa! Aconteceu alguma coisa?— Fico curioso com a visita repentina.

— Soubemos que meu neto não estava muito bem e viemos visita-lo. — Meu pai o pega do colo da minha mãe.

— Fiquei muito feliz vovô!

— Eu sei meu neto!

Procuro por Álvaro e o encontro já sentado á mesa comendo tudo que tem direito.

— O que? — ele pergunta depois que percebe todos os olhares voltados para ele. — estou com fome.

Logo estávamos todos ao redor da mesa desfrutando de um belo café da manha! Para mim ainda faltava um pedaço de mim ali!

........................................

Álvaro e eu estávamos sentados na varanda.

— Fazia tempo neh? —Meu irmão me sonda querendo entender do que eu estou falando.

— O quê?

— Fazia tempo que não sentávamos os dois assim! Como irmãos sabe! Não como sócios. Sinto sua falta!

Álvaro olha para o lado e sorri.

— Também sinto sua falta. Você sabe, temos uma vida muito diferente. Você é muito família e eu o admiro por isso. Já eu, bom... Eu gosto de sair, beber finais de semana inteiros, mulheres, aquelas coisas.

— Eu sei. Mas não trocaria minha vida por nada. Amo minha casa, tenho um filho lindo que me orgulha e agora uma namorada! Uma mulher linda!

Álvaro se encosta na cadeira. Sua cabeça inclinada para cima.

— Namorada... — Ele repete devagar — Como vocês estão? — Ele não esconde a curiosidade.

— Felizes? Estamos bem.

— Você disse que a ama!

— Disse.

— Então se eu te contasse algo você não piraria não é mesmo?

— Sou maduro! — Digo em tom divertido.

— Estou falando sério. — seu rosto realmente mostrou seriedade.

— Fale logo de uma vez ! — peço ansioso.

Meu irmão se ajeita na cadeira. Eu permaneço relaxado.

— O que me diria se eu dissesse que conheço Juliana, ou melhor, eu já a conhecia?

Franzo a testa.

— Diria que isso é normal. Só não é normal eu está sabendo disso agora!

— Hugo preste atenção! Eu a conheci á uns anos atrás. Na época ela estava diferente, cabelo curto e óculos. Quando a vi na minha mãe tive a impressão de que a conhecia. E eu não estava errado. Ela não comentou nada com você? Ou não disse que teve a mesma impressão?

— Não. — Ajeito –me na cadeira sentindo-me desconfortável.— Mas como a conheceu?

— Ela trabalhou na Ferraz! Era estagiária, se não me engano. Fazia uma pós na época. A encontrei umas três ou quatro vezes. Tenho certeza que é ela.

— Trabalharam juntos?

— Não.

Álvaro me contou que a viu todas as vezes no horário do almoço, e quem em uma das vezes ela não se sentia muito bem.. e que apesar das conversas não serem por muito tempo ficou gravado em sua mente. Pergunto-me porque ela não comentou nada comigo sobre isso. Ou será que ela não se lembra de Álvaro?

— E tem mais uma coisa Hugo.

— O que?

— Ela estava grávida. Disso eu tenho certeza absoluta. A última vez que a vi conversamos um pouco e segundo ela estava no sexto mês de gravidez. Não vou negar que me interessei demais nela, mas estava de viagem marcada. Demorei mais tempo na viagem do que o programado, voltei uns dois meses depois e não a encontrei mais.

— Grávida? Ela nunca me disse nada nem parecido com isso. — Por um instante sinto minhas mãos suarem.

Percebi que eu não sabia tanta coisa de Juliana. Sabia que ela tinha crescido em um orfanato e que tinha se formado com méritos e que tinha mesmo ganhado estágio em uma empresa renomada, mas nunca me disse qual. Senti um frio na barriga com toda aquela informação.

— Olha! Não quero estragar sua felicidade e nem plantar nada em seu relacionamento. Talvez isso não quer dizer nada. Nunca se sabe o que as pessoas passam. É um passado. O que importa é o agora!

— Sim. Você tem razão. O que importa é o agora. — concordei.

A verdade é que concordei com Álvaro, mas por dentro me sentia incomodado e curioso.

Qual motivo levaria Juliana esconder algo tão importante de mim? Uma gravidez? Um possível filho?

Não sei como, mas teria que ter uma conversa urgente com minha namorada.


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