FRIDA

By yayalane

3.3K 383 271

Frida tem 17 anos e jura que sua vida é um inferno (e de fato é), mas ela é preguiçosa demais pra mover um de... More

INTRO | APRESENTAÇÃO
CAPITULO 1- PARTE I | 17 ANOS
CAPITULO 1- PARTE II | 17 ANOS
CAPITULO 2- HOSPITAL.
CAPITULO 3- BLOG.
CAPITULO 4- PARTE I | SOLITÁRIA.
CAPITULO 4- PARTE II | SOLITARIA
CAPITULO 5- MAISIE.
CAPÍTULO 6 - PARTE I | PÉSSIMA IDEIA
CAPITULO 6 - PARTE II | PESSIMA IDEIA
CAPÍTULO 7 - DESLIZE
CAPÍTULO 8 - BOAS GAROTAS NÃO FAZEM HISTÓRIA
CAPÍTULO 9 - REAL.
CAPÍTULO 10- PARTE I | ALGUEM.
CAPITULO 10- PARTE II | QUEM?
CAPÍTULO 11 - ZAC WALKER
CAPÍTULO 12- TRÊS DIAS.
CAPÍTULO 14- PREZADA.
CAPÍTULO 15- QUINZE RAZÕES.
CAPÍTULO 16 - CRESCER.
CAPÍTULO 17- APRESENTANDO FRIDA
CAPÍTULO 18- FRIDA E VALENTINNA.
CAPÍTULO 19- O QUE ZAC QUER?
CAPÍTULO 20 - O SUFICIENTE
CAPÍTULO 21- GINA MARTINEZ
CAPÍTULO 22- PARTE I | DIOR
CAPÍTULO 22- PARTE II | DIOR.
CAPÍTULO 22- PARTE III | DIOR.
CAPÍTULO 23- EU NÃO TE CONHEÇO MAIS
CAPÍTULO 24 - FRIDA GORDON
CAPÍTULO 25- GUERRA DECLARADA
CAPÍTULO 26- RUBY GORDON
EXTRA! (E NOVIDADES)
CAPÍTULO 27- NOSSO NATAL. | PARTE I
CAPÍTULO 27- NOSSO NATAL | PARTE II
CAPÍTULO 28- CHERZIES
CAPÍTULO 29- ESPORTE FINO
CAPÍTULO 30- GETAWAY CAR | PARTE II
CAPÍTULO 31 - CONSEQUÊNCIAS
CAPÍTULO 32- ZAC
CAPÍTULO 33- VAZIO
CAPÍTULO 34- O QUE MAIS SERÍAMOS?
CAPÍTULO 35- BALÕES
CAPÍTULO 36- O QUE ACONTECEU?
CAPÍTULO 37- ROSAS E LOBOS
CAPÍTULO 38 - SEM TITULO
CAPÍTULO 39 - ICEBERG
CAPÍTULO 40 - VOCÊ
CAPÍTULO 41 - ONDAS
CAPÍTULO 42 - AMOR

CAPÍTULO 30- GETAWAY CAR | PARTE I

65 6 7
By yayalane

"Insira aqui um número decimal. Essa será a numeração dessa postagem, já que eu parei de contar.
{E essa será a nova abertura de toda santa postagem, a partir de...agora!}

'Não, nada de bom começa em um carro de fuga.'
Taylor Swift sabia das coisas quando escreveu essa sublime frase, meus camaradas.
Camaradas.
Eu aprendi essa palavra na cadeia.
Ok, nada tão dramático, mas, por acaso, é onde estou enquanto imagino essa postagem.
Sim, imagino, já que, não sei porque, coisas como celulares e macbooks não são permitidas na cadeia.
Então rezem, leitores, para que eu esteja me lembrando de tudo ao escrever, porque, talvez pelo tempo livre que tive, de dentro de uma cela isso tudo parecia bem mais poético.
Ok, vocês não estão entendendo nada. Gostaria de dizer que nem eu estou, mas eu sei completamente o que está aconteceu aqui: eu me tornei uma pessoa completamente diferente. Haviam sirenes, batidas aceleradas de dois corações e eu apenas eu ria e gritava "Vai, vai, vai!" enquanto fugíamos.
Você consegue imaginar a antiga Frida Wolf correndo da polícia?
Nem eu!
E isso é tão excitante!
Mas vamos do começo..."

- Você acha que alguém nos viu saindo? - Pergunto, preocupada com o que as pessoas pensarão de mim, enquanto Peter dirige.
- Tirando o carinha que você estava encarando feito maluca? Não. - Ele responde e tento encontrar um sorriso debochado em seu rosto, sem sucesso.
- Eu não estava encarando ninguém!
- O nome dele é Zac Walker. - Charlotte intromete com sua voz fina, direto do banco de trás.
- E quem está falando com você?! - Reviro os olhos.
- Ei! - Peter me chama atenção. - O que deu em você?
- Em mim? Nada, só o fato de que estamos levando uma gralha e uma defunta para o hospital no meio da minha festa!
- Não seja por isso.

Inesperadamente, Peter freia e estaciona o carro no acostamento de uma das ruas mais movimentadas de Sacramento.

- O que você está fazendo? - Pergunto, incrédula.
- Pode descer, se quiser.
- Peter! - Meus olhos estão arregalados.
- Ok, então eu desço.

Peter abre a porta e sai do carro, colocando as duas mãos atrás da cabeça e olhando pra cima. Encaro Charlotte, que está com a mesma expressão assustada que eu.

- Eu resolvo. - Digo a ela enquanto desço do carro, tentando me acalmar também. Me aproximo de Peter, que parece não querer me olhar. - Você pode, por favor, nos levar a um hospital e só depois pensar em me odiar? E, se possível, me contar o motivo do ódio! Estávamos bem até...
- Até você olhar pra ele do jeito que eu sempre quis que você olhasse pra mim. - Ele me interrompe.
- Como é que é? - Arregalo meus olhos, tentando não rir da situação. - Você nunca quis nada comigo! Me desculpe se encontrei outra pessoa pra olhar enquanto isso.
- Enquanto isso? Enquanto o que, Frida? Enquanto você me evitava nos lugares e se tornava...isso aí? - Ele aponta pra mim com desprezo.
- Isso aqui? Eu sou a mesma pessoa! Meu Deus, você estava dançando comigo a menos de duas horas atrás!
- PORQUE EU PENSEI QUE VOCÊ AINDA FOSSE VOCÊ! - Ele grita, com raiva.
- Ótimo! Então, já que eu não sou mais eu, você pode, por favor, me superar? - Levanto uma sobrancelha, o encarando.
- Qual é o seu problema? - Peter me olha nos olhos.
- O meu? Peter, você é quem está surtando aqui! - Me aproximo dele, encostando em seu braço e rezando para que a chantagem emocional que estou prestes a fazer, funcione. - Podemos conversar depois? Por favor, Annya está tendo a décima convulsão dentro do carro e eu não sei dirigir... - Olho em seus olhos escuros e seguro seu rosto com minhas duas mãos. - Annya precisa de você. - Me aproximo mais, quase encostando nossos lábios. - Eu preciso de você.

Respirando devagar, Peter assente e coloca uma mão na minha cintura enquanto a outra segura meus cabelos. Ele me beija delicadamente e sorri.
Puta que pariu, Peter Tom Hayes está apaixonado por mim? É isso mesmo, universo? Logo agora?

- Vamos.

Ele se afasta, volta para o carro e eu o sigo, o odiando pela gracinha de me fazer ficar em pé num salto alto em plena rodovia.
Realmente, nada de bom começa em um carro de fuga.
A Capital está iluminada, como de costume, e o vento gelado que bate em meu rosto bagunça meus cabelos, os deixando soltos e ondulados. Peter entrelaça uma mão na minha e segura o volante com a outra enquanto eu minto pra mim mesma dizendo que isso não significa nada.
Mas significa.
Significa que, se Zac quiser jogar comigo, eu tenho uma carta na manga.
Após alguns minutos, Peter estaciona no Hospital e carrega Annya em seus braços enquanto eu entro, acompanhada de Charlotte.

- O que aconteceu? - Pergunta uma enfermeira a Peter, que me encara como resposta.
- Achamos que ela tomou algo... - Minto. Ou não.
- Algo como o que? - A enfermeira levanta uma sobrancelha.
- Se eu soubesse, te falaria... - Respondo. - Ela teve convulsões e está desmaiada já tem quarenta minutos.

Os minutos seguintes se tornam um borrão: a enfermeira chama outros enfermeiros, Annya é colocada numa maca, Charlotte chora em uma atuação digna de Oscar enquanto um médico a avisa que Annya entrou em coma alcoólico, Peter se senta em um banco de espera e age como se nada estivesse acontecendo ao seu redor e eu apenas observo tudo, quieta.
Até dois policiais se aproximarem de mim, fazendo com que Peter levante do banco azul em um pulo.

- Quantos anos você tem? - É a primeira pergunta que um policial alto me faz.
- Vinte e um. - Respondo com convicção, mas ele não parece acreditar.
- Identidade?
- Ah, claro...ela saiu correndo de uma festa com uma amiga desmaiada no colo! Claro que não lembraria de trazer identidade! - Peter se intromete e eu posso prever onde isso vai dar...
- Identidade, senhorita. - O policial repete.
- Não estou com ela, mas os senhores podem me seguir até a minha casa assim que minha amiga se sentir melhor e eu mostro.
- Sua amiga está em coma. Não vai acordar tão cedo. - O outro policial rebate.
- Então, acho que não sairemos daqui tão cedo.
- Por que a senhorita não deixa seu namorado aqui enquanto vamos a sua casa? - Ele me encara, tentando me desconcertar, mas não desmancho a feição por um segundo sequer.
- Ela não sabe dirigir.

Peter intromete novamente, mas assim que se aproxima e entrelaça seus dedos nos meus, percebo que ele tem um plano.

- Mas posso dirigir pra você, baby. Charlotte pode dar uma olhada em Annya enquanto isso, não demoraremos muito. Certo, policiais? - Peter sorri e eu gostaria de bater palmas para sua atuação.
- Dez minutos. - O policial sorri, parecendo satisfeito. - Por favor. - Ele nos indica a saída, e tento não cambalear em meus saltos com o nervosismo enquanto sigo ao lado de Peter para o carro.
- Que porra você está fazendo? - Sussurro entredentes.
- Você confia em mim? - Ele responde.
- Não sei.
- É o suficiente.

Peter sorri e me dá um beijo na bochecha antes de entrarmos no carro. Alguns minutos depois de dar a partida, ele começa a acelerar.

- Quer me explicar o que está acontecendo? - Pergunto, nervosa, mas Peter apenas aumenta o som e sorri. Uma musica do Foster The People está tocando e eu, normalmente, elogiaria, mas não consigo nem pensar no que está acontecendo. - PETER! - Grito, tentando chamar sua atenção, mas ele aperta minha mão exatamente como Maisie faz, então me acalmo. "Ele sabe o que está fazendo" repito pra mim mesma e, na terceira vez, realmente confio nisso.
Confio em Peter, então sorrio ao ver, pelo retrovisor, que os policiais ligaram as sirenes e aceleraram o carro. Eles sabem que estamos fugindo. Jogo minha cabeça pra trás e começo a prestar atenção na música e no quanto ela parece ter sido escrita pra esse momento. Exatamente como uma certa música da Taylor Swift, a qual não consigo lembrar o nome agora. Não consigo me lembrar de nada agora. No meio dessa rodovia, com o céu estrelado, Peter segurando minha mão, o vento gelado e o vestido vermelho apertando minha pele, eu não penso em mais nada. Tudo parece estar no lugar certo.
E eu estou, assustadoramente, feliz.

Continue Reading

You'll Also Like

481K 21.9K 115
𝙨𝙚 𝙘𝙝𝙚𝙜𝙤𝙪 𝙗𝙖𝙜𝙪𝙣ç𝙖𝙣𝙙𝙤 𝙖 𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙩𝙤𝙙𝙖 𝙚𝙪 𝙣𝙖𝙤 𝙘𝙤𝙣𝙨𝙞𝙜𝙤 𝙢𝙖𝙞𝙨 𝙥𝙚𝙣𝙨𝙖𝙧 𝙤𝙪𝙩𝙧𝙖, 𝙖 𝙜𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙨𝙚 𝙥𝙖𝙧𝙚...
116K 13.5K 34
[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de entreter] Após passar 72 horas como refém...
904 93 9
Para começar, essa será uma história "alltake", escrita para meu próprio entretenimento. Não sei se terá mais de um episódio, depende muito da minha...
91K 3.7K 48
Kang sn uma jovem, doce e gentil é forçada a se casar com Jeon jungkook, um jovem arrogante e muito mimado, que com um tempo demonstra ser diferente.