CAPÍTULO 22- PARTE II | DIOR.

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— Dior me queria

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— Dior me queria. - Solto assim que entro em casa, minha mãe está sentada no sofá, com uma tigela de cereal em seu colo.
— E você? - Ela pergunta, com olhos atenciosos.
— Disse que não. - Jogo a mochila no chão e me junto a ela no sofá.
— Está arrependida?
— Ainda não. Eles queriam que eu abandonasse a Cher's...não posso fazer isso.
— A Dior é maior, não é?
— Mas eles ainda vivem em 1950, onde as modelos eram apenas objetos de troca. É de fruta? - Pergunto sobre o cereal.
— Aveia. O de frutas acabou.
— Amanhã compro mais. - Me levanto do sofá, com intenção de me arrastar até o quarto e tentar entender o dever de casa de Matemática Aplicada.
— Compre café também.
— Ah! Estou com trauma de café. Não quero sentir o cheiro por mais algumas semanas.
— O que aconteceu? - Minha mãe ri.
— Um tal de Michael trombou em mim, manchou a droga do meu colete.
— Michael?
— Michael Gordon, da Dior. Estava saindo quando ele...
— E o resto do seu dia? Como foi? - Ela me interrompe.
— Conheci uma menina no metrô. Que bom que você lembrou, tenho que mandar um e-mail a ela.
— E-mail?
— Ela não tem celular. - Dou de ombros.
— Outra Frida Wolf eu não aguento.

Sorrio e subo as escadas. Estou exausta.

— FRIDA! -  Minha mãe me grita alguns minutos depois. — MAISIE ESTÁ TE LIGANDO.
— DIGA A ELA QUE LIGO AMANHÃ.

Ouço Sara passar o recado a Maisie, que não deve ter ficado satisfeita. É meu segundo dia a ignorando, e não sei bem se há um motivo pra isso.
Algumas horas depois, quando já escureceu, abro o macbook pra enviar um e-mail a Gina.

"Você, definitivamente, precisa de um celular" Começo. "Eu também me negava o uso, mas é um porre escrever e-mails. Ah, aqui é a Frida.
A garota do metrô. Me responda, como foi o encontro com seus pais? Espero que tenha sido melhor do que minha entrevista de emprego.
XoXo, Frida."

Fecho o laptop em seguida e me deito na cama e, tentando esquecer essa semana conturbada, começo a contar carneirinhos até dormir.
Não sei em qual número parei, mas acordo com gritos vindo do andar de baixo.

— EU ESTOU TE AVISANDO! - É a voz da minha mãe. — FIQUE LONGE DELA! ANTES QUE VOCÊ CAUSE MAIS ALGUM MAL A...

Sara para de falar no telefone quando vê que eu desci as escadas e estou parada em frente à ela.

— Mãe?

Ela desliga o telefone e me encara.

— Princesa... - Ela se aproxima. — Me desculpe se te acordei.
— Não tem problema, está tudo bem?
— Há uma paciente em estado terminal no hospital... Uma das enfermeiras quer desligar os aparelhos e... Bom, não preciso te encher com isso. - Ela me dá um beijo na testa. — Volte a dormir, meu bem.

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