CAPÍTULO 22- PARTE I | DIOR

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Eu esperava mais da Dior

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Eu esperava mais da Dior. Quer dizer, não por estar acostumada com o grande prédio da Cher's, afinal, sei que a matriz da Dior não fica em Sacramento, mas um pequeno corredor no shopping não é bem o que eu estava esperando.
Christian Dior, você precisa dar uma olhadinha melhor na Califórnia.
Se é que você está vivo.
Deus, que tipo de modelo eu sou que nem sei se o dono da porra da Dior está vivo?
Entro no escritório e me apoio no balcão, sorrindo para a secretária loira com cara de poucos amigos.

— Sou Frida Wolf, Garlot Cricle está me esperando. - Digo, com orgulho e postura de quem sabe o que está fazendo.

Não faço a mínima ideia do que estou fazendo.

— Só um momento.

Ela volta depois de trinta segundos.

— Você pode entrar. Terceira porta a esquerda.
— Ok.

Faço o que ela diz. A terceira porta tem uma placa cinza com os nomes de Garlot e uma tal de Ruby Gordon.

— Frida, querida! - Garlot sorri com dentes que parecem ter recém saído de um clareamento. — Como você está? - Ela se levanta da cadeira de couro e me dá dois beijos nas bochechas.
— Perfeitamente bem. - Minto.
— Sente-se, querida, posso te oferecer algo?
— Não, obrigada. - Sorrio.

Garlot me encara por alguns segundos antes de respirar fundo e iniciar a frase:

— Frida, é o seguinte. A Dior gostaria de te conhecer melhor.
— Como? - Sou pega de surpresa. A Dior quer me levar pra jantar? Não estou entendendo.
— Nós nos interessamos pela sua performance no palco, você parecia confortável, como se tivesse nascido pra isso...e não há dúvidas de que, de fato, você está na área certa. - Ela sorri e tento fazer o mesmo, mas sinto que há um "mas" vindo por aí. — Você seria uma aquisição incrível para a Young Dior.
— Young Dior?
— É uma parceria com novos estilistas, pessoas que entraram a pouco tempo no ramo da Moda...uma revista nova, modelos novas, roupas para gente nova. Queremos que você seja nossa embaixadora.
— O que exatamente uma embaixadora faz?

Garlot relaxa o corpo na cadeira, cruzando uma mão na outra e me encarando, sorridente.

— Tecnicamente, é a beleza da ideia. O rostinho bonito que estampa uma criação única, que representa o cérebro da marca.
— Eu? Embaixadora da Dior?

Preciso piscar algumas vezes para me recompor.

— Da Young Dior. Não é nada muito grande, mas temos expectativas consideráveis para a revista no ano que vem. Em 365 dias, esperamos atingir um milhão de pessoas.
— Mas a Dior atinge muito mais do que isso.
— Claro que sim, e bom saber que entende de estatística. Somos uma marca mundial, mas a Young seria apenas um braço disso, algo inovador, um rosto jovem para o clássico.
— E você quer que eu seja esse rosto?
— Eu quero que você pense sobre isso. Seria uma grande oportunidade, não acha?

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