CAPÍTULO 6 - PARTE I | PÉSSIMA IDEIA

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PERGUNTA DA AUTORA: Você se identifica com qual personagem de Frida apresentado até agora? Comente aqui pra eu saber em quem devo investir mais e quem deve dar uma desaparecida da história.

— Você tem que estar brincando com a minha cara

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— Você tem que estar brincando com a minha cara. - Falo após Maisie me contar o "babado da vez". Palavras dela, não minha.
— E lá vamos nós... - Ela revira os olhos e aponta pra tela do MacBook aberto em plena mesinha azul no pátio de Saint Harvey. —, olha aqui, eu não sou burra! É o IP da Johanna.
— Você tem certeza? O que eu vou fazer quando vir essa garota nos corredores? Ela vai...
— Vai o que? - Maisie levanta uma sobrancelha. — Te bater? Gritar com você? Por favor, crie um par de tetas e acorde a mulher que há dentro de você, Frida. Johanna Flinton não é nada perto de nós duas.
— Ela ainda é a garota mais popular da escola.
— Ah, pelo amor de Deus. Ela é popular em Saint Harvey. Fora daqui ela é só mais uma garotinha mimada que vive do dinheiro dos pais e acha que está abalando.
— Maisie, todos nós vivemos do dinheiro dos nossos pais.
— Você entendeu.
— Maisie e Frida. - Ouço uma voz masculina sendo irônica atrás de mim e me viro.
— Nick Flinton. - Maisie sorri com desdém e se levanta da cadeira azul, ficando de frente para o infeliz.
— Pensei que a pequena humilhação na festa da semana passada faria vocês duas não tocarem mais no nome da minha irmã.
— E eu pensei que a essa altura do campeonato você já teria aceitado que ela não é, de fato, sua irmã. Quer dizer, que sorte a dos Flintons, não é? Afinal, não deve ser de muito orgulho ter um filho com um enorme histórico de uso de cocaína. Pelo menos eles podem alegar que está na sua genética, ou algo assim. - Ela deu de ombros e eu pude ver a raiva se formar nos olhos de Nick. Ele se aproximou, segurando Maisie pelo pulso.
— Você não sabe com quem está falando.
— Na verdade - Comecei, me levantando e tirando bruscamente a mão de Nick do pulso de Maisie, que a apertava com tanta força que sua pele branca já estava avermelhando. — Ela sabe muito bem com quem está falando: com um babaca mimado que acha que manda no mundo porque é bonitinho e tem grana. Mas eu acho bom você nunca mais encostar nela desse jeito, ou você terá que se ver comigo.
— Isso foi uma ameaça? - Nick levantou a sobrancelha esquerda e deu um sorriso.
— Não, isso foi um aviso. Agora saia daqui.
— Como quiser, Frida Wolf.

Quando Nick e seus seguidores fiéis saíram da minha visão, eu desfiz a pose e abracei Maisie com força.

— Posso saber por que está me abraçando?
— Me diz que você vai dar queixa disso. Ele te machucou, Maisie!
— Ah, ma Cherie, você acha que vive num mundo em que mulheres dão queixas de pequenas agressões e são levadas a sério? E isso nem foi uma agressão, ele só...
— Te apertou até que você ficasse vermelha? Maisie, pelo amor de Deus.
— Frida, você não vai me fazer pagar de fraca por aí. Nick não me machucou, ele só me deu mais um motivo pra querer tirá-los do trono que acham que estão.
— Você sabe que soa como uma vilã de um filme mexicano quando fala dessa forma, não sabe?
— E que tipo de mulher eu seria de apenas chorasse pelos cantos ao invés de enfrentar o que me ameaça?
— Você tem dezessete anos, não tem nada de errado em ignorar certas coisas pra preservar sua sanidade mental. - Falo e observo Maisie revirar os olhos.
— Não tem nada de errado com a minha sanidade mental, e o fato de eu ter dezessete anos não exclui o fato de que tenho uma vagina a honrar. Eu não vou ser rebaixadas por homem, Frida, e você também não deveria.
Maisie fecha o MacBook com força e sai puxando a mochila de rodinhas pelo pátio de Saint Harvey. Posso perceber que ela está com raiva, mas há algo nisso que me intriga, me dando vontade de segui-la.
E é o que faço.

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