Uma Garota nada Perfeita

Af ingridleticia

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Carol e uma garota de 21 anos de uma personalidade muito peculiar e um temperamento explosivo e esta fugind... Mere

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Máscaras
Aniversário...
Vindo A Tona
Se Descobrindo...
Canalha?
Decisão
Conhecendo
Discontraindo
Felicidade?
Exagerando
Anestesiada
Olho Por Olho
Vigança Dolorosa
Problema?
Certo Ou Errado?
Sim Ou Não?
Confiança
Parque De Diversões
Revelações Perigosas
Desmoronando
Memórias Perdidas
Estranhos!
Do fim ao Começo
Despedida (Epílogo parte I)
Revoltada
Final
Primeiro
Projeto. Uma garota Nada Perfeita
Bem Vinda

Capítulo 5

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Af ingridleticia

Se passaram uma semana na tentativa de evitar o máximo possível Daniel e Thiago, mas é em vão. Por vivermos na mesma casa torna-se difícil não nos esbarramos, mas o que é mais estranho que eles mal respiram em minha direção. No fim eu que fui ignorada.

Acordo com uma batida na porta. Já percebi que é quase impossível dormir até tarde nesta casa sem me incomodarem, apenas quero dormir. Ignoro como quase tudo na minha vida, mas as batidas continuam e tento abafar com o travesseiro na cabeça, mas a porta se abre e sinto o colchão afundar ao meu lado.

— Precisamos falar com você? — de novo?

— Estou dormindo.

— Você fala dormindo?

— Sou sonâmbula — Léo dá uma risada.

— Engraçadinha, car? — Ele me chama pelo apelido, que mesmo negando veementemente ele não me ouve.

— Que droga Leo me deixa dormir é sábado — jogo o travesseiro em seu rosto — E já te disse para não me chamar assim, o que você quer? Se for sobre festas idiotas, não estou de acordo, agora pode sair — respondo mal humorada

— Me surpreendo como você fica mais gentil a cada dia — sinto o riso em sua voz — Mas não é sobre festas.

— Então me diz logo e me deixa em paz.

— Melhor descermos, tomarmos café que eu te explico, só para constar já são onze e meia da manhã, quase hora do almoço. Então não reclame e levante daí senhorita mau humorada.

— Agora vai pegar no meu pé? Eu tenho esse direito, essa semana trabalhei até tarde todos os dias só para não trazer trabalho para casa e poder me dar ao luxo de dormir até tarde" explico enquanto levanto — O que você não deixou — ele me encara como fosse louca, sei que já é tarde mas dormir é um dom que tenho.

Tento me deixar um pouco mais apresentável, prendendo o cabelo em um coque, para Léo foi o suficiente para tentar me levar para baixo, me puxando de quarto para fora.

— Você está louco?

— Vamos logo, todos estão nos esperando.

— Não, eu não vou vestida assim — ele me encara confuso.

— Qual o problema? Que eu saiba você anda assim vinte quatro horas por dia.

— Não ao com esse short" aponto para meu short branco transparente — Estou quase nua — assim que me sentia, estranho não ter nenhuma vergonha evidente de Léo mas em pensar em Daniel e Thiago me ver sem tanta roupa me deixa nervosa.

—Já vi uma mulher nua e você está longe de está e era para me confortar não adiantou.

— Eca Léo me poupe — ele me puxa mais uma vez — Léo— protesto.

— Está bem se troca — sai apressado me deixando curiosa sobre tanto mistério.

Faço minha higiene matinal, com uma bermuda e uma regata me apresso até a cozinha. Chegando os meninos estão rindo, mas quando me veem como se depararem com um animal feroz.

— E aí quem morreu?

— Amanhã chegará uma nova moradora — diz Léo empolgado.

— E...? — sento e eles se olham.

— Você terá que dividir o quarto com ela — não, definitivamente não foi o combinado, me levantei sobressaltada.

— Por que?

— Por que não há mais quartos? — diz Daniel.

— E a porcaria do quarto do barulho?

— Mesmo que ela fique lá vai demorar para desocupar porque primeiro vamos ter que desocupar o quarto dos fundos — diz Thiago.

— Tem um quarto dos fundos aqui? E o que vocês estão esperando para jogar ela no quarto, e leva menos tempo e menos esforço simples assim. Vocês têm o que na cabeça? Não deve ser tão ruim.

— Ela tem razão — diz Daniel e não contenho um sorriso vitorioso.

— Parabéns você não é um completo imprestável — comento e posso jurar que levou como um elogio pois pude perceber um fino traço de riso em seus lábios.

— Mais uma coisa. Seja gentil.— Completa Léo, e reviro os olhos em resposta.

— Não sei sobre o que está falando? Sou gentileza em pessoa — Eles se olham e começam a rir.

— Sério não coma a garota quando estiver dormindo — diz Daniel enxugando uma lágrima imaginária, eu ainda não entendo a graça, mostro a língua para eles da forma mais infantil que habitar meu ser.

— Tanto faz — dei de ombros " Era só isso? Vocês são piores que uma novela mexicana, fato óbvio. Depois de comer um hambúrguer e tomar um maravilhoso refrigerante bem gelado, subo para o quarto e volto a dormir.

Acordo já é noite e meu estômago ronca e desço para a cozinha e encontro o Léo comendo pizza.

— Cheguei na hora certa — entro esfregando a mão uma na outra.

— Boa noite dorminhoca — sento me sirvo de uma fatia de pizza sem ao menos pedir, educação 0%. Quando estou terminando, Léo fala.

— Você vai para o aniversário do Paulo e Guilherme?

— Não fui convidada — ele franze a sobrancelha.

— Sim, você foi. Pedi para o Daniel te passar o recado já faz uma semana— Claro que ele não me disse nada, Daniel sendo o idiota de sempre.

Eu e Guilherme não tínhamos saído ultimamente, ele parecia ocupado, ele mesmo se intitulava meu irmão, mas estava sendo um irmão desnaturado.

— Acho que esqueceu de passar o recado. Quando é?

— Amanhã.

— O que? Muito em cima para comprar presente — falo para mim mesma.

— Relaxa é só uma festa na verdade ninguém leva presente só vai — ele sorrir inocentemente — Você vai?

— Provavelmente — combino com Léo por não fazer a mínima ideia de como chegar na casa do Guilherme ele promete que se encarregará de me levar — Obrigada Léo.

Subo as escadas rápido pensando em bom presente para Guilherme, mas me choco com alguém que me segura pela cintura impedindo que role escada abaixo.

— Você está bem? Pergunta Daniel me segurando perto do seu corpo.

— Sim — Digo sem ar, minha respiração está acelerada pelo susto.

— Bom...— ele me aperta mas contra seu corpo como se não quisesse sair dali — Qual a pressa? — ele está tão perto do meu rosto que posso ver os traços azuis em seus olhos verdes.

Lembro o quanto estou chateada por não ter me passado o recado do aniversário de Guilherme.

— Qual o seu problema?— me afasto e ele parece confuso — Porque é tão idiota? Porque não falou sobre a festa? Porque não passou o recado da festa do Gui?

— Gui? Você está brava porque não te dei um recado de uma festa? Que eu saiba você não gosta de festas.

— Sim, estou furiosa porque o Guilherme é meu amigo, e quem é você para dizer o que eu gosto ou não? Seu egoísta ridículo — saio bufando.

Domingo acordo com um grande par de olhos verdes me olhando. Dou um grito assustada.

— Shiiii!

— Quem é você?

— Sou sua colega de quarto — automaticamente a analiso, ela está de saltos rosas e vestido também rosa colado ao seu corpo mostrando suas pernas e seus cabelos lisos e loiros, uma verdadeira barbie.

— O que? — Tento absorver rápido pois ainda estou lenta por acabar de acordar — Você vai ficar no quarto dos fundos.

— Não desocuparam ainda — Diz tranquilamente. Acho que nessa hora meu cérebro entrou em choque.

— Não, não, não — saio correndo do quarto, bato na porta do quarto de Léo e nada no de Thiago igualmente, desço a procura deles mas ele não estão em lugar nenhum, então tento a última opção subo e bato na porta do quarto de Daniel que abre logo em seguida.

— Carol? — Diz surpreso — O que aconteceu?" Obviamente preocupado por bater em sua porta.

— Tire aquela loira peituda do meu quarto agora — rosno.

— Era só isso? — me parecia decepcionado.

— E o que seria? Você fez de propósito — aponto o dedo para ele de uma forma dramática — Você quer acabar comigo — soou tão ridícula falando, mas não tanto em meus pensamentos.

— Pois você terá que ser gentil com ela por um bom tempo — da ênfase na palavra me desafiando — Pois o quarto ainda não está desocupado.

— Porque não?

— Porque tem muita tralha ainda dos antigos moradores, não é tão rápido como um piscar de olhos, será que você não entende?

— Não — bufo de raiva —Onde estão todos? — ele me olha e me analisa por minha mudança de humor tão repentina.

— Me lembro que era você que estava empolgada com a festa do "gui" suponho que estejam lá — desdenha mim, mas juro que vi uma ponta de ciúme — Afinal são duas da tarde Bela adormecida — eles amam me alfinetar por dormir demais. Tento não entrar na pilha, mas não sou paciente.

— Não enche é domingo — falo como fosse óbvio, mas lembro que não sei o endereço e lembro que Léo prometeu me levar — Mas como assim ele já foi ele sabe que iria com ele, mas você sabe se ele deixou o endereço?

— Não — fala com raiva aparente, nessa hora minha suposta colega de quarto sai deixando Daniel paralisado e olhos arregalados — Erica? — fala como se esforça-se para pronunciar seu nome.

— Oi Daniel — diz cantando. Eles se conhecem? — Você vai para festa? Poderia nos levar? — diz fazendo charme.

— Não — ele diz sem hesitar de um jeito bruto e entra batendo a porta do seu quarto.

— Continua o mesmo — ela afirma, mas pra ela mesma — Não liga ele é assim mesmo — fala me encarando, com olhos verdes que me dão arrepio — Quer dizer você já deve saber disso — não sei dizer em que sentido ela quis dizer, mas soou estranho — Vamos nos arrumar para abalar — diz me puxando para o quarto, como se fossemos amigas há anos.

— Não vou abalar em canto nenhum — nunca pensei que diria essas palavras.

— Pensei que iria pra festa.

— Não mais, não sei o endereço.

— Só por isso? Relaxa, são velhos amigos meus, agora quero que mude sua cara e dê um sorriso — quem é ela afinal? Mesmo que tivesse boas intenções, o que eu não engolia, ela tentava forçar uma intimidade que não gostava nenhum pouco.

Ela entrou no quarto depois de se trocar mais bela que antes, se é que era possível. Está com um salto preto uma minissaia xadrez que me faz lembrar uma estudante lhe dando um ar inocente e uma simples blusa branca de manga com um leve decote em v e seus cabelos lisos e soltos, quando me vê faz uma cara decepcionada.

— Achei que estaria pronta.

— E estou — falo com a mão na cintura.

— Não, não é que roupa é essa? E essa calça? — aponta para minha calça preta cheia de bolsos — Assim nenhum homem olhará para você — diz mexendo em sua mala.

— E quem disse que quero?

— Não sabia que você era lésbica — diz como uma revelação — Desculpa — a intenção era me ofender, em pleno século vinte um ainda tem gente que pensa que esse tipo de palavra é ofensa.

— Eu não sou lésbica - digo revirando os olhos.

— Sei... — ela me encara como maquina-se algo — Mas me desculpe falar, mas você é mulher e toda mulher quer se sentir atraente gosta de atrair olhares de se sentir desejada cedo ou tarde isso vai acontecer — ela fala como fosse tão positivo, mas por minhas experiências ser bonita sempre me trouxeram problemas.

— Se acontece cedo ou tarde certo? Então comigo pode não ter acontecido? — ela me encara como se estivesse falando outra língua, e que venho de outro planeta.

— Mas irá provar como é a sensação — fala remexendo em sua mala que parece ter um buraco no fundo. Puxa uma mini saia como se tivesse encontrado ouro — Você vai ficar linda — diz jogando-a para mim.

— Nem morta que uso esse pedaço de pano — ela faz uma careta — Tenho minhas roupas.

— Pois não — se dirige ao meu guarda-roupa e começa a procurar algo. Quem ela pensa que é? A boa samaritana? — Achei! — exclamou contente, me entrega uma calça jeans clara que minha mãe me deu, mas nunca usei, por motivo de odiar calça e qualquer parte de baixo branca. Faço uma careta.

— Não essa calça não — reclamo.

— Não quero saber de reclamações — sorrio, por um momento ela me faz lembrar minha irmã com seu ar mandão sempre tinha o costume de cuidar de mim — É só uma calça não vai mudar quase nada — diz saindo para que me troque, quem sabe pode dar certo tempo que não sei o que é uma amiga.

Me admirando no espelho o quanto uma calça pode mudar um visual completamente me vejo tão feminina, a calça se ajustou perfeitamente ao meu corpo mas não faz parecer vulgar por minha blusa azul caída no ombro, e meus queridos amigos e confortáveis allstar uma mania que não larguei desde a adolescência.

Ela entra no quarto e me olha com aprovação.

— Uau! — Erica assovia entrando no quarto — Sabia que cairia bem mas, isso — ela olha para meus pés reprovando o allstar — Poderia melhorar — diz com um sorriso esperançoso.

— Não abusa — encerro alisando meu rabo de cavalo.

— Certo, por hora tudo bem, vamos — me puxa como se eu não soubesse andar por mim própria.

—Sim mamãe — sorriu balançando a cabeça negativamente.

Fortsæt med at læse

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