Diário Da Juventude

By TatianaGoncalvez

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Mirela, Lívia e Thamara são três jovens de 15 anos que estudam no colégio de tempo integral, localizado na ci... More

Mirela
Lívia
Thamara
Mirela
Lívia
Mirela
Lívia
Thamara
Mirela
Lívia
Thamara
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Thamara
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Thamara
Mirela
Lívia
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Lívia
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Lívia
Thamara
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Lívia
Thamara
Mirela
Lívia
Thamara

Thamara

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By TatianaGoncalvez


Boa Tarde queridos leitores! Espero que gostem de mais um capítulo, e não se esqueçam de votar e comentar, beijos e até mais! <3



Sábado, 29/04/2017, 22:30.

Quando Peter chegou junto com o Caleb e o Lucca, fiquei muito nervosa, não só pelo fato do Peter estar caminhando em minha direção, mas também, por causa do Caleb, fiquei com medo de que a Mirela descobrisse sobre minha ficada com ele há alguns anos atrás, eu deveria contar a ela, mas não tenho coragem, estamos iniciando a nossa amizade agora, se eu contar que já fiquei com ele, mesmo que tenha sido anos atrás, pode ser que ela fique com raiva de mim, e aí, já era "amigas".

E estou passando a gostar de verdade da Mirela e da Lívia, as duas são legais comigo, não quero perder essa amizade que está se formando entre nós.

Mas Caleb não disse nada, para minha sorte, nunca mais nos falamos desde nossa ficada, e sinceramente, acho que ele não gosta muito de mim desde então.

Depois que eles trocaram algumas palavras com a gente, Peter me chamou para andar com ele, e eu fui, nervosa e feliz ao mesmo tempo, mas fui.

Caminhamos para perto do centro da competição, mas sem ser exatamente no centro, estávamos mais afastados do movimento de todos os skatistas treinando.

- Legal que você veio aqui hoje. Vai poder me ver competir. – ele disse.

- Sim, e eu nem sabia que você gostava de andar de skate. – falei.

- Eu gosto sim, não é a minha paixão, mas eu gosto muito, é bom para me fazer esquecer o mundo, dos problemas, enfim...

- Problemas? – perguntei incrédula. Eu sei que todas as pessoas no mundo passam por problemas na vida, mas ele não tinha cara de ser um cara com problemas, a vida dele parece ser perfeita, fiquei curiosa para saber que problemas ele tem.

- A sim... Pensou que minha vida fosse perfeita, não é? – perguntou ele, sorrindo. Fiquei admirada com o sorriso dele, na verdade, a palavra "boba" se encaixa mais, assim como ele, o seu sorriso era completamente lindo, e eu não conseguia deixar de olhá-lo.

- Pelo menos parece.

- Só parece mesmo Thamara, eu não vou dizer que sou cheio de problemas, mas tenho alguns, minha vida não é perfeita, acho que a de ninguém é.

- Realmente. – concordei, lembrando dos meus problemas.

- Vi que você já está bem amiga da Mirela e da Lívia, falei que elas eram legais.

- Elas são bem legais sim, a Mirela é um doce, super legal e simpática, e a Lívia também têm suas qualidades, não é um doce, mas é muito legal e divertida. – disse, e ele riu. O som da sua risada era tão gostosa de ouvir, eu realmente estava encantada por ele.

- Sim, e as duas parecem gostar bastante de você, elas são amigas de muitas garotas no colégio, mas você foi a primeira que se integrou, formando assim um trio de amigas, você deve ser muito especial para isso ter acontecido. – ele disse, e eu fiquei envergonhada, tímida é a palavra correta.

- Bom... Acho que elas gostaram do meu jeito. – disse e sorri.

De repente, ficamos em silêncio absoluto, ele olhando para mim e eu olhando para ele, ele sorria enquanto me olhava, e eu já estava ficando sem graça com a situação, estava pensando em alguma coisa para dizer, para que quebrasse esse clima constrangedor, mas nada me vinha em mente, até que uma garota apareceu, interrompendo todo o nosso silêncio, reconheci a menina imediatamente.

Era a Josi, a garota que implicou comigo e com as meninas mais cedo. – Olá Peter. – disse ela, toda sorridente, e em seguida, olhou para mim com cara de irritada.

- Oi Josi. – Ele disse não muito a vontade com a presença dela. Fiquei calada enquanto ela tentava falar com ele.

- Estou torcendo para que você ganhe a competição. – disse ela.

- Obrigado, mas ganhar não é a minha meta, eu estou na competição apenas para me divertir, mas se eu ganhar vou ficar feliz por isso, e só uma competição de amadores. – respondeu ele.

- Sim, eu sei. Mesmo assim, estou torcendo por você. Acho que temos que sair qualquer dia, para colocar o papo em dia. – disse ela.

- Nos vemos todos os dias no colégio Josi.

- Sim, mas lá nem da para conversarmos direito, até porque você é do segundo ano, difícil horário bater.

- Entendo.

- E você estranha, o que faz aqui? – perguntou ela, se dirigindo a mim.

- Está maluca Josi? Isso é jeito de tratar uma pessoa? Porque está falando dessa forma com a Thamara? – disse Peter, me defendendo, e olhando inconformado para a Josi.

Josefine riu. – Porque ela é uma estranha, vai dizer que não percebeu?

- O quê?! Claro que não. A Thamara não é estranha, é uma garota normal como todas, não estou te entendendo. – disse Peter, mais inconformado ainda, e eu já estava temendo onde isso iria chegar.

- Acorda Peter! Pensei que fosse mais inteligente, ela é...

- Está tudo bem Peter, não precisa me defender. – eu disse, tentando encerrar o assunto.

- Não Thamara. Eu não aceito isso, e você também não deveria aceitar. Você está sendo ridícula Josi. – ele disse.

- Ridícula é ela! Você nunca viu as fotos? – perguntou Josi, e meu coração se acelerou. Ela iria mostrar as fotos a ele, eu não estava acreditando naquilo. Eu aguentava tudo, mas não queria que o Peter visse aquelas fotos, não queria que ele visse a minha cicatriz.

- Fotos? Do que está falando? – ele perguntou confuso, e olhou para mim em busca de uma resposta, mas tudo o que fiz foi sair correndo de perto deles, até sumir por entre a multidão daquele lugar.

Tentei encontrar as meninas, mas não as vi, então, fui para bem longe de toda a multidão, e sentei no chão, com as costas encostada á parede. Eu não queria que ninguém conhecido me visse chorar, mais uma humilhação na minha vida, deitei a cabeça em meus joelhos e deixei que algumas lágrimas escorressem por meu rosto.

Fiquei por algum tempo ali, sentada, triste e completamente perdida em meus pensamentos. Não importa para onde eu vá, essas fotos sempre vão me perseguir, e por causa dessa cicatriz, todos sente nojo de mim, e param de falar comigo, me acham feia, nenhum menino quer ficar com uma garota deformada, e depois de ver essas fotos, o Peter não vai querer nem conversar mais comigo.

E isso só iria me mostrar o quanto ele era só mais um dentre todos os outros. Algum tempo tinha passando desde que corri para longe dele sem dizer nada, e senti alguém tocar no meu ombro, levantei a cabeça assustada e ao meu lado estava Peter, sentado, olhando para mim.

- O que está fazendo aqui? – pergunto envergonhada, meu rosto deveria estar vermelho, pois eu tinha chorado, e quando choro fica muito vermelho, pois tenho a pele muito branca e sou cheia de sardas, o que da mais destaque a elas.

- Estava te procurando há um tempo já.

- Você deveria estar competindo nesse momento. – falei, me lembrando só naquele momento.

- Eu desisti da competição, eu precisava te encontrar. Conversar com você era bem mais importante naquele momento, eu não iria conseguir competir pensando em você. – ele disse, me olhando com preocupação.

- Você viu as fotos?

- Só uma. A Josi me mostrou e eu fiquei inconformado com o que te fizeram como alguém consegue expor uma garota assim por pura maldade para toda a internet ver? – ele pergunta, se referindo a quem bateu as fotos e começou com tudo isso.

- Eu não sei, as pessoas são muito cruéis quando querem ser, e no meu antigo colégio, ninguém gostava de mim, e um dia, essa garota que me odiava, bateu essa foto enquanto eu estava distraída, e postou na internet, desde então, minha vida tem se tornado um inferno. É horrível saber que um monte de pessoas viram as minhas fotos, como se não bastasse verem a minha cicatriz, também me viram de sutiã, não era para ninguém ter me visto naquele estado. – disse, envergonhada, e uma lágrima escapou dos meus olhos e rolou por minha face, e me surpreendi quando ele limpou – a para mim. Sentir seu toque em meu rosto fez com que eu me arrepiasse, espero que ele não tenha percebido.

- Essa garota foi uma covarde, e totalmente cruel.

- Porque está aqui? Quer dizer... Você viu a foto, não sente nojo de mim? E porque preferiu perder a competição para vir atrás de mim? – quis saber.

Ele franziu a testa e depois sorriu para mim antes de me responder, ele me olhava como se a resposta que fosse dar fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Eu seria um monstro se sentisse nojo de uma pessoa só por causa de uma cicatriz, que por sinal, nem era tão grande assim, não tinha nada de mais, é apenas uma cicatriz, o que é uma cicatriz perto de uma garota tão linda como você?

Fiquei admirada e na hora me lembrei do que a Mirela me disse pela primeira vez quando soube da minha cicatriz, ele disse o mesmo que ela, a mesma coisa.

- É verdade? Você realmente não sente nojo de mim e nem pena? – pergunto.

- Jamais vou sentir nojo de você e muito menos pena, eu me preocupo e fico triste de te ver triste assim, sobre a sua segunda pergunta, a resposta é bem simples, você é bem mais importante para mim do que a competição. Eu sei que nem nos conhecemos direito, mas eu gosto de você, e gosto de conversar com você, Thamara, você é uma garota boa, linda, e não merece sofrer assim, ninguém merece sofrer assim. – ele disse.

- Obrigada Peter. Por não ser mais um dentre todos os outros monstros que já conheci. – agradeci.

- Não tem que me agradecer Thamara, vamos sair daqui e encontrar as meninas? Elas devem estar preocupadas com você. – ele disse, se levantando, e estendendo a mão para que eu segurasse, para me levantar.

- Claro. – disse e dei um sorriso fraco, peguei na mão dele e fiquei de pé, era para termos soltado nossas mãos, assim que eu me levantasse, porém, não sei por que, ele continuou de mãos dadas comigo, e caminhamos assim, até que chegássemos nas meninas.

- Thamara! Que bom que está bem! Que susto que você nos deu! – gritou Mirela, assim que me viu me dando um abraço apertado.

- Pois é. Estávamos muito preocupadas e pensando no que iríamos falar para nossos pais caso não te achássemos. – disse Lívia e eu ri.

- Está tudo bem. Desculpa por ter sumido assim sem ter falado nada.

- Estava com o Peter esse tempo todo? – perguntou Lívia.

- Mais ou menos isso. – respondi.

- Vou deixar vocês aí, daqui a pouco vou embora para casa. Tchau meninas e se cuidem, principalmente você Thamara. – ele disse, e se aproximou mais de mim, e me puxou para um abraço na frente das meninas, o que me deixou constrangida, mas feliz ao mesmo tempo, eu estava me interessando por ele, e depois de todas as coisas bonitas que ele me disse, eu fiquei ainda mais encantada, e esse sentimento estava me assustando, eu só não queria sofrer por não ser correspondida.

- Obrigada. Tchau. – disse e sorri, ele sorriu de volta e acenou para gente, indo embora.

- O que nos conta Thamara? – perguntou Mirela.

- Posso contar tudo quando chegarmos na sua casa?

- Claro.

Assim que chegamos na casa da Mirela, trocamos de roupa e tudo, sentamos na cama, e eu comecei a contar primeiro a história da minha cicatriz as duas, de como eu a ganhei, falei do acidente, enfim, contei tudo, depois disse das fotos que tiraram na minha antiga escola, até poder chegar no que a Josi fez, mostrando a foto ao Peter, elas escutavam tudo com muita atenção e depois que terminei de falar, foi a vez das duas de falarem algo.

- Que vaca... Quer dizer, a Josi não tinha o direito de te humilhar daquela forma e ainda mostrar a foto para o Peter! Ela se deu mal, se achou que ele iria parar de falar com você por causa de uma cicatriz. – disse Lívia.

- Eu não imaginava que a Josi fosse tão malvada assim. – disse Mirela.

- Para você ninguém é malvado o suficiente Mirela. – falou Lívia, e Mirela deu língua pra Lívia, de brincadeira.

- Eu sei por que essa garota fez isso com você Thamara. – falou Lívia.

- A Josi? – perguntei.

- Sim, ela já ficou com o Peter no final do ano passado. E parece que até hoje é caidinha por ele. Ela deve ter ficado com ciúmes de ver você conversando com ele e por isso fez isso, mas ela se deu muito mal, bem feita pra ela. – falou Lívia.

- Eles já ficaram? – perguntei incrédula.

- Sim, mas não liga. Foi antes de ele te conhecer, ele não deve sentir nada por ela, porque pelo o que vi hoje, ele está super a fim de você Thamara, vocês dois estavam de mãos dadas! – disse Lívia, rindo.

- Ele não está a fim de mim, só é meu amigo.

- Thamara, até eu percebi que ele estava a fim de você, e eu acho vocês dois super fofos juntos. – disse Mirela.

- Você também acha que ele está a fim de mim?

- Se ele não está, então, ele finge muito bem que está. O Peter é muito legal, é verdade que ele nunca se prendeu a nenhuma garota, mas acho que com você ele sente algo a mais, acho que a Lívia pode estar super certa, você gosta dele não é? – perguntou Mi.

- Eu estou completamente encantada por ele, e isso é um sentimento novo pra mim, é tão estranho. – respondi e as duas riram.

- Está apaixonada. – disse Mirela.

- Assim como a Mi está pelo Caleb e eu pelo Lucca. – falou Lívia.

- Falando em Lucca, o que aconteceu entre vocês dois Lívia? – perguntou Mirela rindo.

E então, Lívia contou tudo o que tinha acontecido, com todos os detalhes e eu fiquei feliz que pelo menos uma de nós três tinha conseguido ficar com o garoto que gosta naquela noite. A Lívia sim sabia como conseguir as coisas, ela foi atrás do prejuízo, e acabou que no final das contas, ela deu prejuízo ao Lucca. Ele deve estar louquinho por ela.

E conversamos sobre um monte de coisas, até que nós três, em horários diferentes, resolvemos pegar em nossos diários para escrever. É bom saber que as duas também escrevem em diários, não somos tão diferentes como eu pensava.


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