Paráxeni - A Ruína dos Persas...

By marcofebrini1

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Nessa história de Suor, Sangue e Dor, o Espartano Paráxeni nos conta o relato de sua vida; desde a infância a... More

Prólogo
Capítulo 01 - Pai e Irmão
Capítulo 02 - Quando Uma Deusa Fala
Capítulo 03 - Primeiro Beijo
Capítulo 04 - Somos Animais
Capítulo 05 - Primeira Derrota
Capítulo 06 - Vida
Capítulo 07 - Um Pedaço do Olimpo
Capítulo 08 - Quando um Rei Cai
Capítulo 09 - Renascimento
Capítulo 10 - Três Mulheres
Capítulo 11 - Vingança Falha
Capítulo 13 - Um Fio de Hortelã
Capítulo 14 - Lábios de Pedra
Capítulo 15 - Casamento
Capítulo 16 - Luta de Braço
Capítulo 17 - Pó e Poeira

Capítulo 12 - Rios e Risos

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By marcofebrini1


   O reinado de Cleômenes era construído sobre as bases de um ganho próprio, onde, através de leis, ele tentava trazer uma segunda Atenas para a Pólis dos descendentes de Hércules. Cleômenes, que me queria mal com a mesma intensidade com a qual eu o odiava, havia transformado a Apela, onde os Esparcíatas decidiam o futuro de muitas ações de Esparta, em um conselho democrático tal qual o existente na Ática. O novo Rei de Esparta almejava diminuir a autoridade dos Éforos e do conselho de guerra dos generais, afunilando as decisões para si mesmo através do voto comprado de muitos nobres da cidade. Não obstante, ele desejava abolir uma herança singular do povo espartano, pondo fim à Diarquia.

   Esparta possuía um reinado combinado de Reis duplos, a Diarquia, onde duas famílias governavam simultaneamente. Os governos geralmente eram divididos, separando as maiores qualidades dos governantes em setores, onde eles pudessem contribuir com mais intensidade para a cidade. Meu antigo Rei, Anaxândrides, era um guerreiro temido, e administrava os contingentes do exército de solo e as estratégias militares; muitos acreditavam que Anaxândrides era mais um General do que um Rei. Na época em que meu pai usava sua coroa em Esparta, também era Rei um homem chamado Arístom, o qual desprendia todo o seu tempo cuidando dos portos da Lacônia.

   Arístom, apesar de não passar seus dias na Pólis, onde Anaxândrides governava praticamente sozinho, teve um papel importante na história do local. Sem Arístom a marinha de Esparta seria apenas um punhado de trirremes caindo aos pedaços, sendo comandada por pescadores de salarias e cobitis. O segundo Rei de Esparta havia empregado quinhentos construtores, vinte engenheiros, e mais da metade de toda a riqueza de sua família em navios e embarcações. Ano após ano, buscando um objetivo de forma inclemente e sem descanso, Arístom havia transformado as campanhas navais de Esparta, engrandecendo ainda mais o nome de nosso Estado. Graças ao esforço sem igual do Rei Arístom, a marinha Espartana equiparava-se à força aquática Ateniense. Contudo, se Cleômenes conseguisse concluir seus objetivos sórdidos, toda a estrutura de administração Lacedemônia poderia mudar. E não para melhor.

   Esse conhecimento chegou a meus ouvidos em uma conversa com Cletarco, em Tégea, alguns dias depois de meu duelo contra Elenikeus. Eu e meus quatro irmãos, Plístia, Agnéio, Hymos e Ziliáris, corríamos pelo Peloponeso atrás dos Persas, e não tínhamos informações a respeito de Esparta. Enquanto o Rei Ateniense governava meu lar de maneira avarenta, apoiado por homens mesquinhos e gananciosos, eu estava perseguindo os assassinos e raptores de minha família. Mas eu acreditava que os Deuses me abençoariam em Tégea.

   Naquela época, sem saber que meu irmão estava entregue aos caprichos dos Deuses, eu apenas me perguntava: O que, em nome do Olimpo, Leônidas estava fazendo enquanto seu irmão mais velho instalava aquele caos político em Esparta?

   A resposta acabou chegando até mim, no entanto, não quando eu desejava, e nem como eu a esperava.

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   No caminho para Tégea, quando o primeiro dia do inverno tocou nossa pele, encontramos uma mulher na estrada. Ela estava sentada por sobre uma pele de cabra, retirando as pétalas de uma margarida e murmurando ao vento. Aquela mulher se chamava Zési, era da Argólida, e fora uma das seguidoras da grande caravana de meu antigo desafiante, Elenikeus. A mulher nos contou que havia se apaixonado por Agnéio, meu irmão de membro avantajado, e que não pôde seguir viajem sem antes provar de seu beijo. Nós sabíamos que ela desejava mais do que um beijo de nosso amigo, e ele próprio também o sabia, pois quando olhamos para trás Agnéio já despia-se de suas roupas e armadura.

   Eles se deitaram ali mesmo, na estrada, enquanto eu e meus homens fomos beber água em um pequeno lago que descansava ao sol do início da tarde.

   Ziliáris queixava-se por não ter um órgão como o de Agnéio, chutando pedras na água. O imenso Plístia, que ainda trazia partes da carne queimada do sacrifício de Elenikeus, tentava, sem sucesso, convencer Ziliáris de que ele havia sido abençoado com o dom da caça. Mas Ziliáris era daquele jeito, e ele não mudaria nunca, então, continuou se queixando, dessa vez dizendo que Hymos era o melhor corredor da Grécia, enquanto ele próprio era desajeitado com o dardo ou em corridas.

   Olhei meu reflexo naquela lagoa, e me dei conta de que uma volumosa barba começava a tomar meu rosto. Tive vontade de tirá-la com minha espada, mas Hymos, campeão dos jogos Olímpicos, me disse para mantê-la, pois eu parecia mais sábio do que minha idade revelava. Decidi por fim cultivar uma barba, e, como pode ver, ainda a mantenho; mesmo que hoje ela esteja branca como a neve. Naquele lago, ainda encarando meu reflexo e ouvindo os gemidos enlouquecidos da bela Zési, que se unia ferozmente a Agnéio na estrada, me perdi em devaneios sobre o que faria quando resgatasse meu amor.

   Lanthasménos era graciosa, eu ainda me lembrava, e em seu sorriso descansavam as estrelas de meu mundo, mas, a ferida que ela havia sofrido, a qual eu partilhava da dor, poderia mudar seu sorriso para sempre. Eu me afligia, imaginando como ela lidaria com a morte de nosso pequeno Dásos. Ela era uma mulher forte, eu não tinha dúvidas disso, pois parte daquela força arrebatou meu coração e minha vida, mas o golpe de ter um filho assassinado poderia derrubar até a mais forte das mulheres.

   Agnéio nos revelou, quando retomamos a marcha com Zési ao nosso lado, que ele nunca havia conhecido uma mulher como ela, e por isso autorizara sua companhia até chegarmos a Tégea. Por um momento, o grande Plístia brincou, pensamos que Agnéio estava apaixonado por aquela mulher.

   E ele realmente estava. Mas negou laconicamente com um belo e claro "não".

   Tégea se ergueu à nossa frente como uma série de curvas de pedras e árvores, casas e templos. A cidade se desenrolava ao longo de seis colinas, como um pano sobre o corpo de uma mulher nua. Subia e descia por morros e vales, hora sumindo por completo, hora emergindo elevada como uma montanha. Haviam plantações no oeste que iam até o horizonte, e eu imaginei que muitas pessoas viviam ali. E de fato havia uma massa surpreendente de pessoas vivendo em Tégea. Era uma verdadeira Pólis, e representava toda a grandiosidade e força da Grécia. Seus muros eram altos, feitos de pedra branca, e muitas torres de mármore estavam espalhadas pelo campo à frente da cidade. Soldados marchavam pelas cercanias, e percorriam as florestas próximas aos campos, afugentando ladrões, resolvendo brigas, e espantando os animais selvagens das colheitas.

   Ao lado da bela cidade corria um rio chamado Potámis, repleto de barcos e balsas que subiam e desciam a rua aquosa. Esse atalho fluvial era importante para toda a Grécia, e transportava mercadorias para as ilhas que ficavam ao longo do Mar Egeu, que se conectava ao Potámis através de uma engenhosa rede de canais e valas.

   Fomos recebidos por guardas armados no arco de entrada, mas eles não nos fizeram mal, recebendo-nos como Príncipes, o que me fez lembrar do pedido de Leônidas. Adentramos a cidade e nos deparamos com um templo tão grandioso que fizemos uma reverência involuntária. Aquele era o santuário de Poseidon, que abrigava escravos fugidos, ladrões reconhecidos, senhores falidos e até mesmo Reis depostos. Todas as colunas e as pedras eram pintadas com um pigmento azul, e muitas faixas de tecido desciam ao longo da entrada, amarradas no alto, dançando no vento como estandartes divinos; cântaros se derramando estavam bordados neles. Duas estátuas gigantescas representando cavalos de mármore, também azuis e com olhos de pedras preciosas, guardavam a entrada, empinando de maneira ameaçadora. Zési, que nos acompanhava, correu para dentro do local puxando Agnéio pelo braço. O templo do Deus dos Mares era um local sagrado, e armas não podiam macular o ar interno do lugar, por isso Agnéio deixou suas armas e armaduras com os sacerdotes da entrada. Ficou decidido, após Ziliáris reclamar que perderia uma oportunidade única na vida, que adentraríamos o templo para fazer votos a Poseidon.

   Vendo a incrível construção anil, me lembrei da história que contava a origem do nome dado à cidade de Atenas. Certa vez, quando a cidade ainda não possuía nomenclatura, uma votação foi montada entre todos os seus habitantes, visando escolher um nome prodigioso para o terreno. Todos os homens votaram em Poseidon, Rei dos Mares, e todas as mulheres votaram em Atena, Deusa da Sabedoria. Pela diferença de um único voto, Atena ganhou a contenda e a cidade foi nomeada Atenas. Contudo, Poseidon nunca fora um bom perdedor, e abraçou a cidade rochosa com uma calamidade de ondas e ventos durante dias, tão terrível que só foi aplacada quando uma virgem engrinaldada foi entregue às ondas. Todos os Atenienses culparam as mulheres pelo desastre, já que elas haviam votado em nome da Deusa Atena, e assim, desde então, o voto feminino foi vetado na Pólis. E pensar que eles se orgulham de seu projeto de democracia. Uma democracia fraca e seletiva, tão hipócrita quanto seus mestres podiam ser, que determina de forma burra quem pode ou não ter seu direito de escolha levado a sério. A grande malícia de um Ateniense é sua oratória, negar isso à qualquer morador da região é como negar uma lança a um Espartano, e embora eles nos chamem de apelidos e maldições, em minha cidade até mesmo as crianças possuem uma lança.

   O porto do rio Potámis, atrás do templo, fervilhava com gritos e ordens, mercadorias e viajantes. Barcos chegavam e partiam o tempo todo, e seus mastros erguiam velas de todas as cores. Marinheiros procuravam o fundo do canal com longos cajados, empurrando as balsas repletas de pessoas e animais. Crianças corriam de um lado para o outro, afugentando as aves que tentavam roubar o soldo da pescaria.

   Um homem começou uma briga na entrada do santuário, reclamando que haviam lhe furtado uma adaga, mas ele foi repreendido pelos sacerdotes e, quando guardas chegaram para levá-lo, se abrigou nas entranhas do palácio do Deus dos Mares. As pessoas vinham ao templo de Poseidon para buscar graças e pedirem ajuda, e dizia-se que em Tégea a sorte do local emanava do mármore azulado para as pessoas, tal qual o brilho do sol. Estar na cidade para mim era um sinal de boa sorte. Os Deuses finalmente poderiam me notar e ajudar em meu objetivo.

   Por fim, decidi ficar de guarda, caso os sacerdotes ousassem sumir com nossas armas. Pedi para que meus amigos não se demorassem lá dentro pois ainda perseguíamos nossos inimigos. Então um sentimento péssimo me invadiu, pelo que eu havia dito, pois apressar um homem em sua conversa com os Deuses não era algo honroso a se fazer. Me resignei cheio de culpa, e decidi também entrar no templo. Mas no momento em que eu fiz menção de entregar minhas armas para os sacerdotes, na entrada do grande amontoado de colunas e vigas, alguém segurou meu braço com força. Girei tocando o punho de minha espada, mas logo o larguei, pois reconheci o rosto de meu amigo.

   Cletarco estava na cidade.

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   Cletarco de Esparta era um homem forte, de braços musculosos e queixo largo. Os cabelos grisalhos lhe atacavam o topo da cabeça, tentando abrir caminho entre os fios negros, mas a barba já havia sido derrotada pela branquidão da meia idade.

   Meu velho amigo e mentor, que era um dos melhores ferreiros de toda a Grécia, havia viajado para Tégea a fim de vender equipamentos. Ele chegara à Pólis naquele mesmo dia, e foi neste encontro que me contou sobre as mudanças que Cleômenes fazia em Esparta. Eu fiquei enfurecido, e apertei o cabo de minha lança, mas Cletarco tocou meu ombro e me olhou com seus olhos cansados, o que aliviou minha mente. Vendo aquele olhar, me lembrei de quando era jovem, disputando as corridas Hoplitas ao lado dele, e de como gostávamos de competir um contra o outro.

   Sorri naquela ocasião, como não sorria há muitas luas, e senti o coração leve de preocupações.

   Cletarco havia me ensinado a arte de forjar, quando eu ainda estava no Agogê. Naquela época distante, ele havia me contado um de seus segredos, que consistia em criar lanças com a madeira da própria Tégea; dos bosques que cresciam ao redor da cidade. Não havia árvores como aquelas em toda a Grécia, e o carro de bois do velho ferreiro sempre voltava para Esparta repleto de tábuas e ripas. Eu lhe apresentei meus homens, que me acompanhavam em minha vingança, e ele os parabenizou pela honra do empenho. Então, sem mais nem menos, ofereceu seus serviços para afiar nossas armas e começou o trabalho ali mesmo, na movimentada entrada da cidade.

   O ferreiro terminou o trabalho e guardou a pedra de amolar cuidadosamente dentro de seu manto. Com uma das mãos Cletarco segurou um punhado de cabelos de Zési, passou a lâmina da espada de Agnéio pelas mechas para garantir que a espada estava verdadeiramente afiada, e abriu a mão em seguida, deixando os cabelos cortados chegarem ao solo. Zési se assustou e deu um salto para trás, levando as mãos aos cabelos intactos. Tudo fora um truque do velho, que fingiu cortar os cabelos da mulher e soltou palhas tingidas no chão. Todos nós, inclusive Zési e algumas pessoas que passavam pela rua, rimos daquilo.

   Uma felicidade genuína me acometeu, e, com olhos sinceros, olhei para os céus agradecendo por aquele momento de confraternização. Todavia, os Deuses não descansam, e senti um sopro diferente passando por mim. Não era uma brisa comum, nem um vento de inverno. Ele passou pelos meus cabelos, frio como a madrugada, tal qual um murmúrio da morte. Um pedaço de tecido multicolorido era carregado por esse ar fantasmagórico, bordado com formas e animais estranhos, os quais eu nunca havia visto. Ziliáris, rápido como uma serpente, esticou seu braço e apanhou o tecido. Ele o cheirou e olhou para a esquerda e para a direita, depois colocou uma das mãos ao lado da cabeça, atrás de uma orelha, e escutou. Todos nós ficamos em silêncio, enquanto Ziliáris ouvia o sussurro da natureza. Em um piscar de olhos ele tocou meu ombro, e me contou que se eu quisesse recuperar minha mulher aquela era a hora, pois os Persas estavam no porto, tentando chegar ao Mar Egeu através do Potámis.

   Nos armamos e partimos como feras. Cletarco e Zési tentavam nos acompanhar o melhor que podiam. Cruzamos o limite do templo e demos na entrada do porto. Ali o caminho tinha um desnível, baixando cada vez mais até a água, e embalados pela ladeira corremos ainda mais rápido.

   Foi neste instante que vi uma embarcação de velas negras, sendo carregada com mercadorias e passageiros. Mais de vinte Persas preparavam o barco. Quando nos viram correndo e armados, com o Lambda de Esparta em nossos escudos, se assustaram e começaram um alvoroço tal qual um vespeiro sacudido. Homens corriam e caíam por sobre carros, tendas eram atiradas no convés de qualquer modo, e ao menos dez deles começaram a empurrar a grande embarcação para o rio.

   Foi aí que vi Lanthasménos, e aquela visão estimulou meu coração de tal modo que rugi como um animal; meus irmãos, inflamados pelo rugido, me acompanharam em um grito de guerra. Ela estava ali, no barco Persa, em pé ao lado de algumas almofadas cuidadosamente colocadas no convés. Seus olhos brilhantes se encontraram com os meus, e pude ver a surpresa em seu semblante. Ela não estava nua, como quando era oráculo em Esparta, e nem estava encimada por um manto. Vestia calças marrons e usava um pesado camisão no torso, azul e amarelo. Lanthasménos tinha os olhos maquiados e as maçãs do rosto coradas. Joias se derramavam em seu pescoço, como uma chuva de riqueza, e brincos de prata tilintavam pendurados nas suas orelhas. Uma pedra brilhava em sua testa, como os meus olhos um dia brilharam por ela, e uma capa branca descia em suas costas, acompanhada por um capuz bordado. Na cintura ela carregava um cinto feito de moedas de cobre. Estava tão diferente que, provavelmente, ninguém a reconheceria. Mas eu havia vivido com ela. Havia construído uma morada para nós, esperando passar o resto de nossos dias em meio à natureza. E com ela eu tinha criado vida, que nos foi roubada. Eu a reconheceria em qualquer lugar do mundo, e vestida de qualquer maneira.

   Vim para te resgatar, meu amor, eles não conseguirão tirar você de mim. Era o que eu pensava. Mas ela era o meu amor maldito. Sempre fora. Eu apenas ainda não sabia.

   Existem poucas certezas na vida, mas naquele momento, quando eu vi uma falange Espartana se pondo entre eu e meus inimigos, tive certeza de que somos apenas peças dos Deuses, sendo mexidas de um lado para o outro em um grande tabuleiro de jogos.

   Uma parede de escudos, com cinquenta guerreiros dispostos em cinco fileiras de profundidade, foi formada no baixio, defendendo o barco Persa. Por um momento eu não entendi, e pensei em atacar meus próprios irmãos de Pólis, mas em Esparta há irmandade. E pouco a pouco fomos diminuindo o ritmo da corrida até pararmos há menos de dez passos da parede de bronze Espartana.

   Lanthasménos deu uma gargalhada maligna, que veio cortando o ar por sobre os espartanos com escudos e lanças, e chegou até meus ouvidos, estraçalhando o meu coração.

   Hymos, o Campeão, gritou uma ordem e Plístia, Agnéio e Ziliáris fizeram uma débil parede de escudos, que foi tristemente reforçada quando Cletarco chegou com um escudo de madeira e Zési ousou pegar um remo no chão. Olhei para meus amigos, orgulhoso, pois eles estariam comigo até o fim.

   Eu apertei o punho da lança e estava prestes a erguer meu escudo, juntando-me a meus amigos, quando uma trombeta tocou e, cavalgando de forma displicente, enquanto o barco Persa finalmente deslizava para o rio e começava a fugir do alcance de minha fúria, vinha Cleômenes, o Rei de Esparta.

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