Reviravoltas amorosas

By Elisynoir

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Adrien zanga-se com o pai e descarrega em Marinette. Isto gera um desentendimento entre os dois. O Adrien vis... More

Desentendimentos
Arrependimentos
A batalha e a recusa
A visita noturna e o começo de uma nova amizade
Ying-Yang
Félix e o passeio
O tapa e injustiças
Mais uma visita noturna
Batalha canina porém felina
A declaração e a guerra entre irmãos
O aluno novo e a ameaça
A proposta
A decisão e a visita dupla
A ameaça e a sessão de fotos
O Cremador e acontecimentos no hospital
A notícia e o almoço atribulado
Arrumações, mudança e intruso
Desabafos e a ideia brilhante
O plano de Félix e a descoberta de Adrien?
A surpresazinha e o dia de azar do Félix
Revelações e o início das investigações
Mudança de planos
Uma reguada mais do que dolorosa
Viagem e instalações
Guerra entre pretendentes
Desastres atrás de desastres
Inversão do jogo / A melhor marioneta é quem vive nas nossas sombras
Mentiras e verdades
O trágico acidente
O que é feito da doçura? Será dos sedativos?
Vingança fria em prato quente
Doidos por Mari
É engraçado como o tempo passa depressa
Sonhos atribulados e ensinamentos indesejados

Muito mais que uma carta de amor

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By Elisynoir


No último capítulo...

"Notícia de última hora:

Como muitos sabem, hoje houve um ataque de um akumatizado à escola mais famosa de Paris. O colégio François Dupond.

Depois de vários alunos nos terem confirmado que as janelas e portas estavam completamente fechadas, constatámos um facto. A heroína Ladybug não pôde entrar, daí, ela já estava lá dentro. Atenção senhoras e senhores. A nossa tão amada heroína é uma aluna deste colégio. A Ladybug é uma aluna entre os 13 e os 16 anos."

(...)

-Marinette, Marinette. Tu vais ser minha! Custe o que custar!

Dito isto, ele saiu do quarto e fechou a porta com força. Eu sabia que o que ele tinha dito era verdade. "Custe o que custar!" Essas palavras não me saiam da cabeça. Sempre que ele dizia esta frase, já tinha algo planeado.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Pov. Adrien

Eu mal podia acreditar que a Ladybug é do meu colégio. É como se... eu tivesse sido enganado este tempo todo.

A Ladybug sempre foi o meu amor e... A quem é que eu estou a tentar enganar? Por mais que quisesse, a Ladybug já não me faz sentir nada. Eu já não sinto nada por ela, só amizade.

Mas a Mari... Oh, a doce Mari. Quem me dera que ela sentisse o mesmo por mim.

Mas por agora, tenho de agir apenas como amigo para ela. Eu não quero que ela se volte a zangar comigo. Tenho de ser como, ahm, o seu porto de abrigo. É isso!

Saí da casa de banho com uma nova força para enfrentar a tempestade que aí vinha, mas deparei-me como uma Marinette pensativa e preocupada. O oposto da que tinha deixado para trás ainda há menos de cinco minutos.

-Mari,está tudo bem? –perguntei olhando os seus lindos olhos azuis.

-Claro que está, porquê a pergunta? – perguntou ela, com um ar ainda preocupado, mas disfarçado.

-Parecias preocupada. Só isso.

-Não, estava apenas a pensar.

-Posso saber em que estavas a pensar? –perguntei. Será que ela ia ser sincera comigo?

-Ahm... Estava a pensar na Ladybug. Se já sabem de que escola ela é, então é claro que o Hawk Moth vai atrás dela. Já imaginaste o nosso mundo sem a Ladybug?

-Não, mas esse mundo não existe nem nunca existirá.

Deparei-me com a Mari a olhar-me nos olhos e a sorrir. Parecia que era um sorriso de agradecimento, mas de que poderia ela agradecer-me?

-O que queres fazer agora?

-Eu não sei. Será que... Ah, deixa lá isso.

-Será que o quê? –perguntei-lhe de volta. Nenhuma ideia que ela possa ter pode ser desperdiçada.

-Podíamos ver as cartas de S. Valentim que te enviaram em fevereiro. Pode haver lá alguma coisa que nos faça rir e distrair do que aconteceu hoje de manhã.

Eu fiquei um pouco embaraçado no momento, mas acabei por ceder. Afinal, a Mari é a Mari. Quem lhe resiste?

-Está bem, mas sobre a condição de que não vais rir-te de mim. As cartas podem ter algo de humilhante ou de embaraçoso.

-Temos acordo. – disse ela e eu puxei-lhe a mão para um aperto. Parecia que as nossas mãos se encaixavam na perfeição. Foi um momento mágico.

Eu fui a uma gaveta e tirei uma chave de lá dentro. Com essa chave, abri uma outra gaveta que continha outra chave. Essa última chave abriu o cadeado de uma pequena caixinha que eu tinha bem escondido dentro do meu roupeiro.

-Wow! Isso é que é saber esconder as coisas. Eu escondo o meu diário numa caixa armadilhada, se quiseres, eu posso ajudar-te a fazer uma. – ofereceu-se ela, com a bondade que me leva ao céu.

-Obrigado, eu iria adorar isso.

Ela retirou uma pequena carta com uma fita e abriu-a. Começou a lê-la em voz alta.

"Querido Adrien,

Sei que tu és um modelo e eu sou apenas uma fã tua, mas quero que saibas que a maior delas todas.

Não é para me gabar, mas eu sou tua stalker. Se me deixassem, eu já tinha ido espionar-te enquanto tomavas banho.

Tenho a certeza de que tu vais adorar este cartão e vais vir atrás de mim.

O meu número é 9******** e a minha morada é Rua ***********

Muitos beijos daquela que te quer sem igual.

Ass: Rita Velsaggji"

Quando ela acabou de ler, olhou para mim. Eu estava totalmente encarnado. Como é que alguém era capaz de escrever uma coisa dessas e enviar-me? A cara da Marinette tentava dizer algo, mas não sei se era inveja. Ou será que seria? Quem me dera que fosse, isso significaria que ela gostava de mim.

-Adrien? – questionou ela com uma cara toda retorcida.

-Sim?

-O que acontece se eu quebrar o acordo? – perguntou ela quase a chorar do esforço de não poder rir.

-Não sei, acho que teria de te fazer cócegas. – aquela expressão dela desapareceu e uma de desconfiança invadiu-lhe o rosto.

-E como sabes tu que eu tenho cócegas? Ahm?

-Ah, eu... Eu só me limitei a calcular, afinal, quase toda a gente tem um ponto fraco.

-Vou fingir que acredito. Agora, escolhe tu a carta que vais ler.

Quase que fui apanhado. Só o Chat Noir é que sabia isso. Não o Adrien. Tenho de conseguir pôr na cabeça que são duas personalidades diferentes, e que cada uma das duas tem uma história diferente com a Mari.

-Pode ser esta. –disse eu apanhando um postal muito pomposo.

"Adrichou!

Se estás a ler este postal é porque sabes que eu sou a pessoa perfeita para ti. Sempre fui tua amiga, mas sei que somos algo mais. Sempre fomos. Estamos destinados. Mal posso esperar para termos os nossos filhos e netos e ..."

-Não consigo ler mais. –disse eu atirando-me para cima da minha cama e enterrando a cabeça sobre os meus braços.

-E eu não consigo ouvir mais. – disse ela juntando-se a mim e passando-me a mão pelo cabelo uma ou duas vezes.

-Esta Chloe dá-me cabo do juízo. Sempre com estas conversas. Até nos postais e S. Valentim ela consegue arruinar o meu dia.

-Sabes Adrien, uma coisa que eu aprendi foi que não te deves deixar ir abaixo dessa forma. Se te deixas afetar por ela é porque ela consegue ter um efeito sobre ti. Se tu fores tu próprio, esse efeito vai desaparecer.

Depois destas sábias palavras, eu levantei-me e sentei-me ao pé dela. Era óbvio que ela tinha aprendido aquilo com aquilo que eu lhe tinha feito. Dei-lhe as minhas mãos e finalmente desabafei.

-Sabes Mari, eu não queria que tu me desses esse conselho, porque sei que só o aprendeste com o que eu te fiz. Peço imensas desculpas outra vez. Nunca quis que nada daquilo acontecesse.

-Adrien, foram águas passadas. Eu já não te censuro por nada disso. Além disso, para quê relembrar o que já está enterrado lá no fundo?

Como é que é possível que o efeito da Mari em mim seja tão positivo? Como é que ela em tão poucas palavras consegue fazer acalmar-me ao modo de parecer que estou nas nuvens. Isso é um dos segredos dela que nunca vou descobrir. Nem como Adrien, nem como Chat.

-Tens razão Mari. Sabes, tenho uma coisa para te mostrar. – levei-a até ao meu roupeiro e desta vez retirei uma caixa mais pequenina. Esta não tinha fechadura, mas era mais especial que as outras.

- O que é que me vais mostrar? –perguntou ela. Adoro quando ela fica impaciente.

-Uma das minhas coisas mais especiais.

Dito isto, eu abri a caixinha e retirei de lá um cartão vermelho em forma de coração. A Marinette olhou para ele de uma maneira estranha, mas depois encolheu os ombros.

-Posso ler-to?

-Claro que podes. – Anunciou ela. Estava ansioso por ouvir a sua opinião acerca do postal misterioso que tinha recebido. Não tinha assinatura e eu não sabia de quem era a letra.

"Os teus cabelos são brilhantes como o sol

Os teus olhos são de um verde da sorte

Quando eu te vejo eu pergunto-me

Os teus pensamentos e recordações.

Sim, eu aceito ser tua namorada

O nosso amor sempre será verdadeiro

Para sempre para a eternidade

O meu coração pertence-te."

Depois de acabar de o ler em voz alta, olhei para a Mari e ela estava estupefacta. Era verdade que aquele poema espantava uma pessoa, mas aquela reação só lhe aconteceria se ela fosse extremamente emocional.

-Então, o que achaste?

-Adrien, eu nem sei como te dizer isto, mas... Fui eu que escrevi esse cartão. Na época em que gostava de ti, encontrei uma carta tua perto do lixo e pensei que estava dirigida a mim. Foi por isso que escrevi essa. Desculpa.

Eu não acredito. Foi a Marinette que me escreveu aquela carta de volta? Eu acabei de morrer de vergonha. Como fui capaz de lhe mostrar a carta e dizer que era importante sem saber de quem era primeiro? Eu sou um caso perdido.

-Eu não sabia de quem era. Mas sempre pensei que era de alguém muito sincero. E não há alguém mais sincero que tu, Mari.

-Não é preciso exagerares. Eu gostava mesmo de ti. Foi pena não teres notado antes. Podíamos ter sido namorados.

-Ainda podemos. –disse eu, acabando por me surpreender com as palavras. Mas ela ficou mais surpreendida.

-Adrien, as coisas já não são como eram. Eu já não gosto de ti dessa maneira. –disse ela calmamente, fazendo-me perceber que não queria nada comigo, mas de uma maneira que não me magoasse tanto.

-Eu compreendo. – ficámos os dois calados durante uns minutos.

-Eu vou andando. Tem uma boa noite Adrien. – disse a Mari levantando-se e dirigindo-se para a porta.

Quando ela a abriu, eu disse:

-Sabes Mari, tu és como aquela caixa para mim. Não estás trancada porque não precisas de uma chave para entrar no meu coração. Ele já é teu.

Ela olhou-me nos olhos, que estavam a brilhar e sorriu. Depois, continuou o seu caminho e fechou a porta.

-Meu rapaz, foi muito lindo o que fizeste. –disse o Plagg, saindo do seu esconderijo.

-O quê?

-Acabaste de declarar o teu amor por ela.

Inicialmente, eu pus as mãos na cabeça e lembrei-me do que tinha feito, mas depois, deitei-me na cama pensativo. Sorri de uma maneira que nunca me lembrei de ter sorrido e fechei os olhos brevemente.

Marinette.

E adormeci a olhar para o quadro à frente da minha cama. Onde parecia estar num mundo paralelo onde estávamos a namorar e muito felizes.

Eu sei que sou um pouco velho de mais para contos de fadas, mas nada me impede de sonhar que isso aconteça.

Pov. Marinette

Depois daquele desabafo do Adrien, eu acabei por ir para o meu quarto.

O que ele me disse foi provavelmente a coisa mais linda que alguma vez me disseram em toda a vida. Se eu fosse a antiga Marinette, tinha caído e ainda estava lá, mas acontece que eu mudei.

Agora, por mais bonitas que sejam as palavras, eu preciso de tempo. Tempo para definir a minha vida, tempo para a minha vida dupla, tempo para tudo isso. Mas especialmente, preciso de tempo para pensar.

Será que o Chat vem hoje? Será que vale a pena esperar por ele? Quem sabe...

Vesti o meu pijama rapidamente e enfiei-me debaixo dos lençóis.

Já me tinha esquecido daquele postal. Pensava que ele nem o tinha recebido. Enfim... Agora que ele já descobriu quem o enviou, não se pode fazer nada.

Esperei cerca de uma hora pelo Chat. Ele não apareceu, por isso apaguei as luzes e preparei-me para dormir. Quando consegui fechar os olhos, ouvi um barulho na janela.

Chat

Só podia ser ele. Acendi a luz novamente e abri-lhe a janela.

-Boa noite princesa.

-Boa noite gatinho.

Demos um abraço apertado e eu levei-o a sentar-se na minha cama.

-Então, o que te traz por cá? –perguntei eu.

-Tu. Somos amigos, aliás, melhores amigos.

-Sim, claro.

-Conta-me. Aconteceu alguma coisa de boa hoje? –parece que ele até adivinhou.

-Mais ou menos. Esta manhã, a nossa professora foi akumatizada e o Adrien magoou-se. Então e tu? Onde estavas? Estavas bem? Também te magoaste?

As palavras saíram da minha boca sem permissão. Como era possível eu estar a dizer coisas que nem tinha pensado? E as palavras. Essas saíram com preocupação a mais do que aquilo que estava planeado saírem.

-Eu tive uns problemas pelo caminho e não consegui entrar dentro do teu colégio.

-Não faz mal. A Ladybug apareceu. – A Ladybug, como pude esquecer-me? Vou ter de ter os máximos de cuidado. – Hey, tu viste as notícias?

-Claro que vi. A minha parceira está em vias de ser descoberta. Isso não é nada bom.

-Concordo. O que acontece se ela for descoberta? –perguntei. Na verdade, eu sabia o que tinha de fazer, mas como ele era o meu parceiro, talvez ouvir a sua opinião facilitasse as coisas.

-Provavelmente teria de sair do país. Pelo menos era o que eu faria.

-Hum...

-Hoje estás muito pensativa. O que aconteceu? – disse ele encarando-me com os seus olhos verdes maravilhosos que me tiraram a atenção de tudo à minha volta.

Passei algum tempo a contar-lhe tinha acontecido no meu dia. Quando cheguei à parte do Adrien, ele pareceu sorrir de felicidade, mas deve ter sido apenas um soslaio meu.

-O teu dia foi muito bom. Mais alguma coisa boa?

Pensei e refleti em todas as minhas ações do dia e lembrei-me do Félix.

-Sim, mas esta não é boa.

Contei-lhe sobre o Félix e tudo o que ele me tinha feito e dito.

-Chat, sempre que ele diz aquela frase, algo nada bom está a aproximar-se. Ele já te viu comigo. Tens de ter muito cuidado.

-Claro princesa. Agora, tens de ir dormir. Eu volto amanhã, está bem?

-Não queres ficar mais um pouco comigo? – as palavras voltaram a surpreender-me. Saíram outra vez sem permissão. Tentei disfarçar com algo, mas dessa vez elas não saíram. Estaria o meu corpo a pregar-me uma partida?

-Pode ser.

Deitámo-nos os dois na cama, mas antes, certifiquei-me de que a porta estava fechada e de que um pano tapava a minha fechadura.

Falámos um bocadinho e eu bocejei logo a seguir. Antes de adormecer, lembro-me de sentir a mão do Chat a rodear a minha e a fechar-se perante ela. Senti ainda um beijo muito perto do canto da boca que me fez sorrir levemente.

O meu último pensamento antes de adormecer foi:

"Será que me voltei a apaixonar?"

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