A casa estava em silêncio. Ao meu lado, Elijah dormia calmamente. Ele parecia mais calmo. Me levantei calmamente sem o acordar e caminhei até a janela. O bom da casa dos Mikaelson era que o telhado não escorregava e tinha como ficar em pé. Subi até o topo e me sentei olhando para o céu. Ficar aqui era um bom passatempo. Eu de algum jeito encontrava a paz. Olhei para baixo vendo Niklaus a encarar a rua. Kol havia saído depois de tudo para beber e não o vi chegar ainda. Vi quando Hayley saiu e caminhou até o híbrido que a abraçou forte.
- Sie... - Ouvi a voz de Elijah o que me fez olhar para trás.
- Elijah. - Me levantei mas o original foi mais rápido e me fez sentar.
- Não consegue dormir? - Ele segurou meu rosto.
- Não. - Disse baixo.
Elijah envolveu seu braço em volta de mim e se deitou me fazendo se deitar em seu peito. Podia ouvir seus batimentos. Eles eram lentos. O original acariciava minha cabeça e cantarolava baixo uma música que desconhecia. Fechei os olhos apertando mais sua blusa o que o fez suspirar. Olhei para ele que encarava a imensidão do céu. Elijah desviou seu olhar para mim e sorriu fraco.
- Me tire daqui! - Disse como um socorro.
- Para onde? - Ele olhou em meus olhos.
- Qualquer lugar que não me faça me sentir uma abominação! - Fechei os olhos.
Senti quando meu corpo foi colado ao dele e quando ele correu rapidamente. Podia sentir sua respiração rápida e o barulho que seus pés faziam ao bater no chão. Abri os olhos quando o original para e vi que já não Estávamos na casa. Era um lago. Um lindo lago para ser exata.
- Que lugar é esse? - Perguntei.
- Não o reconhece? - Elijah se aproximou por de trás.
- Porque deveria? - Olhei para ele.
- Por que foi aqui que passou uma parte de sua infância. - O vampiro me puxou.
Elijah caminhou até uma árvore grande e me mostrou mais a fundo um grande casarão o qual conhecia muito bem. Era o orfanato. Sorri fraco vendo que ele já não tinha mais a beleza de antes.
- Era aqui que nos encontrávamos. Se lembra? - Eli sussurrou em meu ouvido.
- Como não? Era um ótimo lugar. Toda noite eu saia por uma das passagens secretas. E você estava sempre a me esperar. Me trazia brinquedos e chocolates. - Girei o fazendo rir.
- Você adorava aqueles chocolates. Eram boas memórias. Me lembro que quando conheci seus pais. Boas pessoas. Quando os vi, sabiam que seriam ótimos pais para você. - Elijah se aproximou.
- Sabe. Naquela época eu acreditava em tudo. Que teria um final feliz como os dos filmes de princesa. Que teria meu Príncipe encantado. Minha família. Que seria uma Rainha. - Parei encarando o lago.
- E você conseguiu. Só que diferente! - Elijah beijou meu pescoço.
- Um vampiro em vez de Príncipe. Uma família sobrenatural. Descendente de uma linhagem de Feiticeiras e Magos. So me falta o final feliz. - Envolvi meus braços no pescoço dele.
- Você terá. Para Sempre.
Elijah me puxou para mais perto de seu corpo e me beijou. Suas mãos foram até minha cintura e me levantaram. Entralacei minhas pernas em sua cintura e o original me pressionou contra uma das árvores. Elijah levou seus lábios para meu pescoço e levei minhas mãos até a árvore me segurando. Joguei a cabeça para trás e senti quando minhas unhas rasparam com força a casca da árvore. Elijah olhou para mim e viu quando meus olhos se tornaram negros. O original sorriu e continuou o seu jogo me fazendo gemer.
- Elijah! - Gemi.
- Apenas me deixe ir. - Ele disse perto de meu ouvido.
- Faça o que quiser. Apenas não me deixe. - Segurei o seu rosto.
- Eu nunca faria isso. - Ele sorriu e voltou a me beijar.
Senti minha blusa ser rasgada o que me fez tirar a sua. Passei minhas mãos por suas costas o sentindo se arrepiar com meu toque. Elijah me deitou entre a grama e tirou minha calça me fazendo morder os lábios.
- Acho que está na hora de mudarmos o jogador. - Disse o fazendo me olhar. - Agora eu jogo!
O virei rapidamente o assustando e fiquei por cima o fazendo rir. Desci minhas mãos até suas calças e a arranquei. Mordi seu pescoço o fazendo chamar meu nome. Eu poderia dizer que aquele momento foi
bom para nós. Apesar de tudo, não poderíamos deixar Madson interromper nossa relação. Acabamos dormindo ali. Abri meus olhos vendo o sol já querer aparecer. Me levantei vendo o original ainda dormir e sorri. Elijah abriu os olhos e se levantou ao ver que estava perto do Lago. Sorri divertida e mergulhei. Em alguns segundos vi quando o mesmo mergulhou atrás de mim. Voltei para a superfície e gargalhei quando ele me agarrou.
- Precisamos ir. As crianças vão acordar! - Ele olhou para trás.
- Elijah pelo amor de Deus. Esse orfanato ainda funciona? - Sai rapidamente da água.
- Claro! - Ele sorriu divertido.
- Que raiva. Meu Deus. Vamos, agora! - Me vesti.
- Hey, calma! - Ele saiu da água.
- Veste isso. Não quero deixar as crianças traumatizadas. - Joguei para ele sua calça o fazendo gargalhar.
- Está bem, ruiva. Vamos! - Elijah se vestiu.
Apostamos uma corrida a qual ele acabou ganhando até em casa. Elijah foi tomar um banho e eu aproveitei que já tinha feito tal coisa para falar com Niklaus. Caminhei até o escritório onde estava o híbrido a fazer uma pintura. Era minha com Elijah o que me fez olhar de longe.
- O que é isso? - Perguntei o assustando.
- É para vocês. Presente de casamento. - O híbrido se virou.
- Preciso falar com você. - Caminhei até ele.
- Diga! - Niklaus se levantou.
- Precisamos começar a pensar na morte dela. Eu estive com esta ideia a tempos na cabeça e agora sei. Preciso de meu próprio exército. - Disse tudo e Nik me olhou confuso.
- E o que tem em mente? - Ele cruzou os braços.
- Ela tem seus seguidores e eles vão ajuda-lá. Dar a vida por ela. É algo ruim para nós. Mas se tivermos pessoas ao nosso lado, pessoas que estejam a lutar conosco. Hereges, Vampiros, lobos o que ficar ao nosso lado. - Disse alto e ele sorriu.
- Posso falar com os Vampiros amanhã. Hayley e Jack com os lobos agora mesmo e posso ir também agora falar com as Feiticeiras. É claro. Você é um gênio! - Niklaus disse alto e feliz.
- É os gênios não são da minha linhagem mas tudo bem! - Sorri.
- Eu poderia te beijar! - Niklaus me abraçou.
- Calma-lá parceiro. - Sienna levantou os braços.
- Estou brincando.
Niklaus passou rapidamente por mim. Okay ele ficou feliz. Sai do escritório e vi que ele acabou falando com Hayley e a levou. Rebekah cuidava de Hope e Elijah falava com Kol. Avistei pela janela, Freya a fazer algo. Um tipo de magia. Sai da casa me aproximando da loira que me olhou.
- Sienna. - A mulher sorriu.
- Olá. O que fazes? - Olhei para o chão.
- Uma proteção. Ela pode a qualquer momento tenta machucar você ou um dos meus irmãos. Nossa família. Não posso permitir. - Freya me olhou.
- Posso ajudar? - Disse fraco.
- É claro. Venha! - Ela estendeu a mão para mim.
Freya segurou minha mão e fechei meus olhos estendendo a outra na direção do chão. A loira dizia palavras em latim que rapidamente foram ditas por mim. Ouvi um tipo de barulho de fogo em volta de nós e abri os olhos vendo uma grande barreira de fogo de uma cor azulada cobrir todo o Jardim que rodeava a casa. De repente Freya soltou minhas mão e as chamas caíram por nós mas não nos machucaram. Sorri ao ver como a magia podia ser algo tão lindo.
- Sienna! - Ouvi a voz de Niklaus.
- Klaus! - Sorri ao girar.
- Elas chegaram. - O híbrido sorriu fraco.
- Eles também. - Hayley apareceu logo atrás.
- Está na hora. - Olhei para Freya que concordou com a cabeça.
Caminhei até o Jardim vendo uma multidão. Se estivesse certa, ali tinha 47 Hereges e 58 Lobos que ao me ver se curvaram diante de mim.
- Se levantem por favor. - Fiz um gesto com a mão e todos se ergueram.
- É uma honra está diante de uma legítima Blake. Conheço muito sobre sua família. Ela possui um legado valioso. - Uma Herege de cabelos coloridos disse rápido. Ela parecia ter minha idade.
- Obrigada. Presumo que Niklaus contou a vocês sobre a nossa causa. - Andei de um lado para o outro.
- Madson nos visitou e tentou nos fazer se virar contra os Mikaelson's. Tentou nos subornar. E quando não conseguiu, ela levou nossos familiares e nos agrediu. - Disse um lobo, ele era louro de olhos Claros.
- Peço perdão por isso. Não queria que ela causasse todo esse caos. - Suspirei.
- Não é sua culpa. - Samanta disse entre a multidão.
- Bom. Porque não chega ao ponto importante? O que queres? - Um dos lobos disse ao se aproximar.
- A muito tempo atrás, Madson fez algo. Ela pois uma maldição sobre Elijah. Elijah me conheceu ainda pequena e me salvou das garras de Niklaus. Minha vida mudou completamente. Depois de anos eu voltei para Blood e tudo começou novamente. Uma nova vida, amizades... Um amor. Estava tudo perfeito, até ela aparecer. - Parei ao ver Elijah se aproximar.
- Continue. - Elijah disse ao parar ao lado de seus irmãos.
- Enfim. Eu... - Respirei fundo. - Ela tirou tudo de mais valioso de nossas vidas. Nossa liberdade, nossa felicidade, nossa âncora. E eu cansei. Eu tenho um sobrenome. Eu tenho um legado. Sim, eu sou poderosa. Mas do que tudo isso adianta? Para que tanto poder se não sou feliz? Eu estou cansada. Estou exausta. Eu só quero sorrir. Só quero ter uma família. Uma filha. Um amor. Meu amor. - Segurei as lágrimas e vi Elijah me olhar. Ele parecia tentar se controlar também.
- A uma batalha. Você quer realmente lutar? - Kol perguntou me fazendo o olhar.
- Qualquer decisão que tomar. Estamos com você. - Olhei para todos que se ajoelharam assim que o homem pronunciou tal palavra.
- Sienna? - Kol me chamou quando me viu paralisar.
- Essa é a nossa guerra. A não fugiremos dessa luta. - Sorri.
Conversei com todos e do alto da casa vi Elijah a me olhar. Ela sorria. Aquilo de alguma forma, me encantou de um jeito que não sabia explicar. Ver ele feliz. Me deixava feliz. Niklaus acompanhou todos até a saída. O dia tinha desaparecido, e a noite rapidamente chegou. Caminhava pela cidade. Precisava de um pouco de ar. Olhei em volta, todos sorriam, cantavam, se divertiam. Fechei os olhos ao sentir ele me abraçar por trás. Um sentimento de paz me invadiu.
- Achou que deixaria você sozinha nesta cidade. - Elijah sussurrou em meu ouvido.
- Não. Porque você nunca deixaria sua donzela indefesa sozinha. Você é um nobre. - Envolvi meus braços em seu pescoço.
- Apesar de tudo. Se mantém forte. Porque? - Elijah pousou sua mão em meu rosto.
- Porque você me faz forte. E por você eu sou. Se você cair, eu não vou cair junto. Eu vou te levantar. Se você chorar não irei chorar junto. Eu vou parar suas lágrimas e vou te dar forças para que um lindo sorriso apareça em seu rosto. Vou te fazer feliz entre as piores tempestades e te protegerei nem que tenha que dar a minha vida. Eu só quero dizer que. Eu te amo. - Encostei minha testa a sua. - Meu amor! - Olhei em seus olhos e vi um brilho os dominar.
- Eu te amo também. Sempre! - Elijah segurou minha mão.
- E para sempre! - Pus minha mão em seu ombro.
Elijah me girou como em uma valsa me fazendo rir e quando parou me olhou e sorriu. Um lindo sorriso que havia conquistado a minha noite.