Ajudei Jolie a levantar do chão e comecei a rir com tudo aquilo. Ela odeia o Kol. As vezes penso... Será que já ouve algo entre os dois para todo esse ódio? Que dizer. Amor virá ódio. Avistei o carro de Elijah no portão da escola e caminhamos até ele. Elijah vinha em nossa direção mas parou ao ver Kol.
- Kol? O que faz aqui? Vestido tão formal! – Elijah parou e por segundos observou o irmão.
- Olá irmão. Decidi usar aqueles anos de matemática em Oxford. – Kol abraçou o irmão mais velho.
- Ele quer me matar Elijah! – Jolie murmurou.
- Então é professor de matemática. – Elijah segurou o riso.
- E de sexologia! – Falei e Elijah arqueou uma sobrancelha.
- Sexo. Matemática. Só você irmão! – Elijah gargalhou.
- Não tem graça! – Jolie cruzou os braços.
- Vocês se amam! – Disse.
- Não. Ele? Amar? Não. – Jolie revirou os olhos.
- Para Amiga. Vai ser legal. - A abracei.
- Como é pra você saber que uma das suas alunas já transou com seu irmão? – Elijah Perguntou me fazendo corar.
- Pergunta interessante irmão! – Kol sorriu.
Fomos todos para a casa de Elijah. Na verdade eu era a única que não morava ali. Subi as escadas e junto de Jolie fomos para seu quarto. Era bem simples. Uma cama de casal, algumas fotos dela e um violão que me chamou a atenção.
- Não sabia que tocava. – Me sentei na cama.
- É. O Elijah sabe tocar alguns instrumentos e ele me ensinou. – Ela se sentou ao meu lado.
- Tenho muita sorte em ter o Elijah! – Sorri.
- Nunca o vi tão feliz antes. Ele realmente te ama. – Ela segurou minha mão.
- O amor verdadeiro não é real ao menos que seja recíproco. Você concorda? – A olhei e ela sorriu.
- Uma pessoa já me disse isso uma vez. Sim eu concordo. – Jolie olhou para a porta.
- A vida é muito cruel. – Me levantei a fazendo me olhar. – Se deixarmos de acreditar no amor. Porque gostaríamos de viver? – A olhei.
- O amor é essencial em nossas vidas. É como uma força. Como uma ponte para o seu equilíbrio. Sem ele não somos nada. – Jolie se levantou. – Você é a ponte do equilíbrio de Elijah.
- E ele é a minha! – Sorri.
- Vocês nasceram para ficarem juntos. – Jolie sorriu.
- Você já sentiu como se tivesse borboletas em seu estômago? – Perguntei e ela assentiu. – Quando ele me toca eu sinto isso. Quando ele me beija sinto um frio na barriga. A voz dele me faz sorrir.
- Isso se chama está apaixonada! – Jolie sorriu.
- Eu estou amiga. Estou completamente apaixonada por Elijah! – Sorri.
- Isso é incrível! – Ela começou a pular me fazendo rir.
- Sim! – Gargalhei.
Jolie pegou seu violão e começou a tocar uma melodia calma. Comecei a cantar uma música que adorava.
- The birds that left the trees, the light bores onto me. I can feel you lying there all on your own. We got here the hard way, all those words that we exchange. Is it any wonder things get dark? – Comecei a cantar e fechei os olhos. - Cause in my heart and in my head. I'll never take back the things I said. So high above, I feel it coming down. She said in my heart and in my head. Tell me why this has to end oh no, oh no! – Minha voz entrou em sintonia com a música.
Por um momento eu parei. Não conseguia abrir os olhos. Levei minhas mãos até o rosto e senti uma tontura que me fez cair da cama. Pude ouvir a voz de Jolie a me chamar assustada. Também ouvi Passos rápidos e a voz de Elijah. Senti as mãos de Elijah tocar meu rosto e minha cabeça se deitar em seu colo.
- Sienna! – Sua voz era fraca e preocupada.
- Elijah! – Disse com dificuldade.
- Sienna. Acorda. Sienna! – Ele não me escutava.
Era como uma paralisia do sono mas eu não estava dormindo. Senti meu corpo ficar mole e aos poucos parei de escutar Elijah. Era tudo escuro. Tudo muito escuro. Como um quarto vazio. De repente ouvi uma voz. Uma voz feminina. Olhei em volta e comecei a ver muitas garotas. Com roupas diferentes. De épocas diferentes. Todas tinham sangue por suas roupas. Elas falavam o nome de Elijah. Algumas gritavam alto em meu ouvido e aquilo começou a me atormentar. Olhei para uma delas que estava de costas a mim. Ela tinha cabelos ruivos e usava um vestido branco. Ao se virar me assustei. Ela era idêntica a mim. Em seu peito havia um buraco. Ela não tinha coração. Seus olhos eram frios. Sem vida. Ela caminhou até mim e pois sua mão em minha cabeça. Senti uma forte dor como uma furadeira a perfurar meu crânio. Meus olhos estavam doendo. Eu os sentia queimar assim como minhas mãos e pés. Aquilo era insuportável.
✖Elijah✖
Aquilo estava me assustando. Ela havia desmaiado. A deitamos na cama. Kol trouxe toalhas. Ela suava muito e se debatia. Como se estivesse pressa em um sonho.
- O que ouve? – Gritei.
- Eu não sei. Estávamos cantando e ai aconteceu. – Jolie disse assustada.
- Calma irmão. – Kol me parou.
- Como calma? Ela está tendo um... Eu não sei. – O empurrei contra a parede.
- Elijah. Calma! – Jolie pousou sua mão em meu rosto.
- Sienna! – Olhei para seu rosto que já estava a ficar pálido.
Me aproximei do corpo de Sienna e segurei sua mao.
- Sienna! – A chamei.
- Elijah meu amor? – Não era a voz dela.
- Não. Não pode ser! – Me levantei.
- O que foi? – Jolie perguntou assustada.
- Olá meu amor. Sentiu saudades? – Era a voz de Madson.
- O que faz... Como conseguiu? Você está morta. – Gritei.
- Você tem uma queda por Feiticeiras? – Ela gargalhou.
- O que? – Disse confuso.
- Sua nova paixão. Assim como todas as outras. Feiticeiras. – Ela gargalhou.
- Não. Sienna não. Não. Não dessa vez. – Gritei.
- Sempre será assim querido. É a sua maldição. Apaixone-se por uma feiticeira poderosa. Salve sua vida. E ela será fiel a você. Todas que tentaram quebrar a maldição estão aqui comigo. Ela só é mais uma para a lista. – Madson falou alto.
De repente Sienna começou a se debater na cama. Sangue começou a sair por seus olhos, mãos e pés. Ela gritava. Parecia lutar com Madson. Jolie abraçou Kol assustada. Sienna começou a sussurrar palavras. Sua voz foi aumentando.
- Et vita erat et mendacium. Quis es tu, Sienna? Puella? A normalis puella? No sit maleficus. Maleficos. Praeterito uada puella. Maiores. Parentes ejus. Propter nimiam caritatem suam. Quantis Helias liberans Non nocte? Certa enim vos credatis. Pugnabitis contra se. Tu es vas interfectionis habet in manu prima. Carissimi nolite itaque errare per amorem. Non eius profecit. – Ela gritava alto.
As coisas em volta começaram a flutuar assustando ainda mais até que tudo se acalmou. Jolie se aproximou e Sienna acordou assustada.
- Elijah! – Ela gritou.
- Hey. Estou aqui! – A abracei.
- Eu desmaiei. Eu tive um sonho horrível. – Ela começou a chorar.
- Eu Estou aqui. Está tudo bem. Está tudo bem. – A abracei mais forte.
- Não me deixe. Nunca! – Implorou.
- Nunca! – Beijei sua cabeça.
Madson procurava um jeito de voltar dos mortos novamente. Freya me contou que havia uma escolhida. Todas as meninas que me apaixonei eram só garotas que Mad achava ser a escolhida. Com o poder da escolhida ela trocaria de lugar. A Menina morreria e ela viveria novamente. Mas não a uma feiticeira tão poderosa como Madson fora. Levei Sienna para casa. Ela precisava descansar.
- Está entregue querida! – Disse ao coloca-la na cama.
- Elijah? – Ela segurou minha mão.
- Sim! – A olhei.
- Obrigada. Por tudo! – Ela me abraçou.
- Eu protegerei você para sempre! – A beijei.
- Eu sei que posso confiar em suas palavras! – Ela se deitou.
- Boa Noite! – Acenei.
- Boa Noite Elijah! – Ela fechou os olhos.
Entrei no carro e fui pra casa. Ao chegar na porta senti um cheiro familiar e caminhei até a entrada. De repente ao olhar para frente me deparei com Niklaus o que me assustou.
- Olá Irmão! – Seus olhos se tornaram amarelos.
Apertei forte a adaga e rosnei me transformando em vampiro. Klaus correu para cima de mim me lançando longe o que me fez bater as costas na parede. O barulho foi alto o que chamou a atenção de Kol e Jolie que rapidamente se juntaram a mim. Kol tentou parar Niklaus enquanto Jolie me ajudou a levantar. Niklaus empurrou Kol e tentou me acertar mas Jolie o derrubou. Tentei perfurar o coração de Niklaus mas ele era rápido. Kol segurou os braços de Niklaus e Jolie se pois em minha frente como um escudo.
- Se controle irmão. – Klaus disse irônico.
- Será que a Terra começou a girar para o lado contrário? Você dizendo que eu preciso me controlar? Já basta Niklaus! – Gritei.
- Não quando eu disser que acabou! – Ele gritou.
- Já chega! – Ouvimos a voz de Freya.
- Irmã? – Olhei para a direção do carro.
- Olá Elijah! – Freya me abraçou forte.
- Vocês todos sempre estão contra mim! – Niklaus gritou.
- Não. – Me aproximei. – Eu nunca estive contra você. Nunca! – O empurrei. – Mas você se aliou a Madson. Ela acabou com a minha vida Niklaus. Ela matou todas elas. Ela acabou com a minha vida irmão. E você a ajudou. Você me traiu. – Niklaus me olhou e abaixou a cabeça.
- Eu não queria fazer aquilo irmão. Mas ela era poderosa. E eu precisava daquele poder. Eu so queria sua felicidade. – Klaus se aproximou.
- Acha que sou feliz? Acha mesmo que sou feliz? Daniele, Ester, Agatha, Vitória, Zoey, todas elas. Eu as perdi. Elas me amaram. E eu as perdi. – Me aproximei mais dele. – Eu não quero perder Sienna! – Uma lágrima escapou por meu rosto.
- O amor é a maior fraqueza de um vampiro. E não somos fracos, Elijah. Nós não sentimos e não nos importamos! – Klaus pousou sua mão em meu ombro.
- Então não sou digno de ser um vampiro. – Me afastei.
- Elijah... – Ele me chamou.
- Diga. – O olhei.
- Daria sua vida por ela? – Ele me olhou. Um olhar que já vi antes.
- Daria meu coração por ela. – Disse determinado.
- Você não vai perder ela. Farei o possível e o impossível. Mas você não vai perder ela. – Niklaus se aproximou. – Eu prometo irmão.
- Estou confiando em você!
- Eu lhe dou a minha palavra. Dessa vez eu serei o Nobre, como você irmão! – Ele sorriu e eu acabei por sorrir e o abracei.