Elijah me ajudou a limpar a minha roupa por causa da terra. A casa da árvore era bem grande e forte então ele entrou junto a mim. Ainda continuava como eu a deixei. Nos sentamos nas pequenas cadeiras e fiquei a olhar para minhas fotos e brinquedos.
- Mora aqui a muito tempo? - Elijah perguntou chamando minha atenção.
- Nasci aqui mas... - Suspirei.
- Hey, você está bem? - Elijah segurou minha mão e eu olhei em seus olhos.
- Meus pais morreram. E logo depois fui para um orfanato. Um ano depois Bob e Marie me adotaram. Eles não podiam ter filhos e se encantaram comigo! - Ele sorriu.
- E eles cuidaram de você? Te deram amor, apoio, carinho? - Assenti. - Isso é bom! - Sorriu novamente.
- E você Elijah? - Ele se ajeitou na cadeira.
- Sou de New Orleans. Mas já visitei muitas vezes essa cidade. - Pousei meu cotovelo na minha coxa e pousei minha mão no rosto.
- E porque voltou? - Ele olhou para o chão.
- Precisava esfriar um pouco a cabeça. Minha família é... Complicada. - Me aproximei de Elijah.
- Posso saber mais? - Ele me olhou.
- Claro! - Sorri. - Meus pais morreram a muito tempo. Meus irmãos são bem complicados. Kol e Freya não se dão bem. Rebekah é um pouco como posso dizer... Rodada se é que me entende. Eu tinha outro irmão mas ele infelizmente morreu. Niklaus tem problemas de raiva mas agora ele teve uma filha e acabou meio que melhorando. E tem a Hayley. - Ele suspirou.
- E quem é Hayley? - Perguntei e ele sorriu.
- Hayley é a mãe de Hope minha sobrinha. Hayley e Klaus tiveram um pequeno caso de noite. E bom eu tive um caso com Hayley. - Me ajeitei na cadeira.
- Deixa eu ver se entendi. Você Elijah se envolveu com sua ex cunhada. Mas e o Klaus? - Ele se levantou.
- Klaus sempre escondeu mas sentia algo forte por ela e isso veio a tona e eu saí ferido. - Ele deu de ombros. - Eu estava cansado de sempre fazer de tudo por meus irmãos e não receber nada em troca então vim para o único lugar onde tenho paz.
- E aí você me salvou! - Ele sorriu e abaixou a cabeça.
- E foi bom eu ter feito isso! - Sorri envergonhada.
- É melhor eu voltar. Amanhã tenho aula. - Revirei os olhos. - Bom. Espero te ver novamente! - Me levantei e o abracei. Um abraço bom que me trouxe boas lembranças.
- E você vai! - Ele colocou uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. - Eu sinto que o destino nos uniu por um propósito maior.
- E eu sinto que o destino está certo! - Senti um sentimento estranho.
- Eu te acompanho! - Ele envolveu seu braço no meu.
- Sempre Nobre! - Sorri.
Elijah me levou até em casa e antes que Bob bate-se nele eu pude explicar o acontecido. Bob agradeceu Elijah e mamãe o ofereceu um café. Acho que eles não se importaram dele ser mais velho. Elijah pareceu gostar de toda aquela atenção. Conversamos um pouco e ele me prometeu me levar para sair depois da aula e como um grande nobre pediu a permissão de meus pais que adoraram a idéia. Agora estou a arrumar a mochila para amanhã e se estou animada? Não pois serei uma carne morta no meio daqueles urubus.
✖Elijah✖
A tarde com Sienna foi melhor do que eu imaginava. Foi tão bom ouvir aquela risada novamente. Ela era a única pessoa que conseguia me deixar feliz nos piores momentos. E agora posso ficar de olho nela e conversa com ela mas terá momentos que eu não poderei ajudar e pra isso eu sei muito bem quem pode ajudar. Fui até o apartamento onde Jolie morava e por sorte a encontrei.
- E aí Elijah? Precisa de algo? - Jolie sorriu.
- Na verdade preciso de um favor! - Cocei a cabeça.
- Qualquer coisa. Eu devo muito a você. Você salvou minha vida. Me deu uma nova chance de viver. Me transformou em vampira. - Jolie sorriu.
- Então. Sienna precisará de alguém para proteger e ajudar ela em momentos que eu não vou poder. Você pode ser amiga dela! - Perguntei e ela assentiu.
- Claro. Sei que vou adorar ela. O que preciso fazer? Como vou me aproximar? - Ela perguntou curiosa.
- As aulas começam amanhã! - Sorri e ela fechou a cara.
- Não Elijah, eu não vou enfrentar a escola. - Ela se levantou.
- Pelo seu velho amigo. Faça isso por mim. - A abracei por trás.
- É nessas horas que gostaria de arrancar seu coração. - Gargalhamos.
- Você começa amanhã. Ela é linda. Cabelos ruivos, olhos verdes, um sorriso magnífico. - Suspirei e Senti olhares estranho de Jolie.
- Tem certeza que só quer proteger ela Eli? - Senti minhas bochechas queimarem.
- Claro! - Ajeitei meu paletó.
- Está bem! - Ela sorriu. Um sorriso que conheço muito bem.
- Obrigado! - A abracei.
- O que não faço por você! Aliás eu odeio matemática então terá que me ajudar. - Pisquei para ela.
- Como quiser! - Sorri.
Fomos até a escola e fizemos a matrícula de Jolie. Disse que ela era uma parente minha, minha Prima e fiquei como responsável por ela. Jolie foi comprar algumas coisas para amanhã e eu voltei para minha casa no alto da colina. Estava na sala a pintar um quadro de Sienna. Ela não saíade minha mente. De repente ouvi um barulho e me levantei rapidamente. Um homem encapuzado entrou no local e correu para cima de mim me esfaqueando. Me transformei ficando mais forte e Mordi seu pescoço fazendo ele gritar. Era o mesmo cara de hoje a tarde. Por causa da mordida ele começou a perder sangue. Agarrei forte seu pescoço e o coloquei contra a parede fazendo ele sair do chão.
- Você pagará por tentar machucar ela! - Rosnei.
- Porque defendeu uma garota qualquer? Você nem a conhecia! - Ele disse com dificuldade.
- Porque ela é importante pra mim. Eu a amo e nada, ninguém tocará nela. Você nunca tocará ela! - Mordi forte seu pescoço até que ele caiu morto.
Limpei a boca mas já era tarde. Tinha passado um tempo sem tomar sangue humano e agora estou sedento por ele. Ainda transformado corri pelas árvores e parei ao ver jovens em um carro. Pareciam está transando. Ambos estavam apaixonados. Pudia ouvir seus batimentos acelerados. Podia sentir o cheiro do sangue deles. Corri até o carro os assustando e puxei o garoto pra fora do carro e comecei a morder seu pescoço o fazendo se debater. Quando ele finalmente parou eu fui atrás da menina que gritava por ajuda e quebrei seu pescoço. Puxei o corpo dela e mordi seu pescoço. O brilho de lua chamou minha atenção e aí eu vi o que fiz. Eu saí de controle. Olhei para a garota e em seu lugar eu vi Sienna morta. Me assustei o que me fez cair. Limpei o sangue de minha boca e corri para casa encontrando o corpo do homem morto. Peguei seu corpo e joguei no Rio que dava para o mar. E por ali fiquei olhando para a lua com a consciência me atormentando.