Lola

By raissasodre98

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Aos dezoito anos você pode esperar e desejar muitas coisas. Como uma bolsa na faculdade, finalmente encontrar... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30 (Part. I)
Capítulo 30 (Part. II)
Epílogo I
Epílogo II
Agradecimentos

Capítulo 29

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By raissasodre98

Fecho a porta do táxi com força. Não olho para trás para ver a reação do motorista. Quando empurro as portas de vidro com força, minha caminhada é direto até a recepção, o garoto que estava distraído mexendo no celular, se assusta com minha súbita chegada.

— Boa Tar …

— Cadê o crápula do seu chefe? — interrompo o rapaz.

— Como?

— Seu chefe. Ruivo, alto, conhecido como filho do diabo, que se identificar pelo nome de Ben. Ele está?

— M-me desculpe, eu não … — o garoto gaguejar. Eu sei que é maldade está jogando minha raiva em um rapaz que não tinha nada haver com os meus problemas, mas eu estou ficando louca, e se eu não bota logo tudo isso pra fora, eu vou explodir. — Eu te conheço.

O rapaz diz do nada, ele pegar um papel, que está longe do meu campo de visão, e observar.

— Me conhece? — das vezes que eu tinha vindo na empresa eu nunca tinha visto esse garoto.

— Pode entrar. — ele sorrir pra mim. Fico um tempo olhando para ele, me perguntando o que exatamente acabou de acontecer, mas não me demoro. Dou-lhes as costas e vou em direção ao elevador.

Moscow é uma empresa de dois andares, e pelo visto com pessoas bastante preguiçosas. Qual era a necessidade de um elevador? Se eles morassem em meu prédio, eu até entenderia. A porta é aberta e entro no "coração" da empresa. Onde ficavam os fotógrafos, o local que se fazia a magia da fotografia.

Assim que entro, as pessoas olham para mim e abrem sorrisos. Que merda foi que Ben fez? Será se ele já espalhou para sua equipe que pretende tirar Estela de mim? Bastardo!

Passo pelas pessoas me encarando e vou direto para a sala do chefe, não me dou o trabalho de bater na porta, entro logo.

Não me deixo abalar quando vejo Ben, ignoro o nervosismo dentro de mim e falo:

— Guardar compartilhada?! — digo mais alto do que pretendia.

Ben parece não acredita no que está vendo, então passar vários segundos apenas me encarando sem dizer nada. Ele estava sentado, olhando algumas fotos em cima de sua mesa e que com minha chegada, foram esquecidas.

— Sim. — finalmente diz.

— Você só pode estar de brincadeira. — balanço a cabeça rindo amargo. — Você sabe, que Estela é minha por direito.

— Sim, eu sei. — ele junta as fotos em cima de sua mesa e as arrumar.

— Então por que diabos mandou um advogado me procurar dizendo que deseja a guardar compartilhada de Estela? Aquilo era para me assusta?

— Não. — diz calmo. Que era exatamente o que estava me irritada. Ele guarda as fotos na gaveta, apóia os cotovelos na mesa e olha para mim como se fosse meu chefe. Não mesmo! — Não era para assusta você.

— O que pretendia então?

— A guarda compartilhada de Estela.

Espero ele dizer que estava brincando, mas ele não diz nada. Então eu finalmente explodo.

— Uma ova que vai! Estela é minha, minha! E você, e nem ninguém, vai tirá-la de mim.

— Eu não quero tirar ela de você.

— Não, imagina. Então o que pretende com essa palhaçada toda?

— Ficar perto de minha sobrinha, eu sou tio dela, tenho todo o direito de querer participar de seu crescimento. Afinal, eu sou um dos poucos parentes vivo dela.

Aquilo doeu, mas não deixo transparecer.

— Eu sou a mãe dela. — ergo o queixo o desafiando dizer o contrário, e é exatamente o que ele faz.

— Não de verdade.

— Eles deixaram ela para mim, eles confiaram em mim para cuidar de sua filha, é o meu nome que está no testamento, e somente o meu. Se eles quisessem que dividissemos a guarda dela, seu nome estaria lá, mas como não está, Estela é minha, e eu não ligo para porcaria de sangue, não ligo se vocês são do mesmo sangue. Eu. Não. Ligo.

— Acho que a lei vai pensar diferente. — tenho vontade de jogar alguma coisa em sua cabeça. Cogito a idéia de pegar o objeto quadrado em cima da mesinha e lança em sua direção, mas me controlo.

— Foda-se a lei! — grito — Não estamos nos divorciando e muito menos brigando na justiça pela guardar de nossa filha!

— E não é isso o que Estela é? — fico supresa com sua calma.

— Não, ela é minha, não sua.

— Ela é minha tanto quanto sua. — ele levantar da mesa e da volta parando em minha frente. — Você não sabe como esses meses foram difíceis para mim. Você não sabe como me doeu vê-la falando e saber que eu não estava lá para ver isso. Você não sabe como me doeu vê-la me chama de pai. Que mesmo depois de dois meses, ela lembrava de mim. Então me diz Lola, é justo nos deixar longe um do outro porque você é egoísta o suficiente para não me deixar amar Estela também?

— Agora é minha culpa você ter agido como babaca? É minha culpa você ter ido embora? É minha culpa você ter ficado dois meses, você está me entendendo Ben? Dois meses! Longe. Não foi atrás da menina, nem mesmo quando viajei a levando comigo, passei um mês longe desse inferno e você nem sequer percebeu! Agora vem com essa de " Eu sou pai de Estela, tenho meus direitos. " Pai é quem cuidar!

Eu devo ter ferido seu orgulho, porque vejo o exato momento que o rosto calmo de Ben se transforma em uma careta (sim, aquela maldita careta) e ele perde a paciência.

— Então o que infernos eu estava fazendo meses atrás?! — quase dou um passo para trás quando escuto sua voz exaltada, mas permaneço em meu lugar — Enquanto eu cuidava de Estela para você ir a faculdade, levanta toda noite para ver se ela estava bem, larga todos os meus compromissos quando ela precisava de alguma coisa. Eu dei amor para ela! E não pense que quero a guarda dela só para irrita você. Eu quero a guarda compartilhada porque diferente do que pensar de mim Lola, eu realmente amo essa menina como minha filha, eu a amo do mesmo modo que Paul amaria a filha e faria de tudo por ela. Se isso não for cuidar, o que é então? E aliás, eu me mantive longe porque você pediu!

Abro a boca para argumentar mas Ben me interrompe.

— Eu posso ter ficado dois meses sem da notícias, mas isso não significa que eu não tinha noticias de vocês. Eu sei que você foi para a cidade natal de sua mãe, sei que você foi embora de casa depois que chegou. Sei que está morando naquele prédio só porque permitem animais. Eu sei de tudo Lola.

Porque é o diabo.

— Como? — se minhas suspeitas tiverem certas, eu acabei de perder outra amizade. — Como você sabe disso tudo?

Nesse momento a porta é aberta, e um homem que apesar de já ter cabelos grisalhos, não aparentava ser velho.

— Desculpa interromper, mas eles chegaram Ben. — quando ele terminar de da o aviso, o homem olhar pra mim. Primeiro franze a testar em seguida abre um sorriso. — Você é exatamente como nas fotos.

— Obrigada Alfredo, você já pode ir.

— Que fotos? — pergunto assim que a porta é fechada.

— Tenho que ir para uma reunião agora. — ele vai em sua mesa e começar a recolher alguns papéis.

— Ben … por favor, me diga que ele não estava se referindo a aquelas fotos que você tirou de nós dois. — sussurro em um fiapo de voz.

Ele não podia ter feito isso! Quando concordei em tirar aquelas fotos, Ben havia me prometido que ninguém as veria, somente eu e ele.

— Claro que não! Eu não sou cretino a esse ponto.

— Então onde estão as malditas fotos?

— Em minha casa.

— Guarda elas juntos com suas fotos pornograficas com Anny?

— Para sua informação, eu nunca havia tirado fotos de ninguém nua, você foi a primeira.

Sinto meu rosto ficar quente, de vergonha. Eu lembrava bem daquele dia. Ben brincou dizendo que nunca havia feito um ensaio fotográfico com uma mulher nua, e eu de brincadeira disse que eu podia ser a primeira. Mas Ben levou a sério. No começo eu neguei, mas quando ele disse que não mostraria meu rosto e que ele próprio iria aparecer nas fotos, eu topei.

Má idéia.

— Eu quero ver essas fotos. — digo.

— Eu tenho que ir para uma reunião agora.

— Eu quero ver essas malditas fotos! — repito. — Ou você quer que eu grite?

— Você é adulta o suficiente para não …

Ele é interrompido com o meu grito. Ben arregala os olhos surpreso, mas em seguida vem em minha direção e me segura pelos ombros.

— Pare com isso!

— Me mostre as fotos.

— Está tudo bem por ai, Ben? — uma voz feminina vem do outro lado da porta.

— Está sim, ela só esbarro o quadril na mesa.

A pessoa do outro lado parece acredita pois não faz mas perguntas.

— Vai me mostrar as fotos? — pergunto.

— Não. — percebo agora como estamos próximos. As mãos de Ben segurando meus braços, corpos próximos, até parecia a posição que ficávamos quando nos despediamos para eu ir para faculdade. Balanço a cabeça tentando tirar aquilo da cabeça.

— Como não?

O que Ben fez em seguida me pegou completamente de surpresa. Quando seus lábios grudaram nos meus, eu esperava um pouco de resistência de minha parte, o que claramente não foi o que aconteceu. Quando sua boca ficou sobre a minha, eu parecia como fogo quando jogavam água sobre uma fogueira. Aos poucos fui cedendo ao beijo.

No começo Ben me segurava como se tivesse medo que eu fosse fugir, mas quando percebi que não irei, me soltar e passar os braços pelo meu corpo me puxando para mais perto. Entrelaço meus braços em seu pescoço e me entrego completamente ao beijo. O que começou como um beijo inocente tomou outra proporção quando Ben enfio a mão dentro de minha blusa e subiu até meu sutiã e acaricio meus seios sobre o tecido. Sinto meu corpo ser erguido e posto em cima da mesa. De pernas abertas e com Ben entre elas, aproveito para descer minhas mãos até o cos de sua calça, e começo a abre o zíper de sua calça. Solto um gemido quando seus dentes mordem o lomba de minha orelha. Quando eu estava prestes a descer suas calças e Ben retirar minha blusa, somos interrompidos.

— Ben?

Paramos o que estávamos fazendo na hora, e assim como água gelada jogada no fogo, um balde de água é jogado em minha cabeça me fazendo voltar a realidade. Me fazendo lembrar que eu estava ali para brigar com Ben pela guarda de Estela, e que acabei descobrindo que havia fotos minhas circulando por ai. Como eu posso ter esquecido disso! Empurro Ben para longe e desço da mesa.

— Já estou indo. — Ben sussurra
Ele parece surpreso tanto quanto eu.

— Eles não vão esperar o dia todo.

— Quando eu disse que já estou indo, é porque estou.

— Ok.

Não olho para ele quando tento parecer comportada, amarro meu cabelo para aliviar o calor, depois de parecer um pouco comportada, me direciono a porta.

— Lola, espera! — ele tentar me alcançar mas me afasto de seu toque. — Eu preciso te dizer que desde do começo eu …

— Não, Ben. — digo cansada. Ter vindo aqui não foi uma boa idéia. — Não precisamos conversar, não precisamos de nada. E por favor, não venha mais atrás da gente, estamos bem onde estamos. Se quiser ver Estela, me procure, mas desista dessa idéia de guardar compartilhada. — dito essas palavras, saio.

Quando passo pelas pessoas, não olho em suas direções, meu foco está no elevador e somente nele. Quando já estou dentro dele mal noto a mulher, mas ela por outro lado me nota.

— É você! — ela diz olhando para mim em seguida para revista em suas mãos.

— Como?

— Aqui, olhar. — ela se aproximar e me mostra uma das imagens na revista. Era eu! Na verdade eu e Estela, mas ainda assim, era eu. Na foto eu estava de costas empurrando o carinho de bebê, eu parecia está falando pois estava fazendo gestos com a mão. Eu me lembrava bem daquele dia. Ben tinha ido passeia com a gente depois da discussão com Anny e segundo ele, tiraria fotos de Estela.

— Viu só, é você. — nesse momento ela vira a página e mostra outras fotos minhas e de Estela. Eu e Estela na praça, em casa, na praia, no campo do Maracanã.

Nesse momento o elevado abre.

— Você poderia me dá essa revista? — peço.

— É claro. — ela fechar a revista e me entregar, o nome Moscow destaca a frente da revista. — O fotógrafo que tirou essas fotos fez um ótimo trabalho.

Apenas abro um sorriso amarelo em resposta. Enquanto me direciono a saída abro a revista. A primeira foto é de Estela, ela está com uma câmera na mão e olhando pro lado, em seguida era Estela no parque, ela estava olhando para o seu vestido distraída. Várias fotos de Estela se seguiram, e na página quinze, eu apareço. Mas não era eu de agora. Na imagem eu estava de costas, e estava arrumando meu cabelo. Eu me lembrava daquele dia, na época eu tinha 16 anos, e estava cortando as flores mortas do jardim. Naquele mesmo dia conhece Ben.

Estava tão distraída olhando as fotos, que mal percebi que acabei atravessando a rua antes da hora, que acabei entrando na faxa de pedestres quando o sinal abriu.

Eu senti o impacto da batida em meu corpo, mas quando meu corpo é arremessado e atingir o chão, eu não senti nada. Não vi minha vida passa diante dos meus olhos, como diziam nos filmes, novelas e livros, eu não vi nada disso. Apenas a completa — e silenciosa — escuridão.

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Só avisando que o próximo capítulo é o último.

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