Capítulo 30 (Part. II)

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Eu morri?

É o primeiro pensamento que tenho quando vejo a luz forte sobre meus olhos. Então essa era a famosa luz que dizem que aparece quando você está indo para o céu. No entanto, uma pessoa entrar em meu campo de visão fazendo a luz sumir. Fecho os olhos pois eles estavam começando a lacrimejar por passar tanto tempo com eles abertos olhando para luz. Quando tento me mexer, uma dor insuportável toma conta de mim. Ela vinha de todos os lados de meu corpo. Sinto algo ser espetado em meu braço me fazendo da um gritinho.

— Ai!

— Desculpe. — olho para o lado e vejo perfeitamente a enfermeira. Isso significa que eu não morre.

— O que aconteceu comigo? — pergunto olhando para o meu braço. Ele estava engessado, e meu maxilar estava doendo.

— Você foi atropelada.

— Como?

— Atravessou a faxa quando o sinal abriu. Você teve sorte do motorista não está andando tão rápido.

— Eu vou ficar bem?

— Sim, você só quebrou o braço esquerdo, machucou maxilar e teve algumas raladuras.

Ela disse só?

— Vou chamar a doutora para vê-la, e logo depois poderá receber visitas.

Balanço a cabeça concordando, pelo menos acho que balancei. Quando a enfermeira sai, olho para o teto. Como pude ser tão irresponsável? E se eu acabasse morrendo devido a minha falta de descuido? Quem ficaria com Estela? Ai droga! Estela! Ariane deve ter ficado tão desesperada, ela só era um criança não podia lidar com esse tipo de informação. Preciso sair daqui agora. Quando faço o movimento de levantar, a porta do quarto é aberta.

— Bom dia. — uma médica que aparentava ter mais ou menos cinquenta e poucos anos, adentra o quarto. Já era o meu plano.

✖  ✖   ✖

Depois de fazer várias perguntas e verificar como eu estava, antes de sair a médica disse que voltaria para entregar a lista de remédios que eu deveria tomar, dito isso, ela deixa o quarto me deixando sozinha com enfermeira.

— Você já pode receber visitas, como seu namorado é o que está nos deixando loucos, vou deixá-lo vim primeiro. — sorrir enquanto se afastar e sai do quarto.

Fecho os olhos exausta. Um tempo depois escuto a porta do quarto ser aberta, me mantenho de olhos fechados. Preciso dorme, se eu finge que estava, a pessoa iria embora?

— Você parece nada bem. — eu deveria ganhar um oscar por não ter aberto os olhos. Escuto algo ser arrastado para perto da cama, e mais uma vez eu deveria ter ganhado um oscar por não ter me mexido quando Ben segurou minha mão.

Quase abro os olhos e puxo minha mão, mas não o faço, pois a sensação da mão de Ben segurando a minha mão era reconfortante.

— Eu trouxe algo para ler pra você. — sua mão faz carinho na minha, e eu me controlo ao máximo para não retribuir o gesto. — Lembra que você pediu para ler minha carta? A que Paul deixou para mim?

Sim. Respondo mentalmente.

— Percebi que se eu não ler ela agora, nunca mais terei a chance de fazer isso.

Tudo bem, Lola, se finja de morta até ele terminar de ler essa carta. Eu podia fazer isso.

— Ben. Se você está lendo essa carta é porque infelizmente partimos, mas não fique triste, a morte não é o fim, é apenas o recomeço. — Ben rir fraco, mas continua. — Gostaria de pedir algo muito importante irmão, cuide de minhas meninas. Estela e Lola precisam de você, por mais que Lola possa, e ela vai negar, que precisa de ajudar. Ela já passou por muito coisa nessa vida, e eu não sei se ela conseguirá passar por essa sozinha. Então por favor, cuide delas, mesmo que de longe. E vá atrás daquilo que você tanto desejou, percebo agora que foi egoísta de minha parte pedir que ficasse longe de Lola. Agora eu vejo, que se for para Lola se apaixona por algum filho da puta, você seria esse perfeito filho da puta. Não sei quantos anos já se passaram até você ler essa carta, ou se você um dia irá ler ela, mas eu quero que você vá atrás dela, e se você tiver casado com Anny, por favor, largue essa mulher, e corra atrás daquilo que tanto desejou. Você se apaixonou por Lola no momento que a viu, não faz sentido vocês ficarem separados por minha causa.

LolaWhere stories live. Discover now