Epílogo I

5.4K 441 113
                                    

— Lola, acorde.

Dorme é tão bom que nem parece de graça, principalmente quando você está na posição perfeita, toda embrulhada e quentinha. Mas sempre tem aquela pessoa para atrapalhar, e essa pessoa no meu caso é o meu marido.

— Não. — minha voz sai abafada quando enterro meu rosto no travesseiro.

— Você sabe que tem que acordar. — sinto ele me abraçar por trás e pousa a mão sobre minha barriga nua.

— Me deixar dorme. — digo manhosa.

— É melhor eu acordá-la do que Estela, o que ela vai pensar quando ver a mãe e o pai nus?

Eu estava usando minhas meias super fofa da vaquinha nos pés, então, eu não estou totalmente nua. Mas acabo me mexendo saindo de minha confortável posição e me viro em sua direção.

— Eu te odeio Benjamim.

— E eu te amo. — ele beijar meus lábios rápido. Quando ele faz menção de levantar da cama, puxo seu braço e me agarro a ele. Ben estava tão quentinho que logo me prendo em seu corpo nu. — Você está bastante manhosa hoje.

E nós dois sabíamos bem o porquê.

— Isso é ruim? — minha voz sai abafada contra sua pele. Ben começar a passa a mão por minhas costas.

— Nem um pouco. — beijar minha cabeça, e ficamos assim, agarrados por um breve momento. Isso até eu escutar os passos apressados vindo do corredor.

— E lá vem ela. — sussurro.

— Mamãe! Papai! — a voz infantil vem do outro da porta.

Desde que Estela tinha três anos, idade o suficiente para começar entender as coisas, explicamos para ela que ela tinha dois pais e duas mães, e na medida que ela ia crescendo, explicavamos o porque ela tinha cabelos loiros, diferentes dos meus que são castanho e de Ben, que são ruivos. Disse a ela que seus verdadeiros pais, a mamãe que a carregou na barriga e o papai que ajudou bota a sementinha na mamãe (estúpido eu sei, mas foi o único modo que encontrei de explicar isso a uma criança) infelizmente foram para o céu antes da hora, mas que antes deles irem para o céu, pediram que eu e Ben fôssemos seus novos papai e mamãe. Todo ano eu explicava a mesma história para ela, até que, com cinco anos, Estela olhou para a parede repleta de fotos, e apontou para uma das fotos, onde havia Cami e Paul juntos e disse:

— Eu tenho a cor do cabelo do papai.

Meus olhos encheram de lágrimas, mas antes de começar a chorar, falei:

— E a beleza da mamãe.

Naquele mesmo dia, eu fui visitar o túmulo dos dois.

— Só um minuto querida. — Ben desfaz o abraço e pula da cama. Colocar a cueca e um calção as pressas, e antes de abre a porta, me entregar uma camisa sua para me vestir, e eu também a visto rápida e puxo o lençol cobrindo minha parte de baixo. A porta do quarto é aberta e o furacão Estela entrar.

Ela pula nos braços de Ben se agarrado a ele como um macaco. Estela ainda está de pijama e com uma cara de sono, o que significa que ela mal acordou e veio direto para nosso quarto.

— Feliz aniversário, princesa. — eles passam um longo tempo abraçados, até Estela olhar em minha direção e lembrar que também tem uma mãe. Ela desce dos braços de Ben e corre até mim pulando na cama. Abro os braços e ela se aconchega neles, lhe dou um abraço de mamãe urso.

— Feliz aniversário, meu amor. — aperto ela. Uma vontade de chorar toma conta de mim quando lembro da primeira vez que vi Estela, tão pequeninha nos braços de Paul. E agora aqui estava ela, uma criança linda e esperta. Isso tudo pareceu acontecer ontem, e não seis anos atrás. — Eu te amo tanto.

LolaNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ