Capítulo 25

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Desço do ônibus olhando para os degraus. Como conhecia bem o caminho dali pra frente, continuei a andar de cabeça baixar. Me abraço devido ao frio nesse horário e apresso meus passos para chegar mais rápido em casa. Estava tão distraída que não percebi o homem me seguindo desde da parada de ônibus. Quando faltava dois quarteirões para chegar em casa, fui surpreendida.

— Passar a bolsa!

Meu corpo é jogado contra parede fazendo cair os livros que estavam em minhas mãos. Um revólver é apontado para minha cabeça, aquilo estava tão perto de minha cabeça que podia senti o cano frio da arma perto de minha orelha.

— Passar a bolsa! — lentamente abaixo meu braço e entrego a bolsa ao assaltante, enquanto ele agarra minha bolsa com violência, olho em volta, nenhum sinal de vida por perto. Engulo em seco.

— Você é bastante bonita. — o ladrão chegar mais perto de mim, o mal cheiro que vem de suas roupas me faz torcer o nariz. — Daria uma boa diversão.

Acho que parei de respirar, porque estou ficando tonta e com falta de ar.

— Por … por … favor, me, me soltar. — sussurro, o medo presente em minha voz.

— Por que eu faria isso? — sua mão sobe para tocar em meu rosto mas eu afasto. — Senti nojo princesa? Eu vou te ensinar …

O som de uma sirene o interrompe, uma sirene de carro de polícia. Antes mesmo do carro parar, o ladrão sai correndo levando minhas coisas. Quando o fedor desaparece do ar, volto a respirar e fico sem enxergar nada por um momento.

— Senhorita? Você está bem?

Abro a boca para responder, mas o que sai é um soluço.

— Tudo bem querida, vamos levá-la para a delegacia.

Tento dizer que está tudo bem, que minha casa é daqui a dois quarteirões, mas nada saiu de minha boca. Ainda em transe, sou colocada dentro da viatura e levada.

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Estou olhando para o copo com água a bastante tempo. Eles me trouxeram a delegacia para fazer o boletim de denúncia, em seguida perguntaram se tinha alguém para eu ligar e no automático disse o número do telefone de casa.

— Seu tio chegou.

Ergo a cabeça para o policial, olho confuso pra ele.

— Que tio? — pergunto. Minha voz já estava normal.

O homem olhar para a porta, e é ai que o vejo. Dou um pulo da cadeira e corro para os seus braços, Ben passar os braços em minha voltar e me apertar contra o seu corpo.

— Ele te machucou? — nego com a cabeça — Você está bem? — faço que sim. — Lola, fale comigo.

— Eu estou bem. — me afasto um pouco para ele ver meu rosto. — Ver?

Ele analisar meu rosto por um tempo em seguida me beijar, e eu o beijo de volta, precisando me senti segura em seus braços. E por incrível que pareça, é exatamente isso que sinto quando nossos lábios se separam.

— Vou falar com o delegado e logo podemos ir para casa.

— Onde está Estela?

— Deixei na casa de Diogo.

Ele não me deixou fazer outra pergunta pois se afasta indo falar com um policial. Diogo, amigo de Ben, que eu julguei bonito mas que na verdade é um louco. Esse Diogo?

✖  ✖  ✖

Aprendi uma coisa quando fomos buscar Estela na casa Diogo. Nunca devemos tirar conclusões precipitadas sobre as pessoas, por mais idiotas que elas pareçam. Nunca que eu imaginária que Diogo era casado e que já tivesse um filho, de sete anos!

LolaDonde viven las historias. Descúbrelo ahora