Curando Feridas ( Hiatus)

By alinecori

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Juliana sempre foi expert em usar máscaras, afinal, eram nelas que ela podia se esconder. A sua defesa sempre... More

Prólogo
Capitulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6 - Hugo.
Hiatus
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Ebook Grátis...
Capítulo 10
Capítulo 11
Capitulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Dica de leitura!!
Capítulo 16
Aviso!!
Chamada!!!
Capitulo 17
Perguntinhaa...
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Bônus Marina
Capítulo 27
Por favor não ignorem
capitulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Aviso.....
Capitulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Amorecos.
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Olha eu de novo!

Capítulo 4

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By alinecori

" Só por hoje"


Boa noite Amorecos..... vamos de mais uma capitulo? Espero que gostem.... aviso que este capítulo não foi revisado... a minha Beta fernanda França sumiu hoje, e como me comprometi com vocês de quinta ter postagem cá estou.... rsss... desculpe qualquer erro, depois a gente arruma esse negócio....

Me digam o que estão achando... vou amar saber.... bjkas...


— Papai, você prometeu que a gente ia comprar uma árvore maior de natal esse ano. Prometeu tem que cumprir.

— Eu sei, tenho uma dívida com você filho. Você vai ter sua árvore de natal. Agora coma antes que sua mãe venha e veja que nem mexeu no prato.

— Pai, eu não quero isso. È ruim.

— Yago, já conversamos sobre nos esforçarmos para fazer a mamãe feliz.

— Tudo bem papai. Eu prometi, e agora tenho que cumprir...

— É isso ai. Você é meu herói. Depois te recompenso com batata frita e hambúrguer. É o nosso segredo.

— Estou vendo que gostaram da minha nova receita. Quando eu digo que é fácil gostar de comida saudável ninguém acredita.

— Eu acredito mamãe.

Yago, pisca para mim, e eu sorrio devolvendo uma outra piscada. Esse é o nosso código secreto.

— Está uma delícia amor.

— Obrigada amor. Você não vale, o mais importante para mim é aquele rapazinho ali. Se ele gostou então ganhei meu dia. Já que hoje era meu dia de escolher o cardápio.

Lembranças. Lembranças que trazem sorrisos, e lembranças que trazem dor. Malditas lembranças que não trazem Sofia de volta para mim. Conviver com a falta daquilo que você não terá mais é mesmo uma merda. A voz que você não ouvirá mais. O cheiro que aos poucos vai sumindo da sua memória. O toque que te acalmava, agora não existe nem mesmo para te perturbar. A piada sem graça ao redor da mesa, no dia da "comida saudável da Sofia", acompanhada pela horrível Berinjela gratinada que ela fazia, e achava uma delícia., não se ouve mais.

Enfrentar o mundo de frente depois de tudo seria muito mais difícil se eu não tivesse Yago comigo. Ele me dá força e me empurra para frente. É por ele que continuo andando. Os pedidos de Sofia naqueles últimos dias martelam em minha mente, e a promessa que fiz de ser feliz ainda não consegui cumprir, mesmo depois de dois anos.

— Me promete fazer de Yago, um homem tão bom quanto você! — Meu coração sangrava a cada vez que escutava a voz fraca de Sofia.

— Eu prometo meu amor! Mas não fale como se estivesse me deixando.

Ela sorria, ainda lindamente, mesmo que o rosto embranquecido pela fraqueza quisesse esconder sua beleza.

— Não estou te deixando! Estou apenas indo fazer uma viagem longa, que não tem data para voltar. Não quero você com essa ruga na testa. Nunca gostei dessa ruga. — Sorri. — Quero que me prometa que vai ser feliz.

Prometer a ela que faria do Yago um homem tão bom quanto eu foi fácil, agora prometer ser feliz, foi algo extremamente difícil. Ser feliz sem Sofia era algo inimaginável, e a comprovação é o meu coração sangrando dia após dia.

Depois de dois anos tento recomeçar uma nova vida, e para isso precisei sair da minha antiga cidade, minha antiga casa. Não tinha como ficar ali. Toda aquela casa exalava o perfume de Sofia. Cada canto era como se eu visse e sentisse ela ao meu lado, e aquilo não estava me ajudando. Decidi mudar. Deixei que o Álvaro, meu irmão desfizesse da casa para mim, porquê não fui homem suficiente para isso, penso que vivi tempo demais naquela casa depois que ela se foi, eu realmente estava no meu limite.

Minha família é uma família pequena, eu, meu irmão Álvaro, minha mãe Marina e seu Orlando. Minha mãe sempre foi uma dona de casa, nunca trabalhou fora, porém, em casa fazia tudo com excelência. Meu pai engenheiro civil, influenciou tanto a mim e ao meu irmão a seguir a mesma carreira. Com muito trabalho, meu pai construiu uma grande carreira se aposentando e deixando tudo aos cuidados dos filhos.

Ferraz Engenharia e Empreendimentos se tornou uma das maiores empresas atuantes na área. A empresa se destaca no ramo imobiliário, fazendo disso seu destaque no mercado. Inúmeros empreendimentos Imobiliários já foram construídos e entregues. Contamos com uma gama grande de funcionários, fazendo a nossa responsabilidade muito maior. Famílias dependem da nossa empresa. Álvaro mantém tudo a pulso firme.

Há quase um ano cheguei aqui nesta cidade, abrindo uma filial, e acompanhando o nosso mais novo empreendimento. Um condomínio fechado de luxo. Todas as unidades já foram vendidas, e a grande festa de inauguração está quase pronta.

Eu sempre cuidei de Yago, mas assim que Sofia se foi, contratei uma babá que nos acompanha, por todos os lados, inclusive se mudando conosco. Confio plenamente. Yago é apaixonado por ela, por isso sei que posso confiar.

— Anabela, vou dá uma volta por ai, e não sei que horas voltarei.

— Tudo bem Hugo, quer que eu deixe algo preparado para quando você chegar matar sua fome? — Anabela, sempre muito atenciosa.

— Não se preocupe comigo sim. Já basta a energia que você gasta com o Yago.

— Que nada Yago já está rapazinho, e já anda me evitando pra certas coisas acredita? —Sorrio imaginando as cenas. — Um dia desses ele pediu licença para trocar de roupa, disse que já é um homem e não pode ficar trocando de roupa assim na minha frente.

— Verdade? Este é o meu garoto.

— Ele se parece mesmo com o Senhor.

— Ana, sei que tenho bastante cabelo branco, mas quando me chama de Senhor, me sinto um museu de antiguidade.

— Desculpe. — Ana diz sem graça.

— Tudo bem. Agora deixa eu ir.

Sair de casa não é uma coisa que faço muito, mas tem dia que está sufocante e se eu não fizer nada para que isso passe, é bem provável que deixe Yago órfão cedo. Sempre saio sem expectativas, Nada novo, tudo sempre a mesma coisa. Lugares cheios de pessoas que procuram diversão de alguma forma. Mulheres de todas as formas, tímidas, assanhadas, loiras, morenas, altas, baixas, mulheres; mas nenhuma delas chamam a minha atenção. E não é que eu não veja olhares em minha direção e nem que não chegue bilhetes com telefones em minha mesa, apenas, não me interesso, e isso realmente está ficando chato.

Normalmente não volto a lugares que já fui mais de duas vezes. Geralmente encontro rostos conhecidos e até os mesmos sorrisos insinuantes de noites anteriores. Mas este lugar em especial, me chama atenção pela sua simplicidade e a boa musica. A casa cheia, as mesas lotadas, e em minha volta observo a quantidade de pessoas que se encontram sozinhas. Na mesa ao lado, uma mulher loira canta aquelas músicas como se não houvesse amanhã. Se fosse apenas as músicas que estivessem me chamando atenção naquela mulher estava bom, a questão é a quantidade de bebida que ela estava ingerindo. Penso como uma mulher bonita, jovem, está sozinha e realmente não se preocupa com aquele tanto de bebida? Isso não pode ter um fim muito bom.

Dessa vez não consegui tirar meus olhos de suas expressões. Hora seu rosto estampava alegria e rapidamente ia para uma tristeza notável. Seus olhos pesados procuram por algo e acho que ela não encontra. Não sei o que ela procura, mas identifico algo familiar em seus olhos. Levo meus olhos a outros lugares tentando me desligar um pouco dela. Mas logo minha atenção volta para a mesma a direção quando percebo que ela se levanta com dificuldade. Com dificuldade ela vai em direção a porta de saída. Algo me incomoda, mas ignoro.

Assim que ela desaparece pela porta, uma inquietação toma conta de mim.

Droga, o que ela tem na cabeça, beber e sair assim?

Ignoro a pergunta que faço a mim mesmo, não a conheço e não tenha nada a ver com ela. Tomo mais um gole daquilo que está me aquecendo essa noite. Olho para a porta e nada daquela louca aparecer.

Hugo, você não tem nada com isso. Não vá arrumar problemas.

Olho para o palco mas agora nem ouço mais a musica, minha cabeça está em outro lugar.

— Droga! Porque eu não fico apenas quieto. — Levanto-me e deixo o pagamento da bebida em cima da mesa, e corro em direção a porta.

Não há ninguém na rua.

— Onde diabos ela se meteu? Mesmo bêbada conseguiu desaparecer assim tão rápido?

Decido descer a rua seguindo uma intuição, ou sei lá o que me levou a ir naquela direção. Acelero meus passos na intensão de alcança-la, caso ela tenha ido mesmo por ali. Continuo seguindo a mesma direção e vejo um movimento em um canto de um muro. Apresso mais ainda meus passos, e quando me aproximo daquilo que até então estava indefinido para mim, escuto um grito. Meus olhos não acreditam no que veem.

— Larga moça!

O sangue circula rapidamente e a fúria de ver aquele homem nojento a agarrando me deixa louco de raiva.

— Eu disse para largar a moça ! — Falo mas não dou tempo para o monstro nojento pensar em fugir.

O agarro pelo braço o puxando e o jogando no chão. Vou para cima do nojento com tudo. Toda a minha força e fúria em cima dele. Todo aquele barulho despertou alguns curiosos que agora começou a aparecer por todos os lados.

Largo ele quando percebi que alguém o segurou e pegou o telefone. Corri em direção a moça que estava desmaiada. Não sei seu nome. Não a conheço, mas algo me arrastou até aquele lugar e até aquele momento.

— Moça está me ouvindo?

Continua desmaiada. De forma alguma a deixarei aqui. A pego em meu colo e levo até meu carro. Pouco me importo quem seja. Mas o que eu quero agora é coloca-la para descansar e como não sei onde mora decido leva-la até minha casa. Sei que o certo seria irmos para uma delegacia registrarmos um boletim de ocorrência, mas nos estado em que ela está é impossível.

Anabela e Yago já dormem e sem muito alarde a levo para meu quarto. A coloco em minha cama e fico a olhando e xingando a mim mesmo pela besteira que eu fiz. E se ela for mulher de malandro? E se for uma ladra profissional?

Balanço a cabeça ignorando os pensamentos idiotas e sem nexo. Não interessa quem seja. Apenas não consegui ignorar. Linda. Ela é muito linda, e tem algo familiar que me chama atenção e que me arrasta para ela. Aproximo-me da cama e devagar tiro seus sapatos. — Idiota, como pode beber tanto —, a ajeito na cama para que ela fique confortável. Não satisfeito, tiro sua roupa e a visto com um pijama meu. Claro que o durante este processo imaginei minha mãe ali, tudo por uma boa causa.

Ela balbucia coisas desconexas e eu nem tento entender o que ela diz. Troco de roupa e pego minhas coisas para dormir no sofá. A cubro mais uma vez e quando me preparo para sair sinto sua mão segurando meu braço.

— Por....fa..vorrr, naaaão me deixa sozinha. — A voz ainda arrastada não me deixa sair do lugar. — você n...não vaai embora neh? Sei que fui muito má e que naão mereço, mas não vai embora.

Seus olhos ainda fechados e a voz chorosa partem meu coração. Má? Porquê se considera má? Por causa de umas bebidas a mais?

Ainda que ela esteja completamente bêbada, e que provavelmente não vá lembrar deste pedido pela manhã, eu de forma alguma não a deixarei. Não consegueria.

— Não se preocupe estarei aqui quando você acordar. — Tiro meu braço de seu poder.

Ela da um meio sorriso.

— Você é legal, queeer...ro, saber seu no....

Antes de completar a frase ela apaga de novo.

Decido dormir no tapete que tem em meu quarto. Não sei porquê, mas sinto a necessidade de proteger essa mulher. Isso é loucura.

— Só por hoje ouviu? Amanhã é um novo dia. Por hoje você não está sozinha

Digo, mesmo sabendo que ela não está ouvindo.

"Só por hoje"

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