Amor Por Contrato

By anna_mendonca

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Sentimentos são coisas inexplicáveis e destinos também! Até onde você iria para reconquistar sua paixão? Aqui... More

Aviso
Vida Nova-J.A
Um bom emprego-J.Alencar
Se arrependimento matasse-J.Alencar
A verdade às vezes dói-J.Alencar
Ansioso-J.Bieber
Tenho amor próprio!-J.Bieber
Desculpas aceitas!-J.Bieber
Uma grande amiga-J.Bieber
Muitas surpresas-J.Alencar
Tudo por meus amigos-J.Alencar
Apenas amigos-J.Alencar
Você é um idiota!-J.Alencar
O contrato-J.Alencar
O que eu estou sentindo?-J.A
Srta Sinceridade- J.Bieber
Com destino Brasil-J.Bieber
Lutando contra meu choro e minha dor-J.Alencar
Lágrimas e Wisky Combinaçao Quente- J.Alencar
E agora?-J.Alencar
Ainda não assinamos nada-J.Bieber
Não podemos sentir ciúmes- J.Alencar
O que somos?-J.Alencar
Você só precisa dizer-J.Alencar
Nunca foi real-J.Alencar
O que eu precisava ouvir-J.Alencar
Jantar de negócios-J.Alencar
Apenas duas semana!-J.Alencar
Eu prefiro acreditar nele-J.Alencar
Chegou a hora!-J.Alencar
Justin B. vs Harry S.-J.Bieber
Nossa Bolha-J.Alencar
Amor por Contrato-J.Alencar
Você não está sozinha-J.Alencar
Pra você lembrar de mim...-J.Alencar
Olá decepções!-J.Alencar
Dor?Uma velha conhecida-J.Alencar
Cinderela - Zac Efron
É tudo real nas minhas mentiras - J.Bieber
Nosso melhor erro! - J.Bieber
Consequências - J.Bieber
Abra seus olhos - J.Bieber
Acima de qualquer verdade - J.Alencar
Medos - J.Alencar
Acredite em nós! - JusJu
Amor ou Orgulho? - J.Alencar
Chegadas e Partidas - J.Bieber
Segunda Temporada
Vida nova - JusJu
Que assim seja - JusJu
Home - Juliana Bieber
O silêncio e o caos - Justin Bieber
Pequenos anjos - Juliana A. Bieber
Família Bieber - Juliana A. Bieber
Declínio - Juliana A. Bieber
Em outra vida - Juliana Alencar
Sacrifício - Justin Bieber
Sonhos reais - Juliana Alencar
Mágoas - Juliana Alencar
O fim! Existem os finais felizes e os finais necessários

Que meu fim seja com você!

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By anna_mendonca

POV – Justin Bieber

De olhos fechados o sorriso brinca em meus lábios, ela fez amor comigo, pude sentir seu cheiro ainda vagando pelo quarto e nesse momento senti o vazio preencher meu peito, seu lado da cama estava muito distante do meu, me estico buscado seu corpo, quero lhe acolher em meus braços e ter a certeza que ela nunca mais os deixara. Minhas mãos passeiam pelo lençol e o espaço vazio ao meu lado, meus olhos se abrem instantaneamente, ela deveria estar aqui, me sento bruscamente varrendo o quarto com os olhos, desejando que sua imagem acalmem meu coração agora louco, me levanto chamando seu nome, minha voz ecoa pelo quarto vazio, seu cheiro ainda esta aqui, ela não pode estar longe, desço as escadas...

- Juliana? Juu, onde está você? Amor, não brinca assim, não tem a menor graça.

Como um insano eu busco por todos os lugares, - talvez ela tenha saído por uns minutos – Ela logo estará de volta, - Minha mente tenta buscar algo que me anime e acalme o pânico que me toma, minha respiração é acelerada, me levanto ao ouvir uma movimentação vindo do meu escritório. – Oh graças a Deus – Corro para o mesmo, sentindo a esperança voltar. Entro com pressa no cômodo, sinto falta dela, eu já fiquei muito tempo longe para que ela me escape assim.

- Amor, estava procurando voc....

- Desculpe Sr. Bieber, eu estou limpando...(É apenas Marceli, o sorriso se vai mais uma vez e a pobre mulher se mexe em seu lugar desconfortável.)

- Onde esta Juliana?

- Dona Juliana saiu bem cedo e seus amigos ainda dormem.

- Ela avisou para onde ia? Me deixou algum recado?

- Não senhor, um homem veio busca-la.

- Homem? Que homem?

- Alto, olhos azuis,  cabelos castanhos, bem vestido... Eu já vi ele TV.

- Zac Efron...

Fecho as mãos em punho, não pode ser, eu não posso acreditar. Nós estávamos bem ontem a noite, ela disse que me amava, ela me deixou ama-la e me amou de volta, eu achei... achei que ela ficaria. Eu preciso falar com ela, preciso de uma explicação. Subo as escadas correndo e pego meu celular e disco seu numero as pressas, a voz do outro lado apenas diz que ela não pode atender. Me pego deixando mais um recado.

“Juliana, onde você está? Por favor volte para casa, amor volte. Droga! O que você quer de mim? Por que esta fazendo isso mais uma vez? Chega em uma noite e me enche de esperança e no outro dia me deixa, como se eu não fosse nada pra você é isso? Você disse que me amava porra, Juliana você vai acabar comigo, você esta me destruindo, me matando. Por favor, apenas volte!”

Me corpo cai cansado na cama, encarado aquele celular esperando que por algum milagre ela me ligue e diga apenas que foi tomar um café, que nós ainda existíamos. Eu fiquei exatos 45 minutos esperando uma ligação, uma mensagem, até um sinal de fumaça eu estava aceitando. Eu queria pensar que aquela noite significou para ela o mesmo que para mim. Olhei o relógio e ainda eram sete e meia da manhã, talvez, só talvez eu consiga chegar a tempo, ela não pode ir com ele para Africa. Me vesti as pressas, foi a primeira vez que não pensei no que vestiria, apenas peguei o que vi pela frente....

(...)

Eu corro feito um louco pelas ruas, em poucos minutos ela estará longe de mim, para sempre... Eu não posso deixar isso acontecer. Nós fizemos essas promessas, e juramos que nunca ia acabar, e quando estava bom demais pra ser verdade, tudo começou a dar errado, eu falei e fiz escolhas erradas. Eu só preciso chegar a tempo de dizer que, eu não quero, não consigo e não vou me permitir ficar sem ela. O destino é meio cruel com a gente, mas, ela precisa saber que eu a amo... O aeroporto esta um caos, eu corro entre as pessoas o mais rápido que posso, olho os painéis dos portões de embarque procurando o dela, eu esbarro e tropeço nas pessoas, olho o relógio e eu ainda tenho alguns minutos... Eu devia ter pedido para ela ficar ou insistido, implorado mais, ajoelhado aos pés dela e até mesmo ter aparecido com um cartaz escrito “fica, por favor”. Eu devia isso a ela, depois tudo que a gente passou, no mínimo isso. Eu vacilei legal, não valorizei quem se entregou completamente a mim. Eu fui um cretino. Isso, um cretino mesmo, pra valer. Fiz a garota que me amava sofrer, pelo o que? Por nada. Por pura infantilidade. Que poderiam me render uma vida inteira ao lado de alguém que me adorava. Eu a vejo, seus cabelos soltos, ela não me vê, eu tento correr em sua direção, ela esta entregando sua passagem a comissária de bordo e caminha pelo corredor...

- Julianaaa! (Grito) Mas ela não me escuta, ao chegar perto eles não me deixam passar, as portas estão sendo fechadas. Sem qualquer Adeus, apenas uma ultima lembrança de amor de nossa noite. E agora, a imagem dela andando de costas ao meu oposto, é talvez, a minha última vista de alguém que poderia me fazer feliz de verdade. Eu quero que ela volte, mas ela não irá voltar. O carinho pode continuar, as vontades podem continuar, o amor pode continuar, mas sem ela definitivamente não dá pra continuar. Com ela se foi o orgulho, a vontade de amar, e esperança de uma reconciliação, mas me deixou a saudade, ela simplesmente não quer lembranças nossas. O fato é, não adianta mais pedir, implorar, ou até mesmo chorar ela não quer ficar. O tempo não vai voltar pra que eu possa refazer minha vida, para que eu mude minhas atitudes ou a convença a querer continuar.

Acabou, e só agora eu percebi que preciso mais dela do que ela de mim. Não me importo com as pessoas me vendo assim, não chorar é impossível, lagrimas silenciosas descem pelo meu rosto, elas são o único jeito de mostrar quanta dor estou sentindo. Cara. Eu a amo. É difícil pra mim ver ela indo embora assim, sabendo que logo vai viver outro amor por aí, e não será eu. Ela é o amor da minha vida, sempre será, e eu? Eu sou apenas eu, um antigo-ex na sua vida.

Sei que sim e esta sendo difícil aceitar isso. Foi um quase muito grande. Foi um quase, um quase feliz para sempre, mas ela sussurrou um Adeus ao me deixar mais uma vez...

Voltar para casa sozinho não foi o que esperava, olhar tudo em volta e me sentir sozinho. Meu celular toca, e eu deixei cair na caixa postal para que pensassem que eu estava muito ocupado, mas eu não estava, simplesmente não quero falar com ninguém agora. É domingo, Juliana adorava ficar em casa aos domingos. Santo Deus! Eu só queria ouvir a voz dela, ou não, porque até do som da respiração dela já bastava.

(...)

 E os dias, viraram semanas depois meses, enfim, o tempo passou,  e sem qualquer resposta, ela tinha ido, me deixado mais uma vez e embarcado para seu sonho na Africa, me deixando sem qualquer respingo de felicidade, há momentos que eu a há odeio, mas mesmo depois de quase dois anos o amor permaneceu intacto, perfeito, do mesmo jeito que o havia deixado. Isso de certa forma é bom, não acha? Pois bem, presumo que sim. Eu já tentei escondê-lo e até mesmo fingir que não o sentia, confesso, mas quem nunca fez isso? Creio eu que por muitas vezes consegui, ou talvez não julguei ser o melhor, único e especial, agora estou vendo que não foi nada disso, infelizmente não foi mesmo. Geralmente o que passou fica-se para trás, mas, sabe, dói que seja assim. Viver tudo aquilo novamente me faria tão bem. Não sabe o quanto. E aqui estou eu, encolhido, ainda acelerando minha pulsação quando ouço falar o seu nome, como sempre.

Depois de todo esse tempo presumo que meu sorriso já não seja mais o preferido dela, e nem a razão dele. Isso dói. Custa a aceitar, você sabe. É complicado. Confuso. Inaceitável. E por fim e não mais incomum, é doloroso.

(...)

Juliana é meu passado, presente e o futuro que desejo no lugar mais intimo do  coração. Isso ainda não mudou. Uma guerra em que todos os dias eu perco para mim mesmo... A saudade chega a queimar no peito. Não adianta dizer que não foi bom, foi perfeito. Não adianta eu trocar de musica ou fingir não ter escutado a nossa musica na rádio. Talvez um dia eu ache alguém, mais bonita, mais inteligente. Mas nunca com aquela mania insuportável dizer o que realmente sente ou com aquele sorriso irônico que eu tanto gostava...  Sua foto  a minha favorita, ficou escondida nas pastas do meu celular, não é vergonha de alguém saber que ela estava ali, mas sim porque para os outros, eu havia “superado”, mas eu sei que todas as noites, eu só durmo se olhar aquela foto.

 Já era madrugada, eu estava sem sono e não parava de escutar a nossa música, de lembrar de todas as nossas lembranças, daria tudo o que tenho pra viver tudo de novo, as gargalhadas, das nossas conversas e dos seus abraços apertados. Me deu uma puta saudade, bateu uma solidão e nostalgia, eu não conseguia pensar em mais nada a não ser em seu sorriso, moveria montanhas só para ver ela sorrindo, atravessaria mares se fosse preciso, só para ter aquela felicidade. Sabe, não vou mentir, eu achava que era ela… A pessoa que eu iria viver meus anos de eternidade, que iria viajar pelo mundo comigo… Mas só achei, pensei errado, um simples pensamento fútil e ilusório. Que nada adianta esse papo agora, ela me deixou, como as lágrimas que derrubei também.

(...)      

Já faz algum tempo, e eu pareço ter me acostumado com sua ausência, mas só parece mesmo... Em todos os lugares eu posso ler sobre especulações dizendo que eles estão juntos...

“Zac Efron e Juliana Alencar estão realmente juntos, o ator e a fotografa parecem felizes”

“Após a decepção amorosa com seu ex, Juliana Alencar encontra o amor nos braços de Zac Efron”

Mas, são apenas rumores, eu não vou acreditar em fofocas, já se passou tanto tempo, eu não posso deixar que me ciúme crie fantasias, eu estarei aqui quando ela voltar, estarei esperando. E mesmo eu não querendo aceitar os fatos, aceitar o que estava diante de meus olhos, os dias vão se arrastando eu continuo vendo foto deles juntos, tudo parece claro, mas eu ainda desejo que esteja errado. E um belo dia o meu castelo desmorona, eu já devia ter me acostumado com isso, finalmente eles são flagrados se beijando e a dor me rasga ao meio.

Esta doendo saber que agora ela diz para ele tudo o que um dia me disse.  De saber que vão realizar os sonhos que sempre foram só nossos, e o pior de tudo é saber que ela esta feliz com ele, saber que ela anda dormindo c0m ele e que de manhã veste suas camisas e prepara seu café, por saber que é ele  quem cuida dela, que planeja jantares românticos e faz tudo que o que um dia eu não pude realizar.

Não há para qualquer lugar que eu possa fugir, esta em todos os lugares e a TV é minha pior inimiga, mas ao vê-la eu não posso resistir, me sento no sofá e presto atenção no programa que ela esta. Já se passou tanto tempo, mas sinto como se fosse ontem, as lagrimas ainda brincam em meus olhos ao lembrar que hoje ela mudou seu sobrenome, que no seu dedo esta o compromisso de uma aliança brilhante que era direito meu.

A raiva por saber que jurou cuidar dele na saúde e na doença, que não pertenço as fotos de família que decoram a sala. A dor ainda é a mesma ao lembrar que todos a conhecem como a Sra. Efron, que passou a ama-lo muito mais do que um dia me amou, realmente a dor ainda esta presa em mim, não consigo esquecer, a lembrança do seu sorriso é constante, mas eles não me pertencem mais, seu coração me esqueceu e finalmente ela conseguiu substituir meu nome. Deixo as lagrimas  molharem minha face sem qualquer vergonha, essa dor é a única lembrança que tudo foi real, me torturo ao assistir a entrevista dela.

Juliana nem imagina o quanto me machuca ver isso,  mas sabe o que é pior? Pior é saber que ele realmente a merece mais do eu mereço, ele merece que ela o ame, por que ele esteve lá quando ela precisou e eu fui apenas mais um idiota. Estou chorando agora por que não é mais Alencar o seu sobrenome, agora em negrito esta Juliana Efron, acho que seu nome combina muito mais com o meu, ela parece feliz mostrando a grande aliança brilhante em seu dedo. As lagrimas descem queimando minha face e minha garganta trava ao ler que ela deseja ter filhos dele e dizer vai cuida-lo  até ficarem velhinhos.

É difícil saber que agora ela não é mais conhecida por ser minha, mas agora por ser a esposa dele. Esse lindo sorriso em seu rosto agora é dado a ele e não mais a mim, finalmente eu me convenço que ela me esqueceu finalmente apagou meu nome não só da sua pele, mas de toda sua vida, no lugar daquela tatuagem agora tem um lindo pássaro voando. Irônico? ou ela quis me mostrar que está livre de mim? Desligo a TV, e quero sair de casa, pego meu carro e corro pela pista, as lembranças gritando na minha cabeça, eu mal consigo ver os outros carros, eles passam como borrões por minha janela, o sinal fecha mas eu não consigo frear a tempo, fecho meus olhos esperando a pancada me atingir, seu rosto é a ultima coisa que vejo.

POV – Juliana Alencar

Meu coração bate freneticamente a medida que caminho em direção a sala onde o delegado me espera, minha respiração é descompassada, e quando a porta se abre para que eu entre sinto minha mão gelar ao encontrar o olhar de ódio que Lil me lança, seu rosto esta inchado e posso ver que tem alguns pontos em sua sobrancelha. O delegado me indica a cadeira e eu me sento, ao olhar para Lil é como se estivesse de volta ao meu apartamento, suas palavras gritando em minha mente “Vadia, prostituta, qual seu preço?”, sinto seu olhar de ódio, e seus lábios movem em silencio sibilando a palavra “VAGABUNDA” para mim, eu queria poder sair desta sala, minhas mãos tremem e mal consigo piscar meus olhos. O Delegado me faz perguntas e eu as respondo, Lil permanece calado sentando a alguns metros de mim e eu evito encara-lo. Justin é chamado e nós três prestamos esclarecimentos, eu não consigo encara-los, Justin me olha e por vezes eu tenho vontade de correr até ele e me esconder em seus braços, mas permaneço parada no mesmo lugar.

As horas se arrastam e não me sinto bem, o tic-tac do relógio na parede é como se fossem badalos de sinos em minha cabeça, começo a suar frio a cada pergunta me feita eu quero correr para longe, minha visão esta turva e eu sinto como se não tivesse mais sangue, meu estomago revira e quando finalmente aquela tortura de horas acaba eu só quero correr para longe. Eu saio as pressas pelos corredores e quando meus olhos  encontram Zac é um alivio, eu só preciso que ele me tire daqui, eu mal escuto o que ele diz, me sinto fraca.

- Só me tira daqui,  por favor me tira daqui Zac! (Imploro)

Ele levanta meu rosto e posso ver seu olhar preocupado encarando meu rosto, me sinto tremer.

- Você esta branca Juliana. O que esta sentindo?

- Não sei, me sinto tonta e gelada.

- A que horas você comeu?

Ele pergunta e eu não lembro de ter comido nada desde que acordei, bebi apenas água e já são dezessete horas.

- Não comi...

- Meu Deus! Vamos, me deixe cuidar de você...

Ele me abraça de lado e caminhamos para a saída, aquela confusão esta nos esperando, perguntas e mais perguntas, flashes em nossos rostos e algumas pessoas nos empurrando, me agarro em Zac, mas me sinto tão fraca, minhas pernas me traem e eu me sinto fraquejar, minha cabeça esta doendo e aos poucos tudo começa a girar e girar...

(...)

Abro meus olhos encarando a luz branca, estou de volta ao hospital e aquele cheiro me embrulha o estomago, tubos de soro estão enfiados em meu braço e toda lembrança do dia que acordei do acidente esta de volta, me sento assustada sem entender o porque estou aqui, olho em volta e vejo Zac sentado a poucos metro de mim, ele me encara e logo caminha em minha direção.

- O que aconteceu? (Pergunto)

- Você estava fraca de mais, muito tempo sem comer e acabou desmaiando..

- A quanto tempo estou assim?

- Não muito, o hospital era perto...

- Eu posso ir para casa?

- Ainda não mocinha...

Uma médica entra no quarto, ela sorri e caminha em nossa direção, eu posso ler seu graxa Dra Morgan, ela parece simpática, mas eu só quero ir para casa. Zac se afasta mantendo uma distancia considerável e deixando que a médica pudesse me examinar, ela foca a luz de uma pequena lanterna em meus olhos.

- Só preciso fazer alguns exames, Sr. Efron me disse que sofreu um acidente a pouco tempo.

- Sim, mas estou bem, só fiquei sem comer o dia todo...

- Também me disse que teve perda de memória e vem passando por muito estresse ultimamente.

Olho rudemente para Zac, eu não tenho nada de mais, acho que foi apenas minha pressão que caiu pela falta de alimento e agora isso vai se tornar mais longo que necessário.

- Sente dor de cabeça frequentemente?

- Não, apenas hoje quando estava prestando depoimento por horas.

- Sente alguma tontura?

- Não, desde que sai do hospital e isso já tem algumas semanas eu não sinto nada. Só foi hoje, eu acho que foi o estresse.

-  Você tem se alimentado bem?

- Sim.

- Tem tomado algum remédio? (Ela continua com seu interrogatório)

- Estava.

- Não mais?

- Não.

- Quais eram os seus medicamentos?

- É realmente necessário? (Pergunto)

- Sim.

Forço minha memória e vou ditando a ela cada remédio que me foi receitado desde sai do hospital, eram algumas caixas que precisei tomar por alguns dias, mas nada de mais.

- Ok...(Ela anotava tudo em sua prancheta)

- Posso ir pra casa agora?

- Só mais uma coisa.

Ela me olhou por um segundo e eu a encarei de volta, ela continuou anotando. Zac estava encostado na parede com seus braços cruzados apenas nos observando.

- Eu vou tirar o soro de seu braço para que eu possa tirar seu sangue para um exame melhor. Então vocês podem me acompanhar até a minha sala.

- O que há doutora? (Zac se aproxima)

- Eu só preciso eliminar todas as possibilidades entes de libera-la. Não se preocupe, é só praxe.

Ela tirou os tubos dos meus braços e depois tirou um pouco de sangue com a seringa, tudo isso só porque desmaiei depois de ficar sem comer, mas se ela que é medica insiste o que eu posso fazer? Depois de todo procedimento nós a seguimos para sua sala, realmente o cheiro do hospital é horrível, passei tanto tempo inalando que agora ele parece mil vezes maior e mais nojento.

- Deite-se Juliana. (Ela me indicou a maca).

Eu fiz o que ela pediu, e ela vestia uma luva e pegava algumas coisas e colocava em uma bandeja ao lado.

- Sua mestruação é regular?

Ela pergunta e eu fecho o cenho por não entender o que isso tem haver com meu estresse.

- Dra. Eu tomo injeção contraceptiva, se caso estiver achando que estou grávida.

Ela sorriu por um instante e continuou a fazer o que estava fazendo e Zac parecia desconfortável agora, mas eu precisei falar, é um absurdo ela achar que posso estar grávida, não há possibilidade, eu nunca deixei de tomar minha injeção e lembro que tomei assim que sai do hospital.

- Tudo bem Juliana, vamos só dar uma olhada.

Reviro meus olhos me deitando, ela passa um gel em minha barriga e logo depois o espalha com a ajuda de um tubo liso. Zac permanece imóvel em seu lugar, mas ele parece nervoso ao roer as poucas unhas de suas mãos. Dra Morgan não diz nada, apenas encara a tela a sua frente e parece concentrada.

- Como imaginei.. (Ela diz e sorri para mim)

Arregalo meus olhos e olho instantaneamente para a tela procurando o que ela diz, meu coração acelera e Zac se aproxima, ambos encarando aqueles borrões.

- O que? (pergunto)

- Você esta grávida Juliana. Meus parabéns mamãe, parabéns papai...

Olho nervosamente para Zac, ele esta branco, estou com os olhos arregalados sem qualquer reação e sinto que vou desmaiar novamente, não consigo emitir qualquer som, me sento na maca nervosamente encarando a médica, ela só pode estar louca, eu não estou grávida, eu não posso estar.

- O que? Não! Eu não estou grávida, eu me cuido. Não senti enjoou, nada do tipo, você tem que esta enganada.

- Juliana, eu estou certa. Você pode ter tomado sua injeção contraceptiva, mas os antibióticos que você tomou anularam o efeito. Isso é normal, sua gestação é de poucas semanas. Poderei ser mais exata quando seu exame de sangue ficar pronto.

Estou em pânico, não sei o que dizer. De tudo que podia imaginar gravidez era a ultima. Me levanto sem dizer qualquer palavra, atordoada e completamente sem chão, deixo a sala com a médica falando sozinha – Grávida? – Caminho apressadamente entre os corredores buscando a saída, eu preciso sair daqui, eu preciso respirar. O que farei agora? É como se minha vida tivesse acabado, eu não tenho saída, o que farei com uma criança sem pai? Porque definitivamente eu não direi ao Justin, não, ele não saberá.

Caminho na rua sem me importa com a chuva, paro na calçada olhando para os lados sem saber que direção tomar, estou sem saída, não sei para onde devo ir, o desespero estampado em rosto, passo a mão freneticamente pelos cabelos, estou ferrada. Droga! O Justin vai pensar que fiz de propósito, esse bebê será um bastardo. Encostada no muro eu estou sem chão, eu não posso dizer que esta foi a melhor noticia que recebi. Um carro encosta a minha frente é Zac, eu disse a ele que iríamos tentar, mas e agora? Como posso pensar em algum futuro? Nada esta certo, nada, tudo mudou.

- Entre, vou te levar para casa... (Ele diz sem ao menos me olhar)

Faço meu caminho até a porta do passageiro, e jogo meu corpo no banco batendo a porta, meus olhos estão vazios de esperanças, Zac dirige silenciosamente, ambos sem realmente saber o que dizer, eu só dormir uma noite com Justin depois que sai do hospital, apenas uma noite e ele foi capaz de me deixar mais do que lembranças, ele me deixou um pedaço dele em mim, para que eu pudesse morrer a cada dia lembrando que isto foi apenas o que me restou, como poderei esquecer agora? Como se parte dele cresce dentro de mim? Evito tocar minha barriga, como se meu ato me fizesse ter a certeza da realidade, porque estou implorando que seja apenas um pesadelo. O caminho até meu apartamento pareceu mais longo que o normal, o silencio é horrível, Zac não dizia qualquer palavra e ao para o carro desce antes de mim, respirei fundo e também desci, tudo parece tão estranho, é como se tudo mudasse em apenas um segundo, os planos, o futuro a minha vida. No mesmo silencio subimos para meu apartamento, eu sabia que ele estava pensando. Fecho a porta atrás de mim, Zac esta a minha frente de costas com a mão nos quadris.

- Um filho dele! (Ele diz)

- O que farei Zac?

- Um filho dele! (Ele repete mais uma vez, como se estivesse falando a si mesmo).

- Estou perdida.

- Conte a ele... (Ele se vira e aqueles grandes olhos estão secos me encarando de modo frio).

- O que? Não!

- Como não? É claro que você deve contar a ele, esse bebê também é responsabilidade dele.

- Zac, eu não posso... Não posso contar, não quero.

- Você esta pensando em não ter? (Ele me olhar chocado)

- Claro que não, eu nunca seria capaz de tirar, eu só não posso contar a ele... (Desvio meu olhar, escondendo a dor e hesito falar) – Justin não me ama Zac, como poderia amar esse bebê?

Com um soluço abafado levo minhas mãos até minha barriga, a primeira vez que a toco desde soube que tinha um sersinho aqui dentro, a seguro de modo protetor, é tão estranho como este sentimento surgiu, eu nem sabia que o tinha até agora, me rasga o peito saber que ele não terá o pai por perto, que Justin nunca o amará, fecho os olhos ao sentir a dor de ver meu bebê, MEU, pequeno ser sendo rejeitado do modo que fui, parece doer cem vezes mais. Sinto os braços de Zac me envolver me acolhendo, um soluço me escapa em quanto ele afaga meus cabelos.

- Olha pra mim...

Ele levanta meu rosto para que eu o encare, fungo tentando cessar o choro e ele com o polegar limpa as lagrimas.

- Escuta! Eu poderia te dizer que faça como deseja, não conte a ele e fique comigo porque eu cuidaria dessa criança como minha, porque eu te amo, e eu realmente amo, eu seria capaz de fazer isso por você. Mas isto não é um filme ou a historia de um livro, ele tem o direito de saber, ele é o pai.

- Você faria isso? Me ama dessa maneira? (Pergunto incrédula e totalmente surpresa).

- Eu amo você Juliana, amo tanto. Mas não posso ser egoísta, as coisas mudaram e tem uma criança agora, você tem que contar a ele.

- Zac ele esta com a Selena, ele pode negar, pode fingir, mas ele a ama. É com ela que ele deseja ter filhos, é com ela e não comigo.

- Eu estarei aqui.

- Não é justo, você não pode ser tão bom assim.

- Não sou bom, estou com raiva e com inveja dele nesse momento. Ele tem tudo que desejei, mesmo sem saber ele roubou todos os meus sonhos.

Desta vez sou eu quem o envolvo nos meus braços, ele me aperta com força e eu me sinto horrível por deixa-lo dessa forma, Zac tem sido tão bom para mim, ele não merece essa duvida, não posso deixa-lo como segunda opção.

- Não vou dizer a ele. (Digo convicta).

- Você não pode fugir.

- Você disse que fugiria comigo, mas não estou mais sozinha Zac...

Ele acaricia meu rosto, as coisas iam começar a dar certo, Zac já estava com as passagens compradas, nós iríamos para Africa e tudo isso ficaria para trás e agora? Qualquer plano agora precisa ser repensado. O barulho do interfone nos afasta e eu caminho para atender, é o porteiro.

- Dona Juliana é Vicent.

- Oi Vicent.

- Tem uma moça que deseja falar com a senhora, posso mandar subir?

- É Suzanna?

- Não, é senhora Gomez.

- Gomez? (Pergunto estranhando)

- Sim, Selena Gomez.

Olho nervosamente para Zac, eu não quero essa mulher na minha casa, não temos o que falar, nesse momento eu não tenho condições para ouvir qualquer coisa que ela tenha pra me dizer.

- Não, não quero que suba.

- Espere! (Zac toma o telefone da minha mão e eu não entendo seu motivo) – Pode deixar que suba Vicent.

Ele desliga o telefone e eu o encaro raivosa, ele encolhe os ombros se desculpando, mas eu vejo que ele não sente muito.

- Porque fez isso? (pergunto)

- Você foge de mais, as vezes é mais fácil encarar os problemas de frente.

- Você não tem o direito!

- Sim, eu tenho. Porque eu te amo e sou seu amigo, você vai ouvi-la e eu vou ficar na cozinha, qualquer coisa apenas grite.

- Eu quero gritar com você.

Minha cabeça doi e estou contando os segundos para ouvir a campainha tocar. Ando de um lado para o outro da sala até que finalmente a ouço  soar e eu hesito em atender, caminho até a porta e olho pelo olho mágico, posso ver o rosto dela do outro lado, ela encara a porta a sua frente, respiro fundo girando a chave e logo a maçaneta. A porta esta aberta e ambas nos olhamos nos olhos, encarando, medindo, não vou abaixar minha cabeça.

- Posso entrar?

Ela diz, e eu sinto que se tivesse acabado de ganhar uma guerra de olhares. Não digo nada, apenas abro espaço para que ela entre e assim o faz, seus olhos analisando cada canto da minha sala, assim como fez na sua primeira visita em meu antigo apartamento, puxo os punhos das mangas da minha blusa e fechos entre meus dedos cruzando meus braços ainda a olhando, sem qualquer sinal de humor ou qualquer outro sentimento, apenas esperando que ela diga o motivo da sua indesejada e inesperada visita.

- Então? (Sugiro)

- Apartamento legal... (Ela diz e um sorriso forçando sem mostrar os dentes surge em seu rosto ao me olhar)

- O que veio fazer aqui?

- Resolver algumas coisas.

- Olha, não temos o que resolver, você venceu e eu perdi fim, agora pode ir embora.

- Juliana eu sei sobre o contrato, eu sei de tudo.

- Fora! Saia agora!

Eu não queria mais ouvir nada, eu só quero que ela desapareça da minha frente, não posso suportar ouvi-la zombar de mim. Abro a porta e aponto a saída, meus olhos queimam a pura raiva, ela caminha em direção a saída a minha frente.

- Não vim para julga-la, na verdade eu vim te dizer que foi você quem ganhou, eu o perdi Juliana.

- Do que esta falando?

 - Eu o perdi no dia que ele te conheceu, naquele restaurante. Você é muito mais que um contrato para ele, Justin esta sofrendo, eu achei que ele me amaria para sempre é um pensamento estúpido agora eu sei. Mas eu não posso culpa-lo por fazer uma escolha melhor, não o mereço, ele merece alguém que o ame e eu sei que você ama.

- Isso não é verdade, ele me deixou por você, sempre foi e será você.

Ela balança a cabeça negativamente e sorri, mas seu sorriso não atinge seus olhos, eles parecem tão vazios e sem qualquer alegria, não sei porque, mas permaneço parada apenas esperando ouvir o que mais ela me dirá, um pouco de felicidade esta brincando em minha mente e fazendo com que me coração desse algum sinal de vida.

- Justin me odeia nesse momento Juliana, eu não o culpo, não fui das melhores. Eu fui capaz de trair meu namorado com o melhor amigo dele, faze-lo chorar por diversas vezes e quando ele conseguiu encontrar alguém eu fiz com que todos pensassem que ele havia a traído, quando na verdade, naquela noite tudo que ele chamava era o nome dessa outra, implorava por ela me deixando com inveja e raiva, porque era eu, era eu quem ele desejava dessa forma e vê-lo assim por outra me feriu.

Pisco algumas vezes ainda olhando o rosto dela a minha frente, não posso ter entendido direito, minhas mãos tremem. Deus! Eu não posso ter entendido direito, ela parece dizer que ele não me traiu, mas meu cérebro se nega a processar essa informação.

- O que você esta dizendo?

Digo quase num sussurro desacreditado, deixo meu corpo encostas na porta para suporta o peso, minhas pernas parecem não ser forte o suficiente.

- Exatamente o que você entendeu, Justin estava bêbado de mais, foi fácil tirar aquelas fotos com ele inconsciente e depois fazer com todos pensassem que era mais uma de nossas tantas voltas.

Ela fala com tanta frieza, coloco minhas mãos no boca chocada, meu coração bate tão rápido, não posso acreditar. Um turbilhão de pensamentos invadem minha mente e eu não consigo achar qualquer pensamento coerente e racional, dou dois passos ficando de costas para ela, digerindo cada palavra que ouvi. Ele não me traiu? O tempo todo ele disse a verdade e eu não pude escuta-lo, a culpa me invade me rasgando o peito, a lembrança dos olhos dele ao me pedir desculpas por algo que não fez,o modo que me abraçou na delegacia, o jeito que me olhou quando acordei naquele hospital, o modo que me amou quando me levou para sua casa, o pedido de casamento, tudo, exatamente tudo grita em minha mente agora... Estupida, idiota e egoísta – Me sinto horrível, eu disse tantas coisas a ele. Fecho meus olhos sentindo a dor, a dor por estar longe do homem que eu amo por uma mentira, por um capricho de alguém tão fútil e infantil, alguém que não faz ideia de quanta dor causou. Me viro para olhar para ela, meus olhos queimando de puro ódio, respiro fundo.

- Você tem ideia de quanta dor causou? Por que alguém faria isso? (Pergunto deixando que duas lagrimas escapem)

- Ele era meu, não pude suportar vê-lo brincar de casinha com uma garçonete.

Eu não sei em qual momento, mas apenas senti minha mão estalar em sua face, fazendo seu rosto virar e logo lhe deixando a marca dos meus cinco dedos. Ela leva sua mão ao local atingido e me encara incrédula, seus olhos arregalados olhando em minha direção, respiro ofegante e com minhas mãos tremulas, minha vontade e avançar sobre ela, mas não posso, algo em mim precisa de proteção.

- Fora, agora! (Digo entre dentes) – FORAAA!

Grito e ela se apressa em sair, bato a porta com força e ainda não acredito, Zac surge na sala me olhando.

- Justin não me traiu.... Como uma pessoa é capaz de fazer tanto mau a alguém?

- O que vai fazer agora?

- Eu preciso falar com ele, eu não sei, preciso me desculpar...

Estou eufórica, começo a procurar minha bolsa, casaco, mas apenas pareço rodar na sala sem sair do lugar, totalmente perdida.

- Hey calma! (Ele segura meus braços me fazendo parar).

- Eu falei tantas coisas horríveis a ele.

- Ei, você precisa se acalmar e pensar um pouco. Já passou pela sua cabeça que ele pediu para a Selena te dizer isso?

- O que? Não, como assim? Ele não faria isso.

- A poucos minutos você achava que ele tinha te traído.

- Eu vou falar com ele. Agora!

- Eu levo você..

- Não, eu preciso ir sozinha.

- Você tem certeza? Não quer pensar?

- Zac, você estava certo, eu preciso contar a ele...

- Acabou qualquer esperança para mim não é? (Ele diz me encarando)

- Eu nunca quis te magoar Zac, você foi o melhor.

- Mas não o suficiente...

O abraço com força e carinho, eu me sinto incapaz, me sinto tão insuficiente. Zac é um homem bom e perfeito, mas chegou tarde, meu coração estava completamente ocupado por Justin e nada mudaria isto, por um segundo eu lhe permiti ter esperanças mesmo sabendo que não o merecia.

- Hoje eu tinha tantas esperanças, quando correu para meus braços naquela delegacia eu me senti o homem mais sortudo, por era eu quem te segurava, tantos planos,  nem mesmo meu projeto para Africa será como antes, sempre faltará algo, você...

- Vai dar tempo de encontrar alguém que me substitua?

- Não se preocupe, eu posso pensar em alguma coisa.

- Me perdoa, eu te amo Zac.

- Como um bom amigo...

- Você sempre esteve do meu lado, você...

- Eu queria estar para sempre, eu desejei você quando meus olhos te viram pela primeira vez e acho que vou sempre desejar, é como um sonho impossível.

- Você não me odeia?

- Nunca!

Seus olhos atravessam minha alma, um mar azul e cristalino diante de mim, eu vejo dor e magoa neles e meu coração diminui, Zac é importante para mim e vê-lo dessa forma me machuca, suas mãos macias acariciam meu rosto, e por um segundo fecho meus olhos recebendo seu carinho. Eu sei que essa é nossa despedida, mesmo que Justin não me queira eu nunca daria a Zac um carga que não lhe pertence. Sinto sua respiração próxima, mas dessa vez eu não me afasto, lentamente eu sinto seus lábios tocarem os meus, tão macios de cautelosos, sinto como se estivesse com medo de me machucar, seu beijo é doce, seus lábios tão macios quanto pétalas de rosas, eu o retribuo como um Adeus, me deixo sentir seu amor e lhe dou meu carinho é a única coisa que posso lhe oferecer como agradecimento por tudo que fez por mim, por toda ajuda e por todo amor. Eu quebro o beijo e lhe dou um sorriso.

- Obrigada por tudo... (Sussurro em quanto nossas faces ainda se tocam, de olhos fechados ainda sinto seu cheiro)

- Apenas vá Juliana, vai por favor...

Me soltei de seus braços, sem pensar em mais nada e saio pela porta, desci as escadas correndo, eu preciso ver Justin, sentir aquele abraço e torcer que ele ame nosso bebê, que ele me  aceite de volta, mesmo depois de eu ter duvidado dele. Todas as vezes que eu me permiti amar, de uma hora para a outra, tudo acabou. Eu tentei esquecê-lo,  muitas vezes impedir meu próprio sentimento, porém todas foram em vão, e eu não quero mais fugir, não posso continuar fugindo e negando, por que se tudo isso acabar, eu não me permitirei amar a mais ninguém.

- Dona Juliana. (Vincent me cumprimenta)

- Preciso de um taxi Vicent.

Ele assobia e em segundos um taxi para a nossa frente, eu nem lhe deixo abrir a porta para mim, eu apenas me jogo no banco indicando o endereço do Justin. Eu sinto tanta a falta dele, é isso, eu assumo. Eu sinto falta dos braços dele a minha volta me protegendo desse frio, desejando tê-lo aqui nessa noite chuvosa. (MUSICA: For Blue Skies - Strays Don't Sleep)  A musica no radio faz meu coração ficar ainda menor, esfrego as mãos uma na outra tentando cessar minha ansiedade. Eu senti tanta falta dele, e mal consigo me conter ao imaginar que se ele ainda me quiser eu serei dele novamente. A saudade era tão agonizante que eu precisava aprender a cada dia como lidar e sentir isso é quase pior que ficar sem respirar. Admito, teve momentos entre meus sonhos que eu esqueci o quanto doía, mas acordei em pleno pesadelo e aquela dor fina esqueceu de ser gentil. Eu senti falta de nós juntos. Eu senti falta dele e sinto falta de quem sou quando estou com ele.

O Taxi para diante aos grandes portões, e falo meu nome aos seguranças, nem um deles é conhecido para mim.

- Sou Juliana Alencar.

- Sr. Bieber não deixou autorizado a entrada de ninguém. (Um segurança alto sem ao menos me olhar diz rudemente).

- Você poderia me anunciar? (Peço)

- Não. (Ele diz mais uma vez)

Pego minha bolsa revisando atrás do meu celular, remecho todos os objetos desesperadamente em busca do aparelho, começo a ficar nervosa quando não o encontro. Eles não me deixaram entrar e se quer posso ligar para o Justin, não sei o que fazer, a chuva esta forte, mas eu realmente preciso falar com ele,  pago a corrida e me apresso em sair do carro, eu posso implorar que me deixem entrar. Aqui estou eu, parada nessa chuva sendo ignorada por todos esses seguranças, eles mal me olham e se quer me escutam, continuo pedindo que me deixem entrar e continuam me negando qualquer ajuda.

- Moça, você deve ir. Você não pode ficar nessa chuva.

Um dos seguranças, um homem de seus vinte e poucos anos corre até mim se escondendo da chuva usando seu terno preto.

- Eu preciso falar com Justin, só me anuncie a ele, se caso ele se negar a me receber eu irei embora.

- Olha, eu não posso dizer, mas você esta aqui e eles não vão te deixar entrar, Sr. Bieber saiu.

- Saiu? (Pergunto sentindo meus dentes baterem uns nos outros)

- Sim, e lamento dizer, mas acho que não deve ter hora para volta.

- Eu..Eu.. vou esperar...

Corro para me proteger da chuva debaixo de uma arvore, o frio atravessa minhas roupas e meus braços envolvem minha barriga, não quero que o bebê sinta frio. Deus! Eu tenho um bebê dentro de mim, é inacreditável, não controlo o sorriso que surge em meu rosto, eu vou ter um bebê? Quando isso aconteceu? Eu não tenho amnésia eu lembro perfeitamente como e onde aconteceu, mas a ficha ainda não caiu, é como se agora que eu sei que ele esta aqui eu começo a senti-lo, a ama-lo a querer protegê-lo, ele não tem culpa dois pais loucos que ele escolheu.

- Vamos esperar o papai chegar.

Digo como uma louca, eu nem sabia que ele existia e agora eu já estou até falando com ele, ou ela... As horas estão se passando e a chuva parece diminuir e são apenas finos pingos que caem, mas o frio permanece, não sei se posso esperar por mais tempo, e se Zac tiver razão? Se Justin pediu a Selena que me falasse aquilo? Ele não seria capaz, mas eu sinto a pergunta germinar como uma sementinha em minha mente. Vejo faróis se aproximarem, eu conheço o carro, o vejo parar e não consigo me mover do lugar, meus olhos presos, sabendo que Justin está ali dentro a poucos metros de mim e a covardia me impede de continuar. E se ele não me quiser mais? Se desistiu? Ele também não vai querer meu bebê. Eu continuo parada, sem saber o que fazer. Eu o amo e quero correr ate ele, mas meu coração e minha confiança estão entrando em choque. E esse choque criou um vácuo no meu peito. Como se todos os nervos do meu corpo estivessem definhando, se soltando dos dedos dos pés e das mãos. Se soltando e desaparecendo. Eu costumo afastar as pessoas, falar alguma coisa ou até mesmo agir como se eu não me importasse. Mas infelizmente eu me importo, e por isso me afasto. Por medo, medo de que me magoem, e eles sempre o fazem de algum modo. Eu prefiro ao vazio do que sentir essa dor de novo, e de novo. Mas as vezes até o vazio se torna dolorido. Tenho medo do que pode acontecer no futuro e acabo me perdendo entre o passado. Tenho medo de fazer as escolhas erradas e o meu presente se tornar insuportável. Medos, são eles que me impedem de ser feliz. Estou com medo agora.

Sinto meu coração saltar quando o vejo descer do carro, ele me vê e é como seu o visse pela primeira vez, não vou negar sou fascinada por este homem que caminha em minha direção, seus olhos tão preocupados, analiso cada detalhe dele. Gosto do seu olhar, algo nele me atrai. Gosto dos seus olhos cor de ouro. Gosto da sua boca perfeita, com suas curvas certeiras quando fala comigo. Ele me leva para o carro onde esta quente, Chaz esta com ele, em poucos minutos ele esta ao meu lado, me puxando e me acolhendo em seus braços tão ternos, suspiro inalando seu cheiro tão único para mim. Entramos em sua casa e nem consigo ver o momento que Chaz some de nossas vistas. Ele sobe as escadas e eu o acompanho, ele me dá uma toalha e eu seco meus cabelos, meus olhos ainda estão nele sem perder qualquer lance, ele caminha até seu closet.

- Você pode vestir uma camisa minha....

- Justin não precisa se incomodar...

- Você não pode ficar com essa roupa molhada...

- Selena foi falar comigo, é verdade Justin? É verdade que você não dormiu com ela? Ou você pediu que ela me falasse isso?

Não aguento mais, essa pergunta ficar gritando em minha mente, eu preciso saber dele, eu só preciso ouvir ele dizer que é mentira para que me lance nos seus braços e implorar que não me solte. O olhar que ele me lança é ameaçador, sinto meu corpo arrepiar.

- Você acha que eu falaria pra ela mentir pra você? É isso que pensa de mim?

-  Eu precisava ouvir de você!

Tento forçar a minha voz para que saia mansa, mas não conseguimos segurar a educação por muito tempo, já estamos gritando um com o outro, exalando magoas e inseguranças, fui tola ao pensar que ele estaria apenas me esperando, não foi só eu quem saiu machucada, eu vejo que também o machuquei. Eu não queria brigar, mas nós já estávamos fazendo isso, eu não poderia imaginar que alguém seria capaz de algo tão baixo para nos separar, não pensei que nossa relação era tão frágil, ele se deixou levar pelo ciúme e eu pelo medo, ambos caímos.

- Por que esta aqui Juliana? Por veio falar comigo? Queria realmente saber a verdade ou não quer ir embora com o Sr. Perfeito sabendo que me deixou pelo motivo errado? Não se preocupe, vá, vá com ele... Eu ouvi vocês no corredor, eu ouvi você dizer que precisava dele, o jeito que se abraçaram... Eu não trai você, mas eu acho que você esta procurando uma desculpa, então acredite no que quiser... Se for pra ir que vá logo, não aguento mais. Está na hora de eu por em pratica o que aprendi com você.

Ele não me deixa falar, atira em mim suas acusações e desconfianças, não posso acreditar que voltamos ao inicio de tudo, quando ele vai perceber que é apenas a ele que pertenço? Sinto raiva, raiva porque ele não vê, por não entender que perdi meu chão quando vi aquelas malditas fotos, Zac foi apenas um refugio, um bom amigo que esteve ao meu lado. 

- Você é um babaca! Um idiota, estúpido, imbecil e burro Justin Bieber...

Antes que eu pudesse pronunciar qualquer outro xingamento, sua boca invade a minha em quanto seu corpo prende o meu a parede, me reivindicando, não podemos acabar assim, precisamos conversar, tento empurrar seu corpo, mas não posso negar que minha vontade e puxa-lo ainda mais para mim, para que nossos corpos pudessem se fundir...

-  O que esta fazendo? (Pergunto assim que consigo separar nossos corpos, totalmente atordoada, desejando ainda mais dele)

- Eu sou tudo o que falou e mais um pouco... Mas eu te amo...  E estou me perguntando se isso importa agora que você vai embora com ele? Importa se eu disser que eu não te trai, que não fui capaz porque era em você que estava pensando? Vai mudar sua decisão se eu disser que eu te amo Juliana, eu sou louco por você...Você não vê? Olha bem pra mim, eu pareço bem? Eu estava bêbado de mais, estava louco de ciúmes de você, mas eu não te trai, eu nunca pensei em te perder...

Deus! Ele ainda não percebeu que não irei a lugar nem um sem ele? Não posso mais, não quero mais fugir, não quando sei que ele me ama. Posso ser valente, posso ser forte, mas com ele não é assim. Há uma garota que se importa por trás desse rosto tão serio e decidido. Todas aquelas coisas que ele disse, ele as deixou rodando na minha cabeça, ele ainda esta aqui dentro de mim, está em toda parte. De todas aquelas coisas loucas que fizemos. Aqui dentro de mim eu nunca o deixei de verdade.

 - Eu… (Procuro fôlego, quando e quase impossível olhando seu rosto tão divino)… amo você..

Seu olhar me despe, tuas mãos me cortam por dentro, me queimam como brasa viva, tuas palavras são como navalhas, ponto de partida para o incêndio que ocorre dentro de mim, ele é o combustível, e eu sou riste sendo arrastada pelo chão, estou em faíscas, uma bomba devastadora esta prestes a explodir dentro de mim, ficarei em pedaços e não tem como fugir. Seu toque me leva ao céu, me sinto sedenta por ele, presa em seus braços eu o beijo com desejo, amor, saudade e devoção. Ele me olha por um segundo, eu mal posso acreditar que estou aqui, diante dele, sentindo seu cheiro o sabor de sua boca, a excitação de suas mãos ao deslizar por meu corpo.

- Fica! – (Ele pede, sua voz tão doce).

- Não vou a lugar algum...

Eu o quero, quero sentir seu corpo tomar posse do meu, meus pensamentos estão perdidos na plenitude do desejo. É como estar sonhando. Depois de saciados, os braços de Justin estão presos em volta de meu corpo impedindo que me mova, mas não consigo dormir, estou inquieta. Ele dorme profundamente e lentamente eu retiro seus braços e me levanto, completamente nua, caminho de um lado para o outro, eu deveria ter contato a ele, vou até o closet ligando apenas a luz do grande espelho encarando meu reflexo, meus cabelos em total confusão, olhos fundos e pele pálida, meus olhos descem até minha barriga ainda magra e não posso acreditar que tem uma vida crescendo aqui, acaricio de forma carinhosa e sentindo um amor ainda desconhecido, mas já tão grande e me pego imaginando o jeito que será o rostinho dele(a), torcendo que os olhos sejam tão lindos quanto os do Justin, me vejo sorrindo feito boba. Eu não fiquei feliz com a noticia, eu me senti sozinha, perdida, desamparada, era como se tudo tivesse acabado, mas agora me sinto tão repugnante por pensar dessa maneira, é do meu filho que estou falando, é o meu filho com o Justin o homem que eu amo, é uma vida é o meu futuro é meu mais novo e verdadeiro amor, é um pedacinho meu e dele, é a forma mais real do nosso amor. Me viro de perfil torcendo que minha barriga dê algum sinal de mudança, começo a brincar tentando imaginar a forma que ficarei daqui a alguns meses, me sinto tão orgulhosa de repente.

O sono não chega, eu tento imaginar qual será a melhor forma de contar a Justin, torcendo que sua reação não seja negativa, implorando a Deus que ele ame nosso filho, minha mente não descansa, confesso que estou perdida, não sei como contar, nós mal voltamos, temos tanto o que conversar e eu vou jogar sobre ele a noticia que ele será pai. E se ele achar que não é dele? Ele seria capaz de duvidar dessa forma? Meu estomago revira e me sinto enjoada, corro até o banheiro me debruçando sob o vaso e jogando para fora, estou nervosa de mais, me sento no chão encarando os azulejos. Me levanto preguiçosamente e vou até a pia, sinto um certo conforto ao ver que permanece no mesmo lugar minha antiga escova de dentes, ele também nunca me deixou fato. Escovo meus dentes, e depois tomo uma ducha quente, o medo esta me deixando apavorada... Saio do boxe ainda molhada, caminhando nas pontas dos dedos, preciso de uma toalha, gotas de água escorrem pelo meu corpo e abro a porta do closet, meu corpo congela quando escuto a voz de Justin gritar meu nome de forma desesperada.

- JULIANAAA...?

 Sem pensar em nada corro ainda molhada de volta para o quarto, o vejo sentado na cama, seu corpo também esta molhando, mas é de suor, seus olhos arregalados em minha direção eu posso ouvir sua respiração ofegante, ele parece tão assustado, me movo rapidamente em sua direção e ele me puxa para sim, me apertado possessivamente.

- Você me deixou de novo...(Ele diz respirando com força)

- Eu só não conseguia dormir...

- Você esta aqui... (Ele me olhava)

- Estou aqui, estou aqui...(Acaricio seu rosto, seus olhos me analisam) - O que aconteceu?

- Você me deixou, você foi embora e se casou com ele, teve filhos, apagou a tatuagem...(Ele procura seu nome em minha pele, e parece aliviado quando percebe que ela permanece no mesmo lugar);

- Estou aqui, eu disse que não iria a lugar algum. Não menti quando disse que sou sua.

O beijo para que ele me sinta e acredite, eu não quero deixa-lo mais uma vez. Não posso suportar viver mais um dia sem ele.

- Você jura?

- Sim, eu juro...

Ele parece tão indefeso, tão assustado que me parte o coração. Ele deita seu corpo na cama me puxando junto e me prendendo a si, encaro aqueles olhos cor de ouro que me encaram sob a pouca luz da madrugada. O silencio total, ouço apenas nossas respirações, acaricio seu rosto em quanto ele fecha os olhos sentindo meu toque, estou buscando coragem.

 - Você tem certeza que acredita em mim quando outros dizem que eu minto?

Ele quebra o silencio, não posso mais duvidar de nada dele, eu fui tão cega e infantil todo esse tempo, nos deixando sofrer por nada.

- Desculpa, me perdoa por não acreditar em você...

- Não, não se desculpe, eu que fui idiota e ciumento. Mas eu quero ser alguém melhor, quero ser bom pra você porque você é tudo pra mim.

- Hey, você é perfeito pra mim. Eu achei meu caminho de volta pra você, e você estava me esperando, mesmo depois de tudo.

Ele me beija e eu gostaria de saber se ele iria me desprezar quando lhe contar, contar que carrego um filho dele, ele é tudo pra mim, sinto seu abraço apertado e meu corpo acordando pelo seu toque, seus beijos molhados em minha pele, eu tenho desejado isso desde sempre, quero estar onde ele estiver, porque eu largaria tudo por ele. Eu mudaria tudo se fizesse ele ficar. Eu abriria mão de tudo se fosse pra poder estar por perto de novo. Eu disse que sempre estaria aqui, e olha, apesar de tudo, apesar das mentiras, apesar as brigas, eu ainda estou aqui, amando e me entregando a este homem de corpo e alma e  de tudo que já aconteceu comigo, não ficar com ele foi a coisa mais difícil que eu tive que fazer. Seu corpo se movendo sobre o meu, seus sussurros de prazer me fazem acreditar em nós, como loucos e insaciáveis um pelo outro, mas agora não é apenas nós dois, eu quero que sejamos uma família.

Seu corpo cai ao meu lado buscando fôlego, assim como eu, nunca vou me cansar... Olho para ele com admiração e  penso que guardei tantas coisas para mim, talvez isso tenha sido um erro. No entanto eu preciso tomar decisões, fazer escolhas e no meio disso tudo eu escolhi ele, pensar em como ele estaria bem, escondi minhas lagrimas e criei sorrisos onde não havia felicidade, pois o sorriso dele era razão do meu. Seu bem estar era meu objetivo diário…Talvez Justin não saiba nada disso, mas foi minha escolha e hoje espero que esteja feliz, por que vê-lo assim me deixa feliz. Quero me perder nos beijos, no corpo, indo parar no chão, no sofá, no tapete, na pia, no chuveiro, na cama, matando a saudade da nossa pegação amorosa. Quero ouvir, o quanto me ama, o quanto é feliz por me ter e que ninguém nesse mundo é capaz de ocupar o meu lugar. Quero ser a sua felicidade, assim como ele é a minha. Os braços enrolados preguiçosamente em torno de mim… Seu riso se escondeu em meu pescoço.

- Ju o que há? (Seu sussurro no silencio me faz tremer). – Você parece preocupada.

- É...

- Você se arrependeu por voltar?

- Céus, não! Eu nunca estive mais feliz.

- Então fale comigo, o que esta te deixando assim?

Me sento abraçando meu joelho, Justin também se senta e agora com seu cenho fechado ele parece preocupado, meu consciente grita – Conte a ele, conte a ele – Eu sei que devo fazer, mas o medo é parte de mim, não consigo conter. Fecho meus olhos suspirando.

- Ju, fale! Estou ficando preocupado.

Sem dizer qualquer palavra pego uma de suas mãos e levo até minha barriga, encaro seus olhos afim de desvendar sua reação, ele parece confuso e sem entender, meu coração bate freneticamente.

- Aqui dentro... (Hesito) – Esta crescendo um filho seu. Estou grávida Justin.

Seus olhos arregalados me encarando chocado, o sangue some de seus lábios os deixando na cor branca, ele parece que acabou de levar um choque, sua mão petrificada em contato com minha pele, eu imploro que ele diga alguma coisa, grite, me odeie, me expulse ou apenas me abrace e me diga que ficaremos bem. Seus olhos vão até minha barriga e seus dedos lentamente deslizam sob minha pele, ele pisca algumas vezes e eu quase vejo um meio sorriso.

- Justin, por favor diga alguma coisa... (Peço)

- Um filho... (Ele diz quase sem voz encarando minha barriga)

- Sim... Eu não planejei, eu juro que não, estou tão assustada...

- Oh meu Deus.. Um filho meu..

Justin não parece nada bem, estou começando a ficar assustada, ele não tem qualquer reação, apenas parece assustado de mais. Me levanto o deixando na cama e começo a vestir sua camisa, eu não sei o que fazer, no fundo eu desejava que ele de alguma forma ficasse feliz, me abraçasse como naqueles filmes onde a mocinha conta que esta grávida e o homem diz que a ama, mas Justin não diz nada.

- O que esta fazendo? (Finalmente ele me olha e fala)

- Não, sei... Estou com medo Justin, estou assustada tanto quanto você, eu só queria que me abraçasse e me dissesse que ficaremos bem.

Em silencio ele se levanta vestindo sua cueca boxe e me deixa sozinha e entra para seu closet, sinto vontade de chorar, completamente sem chão, mas não farei, se ele não quer meu filho então não tenho mais nada o que fazer aqui, começo a vestir minha roupa o mais rápido que posso, prendo meu cabelo em um coque mal feito e estou pronta para sair.

- Onde pensa que vai? (Voz dele soa atrás de mim)

- Justin, eu entendo que esteja assustado, mas... (Antes que eu diga qualquer coisa sou calada por seu beijo).

- Cala a boca Juliana..(Ele sorri, um sorriso tão grande quanto divertido)

Ele me vira de modo que fico de costas, lentamente ele retira os poucos fios de cabelos teimosos que caiem sob meus ombros, em minha frente cai o colar com os pingentes com dois Jotas unidos, esta um pouco diferente do  que ele havia me dado no dia que me pediu em namoro, ele o deixa cair sob meu colo e o fecha beijando meu ombro delicadamente, em dois passos ele esta a minha frente e cai sobre seus joelhos puxando minha mão direita para si, sua mão direita esta fechada em punho e quando a abre revela o anel que me pediu em casamento e o desliza em meu dedo lentamente, levo minha mão direita a boca contendo o soluço, mas não consigo conter a lagrima que desce teimosamente...

- Eu quero você Juliana... (Ele abraça minha cintura com força) – Eu quero esse filho, o nosso filho, eu quero te fazer feliz assim como você me faz, case-se comigo? Seremos uma família agora.

- Sim, claro que eu caso... (Digo tomada por uma felicidade sem nome e sem qualquer comparação).

Sua seus lábios beijam minha barriga com devoção e amor, seu sorriso é tão lindo, estou tremendo e da mesmo forma sorrido, ele se levanta e me abraça beijando agora as lagrimas de minha face.

- Eu te amo, nós vamos ficar bem!

Ele finalmente diz as palavras que esperava ouvir, o aperto em meus braços agradecendo a Deus por isso.

- Eu te amo Justin, te amo tanto...

- (Ele sorri colocando meu rosto entre suas mãos) – Eu serei pai, pai?

- Sim, papai...

Ele me leva em seus braços de volta para a cama, mas agora não sou eu que tenho sua atenção, Justin se deita de lado apoiando sua cabeça em suas mãos em quanto levanta minha blusa e acariciando minha barriga e logo depositando mais um beijo.

- Hey, eu sou seu pai... (Oh meu Deus, ele esta conversando com nosso bebê) – E mesmo que você me roube minha garota, me tire o sono a noite, me faça trocar suas fraldas será o bebê mais amado  desse mundo, sua mãe é a mulher mais linda que existe e se tiver sorte nascerá com os olhos dela, quero ser um bom pai e vou te levar a jogos de Hóquei e basquete e vou te ensinar a fazer garotas gritar.

- Garotas gritar? (Pergunto me apoiando em meus cotovelos para o olhar).

- Sim, porque agora eu só posso fazer sua mãe gritar, vou precisar te passar meu legado.

- Justin e se for uma menina?

- Menina? (Ele me olha e parece que essa opção não tinha passado por sua cabeça).

- Sim.

- Que seja como você, linda, doce e... (Ele volta sua atenção a minha barriga) – Você terá regras mocinha, muitas regras, nada de garotos até os trinta anos, sem festas e roupas acima do joelho. Ela nunca terá namorados.

Ele se senta e com o cenho fechado, não resito e minha gargalhada soa alto, ele parece agora tão preocupado em pensar em sua garotinha.

- Justin calma...

- Não, eu não deixarei ela ter namorados, não adianta você ajuda-la entendeu? Eu vou contratar dez seguranças que vão ficar de olho.

- Não seja louco...(Sorrio) Nós nem sabemos o sexo do bebê ainda.

- Temos que pensar nos nomes, James, Julia.. (Ele parecia pensar)

- Tem que ser com J?

- Claro que sim, temos que continuar a tradição, dá azar se não respeitarmos...

- Que tradição? Não existe isso de azar...

- Jeremy, Justin, Jazz, Jaxon e você Juliana… Temos que dar continuidade.

- Não, tem tantos nomes lindos, não precisamos de mais jotas...

- Tem que ser com J.. (Ele é teimoso)

Enquanto o nosso sono não chegava, ficávamos montando o nosso futuro por horas e horas. Enquanto eu planejava onde e como seria nosso casamento, ele já tinha em mente de onde seria nossa lua-de-mel, quantos filhos mais teríamos, até mesmo o nome deles eu já havia pensado. Ele queria um casamento simples, ao ar livre, com pouca gente, é claro. Com isso, eu até concordei. Havíamos pensado nas coisas que iríamos fazer nos sábados: comer pizza e ver filmes a noite toda, bem agarradinhos. E no domingo, almoçar na casa da família. Iriam ser uns finais de semana em tanto. Nossa casa iria ser grande, iríamos pinta-la de branco e o nosso jardim iria ser o mais lindo da vizinhança. Ele me fazia rir, com suas sugestões para o nome do cachorro ou até mesmo, o que iriamos comer durante a semana.

- Dona Pattie vai surtar...(Ele diz com humor).

Meu sorriso desaparece, tantos planos, mas para que tudo isso aconteça, nós vamos ter que enfrentar o mundo, minha família e meus amigos, como contarei a eles que quero Justin ao meu lado? Eu vou precisar de coragem para contar ao meu pai, ele odeia o Justin e minha mãe irá me matar... Mas estou disposta a enfrentar qualquer um, ou todos juntos, não me importo eu vou defender a minha família...Quero poder falar para meus amigos que essa foi a melhor escolha que eu poderia ter feito em toda minha vida. Um dia, todo esses planejamentos pincelados por nós, irão ser realizados e o último som que eu irei ouvir antes de dormi ira ser de sua respiração.

- Ju? (Ele me avalia)

- Não sei como contarei a eles, minha família e amigos te odeiam.

- Você me ama?

- Muito.

- Só isso me importa.

- Mas, eles são importantes pra mim também Justin, são minha família, meus amigos...

- Agora, nós três somos uma família...

- Jus...(Choramingo)... Por favor! Isso parece tão confuso, eu estou feliz, muito na verdade, mas hoje quando eu acordei eu tinha a Africa me esperando, minha familia e amigos me apoiando e agora eu tenho você e um bebê, uma guerra me espera.

- Eu vou estar com você, vamos enfrentar juntos. Vamos contar a sua familia e eu vou provar a eles que mereço você, Suzanna vai ficar do seu lado e vai ajudar com Will, e quanto ao Efron, mal posso esperar pra ver a cara dele quando contar que você é minha de novo, que espera um filho meu.

Justin te um sorriso vitorioso e eu engulo a saliva em seco, Zac já sabe, e por mais que Justin esteja feliz em jogar isso na cara dele eu não consigo esquecer o seu olhar para mim.

- O que? (Ele pergunta quando nota que desvio meu olhar)

- Zac já sabe, ele estava comigo mais cedo na ultrassom.

- Ele viu meu filho antes de mim?

- Justin, calma por favor, eu passei mal quando estava saindo da delegacia e ele me levou ao hospital só isso, não vamos brigar. Estou com você, o bebê é seu.

- Ok, vocês são meus.

- Sim.

- Desculpe. Me diga o que te faria ainda mais feliz, e eu farei... Eu sei que ir para Africa era importante pra você.

- Obrigada, eu estou mais do que feliz em estar com você de novo.

- Você quer ir para Africa? Nós vamos, eu prometo controlar meu ciúme.

- Você faria isso?

- Qualquer coisa por vocês... Eu acredito em você, você é talentosa e terá muitos outros trabalhos importantes.

- Oh Justin, é por isso que te amo tanto...(O beijo agradecida) – Mas, não poderíamos fazer isso, eu não posso ir para África grávida. Agora eu só desejo ficar com você e nosso filho, e quem sabe um dia a gente possa reunir nossas famílias e celebrar o Natal juntos e sem raiva.

- É isso que deseja?

- Um dia, eu ficaria feliz com isso.

Ele estica seu braço até seu aparelho celular que esta na mesinha ao lado, ele disca alguns numero e parece concentrado esperando que alguém atenda.

- Jus, pra quem você esta ligando as seis da manhã? (Pergunto o encarando)

Ele não responde e apenas faz sinal para que eu fique em silencio levando seu dedo indicador até seus lábios, escuto uma voz atender do outro lado da linha.

- Sr. Bieber?

- Vamos para o Brasil, prepare o jatinho.

 - (...)

- Esteja pronto para qualquer momento.

Não estou acreditando, estou sem palavras e ele apenas sorri desligando seu telefonema, ele faz isso com tanta naturalidade como se dissesse que iríamos até a esquina.

- O que esta fazendo? (Pergunto)

- Se isso te deixará feliz.. .(Ele da de ombros) -  Agora levanta, vamos tomar um banho, temos o dia cheio.

- Justin, não podemos ir para o Brasil..

- Claro que podemos, eu sou Justin Bieber e você é minha mulher e carrega meu filho.

- Mas o Natal é em dois dias.

- Por isso temos que levantar logo.

- Mas...

- Mas nada, tenho que ligar para minha mãe e meu pai com meus irmãos, eles vão também e  ainda temos Ryan, Chaz, Chris e Cait lá embaixo que vieram passar o natal comigo, então eles irão com a gente, espero que não se importe. Nos ainda temos que passar na casa dos seus amigos...

- Eles vão nos expulsar...

- Não vão, eles precisam saber do nosso bebê, contaremos a eles quando estiverem todos reunidos.

Ele segura minha mão me arrastando para o banheiro. Justin só pode ser louco, ele se quer imagina o que nos esperar no Brasil, minha familia é capaz de nos expulsar e Will? Ele baterá a porta na minha cara quando ver que estou com Justin.

(TRÊS MESES DEPOIS)

Desço as escadas pronta para sair, o novo motorista que Justin contratou já espera, eu preciso convencê-lo que estou grávida e não doente.

- Sra. Bieber... (Marceli me saúda assim que chego na sala)

- Marceli, meu nome é Juliana.

- Desculpa senhora.

- Não precisa se desculpar, apenas me chame pelo nome por favor.

- Sim dona Juliana. Posso servir seu café?

- Estou enjoada Marceli.

- Sr. Bieber não gosta que fique sem comer.

- Ok, acho que ainda tenho tempo para uma salada de frutas.

- Posso fazer isso...

Ela sorri e caminha para cozinha em quanto a sigo, ultimamente eu ando tão enjoada que é difícil comer alguma coisa sem me senti mal, tudo me faz corre para o banheiro e saldar o trono de joelhos.

 - Ele me deixou algum recado?

- Não senhora, saiu apressado.

- Ele anda tão ocupado com esse novo filme... (Suspiro)

Marceli me lança um olhar maternal e confortador, eu apenas ensaio um sorriso em quanto ela coloca a minha frente uma taça de sala de frutas e começo a comer preguiçosamente, eu só espero que ele lembre que é hoje. Assim que termino de comer faço meu caminho até a saída, não posso me atrasar, ao sair fico surpresa com o novo motorista.

- Vicent? (Sorrio)

- Dona Juliana... (Ele retribui meu sorriso de forma sincera)

- Não sabia que era você.

- Sr. Bieber me fez um boa proposta, se me permite fico feliz em saber que ele conseguiu.

- (Sorrio) – Obrigada Vicent.

Ele abre a porta e eu tomo meu lugar e logo dito onde estamos indo, Vicent dirige e eu encaro meu celular esperando que Justin me ligue, eu dormi tão pesado que nem o vi sair hoje cedo. Pelo vidro fume encaro a vista fora do carro e sorrio, é inacreditável onde chegamos, com orgulho olho agora minha mão direita onde em meu dedo repousa uma grossa aliança dourada. – Sra Bieber – Repito em pensamento, mesmo que as manchetes dos noticiários tivessem anunciado que cometemos uma loucura ao nos casar tão rápido e longe de qualquer câmera, com muitas especulações sobre minha gravidez e de como fomos egoístas, mas não pensamos dessa forma, a mídia foi tão cruel que ficamos com medo. Mas com toda simplicidade foi lindo, meu pai carrancudo me entregado ao Justin, minha mãe e dona Pattie em prantos, meus irmãos e Will de cara amarrada, aos poucos eles estão se acostumando, afinal a nossa decisão estava mais que tomada, nosso filho precisa dos pais juntos e felizes. A única coisa que quase tirou o humor de Justin foi a presença de Zac, mas ele ainda é meu amigo, não poderia deixar de convida-lo.

Mesmo sem querer ainda penso sobre quão grande seria meu trabalho na Africa, de como eu sonhei em estar lá, mas  acredito que outros trabalhos aparecerão, trabalhos tão grande quanto ir para Africa, por em quanto eu me contento em apenas fotografar para revistas, sei que por muitas vezes meu trabalho é fruto do meu novo sobre nome, mas aprendi a ser menos orgulhosa e através destes pequenos trabalhos eu posso mostrar meu potencial e quem sabe algo bom aconteça a qualquer momento, eu estou disposta apenas me focar no meu filho e meu marido, eles são minha prioridade no momento, eles são meu sonho realizado e nada me faz mais feliz, mesmo que eu tenho desistido de outro por eles.

Sou acordada de minhas lembranças com a voz de Vicent  anunciado nossa chegada, ele me acompanha até a entrada para evitar qualquer coisa, mas por Deus não tem qualquer paparazzo, a recepcionista diz que sou esperada e me manda entrar... Estou nervosa, entro na sala gelada e a Dra Morgan me espera, seu sorriso é amável, e eu tento aparentar tranquilidade, estou ansiosa e tremendo, poderei saber o sexo. Queria tanto que Justin estivesse comigo, mas como fazer um pop star lembrar de uma simples ultrassonografia? Ele não poderia, está tão cheio de trabalho, projetos e seu novo filme que não quis incomoda-lo, mas esperava que de alguma forma ele lembrasse, eu tentei ser discreta em avisar que teria essa consulta marcada, mas isso foi a uma semana.  E ele parecia tão nervoso e preocupado.

- Ola mamãe...

Ela soa gentil e eu fico toda boba com a descoberta dessa nova palavra dirigida a mim “Mamãe”, é tão incomum, mas para mim soa de forma perfeita.

- Ola Dra...

- Parece nervosa, não fique, logo verá seu bebê.

- Vou poder saber o sexo?

- Vamos torcer que sim. O papai não veio?

- (Suspiro) Ele...

Ouço a porta se abrir e logo aquele rosto perfeito surge timidamente, ele me olha e meu sorriso é tão grandioso, ele veio,  Justin lembrou.

- O papai esta aqui... (Ele diz agora entrando e me beijando delicamente) – Desculpa o atraso. (Ele sussurra envergonhado)

- Como sabia?

- Você me disse...

- Eu achei...

- Nada é mais importante...

Eu sorrio tão apaixonada por este homem. Vou até o trocador e coloco aquela bata de hospital, a Dra me ajuda a deitar na cama e Justin se senta ao meu lado, meu coração bate tão freneticamente, a mão dele esta entrelaça a minha, ambas geladas e suando, Justin me olha e sorri em quanto ajeita meu cabelo e mais tarde beijando meus dedos, sinto se espalhar sob minha barriga um gel azul gelado e logo ser espalhado por algo tambem gelado, Justin e eu encarávamos o monitor a nossa frente. O Silencio grita na sala e eu posso escutar meu próprio coração..

- É menino? (Justin pergunta nervoso)

- Ou menina?  (Sugiro)

Eu estou louca para saber se terei um mini Bieber correndo pela casa ou vou poder comprar mil bonecas para minha pequena princesinha.

- Eu posso ouvir dois corações batendo...

- Desculpe, estou muito nervosa...

- Há, não, se eu estivesse contando com seus batimentos então eu estaria escutando três corações.

Dra Morgan sorri e eu não entendi, olho Justin e ele esta da mesma forma que eu, sem entender. Ambos confusos...

- São gêmeos, uma menina e um menino. Meus parabéns...

Eu para de respirar e olho Justin, seus olhos brilhando e aos poucos o sorriso se formando em nossos lábios, a médica continua falando e nos ajudando a entender, eu posso ver melhor agora, as pequenas mãozinhas, tão perfeitos, as lagrimas vão descendo por minha face em quanto o sorriso ainda permanece. Eu posso ver que ele também esta assim.

- São dois Jus.. Dois! (Digo ainda sem acreditar)

- São meus filhos! Nossos filhos...

Ele dizia parecendo testar a palavra, seu sorriso é tão lindo e grandioso, ele se levanta e toma meus lábios para sim, de forma doce...

- Jheny e Julian...

- Nossa família! (Ele sussurra)

- Nossa família...

(...)

A gente nunca sabe o que Deus e o futuro nos reserva, não imaginamos que um dia nossa fantasia de adolescente vai se tornar real, quando uma história vai se tornar inesquecível… Até que ela se torna. Não sou a garota mais bonita, nem a mais inteligente. E apesar de todos os privilégios que o dinheiro traz eu tentei ser simples, sempre. Mas se hoje me perguntassem o que de mais valor há no meu mundo, na minha vida eu diria o nome do Homem que amo.

 O olhando agora com seu lindo sorriso, feliz por ter visto pela primeira vez seus filhos, nos levando para nosso lar, para nossa nova vida... Eu me sinto completa e feliz, mas ainda assim vou dizer uma coisa com toda a dor do mundo: Um dia todo mundo perde a fé no amor, eu perdi um tempo. É triste, mas é a verdade. E sabe por que isso acontece? Porque nos seres humanos somos ingênuos. Nós acreditamos no amor que queremos acreditar. E por um certo tempo, isso se torna algo lindo, e realmente é. O amor que uma fã sente e acredita é um dos mais bonitos e sinceros do mundo, por que no final é um amor sem exigências, um amor que muitas vezes sufoca pela realidade, a realidade de saber que a pessoa que amamos jamais saberá da nossa existência.

O problema está nas fantasias. Está nos filmes, nos livros. Está naquele casal extremamente lindo, que se encontrou em um deserto e se olhou pela primeira vez e pensou: “É o amor da minha vida”. Não estou dizendo que é impossível, mas acredito que o amor não está no primeiro olhar ou na primeira conversa, está na segunda, terceira, quarta… décima oitava, quem sabe? O amor aparece quando se acha que ele não vai aparecer. O amor é aquele convidado da festa que sempre se atrasa… Mas chega. A verdade é que ninguém é de ferro. Dói cair na ilusão e se levantar na fantasia. Então a gente se cansa. Então acordar sozinho se torna rotina. Então ser uma pessoa fria quando se trata de sentimentos não é mais uma opção, mas sobrevivência. E a vida já não é mais vivida, ela é apenas uma platéia que observa o tempo passar. A gente se engana com o argumento de que ser sozinho é mais fácil, mais simples.

Mas no fundo? A grande real? Ser sozinho uma hora pesa. E então ver casais brigando se torna algo para ser invejado, você olha e pensa “Pelo menos vocês tem alguém para brigar”, isso é insano, mas é o efeito da solidão. Então observar a felicidade alheia se torna uma tortura. Então a gente já não sabe mais o que é felicidade, não sabe a sua cor, cheiro ou gosto. Felicidade se torna uma palavra, apenas uma palavra. E aí está uma das coisas mais tristes da vida: Se conformar com a infelicidade. Se eu pudesse dar um conselho, qualquer um, eu diria: Não se conforme, com nada. Não desista da vida ou de viver. Não desista do amor ou de amar. Não desista, não deixe de acreditar.

E, se deixar, procure um motivo para acreditar novamente. Repito mais uma vez: Não sou a mulher mais segura do mundo e estou longe de ser, mas amo um homem com todo o amor que existe em mim. E isso é uma das coisas que eu mais tenho orgulho de dizer. Por que acreditar no amor quando tudo é dor e decepção? Porque, quando menos se espera, alguém aparece. E eu não estou dizendo de um simples alguém, mas “O alguém”. E então você percebe que uma risada pode se tornar viciante. Então você sente uma sensação gostosa quando suas peles se tocam por acaso, sente um aperto no peito.

E então você sente, pela primeira vez, que é possível amar alguém que vai lhe amar com a mesma intensidade do seu amor. E você descobre que a felicidade tem a cor, cheiro e gosto dessa pessoa. A felicidade já não é mais apenas uma palavra, mas um nome e sobrenome. A solidão, quando aparecer, pode ser dividida em partes iguais com alguém. Mas, então, você percebe que não há como existir solidão quando o resultado de um mais um é igual à dois. Ou seria três, melhor pode ser quatro? A gente nunca sabe quando o amor pode dar frutos… Até que seja preciso colher. E sabe o que você vai ter que pensar quando isso acontecer? Tudo na vida tem uma razão, as vezes pessoas entram em nossas vidas por acaso, sem motivo, sem explicação, sem lógica.

Mas as vezes entram em nossas vidas por missões, umas tem missões de nos amar, outras de nos fazer amar. Umas para ferrar com nossa vida, outras para nos proteger. Umas para nos fazer sorrir, outras pra nos fazer chorar. Umas para despejar carinho e amor, outras para distribuir decepções e tristezas. Uns são amigos outros ilusões da nossa cabeça… Tudo na vida tem explicação e isso quem sabe explicar não é eu nem você, é o destino.”

- Ju? (Sua voz soa me tirando mais uma vez do meus devaneios)

- Oi...

- O que esta tomando sua atenção de mim?

-Nada me tira de você.

- Somos para sempre?

- Até o fim!

- Então que meu seja com você...

- Quem falou em fim? Nós estamos apenas começando...

"Fim"

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