50 Tons de Ira

By SamelaFerpisou01

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*Romance hospedado agora em outro site. Para mais informações, ler os últimos capítulos postados. * Conteúd... More

Sinopse
Capitulo I - Fuga
Capitulo II - Senhor e Senhora Yoco
Capitulo III - Eu Tenho Uma Proposta Para Você
Capitulo IV - Uma Chama de Esperança
Capitulo V - Por Christian Grey
Capitulo VI - Mansão Travell
Capitulo VII - Aceitando
Capitulo VIII - Notícia Ruim
Capitulo IX - Há Males Que Vem Para o Bem
Capitulo X - Presente Exagerado / Sogros / Filme / Notícia Boa
Capitulo XI - Amor Ardente / Encontro Inesperado
Capitulo XII - Convesa com os Pais / Viagem
Capitulo XIII - Olhos Turquesa
Capitulo XIV - Desespero de Um Apaixonado
Capítulo XV - Just Friends
Capitulo XVI - Surpresas Agridoces
Capitulo XVII - Descoberta - Parte I
Capitulo XVIII - Descoberta - Parte II
Capítulo XIX - Conversando
Capitulo XX - Vivendo A Cada Dia
Capítulo XXI - Viveu Intensamente, Mas...
Capítulo XXII - Surpresa
Capítulo XXIII - Ash / Ana / Grey POVs
Capítulo XXIV - Ameaça
Capítulo XXV - Último Adeus
Capítulo XXVI - Tudo Novo
Capítulo XXVII - Fantasma
Capítulo XXVIII - Espera aí... Sou eu?
Capítulo XXIX - Uma Christian Grey Da Vida
Capítulo XXX - Chefe Impaciente / Declaração
Capítulo XXXI - Começando Aos Poucos
Capítulo XXXII - Sua Reação Me Entristeceu
Capítulo Capítulo XXXIII - Orgasmos / E-mails / Sentimento Ruim
Capítulo XXXIV - Christian Grey, O Submisso - Parte I
Capítulo XXXV - Christian Grey, O Submisso - Parte II
Capítulo XXXVI - Descobrindo O Passado Da Mamãe
Capítulo XXXVII - O Resgate de Isabella
Capítulo XXXVIII - Sensação Ruim / Irmã( O Resgate de Isabella - Parte II )
Capítulo XXXIX - Angústia( O Resgate de Isabella - Parte II )
Capítulo XL - Laranja Completa (Parte I)
Capítulo XLI - Laranja Completa (Parte II)
Bônus
Capítulo XLII - Mistérios
Capítulo XLIV - Esclarecimentos - Parte II
Capítulo XLV - Esclarecimentos - Parte II (Cont.)
Aviso Importante
O Novo Site
Baby, Love Me
Capítulo XLVI - Hora da Verdade - Parte I
Capítulo XLVII - Hora da Verdade - Parte II
Capítulo XLVIII - Hora da Verdade - Parte III
Capítulo XLIX - A Verdade e Seus Esclarecimentos

Capítulo XLIII - Esclarecimentos - Parte I

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By SamelaFerpisou01


  Por um breve momento de tempo em que eu fiquei sozinha no quarto, eu pensei a respeito de todas as coisas que recentemente estavam acontecendo em minha vida. Sem sombra de dúvidas daria um belo roteiro para um filme, porque era surreal como cada coisa apareceu assim, quase do nada. Eu estava assustada, isso eu não podia negar. Meus filhos eram a minha maior preocupação, e eu temia por não tê-los perto de mim. Sim, eles estavam seguros em minha casa cercada por seguranças, porém eu ainda achava pouco. Minha ordem de que ninguém entrasse ou saísse estava sendo seguida firmemente, o que tornava minha apreensão menor, ainda que o sentimento não sumisse.



Eu também estava sendo bem resguardada, cheia de companhia. Meu pai fez questão de ficar comigo enquanto John não chegava com os investigadores, e nós aproveitamos para conversar um pouco mais. Christian ainda não havia voltado de seu passeio lá fora, assim como Bella também. 



Foi neste momento que eu lembrei de algo. Papai não sabia de Bella e provavelmente se assustaria se a visse chegar, então eu tinha que fazer o possível para mantê-la afastada pelo menos por um tempo, até que ela confiasse em mim e revelasse sua caminhada antes de nos encontrarmos, assim como quando os meninos descobrissem mais coisas a respeito dela. Daria uma grande confusão se minha mãe ou Ray a vissem, então eu rapidamente passei uma mensagem para Bella pedindo que, por hora, voltasse para casa. Ela até tentou me ligar, mas eu rejeitei a ligação, e repeti o pedido de que ela seguisse o que eu a tinha recomendado na mensagem. Mesmo confusa, ela disse que faria. Também passei uma mensagem grupal para todos que viram Bella que mantivessem segredo sobre sua presença e que tinha motivos para isso. Até o momento ninguém respondeu perguntando o porquê, sinal que estava tudo certo. 



— Minha filha, você parece muito concentrada nesse celular. Há algo lhe incomodando? — Eu lhe dou minha atenção, tentando transpassar tranquilidade. 



— Não é nada, papai. Apenas estava verificando os sms. — Sorrio minimamente, mas Ray me olha desconfiado. 



— É só isso mesmo, Annie? — Ele insiste. 



— É. Talvez esteja nervosa por conta dos investigadores estarem vindo até aqui, acho que é isso. 



— Não precisa se preocupar. — Ele vem sentar-se na beirada da maca, próximo a mim. — Eu vou estar aqui com você, John também. Então apenas fique calma que nós iremos te ajudar, seja no que for, ok? — Papai é tão bom em me tranquilizar, e quando sua mão entra em contato com meus cabelos, eu me sinto completamente protegida, como se nada de ruim fosse me atingir. É realmente uma pena que eu tenha que mentir para o homem mais importante da minha vida, pelo menos por enquanto. 



— Obrigada, pai. 



— Nada, meu amor. — Me beija na testa e sorri gigante, porém isso cai quando seu rosto enruga ao que as primeiras lágrimas desabam. — Em pensar que eu quase te pedir... de novo. 



— Papai... — Eu não tenho palavras, a única coisa que posso fazer é puxá-lo para mim, ignorando a dor no peito por causa de seu peso. Era a primeira vez que eu o via chorar desde que eu me entendia por gente. E doía. Afirmo com toda sinceridade que a dor emocional era mais intensa que a física. — Shh. Tudo bem, tá? Foi só um susto. Não vai acontecer de novo. Não chora, por favor. — Como era que eu iria acalmá-lo se eu também estava começando a me desfazer? Era difícil porque eu sabia o que ele se sentia, afinal, eu sou mãe agora, e a pior dor de um pai ou mãe é perder seu filho. É insuportável. 



— Minha filha, você tem dinheiro de sobra. Por favor... Pare de trabalhar, não fique se arriscando. Eu não sei como eu vou conseguir dormir bem agora sabendo que tem alguém solto por aí querendo te matar. Eu não saberei mais o que é sossego. — Ele despeja segurando em minhas mãos. — Papai... Olhe pra mim. — Eu peço. — Nada de ruim vai me acontecer, ou a toda nossa família. Eu vou proteger todos. Essa é a última vez que você vai me ver em um hospital, ok? — Eu tento. Ele me olha por um minuto inteiro. Eu insisto. — Ok? 



— Ok. 



— Eu te amo. Agora me dá um abraço. — Levanto os braços em sua direção e ele vem para mim, onde me aperta forte. 



— Você é a pessoa mais importante da minha vida. Eu te amo muito, Annie, de todo o meu coração. 




— Então, Senhora Travell. O seu sogro nos comunicou que a senhora tem uma suspeita do autor que cometeu o atentado contra a sua vida. E para nós, o seu testemunho é de extrema importância. Com um apontamento sólido, tudo torna-se mais fácil para concluirmos o nosso trabalho. E a senhora deve ficar calma que estamos tomando todo cuidado para mantê-la segura, e sua família também. — O Investigador me pacifica, embora eu não esteja 100% ciente de que estamos a salvo. Eu tenho tanto medo de que alguém se infiltre e faça mal a alguma pessoa que eu amo. Os meus filhos são com quem mais eu me preocupo, afinal, estão presos em casa, tão longe de mim. Tenho que me agarrar com Deus para que Ele os proteja e nada de ruim os atinja. 



— Obrigada, Senhor Michael. Eu tenho certeza de que vocês estão fazendo um ótimo trabalho. — Eu sorrio minimamente. Ele balança a cabeça. 



— Então... Vamos lá. Conte-nos sobre suas suspeitas. — Ele comanda e eu me sento melhor na cama, sentindo algumas partes do meu corpo reclamar. 



— Alguns dias atrás eu fiz uma viagem até a Espanha para verificar o que estava acontecendo numas das fábricas da minha marca. Aconteceu que eu acabei por demitir um funcionário, e ele me ameaçou dizendo que eu iria pagar caro pelo o que eu tinha feito. A partir desse dia não o vi mais. A única pessoa que se passa pela minha cabeça que seria capaz de ter feito isso é ele porque eu acho que eu não tenho inimizades com ninguém, e nem razões que levem qualquer pessoa a querer cometer essa atrocidade contra mim. — Dou de ombros. 



— E qual é o nome dele? — Michael pergunta. 



— Alejandro De La Vega. 



Os acompanhantes de Michael escrevem tudo em seus blocos de notas. 



— Há algo mais que a senhora queira nos contar ou é só isso? Recebeu alguma ameaça... 



— Não. O único de quem tenho suspeitas é do Alejandro. — Eu confirmo. 



— Certo, Senhora Travell. Continuaremos investigando. A respeito do autor de seu crime, estamos fazendo de tudo pra que ele abra o jogo o mais rápido. 




POV Autora On



— Eu estou com tanto medo. — A mulher chora para o marido enquanto ambos estão sentados na sala de estar. 



— Eu pensei que ele tinha sumido há tanto tempo. Não esperava que fosse aparecer, principalmente num momento como esse. — Afaga a costa da mulher que chora silenciosamente. 



— O pior é que eu acho que sei o que ele quer. 



— Dinheiro? 



— O que você acha? É óbvio. 



— Mas você já deu tudo o que ele exigiu. Não é possível que ele queira mais de nós. 



— Ele não quer de nós. Ele quer da Ana. 



POV Autora Off




~~~ Dois dias depois ~~



POV Christian Grey


Eu estava cansado. Eu não conseguia dormir sabendo que Ana estava sozinha naquele quarto de hospital. Tudo bem que havia uma montanha de seguranças lá para protegê-la, mas mesmo assim eu não estava satisfeito. Infelizmente eu não podia ficar lá. E mesmo que Ana tenha reclamado aos sete ventos e tentado reivindicar que eu fosse sua companhia, as normas do hospital não aceitaram. Apenas pessoas da família poderia passar a noite. Ela explicou que nós estávamos em uma relação e nos intitulou namorados, sobretudo eles foram firmes e mantiveram sua decisão. Eu era liberado para ir pela parte da manhã e ficar até umas dez da noite, depois eu tinha que ir embora. Burocracia filha da puta essa, entretanto eu tinha uma vaga desconfiança que os familiares de Ana estavam por trás dessa tal norma.



Resignado, por duas noites eu tive que refazer o meu caminho do hospital até o Escala, onde ficava horas e horas na frente do computador tentando resolver problemas, adiantando o trabalho, tudo para que eu pudesse estar totalmente disponível para minha amada. Mantinha-me acordado a base de cafeína, e eu estava elétrico. Precisava de alguma forma colocar meu corpo para trabalhar e conseguir queimar toda aquela adrenalina que me impedia de dormir um pouco. Foi pensando nisso que eu mandei uma mensagem a Taylor dizendo a ele para preparar o carro, pois estaria saindo. 



Eu fui até o meu quarto coloquei roupas de caminhada. Ao retornar a sala, o meu "braço direito" já estava pronto. 



— Senhor Grey, o senhor irá fazer exercícios a essa hora da noite? — Ele questiona. 



Não sabia que horas eram, então olhei no pulso vendo que era exatamente 01h32min. 



— Qual o problema sobre isso? — Devolvo. 



— Não acho seguro depois do que lhe aconteceu. — Ele solta. 



Bem, eu havia esquecido momentaneamente que eu também sofri um atentado. É que eu só conseguia pensar em Anastácia e sua segurança.



— Eu não consigo dormir, Taylor. Preciso fazer algo que me deixe exausto, ou vou surtar a qualquer momento. — Eu lhe conto. 



— Porque não toma algo para dormir? É melhor do que ir se arriscar lá fora. — Ele atenta. 



— Não quero tomar qualquer coisa. Preciso correr e é isso que vou fazer. Eu ficaria contente se você me acompanhasse. — Eu convido. 



— Certo, Senhor. — Ele assente, infeliz. — Irei apenas me trocar. Um minuto. 



Quando Taylor se vai, eu puxo o meu BlackBerry do bolso e envio uma mensagem para Welch avisando que estou saindo com Taylor. Ele me responde avisando que está me localizando através do GPS. 



...



O frio da noite é um refresco contra o meu corpo tenso e quente. Eu forço minhas pernas a correr o mais rápido que elas podem. Taylor, em plena forma, corre ao meu lado. Nós estamos refazendo todo o caminho de Central Waterfront pelo píer e o cheiro de mar acalma os meus pensamentos turbulentos. Eu até me permito sorrir um pouco somente pela sensação de liberdade que sinto me esgueirando madrugada a dentro. A noite é silenciosa, calma... Eu acho que Ana iria gostar se eu a trouxesse aqui para ver as luzes e como esse lugar fica romântico. Assim que todo esse estresse se passar e prenderem o culpado de sua tentativa de homicídio eu irei lhe planejar uma surpresa aqui. 



Meu telefone apita anunciando uma nova mensagem. Eu paro de correr quando chegamos próximo ao carro e pego o aparelho. 



"Sua garota vai morrer. Eu vou matá-la."



O meu coração aperta no peito. Eu odeio essas palavras e a pessoa quem as enviou. 



— Taylor, porra. É uma nova mensagem. — Eu comunico. Ele rapidamente avisa Welch. 



Nós entramos no carro e toda a calmaria que eu achei que havia conquistado eu perco após receber essa mensagem. Eu me sinto de braços atados. Eu só quero proteger a mulher que eu amo. Dói imaginá-la morrendo... Não, Grey. Nem pense nisso! Eu me proíbo de ter pensamentos assim. 



— Senhor Grey... — Ouço a voz de Welch ressoar pelo sistema do carro. — Conseguimos identificar de onde a mensagem foi enviada, mas o número não é o mesmo da ligação que o senhor recebeu a dois dias atrás. Minha opinião é que essa pessoa está usando número descartáveis. 



— Não importa. Verifique o lugar e vão até lá e façam uma boa investigação. Eu quero que vocês tragam informações. Essa pessoa, seja quem for, tem que deixar alguma evidência pra trás e nós vamos descobrir. E quando eu descobrir não é com a polícia que ele vai ter que se entender... É comigo. E o que eu planejo é como um inferno. — Eu cuspo com a mão fechada em punho. — Eu não queria fazer isso, mas eu quero que você invada o sistema de e-mail da Senhora Travell, assim como grampeie o seu celular. Eu quero saber as pessoas com quem ela fala, certo? — Eu comando. 



— Deixe comigo, Senhor Grey. Em breve lhe ligarei para lhe dar notícias. 



— A polícia descobriu algo sobre o meu atentado? — Eu indago. 



— Não, Senhor. Mas estamos checando com bastante atenção todas as filmagens. Se encontrarmos alguma coisa o senhor será o primeiro a saber. — Ele afirma. 



— Certo. — A ligação se encerra. — Taylor, eu acho que está na hora de começarmos a fazer uma lista de possíveis pessoas que poderiam me querer morto. Eu também gostaria que você fizesse uma pesquisa para mim sobre um tal de Alejandro De La Vega. Ana o acusou como suspeito, e eu estava com a cabeça tão cheia que só agora me lembrei disso. 



— Farei isso o mais breve possível. 



Quando o silêncio recai sobre o carro, a única coisa que tenho em mente é proteger Ana. Eu tenho que fazer de tudo para cuidar dela porque ela é minha vida. Nada mais me importa do que seu bem-estar. 



~~~ Uma semana depois ~~



— Obrigada, Senhor. — Eu murmuro para o céu assim que eu entro em minha casa. Finalmente, após duas semanas enfurnada em um quarto que me deixou no tédio, eu havia conseguido minha alta. Eu senti falta daqui. Eu atravesso a primeira sala e ao chegar a segunda, uma criança eufórica pula sobre mim gritando muito. Surpresa e feliz, eu acolho o meu pimpolho nos braços, embora não consiga ficar por muito tempo com ele no colo, pois o meu ferimento ainda dói. Abaixo-me e o ponho no chão, aproveitando para abraçá-lo bem forte. 



— Senti muitão a sua falta, mãe. — Ash comenta abraçando-me pelo pescoço. 



— A mamãe sentiu mais, meu amor. — Eu beijo o topo de sua cabeça e lhe cubro de pequenos beijinhos o seu rosto. Ele ri. 



Ergo o olhar encontrando toda a minha família e amigos rindo para mim, e acima de suas cabeças há uma placa de "Seja bem-vinda de volta". Eu não fazia a menor idéia que eles tinham preparado isso. Olho para o meu sogro e Diego que apenas fazem cara de inocente para mim. Isobel é a primeira a vir para me abraçar, logo em seguida aparece o Senhor Yoco e sua esposa é a próxima. Demétrius, irmão de Diego me aperta forte, mas com cuidado. 



— José. — Eu vou para seus braços. 



— Saudade de você. — Ele diz em resposta. Infelizmente ele não pôde ficar muito comigo no período em que estive no hospital, pois ele estava tendo suas fotografias expostas em outra cidade que ficava distante de Seattle. 



— Me viu semana passada, nem é muito tempo. — Eu brinco fazendo-o rir. — Oi, Natally. — Abraço sua noiva. 



— Fico muito feliz que você esteja bem, Ana. — Ela segura em minhas mãos. Eu agradeço. 



Mary, seus pais e os de John também me abraçaram e desabafaram sobre estarem preocupados comigo, dizendo que temiam me perder e que eles me amavam muito. Eu quase chorei, juro. Era muito bonito ver que toda a família me queria bem e se importavam comigo. Era amor demais. Por fim, os últimos a me abraçar foi a família Kavanagh. Kate até chorou um pouco, mas Ethan conseguiu consolar porque eu não dei conta. Ele havia me explicado que ultimamente ela estava muito sensível, isso me causou certa desconfiança. Eu me lembro de quando eu estava grávida e qualquer coisa me fazia chorar, até se uma brisa fria tocasse meu rosto. Pobre Robert, sofreu com isso. Por isso eu fiz uma pequena nota mental de lhe perguntar sobre isso mais tarde depois que eu conversasse um assunto sério com meu pai. 



Quando mamãe veio em minha direção, eu não pude evitar me sentir desconfortável. Pela primeira vez eu desejei que ela não estivesse lá, e quando eu olhei em seus olhos, eles pareciam me esconder algo e eu não gostei. Eu fui complacente com ela, mas não lhe dei muita atenção, na verdade eu queria distância e infelizmente teria que lidar com ela por mais três dias dentro de casa. Bella, coitada, ficou reclusa. Pedi a ela que não descesse e que ficasse em meu quarto para evitar confusão por enquanto. Eu não queria que ela e Carla se encontrassem porque isso terminaria muito ruim. Ela não se negou em atender o meu pedido e está em meus aposentos onde ninguém, exceto Maria fora autorizado a entrar. Já Bob, eu não sei o que pensar porque ela parece ser inocente. Mas ele também pode saber sobre esse assunto. De qualquer forma eu o trato normalmente. 



— Fico feliz que todos estejam aqui, só que eu estou sentindo falta da minha pequena. Cadê ela? — Eu pergunto para a multidão.



— Eu tô bem aqui, mamãe. — Maggie aparece com Ayleen e meus olhos marejam ao ver a pequena em um vestido rosa, toda espertinha. Quatro meses e ela está linda olhando para mim com seus grandes olhos verdes esmeraldas. Eu estendo minhas mãos e bato palminha em sua frente. 



— Quem é a 'pincesa' da mamãe, hein? Quem é a 'pincesa'? — Eu pergunto fazendo voz diferente. Ela ri banguela e se joga para mim. Pego-a e aperto-a contra o meu peito. Meu Deus. Como senti sua falta. Nunca mais quero ficar longe dos meus filhos.


— Eu que cuidei da maninha, não foi, tia Maggie? — Ash atrai minha atenção e quando a mulher concorda ele se sente orgulhoso. 



— Você fez certo porque é o homem da casa e tem que proteger sempre sua irmã e eu. 



— Querida, você sente fome? O almoço já está pronto. — Mary anuncia. 



— Oh, sim. Estava farta daquela comida do hospital. A comida da Maria me fez falta. — Eu faço drama e todos riem. 



— Mas você tem que ir com calma. O médico passou uma lista do que você pode e o que não pode comer. Maria fez de acordo com as suas necessidades. — John ressalta. 



— Tudo bem. Só de poder estar aqui em casa com as pessoas que eu amo, pra mim já tá tudo muito bom. 



...

As pessoas estavam falante hoje, e elas conversavam muito animadamente contando fatos que já haviam acontecido em suas vidas e o papo não tinha fim. Foi neste momento de descontração para todos que eu resolvi chamar o meu pai Ray de lado para tratarmos de um assunto muito sério. E não era sobre o meu atentado, era sobre Isabella. De toda a família, o único em quem eu confiava cegamente era o meu pai, porque ele nunca havia mentido ou escondido qualquer coisa de mim. Agora nós estávamos em meu escritório, e Ray tinha um olhar confuso misturado ao curioso focado em mim. 



— Pai, pare de me olhar assim. — Eu rio um pouco. 



— Desculpe, mas estou me perguntando mentalmente que tipo de assunto sério é esse que você quer conversar comigo. 



— Pai... — Eu coço a cabeça, escolhendo as palavras e o modo de como irei começar. — Primeiro de tudo. Isso que vou lhe contar tem que ficar, por hora, somente entre nós dois, ok? Ninguém sabe além dos meus seguranças. 



— Tá. Tem algo a ver com a tentativa de homicídio contra... 



— Não. — Eu logo o corto. Já estava cansada desse assunto. — É outra coisa. 



Papai balança a cabeça em concordância. 



— Ok. Então é sobre o que, querida? — Eu o olho por um tempo, respirando várias vezes fundo sem saber por onde começar. Esse assunto é muito delicado e eu tenho medo que Ray surte e vá fazer confusão com Carla hoje, na frente das outras pessoas. — Annie? — Ele atrai minha atenção e eu saio do estado de torpor. 



— É sobre atitudes tomadas no passado. E que tiveram consequências... — Mordo os lábios. — Lastimáveis.   

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