Amor Por Contrato

De anna_mendonca

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Sentimentos são coisas inexplicáveis e destinos também! Até onde você iria para reconquistar sua paixão? Aqui... Mais

Aviso
Vida Nova-J.A
Um bom emprego-J.Alencar
Se arrependimento matasse-J.Alencar
A verdade às vezes dói-J.Alencar
Ansioso-J.Bieber
Tenho amor próprio!-J.Bieber
Desculpas aceitas!-J.Bieber
Uma grande amiga-J.Bieber
Muitas surpresas-J.Alencar
Tudo por meus amigos-J.Alencar
Apenas amigos-J.Alencar
Você é um idiota!-J.Alencar
O contrato-J.Alencar
O que eu estou sentindo?-J.A
Srta Sinceridade- J.Bieber
Com destino Brasil-J.Bieber
Lutando contra meu choro e minha dor-J.Alencar
Lágrimas e Wisky Combinaçao Quente- J.Alencar
E agora?-J.Alencar
Ainda não assinamos nada-J.Bieber
Não podemos sentir ciúmes- J.Alencar
O que somos?-J.Alencar
Você só precisa dizer-J.Alencar
Nunca foi real-J.Alencar
Jantar de negócios-J.Alencar
Apenas duas semana!-J.Alencar
Eu prefiro acreditar nele-J.Alencar
Chegou a hora!-J.Alencar
Justin B. vs Harry S.-J.Bieber
Nossa Bolha-J.Alencar
Amor por Contrato-J.Alencar
Você não está sozinha-J.Alencar
Pra você lembrar de mim...-J.Alencar
Olá decepções!-J.Alencar
Dor?Uma velha conhecida-J.Alencar
Cinderela - Zac Efron
É tudo real nas minhas mentiras - J.Bieber
Nosso melhor erro! - J.Bieber
Consequências - J.Bieber
Abra seus olhos - J.Bieber
Acima de qualquer verdade - J.Alencar
Medos - J.Alencar
Acredite em nós! - JusJu
Amor ou Orgulho? - J.Alencar
Chegadas e Partidas - J.Bieber
Que meu fim seja com você!
Segunda Temporada
Vida nova - JusJu
Que assim seja - JusJu
Home - Juliana Bieber
O silêncio e o caos - Justin Bieber
Pequenos anjos - Juliana A. Bieber
Família Bieber - Juliana A. Bieber
Declínio - Juliana A. Bieber
Em outra vida - Juliana Alencar
Sacrifício - Justin Bieber
Sonhos reais - Juliana Alencar
Mágoas - Juliana Alencar
O fim! Existem os finais felizes e os finais necessários

O que eu precisava ouvir-J.Alencar

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De anna_mendonca


Respiro pesadamente pegando minhas malas, estou de volta a NY e me sinto completamente sozinha, mesmo olhando tantas pessoas falando e andando nesse aeroporto, pessoas me vêem e sorriem e eu tento retribuir com meu sorriso forçado, pois eu não sinto vontade de sorrir, estou tão cansada no momento, estou com tanta saudade dele, meu coração parece diminuir a cada vez que me lembro que assinei aquele contrato, toda vez que penso que eu o deixei lá com ela, mas foi melhor assim eu tento fracassadamente me convencer. Conforme apressava meus passos para tentar fugir do frio que rompia cada nervo do meu corpo coloquei minhas mãos dentro do bolso da minha jaqueta na tentativa falha de enfrentar o frio, me deparei com aquela loucura rotineira de NY, estaria um caos se ele estivesse aqui comigo, mais que merda que ele não sai da minha cabeça? Você viveu muito tempo sem ele Juliana, é hora de reaprender a viver...Deixei meus pensamentos loucos de lado e logo gesticulei com as mãos para que um taxi pudesse perceber minhas intenção de sair logo daquele aeroporto. Logo um senhor baixo e de bigode parou seu taxi a minha frente descendo um sorriso generoso e me ajudou com as malas.

- Parece que o frio aumentou e conseguiu surpreender todos heim? -Disse ele em um tom de piada.

- É parece que sim, mas de qualquer maneira eu deveria estar preparada para isso, mas eu acabei colocando essa jaqueta fina, aqui as estações são bem definidas....(Respondi olhando fora da janela)

O taxista manteve seu olhar fixo no caminho durante o resto da viajem, talvez ele tenho percebido que eu não estava muito bem para conversas, minha cabeça estava cheia de mais para pensar em qualquer coisa.

- Aqui estamos senhorita Juliana... (Disse ele estacionando de frente ao meu prédio)

- Obrigada, aqui esta o dinhei....(Foi quando me questionei de como é que ele sabia meu nome, como é aquele senhor sabia meu endereço? Nem se quer nos apresentamos e eu se que disse onde morava. - Como o senhor sabia? (Perguntei com o cenho franzido)

- Mas como alguém não poderia conhecer Juliana Alencar a Brasileira namorada do Justin Bieber? (Dizia ele com um sorriso enorme no rosto)

- Ah...Claro! (Disse lhe dando um tímido sorriso e pagando a corrida)

Entrei arrastando minhas malas e cumprimentei o porteiro que me deu boas vindas, entrei no elevador e ele estava lá de novo em meus pensamentos, minhas mãos procuravam as dele quando o elevador começou a se mexer. Respirei e forcei minhas pernas a caminharem em direção a minha porta, fiquei parada por alguns segundo revirando a bolsa procurando a bendita chave que não faço ideia de onde a coloquei...

- Isso é uma miragem? (Uma voz familiar e muito queria falava atrás de mim)

- Will..(Me virei pulando em seus braços, agora percebo como senti a falta dele)

- Viu como fomos feitos um para o outro? Você nem bateu na minha porta, mas eu senti que você estava aqui...

- Senti sua falta grandão...(Disse dando um leve tapa em seus ombros nus).

- Mentirosa, estava ocupada de mais com aquele lá e nem lembrou de mim...

- Nem um namoro vai me fazer esquecer meus amigos...(Suspirei) - Eu ia bater na sua porta assim que colocasse essas malas para dentro, assim evitaria você dizer que só te chamei para carrega-las, mas como você esta por livre e espontânea vontade coloque-as para dentro para mim? (Eu forçava meu grandioso sorriso, quase rompendo meus lábios e piscando para ele)

- Só porque estava morrendo de saudades..! (Ele pega minhas malas em quanto e finalmente encontro minhas chaves e abro a porta e dou espaço para o Will entrar)

Apesar do frio e do clima sem sol o relógio ainda marca dezesseis horas e eu estou tão carregada, meus ombros parecem pesar toneladas e meu coração a ponto de explodir, mas eu não posso fazer isso na frente do Will, apesar da saudade eu queria poder ter um tempo sozinha e finalmente descarregar tudo que estou sentindo, estou a ponto de chorar, mas não posso mostrar o quanto estou vulnerável no momento e no fundo bem no fundo eu agradeço Will por estar aqui, ele estava falando sem parar mal me dando tempo de pensar, pensar que assinei o contrato e praticamente entreguei Justin a Selena, ele estava na minha frente gesticulado e parecendo muito animado em quanto estou com um sorriso falso congelado em meus lábios sem nem se quer escutar o ele esta dizendo...

- Então vamos? (Ele perguntava se levantando finalmente conseguindo minha atenção)

- Pra onde? (Pergunto surpresa)

- Sair, quero poder conversar com minha amiga tomando algo quente, e pode deixar que é por minha conta...

- Você sente frio Will? Por que sem camisa o frio não vai embora...

- No momento eu senti mais sua falta, vamos...

- Will eu acabei de chegar, estou cansada...(Digo implorando para me deixar)

- Viajar de primeira classe não cansa, agora vá tomar um banho e se arrume de pressa em quanto eu faço o mesmo e já volto para te buscar...

Ele sai do apartamento decido a não me deixar aqui curtindo minha vida de merda, me levanto e me arrasto para o banheiro tirando minha roupa e me deixando relaxar de baixo da agua quente. Onde eu estava com a cabeça quando me deixei apaixonar por Justin? Estúpida é o que eu sou, - Sexo sem compromisso - Isso realmente já funcionou alguma vez? Talvez pra ele, eu só queria que alguma vez minha vida fosse um pouco mais fácil, encontrar alguém para me apaixonar sem tantos problemas, a primeira pessoa que me apaixonei e fiz planos me traiu com minha melhor amiga e agora eu estou apaixonada por meu amigo que sempre deixou claro suas intenções comigo, uma mera amiga com algumas vantagens, sexo é isso que sou para ele, mas eu quero mais, eu quero alguém que possa me dar algo que me faça feliz, eu quero ser a Selena de alguém e definitivamente eu não quero ser apenas sexo, por mais que eu o ame, por mais que eu esteja caindo aos pedaços por deixa-lo, é melhor agora do que depois, é melhor eu mesma tomar essa decisão do que eu ouvir da boca dele. Eu tento limpar meus pensamentos, mas ele parece ter grudado suas unhas em mim, agora não consigo parar de pensar nele beijando ela, amando ela, eu quero chorar. Estou me sentindo tão fraca, tão pequena e sem ninguém, começo a sentir falta dos braços dele me abraçando, fecho meus olhos e consigo sentir o perfume dele, olho para a minha cama e consigo voltar ao dia que o trouxe aqui, a primeira vez que dormimos juntos, mesmo ele estando tão bêbado ele continuou a sua maior perfeição, suspiro e procuro algo para vestir. Logo estou diante do espelho olhando a minha imagem refletida, e minha vontade e correr e ligar para ele implorando que ele não fique com ela, que ele me escolha e me ame do mesmo jeito que eu o amo. Escuto batidas em minha porto e logo a imagem de Will ali parado diante de mim me trás de volta a realidade.

- Pronta? (Ele pergunta com seu grandioso sorriso)

- Pronta! (Caminho até ele e logo saímos)

- Onde irá me levar senhor Williams?

- Para qualquer lugar que nos sirva um bom chocolate quente e você possa me contar como foi esse meses...

- Poderíamos ter feito isso em meu apartamento...(Digo ainda sem animo para sair)

- O que você tem? Você acaba de voltar de uma viagem com o perfeito Bieber e você me parece mais triste...

- Ele não veio comigo, eu tive que voltar para conhecer um amigo do meu professor que gostou do meu trabalho...

- Mal chegou e já esta com saudades é isso? (Ele pergunta com sua sobrancelha arqueada)

- (Sim estou morrendo de saudades, mas não é isso que me deixa triste) - Estou insegura e cansada...

- Sei bem..(Ele abre a porta do carro para que eu entre e logo pega seu lugar ao volante)

- Eu nem liguei para Suzi ainda, posso pedir para ela nos encontrar? Como vocês estão? (Pergunto querendo me tirar do centro da atenção dele)

- Nós, é complicado...(Ele diz suspirando)

- O que você fez Will?

- Não fiz nada, é que nós somos incompatíveis fora da cama...(Ele me dá um sorriso sacana)

- Vou precisar saber isso dela, não confio totalmente no que você diz!

Nos continuamos uma conversa agradável até nosso destino que é uma cafeteria no centro de NY, o frio me faz arrepiar assim que desço do carro. É bom poder estar aqui me distraindo de tudo, Will tem esse poder no momento e agora começo a agradecer por ele ter me tirado de casa, provavelmente eu estaria jogada em minha cama chorando e imaginando mil coisas. Nós caminhamos até uma mesa vaga e nos apossamos dos lugares e uma moça vem nos atender...

- Dois chocolates quentes e algumas rosquinhas...(Will toma a frente e pede por mim sabendo o que gosto)

- Agradeço Will...

- Disponha! (Ele me encara)

- O que? (Pergunto)

- Me conte, converse comigo Jú...

- (Dou de ombros) - Nós viajamos por muitos lugares e eu consegui tirar muitas fotos, ele é um cara bom, eu gosto dele, fomos ao Brasil onde ele conheceu minha família...

- É mesmo? E como foi a reação dos seus pais quando o conheceram...?

- Meu pai não gostou muito dele, mas isso não importa...

- Seu pai gostaria de mim! (Ele consegue me fazer sorrir)

- Me conte de você agora...(Peço)

- senti sua falta aqui, da sua comida e das nossas conversas... Eu e Suzi nos divertimos muito, mas as coisas estavam chegando a um nível que estava me assustando...

- Will! (Eu o repreendo)

- Eu sei, eu sei...(Ele suspira) - Eu sinto falta dela, mas não quero machuca-la!

- Ela, querendo ou não mexe com você, e você querendo ou não gosta disso...

Ele abre a boca para dizer alguma coisa, mas é interrompido pela garçonete chegando com nossos pedidos e me fazendo perceber que estou faminta. Tomamos nosso chocolate comemos nossa rosquinha entre conversas sem sentindo algum, Will me conta como está indo no trabalho e eu faço um resumo de meus meses longe ainda sem deixar nada escapar, não quero que ninguém saiba. Você já guardou a dor pra você porque, só porque seus amigos precisavam de você sorrindo? É isso que eu geralmente faço, eu sempre estou bem para todos a minha volta, mesmo quando meu corpo e alma parecem dar seus últimos suspiros.

- Vamos? (Will se levanta estendendo suas mãos para mim)

Eu pisco por alguns segundos e olho meu relógio, não quero voltar para aquele apartamento vazio, não quero pensar nele em tudo que ele estava fazendo com ela longe de mim, não quero pensar que ele esta bem com minha ausência, eu não quero chorar...

- Se importa se eu ficar? (Pergunto)

- Ficar? (Ele repete surpreso)

- Sim, vou dar uma volta, senti falta daqui...

- Quer que fique com você?

Eu quero sim, mas não vou pedir pra ele fazer isso, com toda certeza ele tem algo mais interessante do que ficar com sua amiga deprimida agora.

- Não precisa Will, eu nem sei para onde vou, só vou caminhar um pouco...

- Tudo bem, eu sei que você está me escondendo alguma coisa, mas se não estivesse não seria você, quando quiser conversar estarei aqui...(Ele me puxa para um abraço carinhoso e amigo, abraço de urso que Will me dá)

- Obrigada...(Beijo-lhe o rosto)

Eu o vejo caminhar e sair pela porta, respiro e faço meu caminho até a saída e olho para a rua sem realmente saber onde ir, caminho entre as pessoas e meus pensamentos estão longe, penso em Cadu, Livia e nele, meus pensamentos nunca o deixam. Talvez o problema esteja em mim, se eu fosse como as outras garotas tudo seria mais fácil certo? Inesperadamente tudo que eu acreditava sobre amor se tornou cinzas, eu sempre quis ser independente e conquistar as coisas sem precisar de ajudas, procurava um espaço que eu pudesse me destacar e ser merecedora de um premio ou reconhecimento, mas isso é tão difícil, o amor é difícil, não amar, mas ser amada, eu sou tão ruim assim? Porque todas são melhores que eu? Nunca serei o bastante para alguém? Serei sempre trocada e esquecida. A fumaça quente sai por minha boca e nariz e me vejo parada de frente a uma galeria de arte, eu amo qualquer tipo de arte, talvez eu entrando e olhando alguns quadros e sinta alguma outra emoção alem da dor que sinto no momento. É inspirador todas aquelas peças nas paredes, me trás paz, me trás uma estranha e momentânea felicidade. Me faz lembrar meus planos de quando cheguei aqui, ter minha própria galeria de fotos, um tipo de estúdio focado apenas nos meus interesses, buscar novas fontes para que as pessoas a minha volta pudessem notar a diferença, mas com o pouco recurso que insisto em ter, o com pouco dinheiro do trabalho que consegui era mais fácil revelar minhas fotos em uma banheira dentro do meu apartamento, era o que fazia, dentro do meu antigo apartamento existia uma parte de mim mastigada dentro daquele estúdio inexistente, toda aquela luz em tons avermelhados marcavam a historia de cada foto como se um amor marcasse a alma. Sorrir era a melhor maneira de ganhar seu inimigo, eu comecei a praticar isso depois de ouvir criticas em cima de criticas por fotos minhas. Era magnífico passar por cada parte daquele museu e sentir meu coração saltar de ver meus queridos e falecidos pintores serem reconhecidos depois de tantos anos de trabalho, como Pablo Picasso poderia ser um inventor de uma tão abstrata e anormal e ainda fazer com que meus olhos ficassem fixos em seus sentimentos secretos e perdidos ao pintar cada gravura? Era como e eu conseguisse sentir o que ele sentiu ao pintar cada um daqueles quadros. Dentro daquele grande museu, vestida de casaco, botas e um jeans surrado sentia minha pele arrepiar pelo frio que entrava por baixo das mangas, um sorriso invadiu meus lábios ao lembrar de minha mãe que se sentia protetora de mais por me dizer quase todas as vezes como andar bem vestida... Eu tremi e comecei a andar e passar meus olhos com cautela por cada parede, sentindo a evolução da humanidade entre os dedos de cada pintor, percebi que um homem caminhava ao meu lado, também parando a medida que eu também parava, admirando e olhando o mesmo quadro, o olho com o conto de meus olhos e percebi que a expressão dele era séria, quase engolindo cada pintura, alto, bem vestido com um sobretudo negro, cachecol, barba mal feita e pele clara, uma rápida analise do belo homem ao meu lado, desviei meus olhos e continuei a caminhar admirando os quadros, mas ele também deu mais alguns passos parando novamente ao meu lado, o olhei novamente analisando novamente seu rosto, não me parece estranho, mas eu lembraria de seu rosto se conhecesse, um homem muito bonito devo dizer, um tipo perfeito que eu deveria me apaixonar, mas meu coração pertence a outro, um outro que não me pertence... Ele encontra meu olhar eu rapidamente o desvio a continuo minha expedição e quase sem acreditar eu o vejo caminhar em minha direção com olhos claros e curiosos e sutis, um verdadeiro sedutor, quase um príncipe das historias da Disney.

- Está com frio? (Ele fala sorrindo ao ver meus dentes batendo uns no outro)

- Um pouco...(Digo fitando a tela a minha frente)

- É sua primeira vez no Museu?

Eu quase pude ri da ingenuidade do homem, mas controlei pela boa educação que tive de meus pais.

- Não. Sou fotografa. Na verdade, amadora, mas eu estou aprendendo a domar a arte da fotografia, aprecio uma verdadeira arte contemporânea...

- Nunca vi você aqui..(Ele diz envergonhado, sua pele ganha uma cor rosada e solta um riso abafado como se tivesse dito algo errado)

- Não costumo chamar muita atenção...(Dou de ombros)

- A propósito, sou Zac Efron.

Meus olhos se arregalam em total surpresa, mas porque merda eu não o reconheci? Eu não consigo nem piscar diante da revelação.

- Juliana Alencar...(Foi so o que eu disse. Depois de tudo ainda não estou acostumada com certas situações inesperadas)

- A quantos anos vem trabalhando nisso? (Ele pergunta especulativo)

- Quase três anos, você sabe como é, garota sem influencia dos pais nos sonhos...(Mas porque eu estava falando isso a ele?)

- Então correu atrás do que queria sozinha?

Ele parecia interessado, não sei por que, mas ele parecia inteligente e eu estava gostando conversar sobre meu trabalho e não da minha vida pessoal, isso estava me distraindo e eu agradeço por isso.

- Na verdade ainda estou correndo atrás... Meu professor me ensina isso.

- Um homem sábio...(Diz ele com um meio sorriso e seus olhos estavam fixos nos meus agora)

- E você? (O que? Que pergunta mais estúpida).

- Faço qualquer coisa que envolve arte, até cantar, mas vai por mim, sou melhor imitando o Picasso do que atingindo um dó maior...(Ele sorri e me fez sorrir).

Eu não sabia mais o que dizer, ficamos em silêncio por breves minutos, andávamos de parede a parede para analisar outras pinturas, exposições de fotos e finalmente a exposição dos Beatles. A casa estava lotada e praticamente irreconhecível com o publico amador que enfatizava amar a arte. O olhar de Zac me incomodava, mas pelo canto dos olhos eu podia sentir seu olhar queimar a lateral do meu rosto, como se analisasse as imperfeições da minha pele. Eu queria saber o porque da sua curiosidade e suas minuciosa avaliação, mas como eu sou uma pessoa educada, só falei o necessário para não causar má impressão ou deixa-lo desconfortável. Nós debatíamos sobre cada obra, cada detalhe, cada letra de musica, cada paisagem, cada ortografia. Era fato que eu não era a mais inteligente no assunto, mas Zac... Ah ele é fantástico, como se tivesse saído daqueles livros de historias apenas para me ensinar até como os antigos pintores viviam no seu dia a dia, como se cada sentimento estivesse ali para se encaixar nos meus. Acabamos de nos conhecer, mas era como se depois daquela noite, algo estranho poderia acontecer. Depois de finalizarmos nossas criticas, saímos do Museu e andamos como dois amigos pelas ruas de NY a procura de um café e finalmente encontramos. Sentamos um de frente para o outro ainda em silencio eu poderia analisar seu olhar. Ele é uma pessoa cativante e extraordinariamente inteligente e conseguia me prender na conversa por horas falando exatamente de assuntos que eu adoro, fotos, artes e musica. Um belo homem, um belo novo amigo.

- O que gosta de fazer nas horas livres? (Ele pergunta com uma dose faminta de curiosidade)

- Fotografar, ler, escrever...(digo esfregando minhas mãos)

Ele olhou para os lados e fez sinal com a mão gesticulando que queria dois cafés..

- E você Zac? (pergunto)

- Faço muitas coisas, surf, skate, visito museus, sou um cara que vivo mais comigo mesmo, sou um cara solitário apesar da minha profissão...

- Então o que pensou quando veio até mim? (Pergunto curiosa)

- Para ser franco, eu não sei. Só gostei do que vi...

- E o que viu? (Pergunto com minha sobrancelha arqueada)

- Uma garota diferente, que parecia muito triste vendo aquelas pinturas...

- Triste! (Desvio meu olhar lembrando o que ele conseguiu me fazer esquecer por algumas horas)

- Você é muito bonita! (Ele diz e acho que estou vermelha)

- Obrigada...(Sorrio sem jeito)

- Era pra você dizer que também sou bonito!

Ele sorri largamente e eu não consigo segurar o riso, e estamos gargalhando.

- Consegui arrancar um sorriso seu pela primeira vez em horas...

- Sim você conseguiu...(Balanço a cabeça)

Foi só o que disse. Finalmente nossos cafés estavam na mesa o aroma quentinho que saia como fumaça pela nossa caneca de porcelana. A noite estava sendo agradável, mas nada que é bom dura muito, meus olhos vão até fora da janela de vidro e consigo ver alguns paparazzes nos fotografando e em engasgo com eu café, automaticamente me lembro de Justin e uma de suas cláusulas do contrato, eu não posso envergonha-lo, não ficaria bem a namorada dele tomando um café com Zac Efron, mesmo sendo um café sem alguma má intenção, eu apenas estava gostando de conversar com alguém que gostava das mesmas coisas que eu e poder esquecer o que está me machucando no momento, não estou interessada por ele, apensar de sua beleza e sua gentileza tão encantadora...

- Você está bem? (Ele pergunta com preocupação)

- Obrigada pela companhia e pelo café, mas eu preciso ir...(Digo exasperada)

- Nem terminou seu café...

- Obrigada Zac, mas eu realmente preciso ir, me desculpe...(Digo me levantando e colocando meu casaco que estava depositado em minha cadeira)

- Ok! Nos veremos outra vez? (Ele pergunta com seus olhos me fitando)

- Claro...(Sorrio com um sorriso de agradecimento e saio as pressas)

- Mas não tenho seu numero! (O escuto falar em quanto saio pela porta com pressa)

Aceno a um taxi e ele logo para a minha frente e eu entro lhe informando meu destino, estou nervosa com o que Justin pode falar ao ver minhas fotos com Zac. Já é noite e em silencio eu vejo todos os carros passarem por mim em quanto eu estou de volta a minha tão cruel realidade, meu coração esta apertado sabendo que estou voltando para meu apartamento, para minha dor, para minhas tão queridas lembranças do homem que amo e deixei nos braços de outra. O taxi para diante do meu prédio e eu hesito a sair do taxi, não quero ficar sozinha, pago minha corrida e saio do carro, entro sem animo e com a dor com minha companhia agora percebendo que poderia conhecer qualquer pessoa no mundo, mas ninguém será como ele é pra mim, eu o amo com toda minha alma, a dor ao lembrar que daqui uns meses eu serei apenas uma lembrança para ele é uma tortura sem fim, eu posso me distrair o quanto for, mas no final da noite é ele quem vai estar comigo em meus pensamentos, será ele que vai me fazer sufocar com a saudade. Paro diante da minha porta procurando minhas chaves que insistem em se esconder de mim e quando as coloco na fechadura percebo que a porta está aberta, estou tão louca que pensei que tinha a fechado, suspiro girando a maçaneta e entrando em meu apartamento ainda escuro, acendo a luz e me viro, meu corpo está em choque petrificado no mesmo lugar com a visão a minha frente...Pisco algumas vezes para ter certeza que não estou tendo uma visão, um breve surto de loucura, mas não, ele ainda está ali, sentando em minha cama com os olhos fixos em mim, sua mandíbula está flexionada e eu não consigo decifrar sua expressão, ele esta bravo? Meu coração está acelerado e eu sinto a alegria me inundar momentaneamente fazendo-me sucumbir em um sorriso ao perceber que ele veio atrás de mim... Eu quero correr e abraça-lo com todo o amor que estou sentindo agora, mostrar o quão feliz estou em vê-lo...

- Onde você estava? (Ele me avalia ainda sério e sua voz é áspera)

- Eu estava dando uma volta, respirando, pensando...(Digo em uma voz baixa)

- Com quem? (Ele pergunta impassível)

- Com Will, depois sozinha e depois...(Eu mudo de assunto) - O que está fazendo aqui? (Preciso saber se ele veio por mim)

- Por isso! (Ele levanta o contrato em suas mãos) - Precisamos conversar Juliana!

- Podemos começar com você me dizendo como entrou aqui...

Digo finalmente me movendo, deixando minhas chaves e tirando meu casaco ainda o encarando, paro diante dele esperando sua resposta em quanto ele ainda me olha com seu rosto sério.

- Peguei uma chave para mim quando acertei com o sindico..(Diz dando de ambros)

- Porque?

- Porque eu queria ter livre acesso ao apartamento da minha namorada...

- Justin, não somos namorados de verdade...(Digo fechando meus olhos ao ouvir a dor que essas palavras me trazem)

- Eu sei...(Ele diz baixo)

- Porque me escondeu tanto tempo que estava com o contrato... (Pergunto, é hora de acertar o que temos)

- Estou confuso, não queria parar com o que estávamos fazendo... Porque me deixou? (Ele me olha e eu vejo seus olhos tão frágeis e eu só quero abraça-lo, mas me contenho)

- A minha vontade era ficar, eu juro que era, mesmo que você não me pedisse e mesmo que não quisesse, mas você me deu todos os motivos para eu me afastar...(Digo com toda minha sinceridade) - Todos! (Repito)

- Desculpe, o que posso fazer para concertar as coisas? (Ele pergunta se levantando e se aproximando, eu não posso ter ele tão perto, não é seguro e eu posso não resistir então dou dois passos para trás)

- Não é você Justin, é tudo, sou eu... Nós começamos como amigos certos de nosso plano, mas ai aconteceu tudo aquilo, e eu não posso continuar...

- Nós podemos resolver! (Ele diz com convicção)

- Justin, eu só estou servindo para tapar buracos, servindo de curativo para suas feridas, eu não quero ser isso....

- Não, você é isso para mim Ju...Eu...Eu...

- Você o que Justin?

Pergunto na esperança que ele me diga que me ama, que vai rasgar esse maldito contrato e que ele vai ficar comigo, sem mais e nem porque, apenas ficar comigo... - Droga Justin diga, diga pelo menos que sente minha falta - Mas eu sei que não será suficiente, eu quero o amor dele, eu quero ele inteiro só para mim e não apenas sua metade, não apenas seu corpo a noite, eu quero ele totalmente meu, eu sei o quanto ele a amou e não aceito nada menos, não quero viver com sombra dela.... Ele está com seus olhos em alerta sobre mim...

- O que você sente por mim Justin? (Pergunto mais uma vez)

- Eu preciso de você! (Ele diz, e não era isso que eu queria ouvir, mas talvez fosse o que eu preciso ouvir)

- Isso não basta! (Digo)

- O que você quer de mim Juliana? (Ele eleva sua voz me encarando)

- Eu sei o que eu não quero Justin, eu não quero ser um contrato apenas, não quero se apenas sexo para alguém, eu quero mais, muito mais, e isso você não pode me dar...

- Não posso dizer eu te amo, quando eu mesmo estou confuso com o que sinto, eu apenas preciso de você! Eu nunca quis te iludir Juliana...

- Você não o fez! (Forço um sorriso, mas acho que sai mais como uma careta de dor)

Ele diz isso e eu sinto afunda o punhal em meu coração, não posso aceitar tão pouco, não quando eu o vi amar tanto ela, quero um amor que eu não precise lutar, quero um amor só meu, que diga que eu sou importante. Eu o amo, mas acima de tudo eu preciso me amar e entender que ele gosta de me ter ao seu lado. Ele não me amava, apenas gostava da minha presença quando todos o deixavam. Ele não me ama, apenas gosta de ver que alguém realmente se importava com o seu bem-estar. Apenas gostava do modo que eu o tratava como ela nunca o tratou. Ele não me ama, apenas precisa de mim pra não perder aquela pessoa que não se importava em se entristecer vê-lo sorrir. Ele não me ama, apenas se sentia importante quando via que, um sem ele muito tempo pra mim, que sou tão impotente ao seu toque. E eu? Eu o amo, desde o inicio. Eu o amo, mesmo que doa. Eu o amo, mesmo sentindo tudo sozinha. Eu o amo, mesmo que hoje ele diga que nunca quis me iludir.

- Eu senti sua falta, quase surtei quando vi que tinha voltado para NY...

- Voltei porque tenho algumas coisas a resolver aqui, não avisei... Você sabe porque! (Digo agora sem encara-lo)

- O que somos agora Juliana?

- Amigos, eu vou te ajudar como prometi, apenas isso...(Digo sentindo o amargo das palavras invadir minha boca fazendo meu coração sangrar)

- Nós só temos alguns meses, nós poderíamos aproveitar...

- Acabou Justin, seja lá o que tivemos acabou, não quero mais isso pra mim, eu prometi a mim mesma que só iria me envolver com alguém se estivesse apaixonada por essa pessoa e que ela sentisse o mesmo por mim...

- Juliana estou confuso, eu não sei o que fazer! (Ele tenta se aproximar mais uma vez)

- Uma coisa é certa Justin, você a ama e isso é o suficiente... Aconteceu alguma coisa entre vocês que eu deveria saber? (Eu não sei se estou preparada, paro de respirar para escutar, ele me olha e parece em duvida) - Justin, você ficou com a Selena? (Repito minha pergunta)

- Não! (Ele diz, seus olhos me quimando)

O alivio me inunda e eu solto o ar preso em meus pulmões, não sei se aguento ouvir que eles estiveram juntos, não posso suportar a dor ainda, preciso forçar minha mente e a mim mesma que isso irá acontecer, mas preciso que ele seja honesto, não posso suportar uma mentira, não depois do que passei com Cadu...

- Se acontecer você irá me contar certo?

- Sim! (Ele também solta a respiração).

- Estou cansada, ainda não descansei desde que cheguei... (Digo exausta, parece que o mundo está sobre mim e eu só quero ter um minuto sozinha e chorar, um minuto que posso ser fraca longe dos olhos alheios)

- Está me dispensando? (Ele pergunta com as sobrancelhas arqueadas)

- Seria melhor você ir...(Digo desviando meus olhos do dele)

- Eu queria ficar...

Ele se aproxima e me puxa para seus braços e eu inalo seu delicioso perfume - Deus como eu sentir falta dele - Não posso sucumbir as minhas fraquezas, eu o amo tanto, mas ele não ama a mim, e eu preciso me afastar, ele beija meu pescoço e eu sei o que ele pretende sabendo o quão fraca eu sou ao seu toque, encho meus pulmões de coragem e o afasto, ainda de olhos fechados e lentamente eu o encaro surpreso me olhando atento.

- Uma ultima noite? (Ele pergunta, se eu sucumbir, ele sabe que não será um ultima noite)

- Já tivemos a nossa ultima noite, voltamos ao inicio Justin, somos amigos e amigos não tem noites juntos...

- Não posso me manter afastado...(Ele diz e meu coração quase cede)

- Você sempre terá minha amizade...

- Não será o suficiente...

- Não pode ter as duas Justin, não peço que faça uma escolha quando sei que é incapaz, mesmo eu sabendo qual seria no final das contas...Por favor, me deixe descansar...(Imploro)

Ele finalmente concorda e sai por minha porta, eu solto ar preso e fecho meus olhos sentindo tudo desmoronar... Poderia ter sido diferente se ele tivesse dito alguma coisa na hora certa, mas não disse, ele não poderia. Pedi que ele fosse embora e ele jura que estou bem, melhor assim, dessa vez quero fazer tudo certo, chega de fazer tudo errado. Corro até minha janela e o vejo indo embora, me deixando e eu quero gritar o quanto eu o amo, que o aceito com todas as suas duvidas e confusões, mas sou incapaz. As barreiras de lagrimas que segurei todo o dias estouram e eu estou encolhida no canto do meu apartamento sabendo que o perdi, mesmo nunca me pertencendo. Me ame Justin, por favor me ame... Eu suplico em desespero e loucura a mim mesma....

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