HQiller ☂ [Muke Clemmings]

By marieclaire17

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Michael é um viciado em quadrinhos que tem algumas teorias a respeito do serial killer à solta em Sydney. A c... More

Chapter One
Chapter Two
Chapter Three
Chapter Four
Chapter Five
Chapter Six
Chapter Seven
Chapter Eight
Chapter Nine
Chapter Ten
Chapter Eleven
Chapter Twelve
Chapter Thirteen
Chapter Fourteen - 1/2
Chapter Fourteen - 2/2
Chapter Sixteen
Chapter Seventeen
Chapter Eighteen
Chapter Nineteen
Chapter Twenty
Chapter Twenty One
Chapter Twenty Two
Last Chapter - Part 1
Last Chapter - Part 2
Season 2 - Coming Soon
Entrevista
Oi, de novo

Chapter Fifteen

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By marieclaire17

Havia algo de muito perigoso a respeito dos olhos de Luke. Mas havia algo de muito excitante na maneira como ele me olhava agora, com cautela. Quase como se eu fosse correr a qualquer instante para fora daquele quarto, e ele estivesse mais do que disposto a me impedir disso.

Apenas com os olhos ele me prendeu ali, dentro do cômodo, e com eles fixos em mim deu um passo de cada vez em direção à sua cama. Cada passo seu retrocedido era um meu avançado. Suas mãos estavam erguidas na altura dos ombros, a postura corporal dizendo "não vou machucar você, pelo menos não agora".

Admito que a excitação me subiu à cabeça. Aquele jogo era divertido, mas poderia ficar ainda mais.

Luke chegou até a cama. Sua panturrilha foi de encontro ao box de madeira que apoiava o colchão, e notei a mudança em sua expressão. Como se ele tivesse acabado de ter uma ideia. Ele virou o corpo para trás, embora não completamente, e pôs uma das pernas no colchão, que afundou com o seu peso.

Olhos nos olhos.

Pensei em dizer qualquer coisa, algo como "não vou fugir, sabe?", mas apenas assisti o que ele faria a seguir. Sua outra perna subiu na cama, e ele se ajeitou bem no centro do colchão enorme, as pernas cruzadas em posição de meditação.

Ergui uma sobrancelha, querendo questioná-lo a respeito, mas Luke se adiantou.

"Me entretenha".

Era uma sentença clara: me entretenha e conquiste o direito de estar aqui, ou falhe e sofra por isso. Uma aposta, imaginei, e o pensamento fez um sorriso surgir no canto dos meus lábios. Jogos eram o meu forte. Qualquer tipo deles.

E, como tinha ciência de que o meu olhar também era bonito, o fixei nele. Desci meus olhos pela extensão de seu corpo, e, sem deixar de encará-lo, caminhei lentamente em direção à porta, fazendo-o engolir em seco. Porém, antes que Luke se levantasse, levei os dedos até o interruptor, apagando as luzes.

A escuridão preencheu o quarto. As cortinas eram pesadas, e estavam bem fechadas, impedindo qualquer passagem de luz do meio exterior. E aquela noite, em especial, estava mais escura do que de costume, por ser lua nova. Eu podia ouvir sua respiração ali, baixa e ritmada.

"Sabe que jogos me deixam excitado, não sabe?" perguntei num tom firme e baixo, ciente de que ele me ouvia perfeitamente. "Então vamos jogar um" afirmei, no tom mais ativo que minha voz alcançava em sua rouquidão perpétua.

"Existem três abajures nesse quarto, eu acho. Então tenho três chances de ''me salvar''. O jogo é bem simples: você tem de me achar na escuridão, antes que eu acenda uma das luzes."

O escuro continuava assustadoramente absoluto. Eu mal podia ver meio palmo à frente de meu corpo, que dirá a silhueta esguia de Luke em algum lugar do quarto. Ele poderia estar atrás de mim, e eu não saberia disso.

O pensamento me era perturbador.

Aguardei sua resposta por cerca de meio minuto. Ele parecia fazer de propósito, para me deixar com medo, e estava quase funcionando, até que sua voz arrastada quebrou o silêncio, assustadoramente perto "O que acontece se eu te achar antes?" quis saber, e senti seu hálito quente contra minha orelha direita.

Meu corpo tremeu. De medo, de excitação. Difícil distinguir as duas sensações.

Pensei a respeito por apenas um instante.

"Minha cumplicidade"

Mais silêncio. Seu hálito ainda estava ali, presente, a única prova de sua presença naquele quarto. Ele respirava muito baixo. Seria um jogo bastante perigoso.

E, de repente, sua presença se foi. Tão rápido quanto havia surgido. Eu não saberia dizer onde ele estaria agora, mas sabia que não estava mais tão próximo quanto antes.

"1".

Engoli em seco. Ele contaria até 10 ou até 3?

Uma lembrança aleatória me veio na cabeça. Mães normais teriam Mamma Mia e Orgulho e Preconceito como filmes favoritos. Talvez até clássicos como Dirty Dancing. Mas não a minha. Quando Karen sentava para ver qualquer filme, esse tinha de ser de ação.

O filme favorito dela, sabe-se Deus por qual motivo, era Guerra Mundial Z. Talvez fosse o Brad Pitt, mas ela insistia em dizer que não. "Guerra Mundial Z é uma lição de vida, Michael", Karen afirmava "o filme ensina que devemos estar sempre em movimento. Sempre em movimento, ouviu? Isso nos torna alvos mais difíceis".

Eu estava mais do que ciente de que Luke não era um zumbi, mas imaginei que podia ser tão perigoso quanto um. Ouvindo uma vez na vida os ensinamentos de minha mãe, imaginei que me esconder seria uma péssima ideia. O quarto era dele, afinal, e eu não teria chances num jogo de gato e rato.

Teria que, de fato, me manter sempre andando. Mas como fazer isso sem que ele pudesse ouvir meus passos?

O chão é carpete. Retire os sapatos. Dê passos leves, mas rápidos.

Vá embora dai. Não sente um instinto de fugir? Ele vai te pegar.

"2".

Retirei o laço dos cadarços, me livrando do tênis. Também retirei as meias, mais por vontade de manter as mãos ocupadas do que por necessidade. Meu coração estava acelerado, e meus ouvidos pareciam zunir numa frequência insuportavelmente alta.

A ausência da visão atiçava os outros sentidos.

Tratei de me manter calmo, porque agora não era o momento para respirações descompassadas. Inspirar e expirar, inspirar e

"3".

E começou. O medo dominou cada célula do meu corpo, embora eu soubesse que era apenas Luke ali. Mas parte de mim sabia que essa era uma verdade deturpada.

Me senti cego e encurralado. Quase como um escravo obrigado a sobreviver no Coliseu, lutando contra um tigre selvagem. Eu já estava morto antes mesmo de tentar sobreviver. E, embora tudo isso fosse muito triste e assustador, parte de mim estava adorando. Irradiava adrenalina e excitação.

Cada passo dado na escuridão era mais incerto que o outro. Pensei em esticar as mãos para tentar tocar os móveis, mas imaginei que talvez fosse uma péssima ideia. Em vez disso, me concentrei em achar minha posição geográfica no quarto. Eu sabia que estava a poucos passos da mesa de escritório, que deveria estar à minha esquerda - se eu tivesse bastante sorte -, por isso apostei tudo na hipótese.

Luke era apenas um pensamento. Eu não podia ouvi-lo, senti-lo e muito menos vê-lo. Rezei para que, com a proximidade, eu fosse capaz de notá-lo, mas sabia que era uma hipótese muito improvável.

O silêncio gritava entre quatro paredes. Dei um passo, imaginando que havia escutado algo bem perto, e logo parei de me movimentar, assustado. Ele estava na minha frente? Talvez atrás? Virei o rosto para trás, as sombras ainda preenchendo tudo.

Me convenci de que era apenas minha imaginação. Eu sabia que ele estava ali, em algum lugar daquele maldito quarto, mas a probabilidade de que estivesse tão próximo era bem pequena. Mais meio metro até a mesa, imaginei, e talvez houvesse um abajur em cima da mesma.

Dei passos bem largos para frente, ignorando os zumbidos, e ergui os braços devagar. A ponta dos meus dedos se esticando até tocar uma superfície dura. Meus olhos já se acostumavam melhor ao escuro agora. Podia ver o contorno dos objetos em cima da mesa, se forçasse bastante a vista, mas nada a mais de meio metro de distância.

Os toquei de forma cautelosa, mas tive certeza de ter ouvido um barulho atrás de mim, de forma que sem querer esbarrei no porta lápis com o pulso esquerdo. O barulho foi ínfimo, insignificante, mas suficiente para me denunciar.

Me afastei da mesa quase correndo, passos largos e incertos para trás, meu corpo tremendo em adrenalina. Era difícil engolir saliva, e minha boca parecia preenchida até a goela com areia seca.

E, de repente, minhas canelas encontraram a cama. Bateram de frente, mas fui sortudo o bastante para ter diminuído a velocidade pouco antes de alcançar o móvel. Meu corpo travou, e um único pensamento me veio na cabeça: abajures sempre ficavam próximos de camas. Coloquei ambas as mãos no colchão, e segui o contorno do mesmo, andando paralelo ao retângulo do box, sem saber exatamente em qual direção. Na direção da porta, talvez. Minha visão ficava manchada de vez em quando, graças à escuridão, e era difícil se concentrar em tantas coisas ao mesmo tempo.

Nenhum sinal de Luke. Nenhum sinal de vida além da minha naquele lugar. O pensamento era assustador. Podia imaginá-lo me seguindo de perto. Ou me observando de longe.

Meu corpo estava dividido entre duas funções básicas. Controlar o medo e controlar a respiração; os sentidos trabalhando com a audição o tempo todo, tentando identificar sons que não fossem apenas alucinações causadas pelo escuro.

Até que minhas mãos encontraram algo diferente. Era uma quina de outro móvel, mais próximo de mim, e também um pouco mais alto que do que o colchão. Passei os dedos pela superfície do mesmo, e, enxergando apenas seu contorno, identifiquei ser um criado-mudo.

O abajur estava ali. O tateei até encontrar sua cúpula. Seguindo essa linha de pensamento, a cordinha para puxá-lo deveria estar nessa direção. Ou o interruptor. Eu precisava apenas descer a mão.

Era uma corda. Fria e fina. Meus dedos se agarraram a ela como se fossem minha única chance de sair dali vivo.

Ou vitorioso.

Puxei-a.

"Achei."

A um palmo de distância do meu rosto estava o de Luke. Seu olhar assustador fixo no meu, e a boca curvada num sorriso doentio.

Dei um passo para trás tão incerto e assustado que meu corpo tombou ao chão, petrificado pelo terror. Um grito entalou em minha garganta seca, e me vi arrastando meu próprio corpo para trás, para me afastar dele. Do que quer que ele fosse.

Luke não desfez o sorriso. Apenas deu passos largos em minha direção, e pôs as pernas uma de cada lado do meu corpo, que dentro de alguns segundos paralisou. Não por vontade própria. Ele agachou até finalmente sentar-se em cima da minha virilha, me olhando de forma divertida.

"Ora, Mike, não me dê esse olhar assustado" Luke riu escandalosamente alto, e meus ouvidos estavam tão adaptados ao silêncio que seu tom chegou a doer neles "Não estamos nos Jogos Mortais, não é mesmo?"

Seu sorriso dizia o contrário. Mas ele tinha razão. Respirei fundo, erguendo a parte de cima do meu corpo sobre os cotovelos.

Luke ergueu as sobrancelhas, e forcei um sorriso de canto. "Resta saber se agora sou sua vítima ou o seu cúmplice, Lucas."

O loiro debruçou-se até que sua boca estivesse a milímetros da minha. Seu hálito contra meu rosto, quente. Próximo. Tão próximo. "Vou te dar o privilégio da escolha."

Cortei a distância. Minha mão agarrou sua nuca, e sua boca encontrou a minha. Não começou lento, muito menos delicado. Sua língua invadiu minha boca em questão de segundos, e não encontramos um ritmo uniforme. Nossos dentes se chocavam vez ou outra, quando a vontade de beijar era mais intensa do que o beijo, e ele mordia meus lábios na maior parte do tempo, com tanta força que os senti dormentes em pouco tempo.

Não beijamos por mais de dois minutos. Luke passou a roçar sua virilha contra a minha, rebolando no meu colo, e tombei a cabeça para trás, ofegante. "Puta que pariu."

Sem aviso prévio, nos rodei no carpete, deixando-o por baixo. Um vinco se formou no centro de sua testa, de impaciência, mas antes que ele tentasse reverter a situação, desci minhas mãos até o zíper de sua calça, abrindo-o. Seus olhos fixos em minhas ações, deixando-me ainda mais excitado.

Puxei suas calças para baixo de uma vez só, descendo-as até pouco acima dos joelhos. Baixei o rosto até que meus dentes alcançassem a barra de sua cueca, e a puxei no mesmo sentido das calças, vendo seu pênis subir diante dos meus olhos, ereto.

Sorri debochado, abrindo suas pernas com certa brutalidade, e fazendo-o erguer o corpo sobre os cotovelos para assistir a cena. Podia sentir sua ansiedade mesmo de longe. Ergui uma das minhas mãos até minha boca, e cuspi na mesma, para umedecê-la, logo em seguida descendo-a até seu pênis.

Comecei com o movimento de vai e vem, lento porém ritmado, encarando-o em desafio. O corpo de Luke começou a se mover, impaciente, e ele tentava manter a pose, de forma que fui gradativamente aumentando a intensidade. Da ponta até a base, minha outra mão encontrando seus testículos e tocando-os com as pontas dos dedos, para mexê-los mais em seguida. Firmei a pegada em seu pênis, pressionando-o apenas o suficiente para que ficasse mais excitado.

Luke grunhiu, seu corpo tremendo. E, sem avisá-lo, usei a mão que antes mexia em seus testículos para me segurar nessa posição, descendo o rosto até sua ereção e pondo-a de uma vez na boca, até o limite do possível sem vômito.

"Michael!" Ele grunhiu outra vez, os dentes cerrados. Seus olhos me fuzilaram, e ele tombou o corpo para trás, arqueando as costas. Continuei chupando-o, e masturbando sua base, assistindo todos os seus movimentos.

E, quando seu corpo tremeu ainda mais, indicando que estava próximo do clímax, simplesmente soltei-o. Afastei o corpo até me sentar sobre suas coxas, um filete de sêmen escorrendo pelo canto da minha boca. O lambi com a ponta da língua, os olhos fixos no loiro.

"Me entretenha."

Luke emitiu algo como um rosnado, e puxou meu corpo para me deitar em cima dele, me beijando. Estranhei o ato, mas retribui seu beijo, descendo até seu pescoço, e chupando a região. "Porra, você é tão sexy", sussurrei, circulando a pele com a língua."Tão bonito", acrescentei, deixando um chupão ali.

Ele suspirou, mas mudou completamente de postura. Pude sentir quando se tensionou embaixo de mim. "Luke, você..." Não tive a chance de concluir. Ele empurrou meus ombros de forma que ergui o corpo, e logo em seguida me chutou para o lado, fazendo-me cair deitado. E então estava em cima de mim outra vez.

Típico dele.

Se quer me incomodei de impedi-lo. Forcei o quadril para cima, e ele aproveitou para retirar meu jeans, descendo junto com a cueca até retirá-los completamente. Se livrou de suas calças também, num momento indeterminado, e logo nossas virilhas estavam unidas, roçando-se. Sua ereção contra a minha, e, porra, era tão bom.

Ergui minhas pernas até a altura de seus ombros, e ele as apoiou ali, aprovando minha obediência com um sorriso de lado. Seus dedos longos encontraram meu orifício anal dentro de segundos, e ele enfiou um único dedo enquanto buscava meus lábios com os seus.

Não imaginei que ele seria gentil, mas de fato não foi um bruto. O segundo dedo entrou logo depois do primeiro, fazendo um movimento de tesoura, e estaria mentindo se dissesse que gostava da sensação.

Era um caralho.

Luke sorriu divertido quando eu grunhi de dor, no terceiro dedo, e seus lábios encontraram meus mamilos, circulando-os com tanta sensualidade que não contive um gemido. Sua outra mão encontrou meu pênis, e não havia notado o quão duro estava até ele me tocar ali. Ele começou os movimentos lentamente, e a expectativa era tão grande e a ansiedade tão intensa que não notei quando ele simplesmente me invadiu com seu pênis.

Num segundo já estava lá dentro, e senti como se estivesse me rasgando ao meio, literalmente. Um grito de dor escapou dos meus lábios, e ele se mesclou a um gemido quando Luke bombeou minha ereção com mais intensidade.

Eram duas sensações muito fortes, e ambas conflitantes. Então apenas tombei a cabeça para trás, sem pensar em nada, processando a dor e esperando-a aliviar um pouco. Ou rezando para isso.

Dois minutos depois, e me movimentei contra o corpo de Luke, fazendo com que sua ereção enterrasse fundo dentro de mim. Ele gemeu em resposta, em êxtase, e logo se posicionou melhor, agarrando minhas coxas enquanto entrava e saia, num ritmo que ganhava velocidade.

"Mais forte, mais rápido..." as frases eram cortadas pelos gemidos.

Meu pênis tocava sua barriga, e o simples contato da região com outro local era estimulante o suficiente. Mas foi apenas quando Luke alcançou o ponto que tive espasmos de prazer, arqueando as costas até o limite. Os gemidos ganharam altura e perderam a vergonha, de forma que ignorei completamente a existência do meu orgulho próprio."Luke, por favor..." Jesus, isso era tão patético. Era tão bom.

Luke tampouco manteve a pose. Gemia menos, mas igualmente alto, e me olhava como se eu fosse a primeira coisa que seus olhos foram capazes de enxergar de verdade. Seu lábio inferior permanecia preso entre seus dentes, e ele vez ou outra me masturbava, ainda que não houvesse necessidade disso.

O ritmo ficou ainda mais forte. Ele me estocava no ponto máximo de sensibilidade, e me vi rebolando contra sua ereção, impaciente, insaciado. Naquele momento eu me perguntava se aquilo era amor ou apenas desejo. "Tão apertado, Michael..."

Ou se os dois eram a mesma coisa.

Não importava. Ele me acertou mais algumas vezes ali, e vi meu corpo tremer dos pés a cabeça, meu pênis liberando o gozo que sujou a nós dois inteiramente. Os olhos de Luke acompanhando meu orgasmo do início ao fim. Rebolei contra sua ereção com mais vontade, e um gemido ainda mais alto preencheu o silêncio do quarto. Luke repetiu meu nome mais algumas vezes antes de jorrar dentro de mim.

Permanecemos nessa mesma posição por mais algum tempo, até que ele rolou para o lado, depois de retirar seu pênis. Baixei as pernas e pude sentir o líquido quente escorrer por entre as mesmas, pensamentos aleatórios invadindo minha mente. Me sentia cansado, mas principalmente com fome. Bastante fome.

Virei o rosto apenas para encontrá-lo já me observando. Não havia sorriso em seu rosto, tampouco expressão de qualquer outra coisa.

"Você é diferente" Ele disse, e parecia o tipo da coisa que ele já vinha se dizendo há um tempo, sem nunca proferir em voz alta.

Franzi as sobrancelhas. "Só percebeu agora?"

"Não foi um elogio" Esclareceu, num tom estritamente apático. Imaginei que agora ele se levantaria, vestiria o jeans e me mandaria ir embora, mas ele apenas se levantou e estendeu a mão em minha direção.

Aceitei-a, e fui mais erguido do que ajudado, para falar a verdade.

"Você pode ficar, se quiser ficar" Ele murmurou, coçando a nuca. Quase ri ao imaginar que Luke Hemmings estivesse constrangido com alguma situação.

"Eu quero".

E eu queria tanto isso que tive certeza de que não podia estar certo. Talvez porque não estivesse. Mas duas coisas me motivavam a permanecer ali, naquela casa.

A primeira, era que eu estava perdidamente apaixonado por Luke. Sabia disso, e sabia o quão estúpido e perigoso isso era.

E a segunda, mas não menos importante, é que eu ainda tinha investigações a fazer.

Aquele guarda-roupa seria aberto antes do amanhecer.

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