Por Acaso

By bekapugli

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Manuella Tussoliny é uma menina mulher, de 23 anos de idade, que está no último ano da faculdade para ser vet... More

Capítulo 1 - sexo sem prazer.
Capítulo 2 - Novas seguidoras
Capítulo 3 - Beijo salgado
Capítulo 4 - FORMATURA ♥
Capítulo 5 - despedida
AVISO
Capítulo 6 - Prima lésbica
Capítulo 7 - Minha
Capítulo 8 - Ela beija meninas.
Capítulo 9 - enquanto você dormia
Capítulo 10 - Lual
Bônus: relembrando o passado
Capítulo 11 - Traição?
Capítulo 12 - Meu anjo
Capítulo 13 - um pouco desastrada
Capítulo 14 - com ela
Capítulo 15 - Descoberta
Capítulo 16 - Na alegria e na tristeza
Capítulo 17 - Dia doce ♥
Capítulo 17 (parte dois) - noite doce ♥
Capítulo 18 - Briga
Capítudo 19 - Não me deixe!
Capítulo 20 - Segure a minha mão
AVISO & Capítulo 21 - Fim?
Capítulo 22 - Em frente
Capítulo 23 - Lista
Capítulo 24 - vingança?
Capítulo 25 - festa

Capítulo 26 - é Paris..

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By bekapugli

Acordei e ela já não estava mais lá, eu realmente preferia não ter acordado. Olhei ao redor e vi que tinha um papel em cima da cama, onde ela deveria estar. Passei a costa da mão nos olhos e comecei a tentar ler, estava difícil pois eu tinha acabado de acordar e minha cabeça estava latejando.
"BOM DIAAAA! :)
Espero que esteja bem, a diária já está paga, pode ir embora tranquila, obrigada pela noite, você é incrível. Não te esqueci. A.Q.T.A."
A.Q.T.A., após ler essas letras, lágrimas e lágrimas desceram pelo meu rosto, "aquela que te ama", era uma brincadeira nossa, nosso código, nosso segredinho... Mas agora parecia que não valia mais de nada, ela não ia estar atrás da porta esperando eu gritar por ela, para rirmos e nos abraçarmos, e tomar café, e passar o dia vendo alguma série, e a noite se amando...

Levantei dali, vesti minhas roupas que ainda estavam cheirando a bebida e sai a procura de um taxi.

KELSEY NARRANDO
Foi tão bom passar esse tempinho de novo com ela, eu ja não to suportando mais essa distância, tudo isso que me impede de a ter aqui comigo... Não é só uma pessoa, são várias, é muita pressão, eu achei que fosse conseguir passar por isso, eu realmente achei que ia ser fácil despista-los e ter a Manu de volta, mas não tá...
Depois da nossa noite, e que noite, cheguei em casa super feliz, deitei no sofá e podia jurar que fiquei por horas ali deitada pensando na Manu, até que meu celular tocou, queria que fosse ela... Peguei para ver a mensagem, e era da pessoa que eu mais temia, era o que eu mais temia, EU NÃO PODIA TER FEITO AQUILO NA NOITE ANTERIOR, EU PROMETI ME AFASTAR DELA!
"Você realmente acha que nós somos trouxas Kelsey? Você ta enganada, a gente viu vocês, e sabe onde eu to agora? Aqui na frente do hotel, sua princesinha acabou de sair, eles não vão gostar nadinha de saber disso"

MANU NARRANDO
Recebi uma mensagem do Davi dizendo que minha irmã estava recebendo alta do hospital junto da minha sobrinha, Ana Luiza. Eu não poderia ficar mais feliz, na verdade poderia, se ela estivesse comigo, mas estivesse de verdade, de corpo e alma, e se o filho da puta do Vitor fosse preso, ai eu seria a pessoa mais feliz desse mundo!

Estava em casa quando minha mãe chegou, conversamos bastante e ela disse que estava pensando em ir para Paris, até me chamou para ir junto. Estranhei o convite, minha mãe já havia ido para lá algumas vezes, mas eu nunca, e achei uma ótima oportunidade, curtir novos ares, conhecer novas pessoas, novos lugares, seria um sonho. Então concordei, e ela disse que iria marcar a viagem para dai uma semana.
Conversei com a Ana e com a Renata, pois elas que ficariam no comando do pet enquanto eu estivesse fora. Chamei-as para irmos às compras, e elas riram de mim, dizendo coisas do tipo "nossa Manu, você quer fazer compras para ir a Paris? É isso?" E elas tinham razão, minhas compras seriam lá, e não aqui.

Nunca mais havia conversado com Kelsey depois daquela noite, nem ao menos para agradecer por ter me ajudado, simplesmente não tive oportunidade, nem coragem... Mas nos meus pensamentos, ela estava sempre presente.

Finalmente chegou o dia da viagem, eu estava ansiosa, me encontrei com minha mãe no aeroporto de manhã bem cedo, e enfim embarcamos. Foram muitas horas de viagem, uma viagem cansativa, porém gostosa, principalmente ao saber qual seria o destino.
Chegando lá, fomos direto ao hotel o qual iríamos nos hospedar, lá era tudo tão lindo! Eu olhava admirada para cada detalhe enquanto andava pelas ruas no caminho, moraria em um lugar desses sem pensar duas vezes, só para ter esse clima sempre, essas vistas... Descansamos um pouco no hotel, e minha mãe não parava de falar que eu precisava encontrar alguém, mas ela sempre enfatizava esse alguém como homem, e isso me incomodava um pouco, era como se ela nunca tivesse aceitado meu namoro com a Kelsey, como se sentisse uma repulsa, as poucas vezes que citei seu nome minha mãe já me olhou injuriada, com nojo, então eu sempre desviava do assunto.
O guia do hotel veio nos perguntar quais pontos turísticos da cidade gostaríamos de visitar, e a primeira coisa que veio a minha mente, foi a ponte dos cadeados! Sempre fui uma pessoa muito romântica, e já vi vários filmes os quais os casais colocavam cadeados com seus devidos nomes lá, eu achava isso um gesto tão fofo, queria muito conhecer, e é claro, colocar o meu próprio cadeado lá, apesar de não ter uma pessoa comigo, eu sabia quem eu queria que estivesse, e não pensei duas vezes antes de por meu nome junto do dela em um cadeado, para fechar ele, e jogar a chave, pois agora era eu e ela, nossa história concretizada  é marcada ali, no lugar mais lindo e mais romântico que eu já vi!
Após sairmos da ponte, fomos a uma cafeteria muito convidativa que havia ali perto, nos sentamos e ficamos conversando, coisas aleatórias. Mas aí um homem começou a me olhar bastante, na verdade eu poderia jurar que ele estava me paquerando, olhei para minha mãe sem entender tamanha cara de pau do cara que não tirava os olhos de mim.
- Querida, ele é um gato, vocês deviam conversar.
- mãe, eu não to afim, a senhora sabe muito bem!
- não sabe o que tá perdendo pensando naquela sapatinha.
- MÃE!
- eu disse algo de mais?
Revirei os olhos, não queria estragar a viagem com uma briga, principalmente se o motivo começasse com Kel e terminasse com sey.
Minha mãe chamou o atendente da lanchonete para pedir a conta, e ele disse que já estava paga, apontou para o moço dos olhos azuis o qual estava flertando comigo até pouco, e disse que ele fez questão de pagar. Olhei para ele e ele sorriu, seguido de uma piscadela, um pouco sexy talvez, mas nada que me chamasse muito atenção.
-Agora você tem que falar com ele, se você não for, quem vai sou eu, e ainda te garanto um encontro marcado seguido de um motel 5 estrelas!
- você é ridícula.
Fui até ele e falei (ou pelo menos tentei falar) no meu melhor francês, um "obrigada" que não  ficou nada bonito, ele sorriu e disse em um português bem puxadinho para o famoso sotaque gringo.
- Receio que meu português seja melhor que seu francês, meu bem.
Eu sorri, simpático o rapaz.
- mas então, poderia receber o número do seu telefone em troca desse café?
Olhei para minha mãe, inconformada e ao mesmo tempo achando graça da situação, minha mãe veio com um papel e entregou para ele, olhei para ela boquiaberta com o modo que ela estava me "empurrando" para cima dele, ela sorriu e me puxou para fora do café, dizendo que tínhamos que ir.
- Qual é o seu problema em? - indaguei.
- Você precisa de um encontro Manuella!
- precisava me jogar pra cima dele desse jeito?
- oh se precisava!
- e se ele for um estuprador ou quiser arrancar meus órgãos para vender no mercado negro em? Não  foi você que sempre me ensinou a nao confiar em qualquer um? A tomar cuidado com as pessoas?
- Olha, se ele for estuprador, você vai poder se dar ao luxo de ser estuprada por um cara muito gato, agora sobre seus órgãos, acredito que não, mas se for também, que mal tem? Pelo menos ele é  bonito, ele é HOMEM e você vai sair com ele!
Ele é homem, ele é HOMEM, mas que porra será que está passando na cabeça dessa mulher que se diz minha mãe em? As vezes eu nem acredito no que vejo, que mulherzinha em, sou adotada, só pode!!!

" espero que seja o número certo. Que tal nos encontrarmos nessa cafeteria mais tarde? Seria um bom ponto de encontro, depois decidiríamos um lugar melhor para ir, um bj "

O que eu não fazia para agradar minha mãe, e tirar um sorriso daquela boca enrugada dela em? Mas é só dessa vez, não quero ela me jogando para cima dos homens! Mas vou relevar, é Paris...

"As 20h00 está ótimo."

Cheguei no hotel e poderia jurar que fiquei horas dentro daquela banheira maravilhosa, fechei os olhos e sonhei, sonhei, sonhei com ela, sonhei uma coisa tão real, poderia ser real... Kelsey estava comigo ali dentro, estava com a cabeça apoiada no meu ombro, sorriamos felizes, sua mão na minha coxa, subindo cada vez mais, e quando chegou "lá", joguei a cabeça para trás e gemi um "ah", abri meus olhos e ela não estava lá, nunca esteve...
Sai da banheira, sequei meu cabelo, passei uma maquiagem não muito forte, elegante talvez. Coloquei um sobretudo, uma leggin e botas de salto, me senti bonita e mais uma vez elegante, é Paris!!
- está linda querida. Passa esse perfume aqui, comprei hoje, é maravilhoso. Curte bastante com o loirinho em, aproveita minha filha! A vida é curta pra perder seu tempo com mulher.
Olhei para ela, mas não disse nada, não valeria a pena falar, e mais uma vez eu guardei pra mim, sai do quarto em silêncio. Entrei no taxi e ele me deixou em frente a cafeteria as 20h06 em ponto. Ele estava encostado no muro, com as mãos no bolso, jaqueta de coro e touca, uma combinação estranhamente bonita, e adequada para o frio que fazia. Desci do taxi e ele logo veio em minha direção, estendeu a mão com uma formalidade a qual não achava necessária, então ri com a situação.
- prazer, Robert.
- Me chamo Manuella.
Peguei em suas mãos, frias e macias, poderia jurar que ele era médico. Fomos andando pelas ruas da cidade sem direção e em um silêncio nada desconfortável.
- primeira vez aqui?
- sim, é tudo tão lindo..
- primeira vez que vim aqui, me apaixonei por tudo, não resisti e acabei ficando, já fazem 6 anos.
- você é do Brasil?
- Sou da Alemanha, mas tenho descendência brasileira, por isso fiz questão de tentar aprender a língua, acho que não estou tão mal, o que acha?
- Olha, sempre pode melhorar.
Rimos e ele parou em frente a um restaurante.
- que tal? -perguntou, estendo os braços apontando para o lugar.
Afirmei com a cabeça e entramos. Ele puxou a cadeira para que eu me sentasse e eu agradeci, quase que puxei a cadeira dele para que se sentasse também, mas acho que realmente seria bem estranho.
- com o que você trabalha, Manuella?
- Manu, por favor -sorri- com animais, sou veterinária formada a pouco tempo, quase um ano na verdade, sou apaixonada pelo que faço.
- animais? Minha irmã adoraria te conhecer, ela está fazendo curso de zootecnia, tem apenas 16 anos e já tem um amor por animais, que eu nunca vi.
- comecei assim também, nem acredito que consegui conquistar tudo que pretendia -nem tudo- mas e você? Trabalha com o que?
- sou cirurgião -na mosca- gosto de salvar vidas assim como você.
Ele sorriu, um sorriso convidativo, não podia deixar de sorrir de volta.
O jantar foi super agradável, uma conversa boa, comida boa, vinho bom, companhia incrivelmente boa, a noite estava ótima. Após a sobremesa, ele disse que morava em um prédio ali perto, e me perguntou se eu não gostaria de conhecer. Acho que a essa altura do campeonato eu já não tinha mais nada a perder, apenas aceitei. Fomos andando até lá, sentindo a brisa gelada da cidade, logo chegamos. Ele cumprimentou o porteiro com certa intimidade é entramos. O lugar era ótimo, super confortável, me sentia em casa. Ele tirou meu casaco e disse para que eu me sentasse no sofá, me serviu uma taça de vinho e continuamos conversando, Robert tem 28 anos, foi noivo durante 4 anos mas se separou quando descobriu que sua noiva o traia. Logo que se mudou para Paris conheceu Anastasia e logo se apaixonou, hoje a única coisa que ele sente dela é raiva. Será que Kelsey haverá conhecido um outro alguém assim como Anastasia? Eu não conseguia nem pensar na hipótese.
- me conte mais sobre a sua história. - ele disse, os olhos pregados em mim com muita atenção, mas não pude deixar de notar o quanto olhava para minha boca, por um momento até pensei que devia ter um alface preso no meu dente, ou talvez fosse apenas atração mesmo.
Como não respondi nada, afinal não sabia o que dizer e  o vinho estava começando a fazer efeito, ele foi chegando perto, colocou a mão na minha nuca e encostou seus lábios nos meus, e me beijou, um beijo com gosto de vinho. Pensei em Kelsey. Tentei continuar. Ela não saia da minha cabeça. Pensei na minha mãe. Eu estava ali por ela. Eu não conseguiria continuar. Então me soltei dele e disse:
- vou te contar minha história, Robert. -ele me olhou surpreso- eu estou apaixonada, o nome dela é Kelsey. - poderia jurar que sua boca encostou no chão de tão aberta que ficou ao ouvir a notícia- ela é linda, eu estou muito apaixonada... Minha mãe não aceita por isso me empurrou tanto para cima de você, ah Robert, você é tão bonito, legal, amei ter sua companhia essa noite, mas Kelsey não sai da minha cabeça, me desculpe.
- tudo bem Manu, sei como é ser apaixonado por alguém.
Meus olhos encheram de lágrimas com tamanha cumplicidade, então ele me abraçou e eu me puis a chorar.
- vai ficar tudo bem, você é linda, tenho certeza que ela é encantada por voce!
- ela me deixou Robert - falei aos prantos - como pode? Que saudades!
Fiquei um bom tempo chorando, contando sobre minha história, e Robert ficava super atento a cada detalhe, dava sua opinião, sempre argumentava as coisas que eu falava, ele era encantador! Já estava tarde e eu disse que precisava ir embora, ele disse que não deixaria eu sair naquele estado, e também estava tarde e chovendo.. Acabei me convencendo de que era melhor ficar por ali. Tomei um banho bem quente pois estava começando a ficar resfriada, coloquei uma roupa bem confortável de Robert, e ele após seu banho se sentou no sofá ao meu lado.
- Por que você está sendo tão legal comigo, Robert? Nos conhecemos hoje e eu estou aqui, uma estranha na sua casa, no seu sofá, com suas roupas, tomando seu vinho.
- Paris Manu, estamos em Paris..
Sorri, e brindamos o nada. Talvez o tudo.
Ficamos conversando até tarde, então resolvi ir para o quarto de hóspedes dormir, ele riu e jurou que não iria abusar de mim, eu ri mais e disse que queria acordar com todos meus órgãos, e ele riu mais e mais.. Talvez não estivéssemos tão sóbrios. No dia seguinte acordei, minha cabeça doia, havia um papel no criado mudo ao lado da minha cama "fui salvar vidas, quando sair deixei a chave em baixo do tapete, obrigada pela noite, sua companhia é ótima. Um bj". Me vesti, deu uma arrumada no quarto, peguei minha bolsa e sai, deixando para trás uma noite de grandes lembranças e quem sabe o começo de uma amizade.

Olá minhas leitoras lindas, quanto tempo né? Pois é, a vida não está fácil para ninguém kkkk esclareci o porque de tanta demora no meu perfil, acredito que as mais interessadas na continuação tenham visto. Gostaria de pedir desculpa pela demora, mas é sempre assim né? Sou toda enrolada, com uma vida corrida e várias coisas para se fazer, continuo escrevendo por realmente gostar disso, sempre tentando arranjar um tempinho para escrever novos capítulos para vocês.
Obrigada por me acompanharem até aqui, é um prazer escrever sabendo que tanta gente está gostando! Conto com a leitura de vocês e o voto sempre, pois ele é  fundamental para eu saber se está bom, comentários então, são  melhores ainda! Então por favor, se vocês estão gostando, votem para eu saber gente, não custa nada ❤️
E olha só, estamos em 2016, lembro como se fosse ontem quando desejei boas festas a vocês, e agora estou aqui de novo kkkkk como o tempo passa rápido não é mesmo? Por isso temos que aproveitar! Curtam bastante, afinal, a vida é curta. Ótimo 2016 para vocês meus amores, conto com vocês esse ano para assim conseguirmos encerrar nossa história, "por acaso".
Obrigada mais uma vez gente, um beijo no coração de vocês.
BP

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