AVISO & Capítulo 21 - Fim?

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Oi gente, tudo bem? Espero que sim. Estou há um tempo sem escrever? Estou sim, mas eu tenho meus motivos, queria agradecer as pessoas que entendem, e me desculpar com vocês, sei que é ruim ficar esperando assim, mas desculpa mesmo, esses dias ta bem difícil para escrever, mas eu vou tentar sim escrever com mais frequência. Não tem previsão ainda de quanto vai demorar para terminar a história, mas eu irei avisar com antecedência, por tanto, fiquem tranquilos. Obrigada pela compreensão, deixem nos comentários o que vocês estão achando e o que esperam de " por acaso " vamos fazer diferente ne? rss. Quem estiver interessado em falar comigo, meu whatsApp está na minha bio, obrigada à todas por chegarem até aqui, por me acompanhar, e pelo apoio principalmente. Vocês são de mais! Boa leitura.
Obs.: O "fim?" é relacionado ao capítulo, e não à história ok? Leiam que vocês vão entender.
B.P.

MANUELLA
O tempo estava voando, e hoje eu estava completando 24 aninhos, isso mesmo, meu aniversário. Senti o sol aquecer a minha pele, e abri os olhos, fui até a janela e senti aquele cheiro de café, aquela brisa matutina, a cidade estava acordando. Fui até o banheiro e lavei meu rosto, me olhei no espelho e comecei a rir.
- O tempo ta passando rápido em Manu? 24 anos de pura gostosura! - e gargalhei mais ainda.
- Rindo sozinha a essas horas amor? Ficar velha está melhorando seu humor? - ela sorriu, me abraçou por trás e esfregou o rosto por entre meus cabelos - Feliz aniversário meu amor.
- Velha é a sua avó - mostrei o dedo para ela e me virei para que pudesse beija-lá - obrigada, ele seria mais um aniversário cliché se eu não tivesse você ao meu lado, obrigado por vir.
- É um prazer acordar 5 horas da manhã só para vim aqui. - Eu ri e dei um tapinha de leve nela, pois sei que odeia acordar cedo e estava tentando se acostumar a fazer isso, por causa dos finais de semana em que peço para ela vir, e como eu já acostumei a acordar cedo para trabalhar, aos sábados e domingos não era diferente...
Passei o dia ao lado da Kelsey, brincando, rindo, simplesmente sendo feliz, enquanto respondia alguns recadinhos nas redes sociais. As crises de ciumes que ela tinha ao ver, eram as melhores. Mas como sempre digo, as horas ao seu lado passam muito depressa, e quando olhei no relógio já eram 16hrs.
- Kel? Vou tomar banho para me arrumar, você vai se arrumar aqui ou na sua casa?
- Vou para casa amor, quer que eu passe aqui para te buscar que horas?
- Você sabe que eu amo dirigir, então eu passo para te buscar ok madame, esteja pronta as 20hrs.
Ela concordou com a cabeça, me deu um beijo e foi embora. Alguns dias atrás, minha mãe disse que iria fazer uma festa surpresa para mim (?) Pois é, minha mãe é dessas que sabe guardar segredo. Ia ser na nossa antiga casa, lá é bem grande e pelo que ela disse, iria ir mil pessoas. Mereço. Só Deus sabe o quanto eu NÃO gosto de festas comemorativas muito grandes. Tomei banho, fiz as unhas enquanto usava aquela toca na cabeça sabe? Aquela lá que esquenta e seu cabelo hidrata. Terminei as unhas,  o cabelo, agora só faltava escolher uma roupa e maquiagem, olhei no relógio e eram 18h30. Peguei um vestidinho básico (ou nem tanto) daqueles que ficam no fundo do guarda-roupas, que você não usa sempre, mas que é bem especial. Ele era num azul marinho, com mangas longas e um decote nas costas, um pouco acima do joelho. Bem agarrado, o que valorizou e muito o meu corpo. Coloquei um salto preto que estava perdido por entre meus mil e um tênis, passei lapis, rimel e aquele batom vermelho. Nunca gostei de encher a cara de reboco. Meu cabelo estava com os cachos bem comportados por causa da escova rápida que havia feito. Então joguei ele todo para um lado e prendi, me olhei no espelho e "UAL", quanto tempo eu não me arrumava assim. Passei um perfuminho, peguei tudo que iria precisar e fui para o estacionamento.
Cheguei em casa, ou melhor, na minha ex casa, sai do carro e fui até a Kelsey, que estava saindo de dentro do meu carro também.  Ela ainda não tinha me visti direito, então me olhou encantada e sorriu maravilhosamente para mim.
- Meu Deus, como tenho sorte! Você é linda Manu, está perfeita. - Ela me deu a mão e ficamos paradas olhando para a porta de casa. Jheny cantarolou um " é o amooor " brincando com nos, tirando risos nossos. Me preocupei por um momento no que as pessoas iam pensar, ou falar. Mas deixei para lá, era o meu aniversário e ninguém ia estragar isso. A festa era minha, se não gostasse, que fosse embora ue. Olhei confiante para Kelsey e ela piscou para mim, e assim fomos adentrando a casa. Passamos pela grande porta de vidro e pude sentir todos os olhares sobre mim, alguns de reprovação, outros com compaixão. Sorri para todos, e um à um, foram vindo até mim, me entregando vários embrulhos, que eu fui dando para Manu e ela com aquela barriguinha linda e grandinha, foi amontoando todos ao lado do sofá.
Me sentei em uma mesa que estava ali no quintal, junto à Natalia e sua noiva, Renata, Marcela, meu cunhado, Jheny e Kelsey. A conversa estava uma delícia, altas risadas saiam dali, mas fomos "interrompidos" pela minha mãe que batia um talher na taça.
- Boa noite à todos, gostaria de agradecer a presença de vocês nesse dia tão especial para mim. O aniversário da minha filhinha mais velha! Manuella, sei que a mamãe te chateou muito, e que eu não deveria ter te deixado do jeito que foi, à alguns meses fui tentando me reaproximar de você, eu realmente queria que você me perdoasse, do fundo do meu coração. Foi uma surpresa para mim tudo isso, mas eu como sua mãe, continuo te amando muito, e se você está feliz, eu estou também. Não me interessa se é um homem, uma mulher, um pato que vai te fazer feliz - soltei uma leve risada, enquanto secava uma lágrima de emoção - o importante é a sua felicidade meu amor. Eu te respeito, e muito. E eu te amo meu amor, espero que um dia você possa me perdoar de verdade, me arrependi, foi tudo muito novo para mim, mas eu deveria ter deixado minha mente mais aberta. Hoje estou aqui perante a todos, para lhe desejar um feliz aniversário, para dizer que eu te amo, que você e a Marcella foram meus maiores tesouros, e para pedir seu perdão querida.
Todos aplaudiram e me olharam esperando alguma reação minha. Olha, ainda bem que esse rimel é a prova d'agua. Me levantei e fui até minha mãe,  a abraçando forte e dizendo que a perdoaria, enquanto sentia suas lágrimas quentes tocando minha pele.
***
Eu estava saindo da clínica, Natália estava de carro junto de Amanda para irmos à um restaurante. Iriamos fazer um encontro de casais, porém, Kelsey chegaria mais tarde pois sairia depois do trabalho, então peguei carona com minha prima mesmo. Estavamos comemorando 7 meses de namoro, queria que fosse uma noite especial.
Chegamos ao local e ficamos conversando, as horas estavam passando e Kelsey não chegava, ela ao menos me ligou para dizer que não iria, ou que iria depois. Ela não se justificou. Nem nada. Simplesmente não foi. Isso não é possível. Naquele momento tive certeza que alguma coisa havia acontecido com ela, mas como notícia ruim chega rapido e ninguém havia falado nada, decidimos pedir a comida... Comemos e elas ficaram tentando me deixar melhor, mas eu estava péssima,  só faltou começar a chorar ali mesmo. Elas me deixaram em casa e eu liguei para Kelsey milhoes e milhoes de vezes, mas só dava caixa postal. Resolvi ir até a casa dela. Peguei meu carro e fui. Chegando lá, toquei a campainha uma, duas vezes e ninguém atendeu, no terceiro toque ouvi passos e a porta se abriu. Apareceu uma Kelsey com os olhos inchados, de quem havia chorado horrores, ela estava acabada!
- Meu amor, o que aconteceu? - Fui para dar-lhe um abraço, mas ela se afastou. - É, você não me atende, não me avisou que não poderia ir hoje, fiquei tão preocupada, me diz o que ta acontecendo.
Ela continuava estática, sem dizer nem um pio.
- Precisamos conversar Manu..
- Oras, estou aqui para isso, desembuxa.
- Acabou.
- A, acabou o que?
- A gente Manu, acabou. Desculpa, mas não podemos continuar.

Por AcasoWhere stories live. Discover now