A Garota do Lenço Amarelo - S...

By TabithaLuizi

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Obra protegida por lei /Todos os direitos reservados. Seu povo vivia em guerra á milênios. Sua família era di... More

Flash back- Hadassa 1
O lenço - Julio 2
Nada é o que parece - Hadassa 3
São Paulo - Julio 4
Eu quero ele? - Hadassa 5
O primeiro encontro - Julio 6
Aviso!!!
"O Dia" - Hadassa 7
"Indescritível Felicidade" - Julio 8
Irresistível Felicidade - Hadassa 9
Kahalesi 10
"Lua de Mel" - Julio 11
Recadinhoooo!
Eu quero eu vou atrás - Hadassa 12
Completamente Minha - Julio 13

Vida de casada - Hadassa 14

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By TabithaLuizi

"Se eu pudesse escolher, ficaria com você para sempre"

- T.J Thompson

- Julio!! Eu acho que você quer me deixar diabética, e um pouco gordinha também, só pode. - Retruquei fazendo um biquinho, ao menos tentando parecer dramática.

- Você me disse, várias vezes desde que nos conhecemos que, um café da manhã sem bolinhos, não é um café da manhã. Tá aí, seu desejo é uma ordem, bonequinha. - Ele me disse todo meloso, e antes de sentar em frente á mim, se abaixou e melecou a ponta do meu nariz com o marshmallow da cobertura de um bolinho.

- AAAAH... então é guerra! - Exclamei. - Teremos guerra, senhor meu marido.

- Olha só o que vai fazer, depois não adianta chorar, heim? - Ele provocou e arregalou os olhos, me dando toda a atenção.

Eu fui mais rápida e tirei o prato de bolinhos de cima da mesa, antes que ele pegasse. Ele ficou parado me encarando por alguns segundos, e depois colocou as mãos em frente ao seu rosto, protegendo o seu "território facial". Eu coloquei o prato de bolinhos, em cima do balcão. E em seguida fui até ele e sentei em seu colo.

- Desistiu? Pensei que começaria uma guerra com bolinhos voando por toda a minha cara. - Disse com um leve sorriso de satisfação.

- Eu só quero... é... - Parei para morder o bolinho de frutas vermelhas, e continuei, o provocando passando a língua no marshmallow ao redor. Eu sabia que ele adoraria aquilo. - Só quero agora é beijar o meu marido, tão lindo e atencioso, não posso?

- Oh sim, claro. Adoraria provar esse gosto de frutas vermelhas dos seus lábios, minha esposa deliciosa.

Adorava quando ele expressava o que queria, assim tão abertamente. Estávamos na nossa pequena bolha particular, há quatro meses. E cada dia ficava ainda melhor. Eu o amava tanto. Ele me puxou para um beijo profundo, de tirar o fôlego. Nossas bocas, ansiavam uma pela outra. Sua língua, brincava na minha tão doce, e o gosto de frutas vermelhas com o hálito dele de menta fresca, me deixava alucinada. Aquele homem, era lindo, cheiroso, delicioso, e já havia feito tanto por mim desde que nos conhecemos. Julio, meu marido era o meu porto seguro, em meio há tantas tempestades em que a vida me apresentava. Julio era tudo o que eu sempre quis. As suas mãos desceram para brincar em minhas pernas, e ele alcançou a fenda do meu roupão de banho. E então, eu fui mais rápida, e o peguei de surpresa. Com a mão esquerda em que estava o meu bolinho recém mordido, e levei até o nariz dele, em seguida esfreguei com vontade.

- Nunca baixe a guarda, agente Vieira. Sempre alerta!

Eu pulei do seu colo, assim que vi que ele iria reagir á minha travessura. Foi instantâneo, ele veio correndo atrás de mim.

- Aaaaah agora é que você vai ver a guerra anunciada! Volte aqui, sua agente dupla.

- Agente dupla? - Eu indaguei, correndo para a sala do nosso apartamento. - Huuum, eu estou adorando a ideia.

- Isso, corre enquanto é tempo! - Ele me disse, tentando pular o sofá cor de café, no meio da sala. - Sabe que fazemos, com agentes duplos na interpol?

- Não, não sei... - Desdenhei e comecei a partir para o corredor, mais próximo. Ele deu um pulo e quase me pegou pelo braço, eu dei um gritinho assutado e continuei fugindo. Já estava quase chegando ao nosso quarto quando ele, alcançou o meu cotovelo direito.

- Assim que as pegamos, no caso se elas forem sexies como você . - Ele me disse me encurralando na parede e me olhou intensamente. Percebi seu desejo intenso, aquelas faíscas que pareciam sair de seus olhos, talvez ele poderia ver nos meus também. A nossa atração era instantânea. - Nós torturamos, até elas cederem, e se curvarem aos nossos desejos.

- Então era isso que fazia, com todas as agentes na interpol sr. Vieira? - Eu retruquei com um ciúme repentino.

- Não... Hadassa. Você é a única agente dupla, que estou louco para torturar com beijos, lambidas e chupadas intensas.

Em seguida ele me beijou com toda a força do seu desejo. Eu adorava estar nos braços do meu marido, meu porto seguro. E a cada beijo e pegada a gente ia fortalecendo a nossa química cada vez mais. Há dois anos se alguém me contasse que eu seria a esposa do agente federal mais sexy do Brasil eu não acreditaria na pessoa e ainda riria na cara dela.

- Amor eu sei... que você está animado mas se não nos arrumarmos logo. Vamos nos atrasar para o almoço na casa da minha mãe. - Lembrei em meio aos seus deliciosos beijos no meu pescoço.

- A sogrinha me ama - Disse todo confiante pertinho do meu ouvido. - Com certeza vai ficar feliz em saber que te amo e te mimo com todo o meu coração e atitude.

Eu não aguentei e comecei a gargalhar. Então ele intensificou o nosso momento e me pegou no colo e me levou direto para o nosso quarto. Chegando lá eu não resisti mais. Enlacei meu marido pelo pescoço e me entreguei aos seus beijos fantásticos. Tiramos a roupa e começamos a nos amar com aquela intensidade de recém-casados. Eu ficaria muito feliz e plena ao saber que no futuro após anos de casamento continuássemos assim mesmo em meio às dificuldades. A cada toque dele me sentia amada e desejada. A cada atenção simples eu me sentia valorizada. E Júlio tinha todo aquele jeito caliente de me fazer sentir parte de algo muito maior do que eu mesma tinha planejado para mim. Nos entregamos á paixão e depois do prazer, nossos corpos foram diminuindo o ritmo. Júlio me beijou nos lábios e depois em seguida na testa carinhosamente e me estendeu a mão para irmos até o banheiro. Tínhamos 20 minutos para tomar banho e sairmos para o nosso almoço em família.

Trinta minutos depois saímos de casa, e fomos sentido o bairro do bexiga encontrar meus pais. A casa que Júlio encontrou para a minha família era muito boa, num bairro tradicional de São Paulo. Meu pai conseguiu montar sua marcenaria na garagem mesmo. E fazia móveis sob encomenda e o diferencial era que ele imitava muito bem a mobília rústica. Em poucos meses estava aumentando a sua clientela. Minha mãe o ajudava com as redes sociais ela era antenada em tudo. Meus irmãos haviam conseguido uma licença pra abrir um singelo clube de tiro. E ser ex-fuzileiro do Mossad era um bônus. Tudo ia se ajeitando para nós. Refugiados da Palestina. Com pais de relacionamento étnico complicado, e família totalmente afastada por minha mãe ser judia. Nossa vida nunca foi muito normal. Estávamos acostumados com as pessoas nos odiando ou apontando o dedo. Muito mais a família do lado do meu pai os palestinos. Mas encontrar o clima hospitaleiro e mais pacífico no Brasil foi bom para colocarmos nossa vida em ordem. Claro que este país tropical também tinha seus problemas políticos e a violência crescia cada vez mais com a ineficiência do estado e o cidadão de bem desarmado, os bandidos estavam cada vez mais perigosos. Mas tudo o que já tínhamos visto na minha terra havia nos preparado para qualquer situação.

Chegamos no portão da casa de meus pais e acionamos o controle e entramos. Avistei meu irmão mais novo jogando futebol no gramado ao lado do corredor. Ele sempre havia sonhado em ser jogador de futebol, e realmente levava jeito. Notei uma moça e um rapaz jogando com eles. Deveria ser um de seus recentes amigos do clube de tiro.

- E aí maninho! Manda a bola. - Pedi pra ele. E então meu irmão veio mais perto de mim e tocou. Eu peguei a bola meio no ar e fiz 6 embaixadinhas e devolvi para ele.

- Essa é minha garota! - Anunciou meu pai saindo para fora de casa e veio me abraçar. - Yakun mawdie tarhib (Seja bem -vinda).

- Shukraan lak ya 'abi. (Obrigada papai) - Agradeci e o abracei bem forte. - Amor você pode trazer a sobremesa que tá no banco de trás? - Pedi a Júlio.

- Tudo bem. - Respondeu.

- Muito bem vindo meu genro! - Papai se desvencilhou de mim e foi até Júlio o abraçando também. - Olha temos um pouco da culinária hebraica hoje e em sua homenagem sua sogra aprendeu a fazer macarrão á bolonhesa e está louca para que você experimente.

- Essa minha sogra vive me mimando. Desse jeito vou ficar mal acostumado. - Júlio disse. Pegando a sobremesa e fechou a porta do carro.

- Júlio você agora é da família, e a família é importante. - Meu pai falou todo entusiasmado. - Mas me diga como tem andado os processos no escritório? Foi difícil voltar aos afazeres normais?

Meu pai e Júlio me seguiu para dentro de casa e engataram numa conversa, assim que passei pela sala senti o cheiro da comida de minha mãe. Era um momento mágico sempre. Minha mãe era uma cozinheira excelente. E como disse anteriormente era antenada em tudo inclusive aprender pratos novos e principalmente de países diversos.

- היי אמא, הגעתי
- Oi mamãe cheguei!

איזו שמחה, בת. ברוכים הבאים

- Que alegria filha seja bem-vinda.

Minha mãe deixou as panelas e veio me dar um abraço de urso.

- Como está a vida de recém-casada?

- Tudo ótimo mamãe. O Júlio é maravilhoso.

- Posso imaginar pelo seu sorriso e seus olhos brilhantes quando fala o nome dele. - Disse com entusiasmo.

- Tá tão transparente assim? - Indaguei corando.

- Com certeza e isso é ótimo.

- Olá sogrinha! - Anunciou Júlio vindo na direção dela e cruzou a cozinha para cumprimenta-lá.

-Bem-vindo meu genro! - Minha mãe respondeu e eles se abraçaram.

-Estavam falando mal de mim aí né? - provocou.

- De você? Só um pouquinho. - Ela entrou na brincadeira.

Então gargalhamos todos.

- Estou sabendo que hoje vou comer até passar mal como disse meu sogro. É comida hebraica, é comida italiana! Tô me sentindo um rei.

- Você merece querido. - Respondeu minha mãe entusiasmada. - Agora vão até a mesa e coloquem os pratos.

- É pra já mãe. - Respondi e sai com Júlio para colocar a mesa.

Foram horas bem bacanas ao lado dos meus pais. Conversamos bastante. Júlio foi até a marcenaria do meu pai ver alguns trabalhos novos. Eu e mamãe ficamos arrumando alguns álbuns antigos com meu irmão. Algumas coisas conseguimos trazer da Turquia e Beit Hanoun. Algumas coisas tivemos que deixar para trás, inclusive uma fazenda inteira que papai herdou de seu avô. Alguns locais mantinham contato com meus pais as escondidas. Se os Kahalesi soubessem o nosso paradeiro viriam atrás de nós como lobos famintos. Umas quatro da tarde nos despedimos e fomos até o parque Ibirapuera para fazermos uma caminhada e curtir aquele domingo de sol. Júlio atendeu uma ligação no meio da nossa corrida. Ele me pediu para continuar que já me alcançava. Depois daquela conversa ao telefone ele ficou mais quieto e pensativo. Eu não era daquelas mulheres que cobravam tudo. Mas como nossas circunstâncias eram peculiares tive que perguntar.

- Era da agência?

- Sim. Alguns amigos foram numa missão e até agora não voltaram. Sei que é bem normal se tratando do oriente médio. - Respondeu acelerando o passo. E eu intensifique também.

- Mas você se preocupa. Também é normal. - Assegurei. - Mas Júlio, eles não ligaram pra você só pra falar que estão demorando a retornar o contato.

- Eu sei. Na verdade... - Ele me disse ainda temeroso em me contar. - Vamos parar aqui um minuto. Ele pegou minha mão e fomos em direção à uma paineira gigante para termos um pouco de sombra. - Não quero te deixar nervosa pode ser especulação apenas mas, Ahmed não está mais sendo monitorado. Depois que viajou para o Líbano não conseguimos mais um contato. Eles acham que pode ter saído da área. Na Europa legalmente ele não consegue mais entrar.

- Júlio... meu amor, sabíamos que seria complicado. - Eu disse o olhando bem nos olhos. - Hoje você sabe que o clã Kahalesi e o Hamas estão meio que interligados. Sabemos que minha família corre risco. Mas vamos manter nossos planos até onde der.

- Você está certa. - Ele concordou comigo e me abraçou. - Temos olhos e ouvidos por todo o Brasil ele não seria louco de se expor por aqui. Ainda mais agora que o seu pai está perdendo a popularidade e o controle em Beit Hanoun.

- Isso você não tinha me contado.

- Como disse delícia... mera especulação. - Ele respondeu e me deu um beijo na testa ainda abraçado á mim.

- Compreendo.

E em seguida coloquei meus braços em seu pescoço e o puxei para um beijo. Ele deu uma risadinha safada entre nossos beijos. E a coisa foi ficando acalorada.

- Ei! E aquele papo de "na minha cultura não costumamos trocar a carícias em público"? - Lembrou ele rindo novamente.

- Casei-me com o agente federal e advogado mais quente deste país. Não me peça para ficar comportada 100% do tempo. - Respondi sorrindo. E baixei os olhos por seu corpo inteiro e voltei até encára-lo. Seu sorriso abriu muito mais e ele rosnou sexy.

- Vamos embora antes que cometamos atentado ao pudor! - Júlio anunciou e assim me pegou pela cintura e me colocou nos seus ombros. Eu gritei de início e depois comecei a gargalhar.

Conforme ele me carregava parque adentro até a saída eu aproveitei a minha posição e belisquei aquele bumbum durinho e sexy.

- Aproveita agora porque depois será a minha vez. - Anunciou.

- Vai ser um prazer meu marido.

Trinta minutos depois estávamos em casa e fomos tomar um banho juntos e as coisas recomeçaram quentes. Nossos beijos e nossas carícias foram cada vez mais urgentes e nos amamos mais uma vez tão intensamente como se nossa vida dependesse daquilo. E mais uma vez eu me sentia completamente saciada nos braços do meu Júlio.


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