Genetically Modified

By Dusray

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Ano 2034. Nesta data, alguns cientistas dos Estados Unidos, cansados de tantas desigualdades no mundo, se reu... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Perguntas

Capítulo 2

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By Dusray

POV Louis

Primeiro dia de trabalho. Eu ganhei uma transferência de Londres para Califórnia a poucos dias por uma oferta incrível do meu chefe. No início fiquei meio hesitante em contar para Harry, pois sei que ele é muito apegado a sua família e deixar tudo e todos para trás é um grande passo, porém fui surpreendido pelo mesmo quando ele abriu um sorriso gigantesco, cheio de orgulho de mim, e disse que esta era uma ótima oportunidade para começarmos nossa nova vida. Só não concordei muito com sua ideia de adotarmos uma criança, meu lado alfa não permite que eu aceite isso e infelizmente acabo decepcionando meu Hazza mesmo sem querer.

Tirando isso, eu faço de tudo para transforma-lo no beta mais feliz que esse mundo já teve a honra de habitar. Harry é de extrema importância para mim, e não apenas por que eu o marquei, mas simplesmente por ser ele. Eu seria capaz de arrastar montanhas se isso fosse satisfaze-lo, por que por mais que eu seja o alfa da relação, ele é que me tem em suas mãos como um bom cachorro obediente. Diversos amigos meus já disseram que eu deveria impor mais moral com meu beta, mas eu mandei todos eles se fuderem e continuei a tratar o Harry como sempre o tratei. Como minha rainha.

- Como foi a cirurgia?- Perguntou uma voz grossa e máscula de algum alfa. Me virei e pude ver Liam Payne vindo na minha direção e passando o braço esquerdo pelo meu ombro enquanto andávamos pelo corredor. Liam é um homem dois anos mais novo do que eu, com vinte e cinco anos, porém é super inteligente e praticamente comanda esse hospital. Ele foi extremamente simpático quando cheguei e me recebeu com os braços abertos, mostrando-me o local e me apresentando a diversas pessoas.

- Muito boa para minha primeira cirurgia em outro país.- Digo com um pequeno sorriso no canto da boca, virando o corredor para ir para minha nova sala.

- É muito bom ter um profissional como você por aqui, nós estávamos necessitados.- Suspira olhando para o lado e vendo alguns pacientes se encaminharem para a sala de seus devidos médicos. Depois voltou sua atenção para mim e sorriu verdadeiro, como se tivesse tido uma ideia.- Deveríamos comemorar sua chegada, chamar alguns amigos meus mais próximos e saírmos para beber no bar aqui perto.

- Seria bem legal, é só marcamos.- Concordo parando em frente a porta da minha sala e o vendo tirar o braço do meu ombro com isso.

- Podemos ir hoje a noite, as sete, que tal?- Sugeriu arqueando as sobrancelhas e eu aceno com a cabeça.

- Perfeito, nesse horário eu provavelmente já vou ter terminado tudo, está combinado.- Respondo com um sorriso.- Ah, tem problemas se eu chamar meu marido?

- Não, claro que não, será ótimo conhece-lo.- Diz enquanto se afasta de mim para continuar seu trabalho e eu aceno novamente com a cabeça em concordância, entrando na minha sala em seguida.

Me sento na cadeira giratória em frente ao computador e respiro firme antes de começar a organizar minha agenda para o resto da semana, e mês. Porém, sou interrompido quando meu telefone começa a tocar. Estranho o fato, a única pessoa que costuma me ligar é Harry mas logo no primeiro dia acho que ele não faria isso.

Número desconhecido.

- Doutor Tomlinson, quem fala?- Atendo formalmente, talvez seja algum paciente desavisado de Londres que queira marcar consulta. No meu trabalho eu não apenas faço cirurgias, apesar de ser "cirurgião", mas também examino as pessoas para ver se está tudo sobre controle.

- Me ajuda, por favor.- A voz fraca e rouca do outro lado da chama se faz presente depois de alguns segundos em silêncio, seria isso um trote? Provavelmente não, se tem uma coisa que eu sou ótimo é em reconhecer quando alguém está mentindo, então ou esse garoto do outro lado é um ator impecável, ou realmente está em problemas. Acreditarei na segunda opção.

- Onde você está?- Eu pergunto me levantando da cadeira e pegando minha bolsa e a colocando no meu ombro.

- N-na casa do J-josh.- Ele responde soluçando.

- Quem é Josh?- Pergunto caminhando pelos corredores grandes do hospital.

- Por favor só venha.- Ele implora começando a chorar.

- Ok, estarei aí em alguns minutos, tente se acalmar.- Peço desligando a ligação e tentando identificar o endereço pelo aplicativo que permite encontrar a localização de outros celulares.

Em segundos consigo saber que ele está a poucas ruas de distância do hospital e pego o meu carro, dirigindo o mais rápido possível para o endereço indicado, já me preparando para qualquer tipo de situação que me espera. Não sei em quais condições esse garoto está, mas é bastante provável que não seja uma das melhores.

Não demorou muito e eu cheguei em um prédio pequeno. Entrei dentro deste e fui até o porteiro, perguntando qual era o apartamento de Josh. O beta revirou os olhos sem dar muita importância para minha presença e disse que era a primeira porta da direita no segundo andar. Pelo seu jeito desleixado de ser, ele nem deve ter notado que um dos moradores pode ter cometido atrocidades com uma pessoa indefesa. Mesmo assim, o agradeci pela informação e segui o caminho indicado.

Ao que chego na frente do apartamento, uma sensação agonizante toma conta de todo meu ser. Os hormônios de um ômega próximo mandava pedidos de socorro de forma insistente, como se o seu dono estivesse sofrendo desesperadamente. Meu alfa interior me possui e não hesito antes de me jogar contra a porta e quebra-la, seguindo o meu instinto para encontrar o ômega que clamava ajuda.

É necessário apenas mais alguns passos para eu detectar a presença do pequeno menino loiro, vestindo somente peças íntimas, jogado no chão e gemendo de dor enquanto algumas lágrimas rápidas escorrem pela sua bochecha corada. No seu corpo tinha marcas vermelhas, e minha experiência médica sabe que não demorará muito pra que fiquem roxas por um bom tempo.

Caminho até ele, ajoelhando-me ao seu lado e o pegando em meus braços, abraçando-o da melhor forma possível para passa-lo segurança. Ele se conforta em meu colo e passa os braços finos pelo meu pescoço, descansando a testa na clavícula e fazendo alguns arrepios espalharem-se pela minha nuca.

Concentre-se Louis.

- Quem fez isso com você?- Pergunto horrorizado ainda o apertando firme.

- E-eu não sei.- Ele responde meio inseguro, sua voz doce e suave aperta meu coração em dó. Eu queria que sua dor pudesse ser transferida para mim, seus instintos amedrontados estão me sufocando.

- Babe, você precisa responder para colocarmos essa pessoa na prisão.- Tento convence-lo enquanto acaricio seus cabelos.

- Por favor, só me tira daqui.

- Tudo bem, vai ficar tudo bem ok?!- Garanto me levantando com ele em meus braços e caminhando para a saída, no caminho pego suas roupas e sua mochila.

Ao sair do prédio, o beta na cadeira giratória nem estranhou o fato de eu estar saindo com um ômega ferido nos braços, ele apenas apertou o botão para abrir a porta e voltou a foliar a revista em mãos. Isso me deixou extremamente irritado, porém eu preferi ignorar e segui em direção ao meu carro. Quando cheguei coloquei o ômega cuidadosamente no banco de passegeiro e dei a volta para o sentar-me no do motorista.

- Obrigado.- Ele agradece envergonhado olhando para baixo.

- Você pode me responder algumas coisas?- Pergunto e ele assente com a cabeça lentamente.- Okay, então, qual seu nome e como sabia meu número? Estou um pouco confuso em relação a isso.

- E-eu sou Niall, Niall Horan.- Ele diz respirando fundo para conter os soluços baixos que escapavam de sua garganta.- Meu novo vizinho me deu seu número e disse que eu podia te ligar, desculpa se incomodei, mas eu estava desesperado.

- Ei, ei, ei, se acalma, está tudo bem.- Digo limpando suas lágrimas e tentando deixa-lo acomodado.- Você não incomodou, ok?! Está tudo bem. Quem é seu vizinho?

- H-harry, eu acho.- Responde e tudo faz sentido na minha cabeça.

É típico de Harry sempre dar meu número para os ômegas que ele conhece, principalmente se estes ainda não tem sua marca de alfa. Meu amado beta acha que é sua função tomar conta de todos, em especial dos ômegas que são tão poucos, porém como ele mal consegue tomar conta de si próprio ele me coloca no meio disso tudo. Não que eu esteja reclamando, eu amo ajudar as pessoas, apenas acho que Harry deveria se meter um pouquinho menos nas vida dos outros.

- Harry é meu marido, viu só?! Sem incômodos.- Brinquei me virando para o volante e ligando o carro.- Eu vou te levar para casa, deve ter alguém preocupado com seu sumiço.

- Eu não tenho tanta certeza assim.- Revida fungando e apoiando a cabeça nos joelhos, que estavam perto já que seus pés estão em cima do banco.- M-minha mãe pensa que estou na escola.

- Sendo assim, eu te levarei para minha casa e farei um delicioso chá de hortelã, o que acha?- Sugiro olhando de soslaio para ele para não gerar nenhum acidente.

- Muito obrigado.- Agradeceu transbordando em lágrimas e se jogando para cima de mim com os braços esticados.

Obviamente o recebi de bom grado e passei um dos meus braços sobre seu pequeno corpo protetivamente. Quem quer que tenha feito esse ômega sofrer, vai se ver comigo. E eu já sei exatamente como fazer isso, irei mostrar para essa pessoa que não se pode mexer com garotos indefesos e ele ou ela irá aprender, nem que seja a última coisa que faça na sua vida. Sabem como é, nunca é bom irritar alguém que entende tanto sobre as fraquezas do cérebro e corpo humano, essa pessoa pode se tornar perigosa as vezes.

-xx-
Notas: quem ama Louis vingativo? 🙋🏻
Pra ser sincera, amo quando qualquer um fica vingativo mas deixemos quieto ;)

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