Doce Vingança, livro 01

By PriscilaMariaLima

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*OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL, OBRA REGISTRADA EM CARTÓRIO* Gustavo é acostumado a ter as coisas do... More

Apresentação e esclarecimentos
Capítulo 1 - parte 1
Capítulo 1- parte 2
Capítulo 2 - Inesperado
Capítulo 3 - Dois pra lá dois pra cá.
Capítulo 05 (parte 01)
Capítulo 05 (parte02)
Capítulo 06 - Labirinto
Capítulo 07 - Doce Despedida
Capítulo 08
Capítulo 08 (parte 02)
Capítulo 08 (parte 03)
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15 (parte 01)
Capítulo 15 (parte 02)
Capítulo 15 (parte 03)
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19 (parte 01)
Capítulo 19 (parte 02)
Capítulo 19 (parte 03)
Capítulo 19 (parte 04)
Página!
Capa
Aviso sobre a publicação
Capítulo 38 - Final
Doce Surpresa saiu do forno!
Doces contos pra esquentar!
Livro 02!

Capítulo 04 - (não) me toque!

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By PriscilaMariaLima


Acordei pouco depois de meio dia com a luz do sol fazendo uma trilha da fresta da cortina até meu rosto. Pulei da cama e me arrastei até o banheiro, onde tomei uma ducha fria. Coloquei um vestido de algodão branco tomara-que-caia e desci. Escutei música e risadas do lado de fora e encontrei meus pais deitados nas espreguiçadeiras da varanda. Minha mãe estava de maiô, roupão , um chapéu que parecia uma barraca e tomava uma caipirinha; meu pai estava de sunga, camisa polo amarela, óculos escuros e bebia uma cerveja.

Olhei para frente e decididamente eu nunca me cansaria daquela vista: o mar se estendendo. Ver extensão do azul onde a água se encontra com o céu, era para se sentir abençoada todos os dias. A varanda aqui do primeiro andar da cobertura rodeava todo apartamento. Acho que nos mudamos para cá quando eu tinha uns quatro anos de idade. Lembro de antes morarmos numa casa e minha mãe não querer me criar presa em um apartamento, mas gostaria muito de me criar na segurança de um. Por isso escolheram essa cobertura que é quatro vezes maior que a casa que morávamos! Peguei uma florzinha de um dos vasos de plantas que minha mãe tinha espalhados por ali e lhe ofereci.

_ Bom dia. _ peguei os óculos escuros da minha mãe na mesinha e coloquei.

_ E olha nossa bela adormecida! Pensei que tinha entrado em coma... _ minha mãe me puxava para sentar entre suas pernas e pegava o protetor solar para passar nas minhas costas.

_ Aprendi com vocês que artista acorda tarde... _minha voz ainda saia grossa e rouca de sono. Peguei um pãozinho tostado que meu pai me oferecia. _ Como foi o aniversário da Lucinha Garrido?

_ Sorrisos, fotos, glamour e puxa-sacos... _ meu pai revirava os olhos. Ele detestava festa de lançamento de novela, coletiva de estreia de peça teatral e tudo que envolvesse a mídia. Minha mãe era um pouco mais paciente e marketeira. Sabia do sucesso que faziam como casal e se aproveitava disso. Não que não se amassem, mas eles vendiam muito bem juntos. Os dois foram o conto de fadas que deu certo. Ah, se soubessem como brigavam por serem tão geniosos. Artistas, né? _ E você? Como foi sua festa junina?

_ Maravilhosa!

_ Hum... Por quê?

_ Não, mãe, não é pelo que você tá pensando. Meus amigos são maravilhosos, só isso.

_ Sei... _ agora ela passava protetor no meu rosto. _ Hoje tem o luau da Beth Nieri.

_ Ah, não... _ meu pai e eu falamos, juntos.

_ Ah, sim... Não estamos em condições de rejeitar convites.

_ Meu amor... estamos em condições de nos aposentar...

_ Nem brinca com isso! _ minha mãe detestava quando meu pai tocava nesse assunto. Ela disse que um artista nunca se aposenta. Assim como nunca dorme, nunca adoece, nunca se cansa!

Passamos o dia ao ar livre e ao final da noite resolvemos não jantar. Quer dizer, minha mãe resolveu não comer e meu pai e eu acabamos ficando, também, sem jantar...

Chegamos ao hotel onde aconteceria o luau. O restaurante, onde o buffet era servido, abria diretamente a uma parte reservada da praia onde estavam instaladas tendas douradas com sofás e puffs . Ao lado do bar, um palco com orquestra. O que eu não entendi muito bem: luau com orquestra? 

Muitos garçons musculosos circulavam de calça de linho branca e sem camisa, com um colar de flores coloridas. Todos os convidados estavam muito à vontade com suas roupas brancas e descalços. O bar montado do lado de fora era a réplica de um bangalô e acima das prateleiras de bebidas estava pendurada uma prancha pichada: "ALOHA!". Os barmen usavam os mesmos trajes que os garçons e as barwomen usavam biquínis dourados com colares de flores brancas. Tudo exalava glamour e sensualidade.

No convite havia destacado que era traje branco. Quase não troquei de roupa mas minha mãe me obrigou e optei por um macacão branco frente única e os cabelos soltos, como acessórios só brincos de argolas douradas. Já minha mãe era tão espetaculosa... Colocou um vestido longo branco, de mangas compridas em renda, mas com muitas joias: argolas enormes, anéis dourados em todos os dedos e correntes de ouro que faziam conjunto com suas pulseiras de argolas, contrastando com meu pai que usava uma bermuda branca e camisa lilás. Meus pais e eu fomos cumprimentar a aniversariante que estava ao lado do bar.

_  Angela! Celso! _ Beth surgia de uma rodinha de fotógrafos e repórteres para abraça-los e posar para a imprensa, era muito marketing envolvido por ali e eu resolvi me esgueirar para não participar daquilo. Beth era uma socialite que vivia de ser rica. Sim, essa era sua profissão: ser rica. Mas só era rica por ser muito inteligente. Sabia onde, como e com quem investir seu dinheiro, assim como ter retorno. Sua empresa de cosméticos era uma das maiores patrocinadoras dos espetáculos dos meus pais, amigos fiéis e presença certa em seus eventos, já que uma mão lava a outra. Um garçom passou e eu peguei uma taça de prosecco, virando num só gole. Outra passou e eu troquei minha taça vazia por outra taça cheia, da bandeja. Só com muito álcool para aguentar esses eventos.

_ Você realmente é uma esponja... _ virei e deparei com...

_ Gustavo?! _ engasguei com a bebida. Que surpresa, nunca imaginei encontrar com ele num evento desses. _ O que... O que você veio fazer aqui?

_ A mesma coisa que você. _ ele me encarou um sorriso divertido que se estendia até os olhos. Usava uma camisa branca aberta e calça de linho, verde. Dei uma conferida da cabeça aos pés e ele estava me encarando com uma sobrancelha erguida. _ Gostou?

Bufei e revirei os olhos. Realmente era um babaca.

_ Você ainda não me respondeu.

_ E o que eu não te respondi, Valentina? _ ele pegou a taça da minha mão e tomou um gole. Quando quis me devolver, rejeitei. Eu que não ia beber do mesmo copo que esse imbecil... que nojo! _ Beth é uma amiga da família.

_ Aham. Entendi. _ fui me afastando em direção à praia e peguei mais um taça da bandeja de um dos garçons que passava. Atravessei por algumas tendas senti a brisa salgada nos meus lábios. A mistura da maresia com o gosto do prosecco parecia me embebedar, mas era só o efeito calmante que o mar tem sobre mim. Infelizmente esse efeito era logo cortado com o mala que me seguia.

_ E você?

_ Aqueles ali, ó... meus pais. _ apontei para os fotógrafos enlouquecidos em torno do casal. Ele se surpreendeu e me olhou com uma cara de "você é filha deles?" _ Que foi? Quer um autografo?

_ Não... Quero outra coisa. _ passou a mão no meu rosto e eu me afastei.

_ Ei!

_ Que é? Tá arredia...

_ Não gosto que me toquem sem permissão.

_ Que pena... Mas quando eu tiver permissão é você quem vai me pedir pra não parar de te tocar! _ caramba! Mas que papo de cafajeste. Comecei a passar por ele para voltar ao bar quando o senti me segurando pelo braço. _ Já disse pra você não encostar em mim!

_ Eu quero saber o porquê da irritação.

_ Eu não gosto de você.

_ Não parecia que você não gostava de mim na festa junina.

_ Porque eu bebi demais. E com álcool todo mundo vira meu melhor amigo. _ sorri sarcasticamente. Ele se aproximou e senti seu hálito quente com cheiro de álcool no meu ouvido enviando pequenos choques a minha corrente sanguínea.

_ Então vamos te dar um porre...

Graças a Deus o meu celular tocou. Era o Thomaz me ligando. Revirei os olhos ignorando a chamada mas a ideia veio como um flash e sorri. Thomaz, enfim, não possuía um papel completamente inútil na minha vida. Afinal, eu havia aprendido algumas lições com ele: a primeira e básica era como usar alguém. Lógico que eu não pensava em ir tão longe e transar com o Gustavo. Esse cara não entra em mim nem morta! Ignorei a chamada e dei um passo atrás para encará-lo.

_ Quer dançar? _ ele piscou incrédulo com a minha súbita mudança de comportamento e depois foi abrindo um sorriso enquanto me seguia até a pista de dança.

A orquestra foi substituída por um DJ que remixava MPB com batidas de eletrofunk. Eu rebolava enquanto levantava meus cabelos, olhando os olhos e a boca perfeitamente desenhada de Gustavo. Ele se aproximava, me segurando pela cintura e eu sorria, maliciosamente, tentando encostar seu quadril em mim. As vezes eu passava os braços pela sua nuca e quando ele correspondia ao toque, eu me afastava. Admito que sua respiração deixava todo meu corpo arrepiado. Mas provavelmente o nome disso era carência ou falta de uma bela foda! Ficamos um bom tempo nessa brincadeira de gato e rato, as luzes estavam baixas e os fotógrafos estavam próximos ao mar, onde estávamos antes, perto da aniversariante. Quer dizer que esse meu showzinho não sairia amanhã nas primeiras páginas.

_ Você é maravilhosa, cara... _ ele gritava acima da música perto de mim e sorri, em resposta. Quero esse cara rendido, quero esse cara vulnerável e iludido achando que vamos além disso aqui. Quando ele tentou me beijar, eu virei o rosto e saí em direção ao bar. Pedi uma água porque nem pensar que ficaria bêbada perto dele. Ficamos um de frente para o outro sem falar nada. Suados e ofegantes. Aquele estado era muito sugestivo. Vi uma gota de suor escorrendo do seu pescoço até o tórax definido. Seus cabelos estavam ensopados. Ele passou a língua pelos lábios. Mas aquele charme todo não funcionaria comigo, eu estava bem focada._ Quer ir pra outro lugar? _ virei a garrafa d'água em generosas goladas, suspirei e sorri mais uma vez.

_ Não.

_ Porque você não gosta de mim?!

_ Exatamente. _ levantei os cabelos e prendi num coque no alto da cabeça dando um nó, alguns fios soltos ficaram grudando na minha pele suada. Meu celular vibrou e vi uma mensagem de Thomaz  "Estou aqui na festa da Beth Nieri, encontrei seus pais. Cadê você?", olhei em volta e avistei Thomaz na praia como ele tinha dito na mensagem, ao lado dos meus pais posando para fotos. Guardei o celular e fui me despedindo de Gustavo: _ Preciso ir.

_ Mas... por quê? Já? _ ele me seguia. Parei e empurrei seu peito escorregadio com a minha mão para que ele parasse no lugar.

_ Uma emergência. Eu preciso ir. Não me segue... tchau. _ andei e vi que ele continuava me seguindo. _ Eu disse...

_ Dá isso aqui! _ tomou o celular da minha mão! Antes que eu pudesse tentar pegar de volta, ele estava discando e ouvi um som vindo do seu bolso. Ele me devolveu o celular e foi virando. _ Te ligo amanhã pra gente combinar alguma coisa.

Enquanto andava de costas, me deu uma piscadela, revirei os olhos e me apressei até a entrada do hotel. Entrei no primeiro táxi que passou, nem esperei o vallet pedir um carro para me levar. Durante o trajeto mandei uma mensagem aos meus pais alegando uma dor de cabeça. O que não seria uma total mentira caso topasse com Thomaz. Pelo amor de Deus! Desgraça pouca é bobagem! Primeiro ter que aturar o irritante, cheiroso, gostoso... opa! Aturar as canalhices do Gustavo para terminar com investidas do Thomaz?! Eu hein!

Quando cheguei em casa estava tudo escuro e todos os empregados recolhidos, subi direto para o meu quarto. Não estava com muito sono então tirei a roupa, enchi a banheira com alguns sais e liguei o celular na base com uma música instrumental. Fechei os olhos e senti as borbulhas na água, o formigamento dos sais e meus seios apontaram para cima. Levei minhas mãos até eles e comecei a torcer os mamilos. A água deixava tudo mais escorregadio e eu levantei um pouco os seios com as mãos para poder passear minha língua neles.

Eu estava tão elétrica e ofegante, sentia a explosão de prazer por antecipação. Ao mesmo tempo que queria com urgência, queria adiar e prolongar essa sensação. Escorreguei uma mão até minha entrada e encontrei meu botão de prazer tão inchado que quase gozei por apenas raspar o dedo. Eu senti o latejar da minha boceta ressoar nos meus ouvidos. Era uma carga enorme passeando por todo o meu corpo. Enfiei dois dedos de uma vez só e por dentro estava escorregadio e molhado como eu estava por fora. Meus dedos entravam e saiam pressionando meus clitóris e sem perceber comecei a remexer meu quadril indo atrás daquilo que eu tanto desejava. A outra mão espalmava meu seio. Não demoraria a chegar, eu sentia já minha lombar comprimida, a parte interna da minha coxa ficando dormente, boca aberta com a língua procurando algo em círculos pelos meus lábios. Eu sabia que estava vindo e era forte!

Comecei a perder o controle da minha mão e roçar cada vez mais forte, cada vez mais bruto. Eu me castigava para me dar aquele prazer, senti uma dor apaixonante e me encontrei dilacerada. Sentia meu peito se abrindo de dentro para fora quando joguei a cabeça para trás e suspirei quase sem voz "Gustavo!".

Apertei minha mão entre as pernas e com a outra segurei a borda da banheira. Meu peito subia e descia com a respiração descompassada e fui me dando conta do nome na minha boca quando gozei forte, gostoso e descontrolado. Afundei de cabeça na água com aquele sentimento frustrante...

Fiquei na banheira até sentir a água começar a gelar e meus dedos começarem a enrugar. Peguei meu roupão e deitei na cama sem nem enxugar os cabelos. Meu celular apitou e vi uma mensagem de um número desconhecido:

"Almoça comigo, amanhã?"

Será que era ele? Resolvi não arriscar uma resposta engraçadinha:

"Quem é?"

A resposta veio em seguida:

"Não deu tanto tempo assim pra você me esquecer. É o Gustavo!"

Revirei os olhos e me joguei na cama. Estava me sentindo muito chateada comigo mesma pelo que tinha acabado de acontecer na banheira mas ele tinha o dom de me fazer lembrar porquê era tão detestável. Pensei um pouco e respondi:

"Almoço parece ótimo!"

"Onde te pego?"

"Vamos marcar um ponto de encontro. Posto 09? 13 horas?"

Depois de alguns minutos, veio a resposta dele:

"Mal posso esperar"

Olhei mais uma vez a mensagem e sorri repetindo suas palavras:

_ Mal posso esperar... _ meu plano estava até agora andando tranquilamente, se continuasse nesse ritmo, eu daria uma lição nesse babaca daqui algumas horas. E foi com esse sentimento de satisfação que dormi com um sorriso no rosto.

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