Capítulo 19 (parte 03)

662 105 11
                                    


*Não esqueçam da estrelinha!

*Hoje um capítulo mais curtinho para acabar com a curiosidade!

Luiza estava com o macacão de seda nos calcanhares e a calcinha nos joelhos sendo estocada, por trás, por Henrique que estava com as calças abertas, até o meio das coxas. Suas mãos a prendiam e a puxava com força, pelo quadril. Ela estava de olhos fechados e mordendo os lábios com gemidos abafados. Seus seios balançavam diante das investidas de Henrique. Quando foi que ele saiu da sala que eu não percebi? Talvez na hora que Gustavo estava com os dedos dentro de mim me fazendo enxergar tudo turvo.

            _ Filho da puta! _ num segundo Gustavo estava ao meu lado e no outro, segurava Henrique pela camisa, levando seu punho fechado no queixo do amigo. Luiza suspendia a roupa, afobada. _ Você é louco, porra?

            _ Para, Gustavo! Para! _ Luiza se aproximou do irmão que a empurrou fazendo com que caísse em cima de mim, então voltou a sacudir Henrique pela camisa e socá-lo. _ Por favor, Gustavo! _ Luiza implorava em meio às lágrimas e Henrique não reagia, apenas deixava os braços à frente do corpo tentando se proteger dos golpes.

            Soltei Luiza e pulei na frente de Gustavo, impedindo o próximo soco. Segurei seu braço implorando que ele parasse. Seu peito subia e descia, violentamente, com sua respiração espaçada, seu olhar era de fúria para o  amigo que levantava do chão, fechando as calças e limpando o sangue dos lábios.

            _ Você é um desgraçado, Henrique! _ Gustavo cuspia as palavras enquanto eu espalmava seu peito tentando contê-lo.

            _ Gustavo, nã... _ Luiza chorava tocando o ombro do irmão.

            _ Cala a boca! _ ele se afastou do seu toque, gritando. _ Vocês dois... Ela é minha irmã, porra! Ele é meu melhor amigo. _ seus olhos tremiam quando olhou para Henrique. _Ele era meu melhor amigo... Vai embora, Henrique. _ Luiza soluçava e Henrique passou de cabeça baixa por nós. Parou e olhou Luiza que se encolheu abraçando o próprio corpo.

            Soltei Gustavo e corri para abraçar Luiza. Seu rosto estava todo molhado, as alças da roupa, caídas entre os braços cruzados. Gustavo apertava a nuca e praguejava.

            _ Vamos embora. _ passou por nós duas e o seguimos. Subimos para a sala de estar e em meio à claridade vi o rosto de Luiza vermelho e inchado. A camisa de Gustavo tinha alguns respingos de sangue.

            Seguimos até o banheiro do outro lado da sala enquanto Gustavo se despedia dos outros. Luiza lavou o rosto e se sentou na tampa do vaso sanitário. Ajoelhei a sua frente e segurei seu rosto entre minhas mãos. Uma lágrima solitária escorreu e pingou em seu colo.

            _ Você gosta do Henrique?

            _ Não sei mais se quero ou se posso gostar. _ seu olhar era baixo e fungava limpando o nariz com as costas da mão. Soluçou juntando as sobrancelhas. _ Henrique disse que eu sou tão bonita... Foram as palavras dele. Ele disse que eu não devia escutar as besteiras da minha mãe porque eu sou "tão bonita". Sabe há quanto tempo eu não me sinto "tão bonita"? Nem eu me lembro.  _ a envolvi com meus braços enquanto tremia. Luiza era tão carente de afirmação. Ela se afastou limpando o rosto. _Mas ele vai escolher o Gustavo. E eu entendo.

            _ Ninguém precisa escolher ninguém, Luiza. Todo mundo se gosta. Eu vou conversar com seu irmão.

            _ Não! Não, por favor, não fala nada! _ ela balançava a cabeça e enrolava os cabelos colocando por cima do ombro. _ O Gustavo é inconseqüente quando se irrita e não quero que vocês briguem. Por favor, não fala nada.

Doce Vingança, livro 01Where stories live. Discover now