*Eu disse que estrelinhas me incentivam, não disse?!
Bá chegava da cozinha escutando minha mentira. Olhei para Thomaz em busca de ajuda e ele estava com os olhos arregalados. Implorei, silenciosamente, que ele não me entregasse.
_ Eu... voltei na boate pra buscar a Valentina. _ ele completou olhando muito sério para mim.
_ É? _ por que ele estava elaborando ainda mais aquela mentira? Enfim, não importa. Eu só não podia deixar Marianinha sequer imaginar onde eu tinha passado a noite. _ É!
_ Vocês voltaram a namorar? _ minha mãe sorriu enquanto perguntava.
_ NÃO! _Thomaz e eu gritamos ao mesmo tempo. _ Eu só bebi além da conta e Thomaz me colocou pra dormir. _ continuei.
_ Nada além disso. _ Thomaz completou e eu olhei para ele, franzindo o cenho. Mas se ele estava me ajudando a esclarecer que aquela fantasia tola da mamãe de que um dia reataríamos nunca se realizaria, então eu estava muito grata.
_ Marianinha vai almoçar com a gente, filha. _ meu pai avisou e foi o primeiro sorriso que dei no dia. Eu gostava tanto de tê-la por perto. E talvez fosse melhor, assim eu evitaria as merdas que vinha fazendo. Minha amiga seria um lembrete constante. _ Estamos discutindo o nosso novo projeto, vamos trabalhar juntos. Thomaz veio analisar nossa proposta de patrocínio.
_ Que notícia maravilhosa e previsível! _ fui abraçar minha amiga. _ Previsível porque eu sabia que esses dois não iam largar mais do seu pé!
_ Tô surpreso por você tá de pé a essa hora depois de ontem, Mariana. _ Thomaz se aproximava de nós duas.
_ Eu não bebi tanto assim... Só o suficiente pra ficar feliz! _ Marianinha piscou e voltou a sentar. Estava linda num vestido amarelo de seda, de gola canoa e os cachinhos num rabo de cavalo.
_ Eu vou subir e tomar um banho. _avisei enquanto Bá voltava com uma bandeja de café.
_ Vou com você. _ virei quase saltando e Thomaz se apressou em completar virando para meus pais e Marianinha. _ Pra conversar, preciso falar com você e não pode esperar. Já volto.
Subimos sob os olhares curiosos e divertidos e, quando fechei a porta do quarto, Thomaz não se fez de rogado.
_ Onde você dormiu?
_ Quê? Thomaz... isso não é da sua conta. _ tentei sorrir enquanto entrava no closet para buscar algumas roupas.
_ Com quem você dormiu? _ ele veio atrás de mim parando na porta e eu continuei de costas.
_ Eu pensei que tinha deixado claro que somos só amigos e crise de ciúmes...
_ Crise de ciúmes, Valentina? Eu não tô com ciúmes, eu tô preocupado contigo.
_ Por quê?
_ Você mentiu pros seus pais, pra Teresa e pra sua amiga! Você não mente pra eles. E me enfiou na mentira. Então eu tô preocupado com o que você pode ter feito na noite anterior.
_ Não fiz nada ilegal. _tentei sorrir, mas foi inútil. Também não podia contar nada para Thomaz. Eu não podia contar nada a ninguém. _ Mas fiz uma coisa muito errada.
_ Valentina...
_ Eu não posso contar. É... complicado. E errado. _ Thomaz cruzou os braços e continuou parado me olhando, seriamente. _ Que foi?
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Doce Vingança, livro 01
Любовные романы*OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL, OBRA REGISTRADA EM CARTÓRIO* Gustavo é acostumado a ter as coisas do seu jeito até cruzar o caminho da melhor amiga de Valentina. Ele nunca imaginaria que pagaria na mesma moeda por magoar uma mulher. Não imp...