Victor & Sophia

De ClaudiaCalzado

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Primeiro Livro "Completo". Este livro está registrado na Biblioteca Nacional. Plágio é crime. Sophia é uma... Mais

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo - 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 2I
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Bônus João - Cap. 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Ultimo Capítulo

Capítulo 36

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De ClaudiaCalzado



Ele caminhava devagar, devia estar todo dolorido. Ele passou o braço pelo meu ombro pra tentar se apoiar melhor.

Eu peguei sua camisa, abraçando sua cintura e caminhamos até sua casa.

Mal entramos, ele fechou a porta rapidamente empurrando-a com o pé, agarrou minha cintura abraçando-me apertado, desesperadamente, beijando-me com força e aflição. Eu retribui com a mesma intensidade.

- Ah Victor meu amor, me perdoe. - Sussurrei em seus lábios.

Sentia o gosto de sangue em minha boca, mas ele continuava me beijando com mais avidez ignorando a dor, como se aquele beijo fosse o remédio para todo aquele tormento que ele estava vivenciando.

O abraço, o beijo, o calor do nosso coração aflito, era tudo que tínhamos para nos apegar.

- Ah Sophia... eu preciso tanto disso. - Sussurrava ofegante. Me apertando mais ainda junto dele.

Eu retribuía, temendo somente pelos seus machucados, mas ele seguia me beijando desesperadamente.

Ficamos nesse surto aflito e apaixonado, até que aos poucos ele foi se acalmando.

Permanecemos abraçados, até que a nossa respiração fosse lentamente voltando ao normal, embora mais tranquilo, permanecia beijando meus cabelos, meu rosto.

- Ah Victor. - Suspirei.

Eu tinha tanto medo de perdê-lo; se eu tivesse que me afastar dele, eu não sei se aguentaria. Sentia as batidas de seu coração ficando mais lenta.

Ficamos abraçados, em silêncio, por um bom tempo, apenas nos certificando de que realmente estávamos juntos. Ah como precisávamos disso.

Quando ele finalmente se acalmou, afastou um pouco seu rosto para poder me olhar melhor, mas sem me soltar de seus braços, olhou-me fixamente e deu um pequeno sorriso, afagando meu rosto.

- Você tem ideia do quanto eu sou louco por você, o quanto eu preciso de você, minha linda Sophia.

- Eu passaria por tudo isso de novo, só pra ter você assim em meus braços. - E me apertou junto a ele novamente.

Olhei pra ele com paixão, tocando de leve naquele rosto lindo e ferido, não me contive e as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, meu peito se apertou diante da profundidade do meu sentimento por ele.

- Ah Victor, eu fiquei tão desesperada meu querido... mas isso tudo... foi culpa minha... olha só pra você. - Coloquei minha mão na boca pra embargar meu choro.

Ele me olhava com tanto carinho, acariciando meu rosto e secando minhas lágrimas. Estava arrasada por vê-lo daquele jeito, ferido. Olhava consternada para aqueles olhos azuis, me sentindo culpada.

- Me perdoe Victor, eu não queria lhe causar nada disso, eu nunca pensei que isso pudesse acontecer. - Sussurrei junto dele, com a voz embargada, minha cabeça enterrada em seu peito, abraçava-o forte, mas com receio de machucá-lo ainda mais.

- Mas eu sim Sophia, já estava esperando, eu tinha certeza que ia vir em cima de mim. Ele me odeia... sempre me odiou! Isso foi só uma desculpa pra ele descontar sua raiva. - Disse ele resignado, beijando meus cabelos.

- Pelo menos agora estou livre! - Olhei pra ele surpresa.

- Que absurdo Victor, seu pai não te odeia. - Mas não consegui colocar muita convicção em minha voz, pois eu vi o seu olhar.

- Ele nunca foi meu pai! Ele desconhece o verdadeiro sentido desta palavra Sophia, por isso nunca consegui chamá-lo assim. Paciência, eu preciso seguir com a minha vida, só que agora, não vou mais tentar agradá-lo. Chega!

Sentou-se no sofá, me colocando em seu colo e encostou sua cabeça em meu ombro. - Respirou fundo, exausto, ferido e magoado.

- Ah meu querido. - Pelo menos agora podia enchê-lo de beijos e cuidar de seus machucados com muito amor e carinho.

- Eu preciso de você Sophia, você é a única coisa no mundo que me interessa. Não importo com mais nada. - Sua voz saiu baixa e contida, ele estava esgotado. Eu continuava acariciando seus cabelos, beijando suavemente sua testa, seus olhos, sua boca linda machucada. Meu coração parecia que ia explodir de amor.

- Ah... Victor eu te amo tanto. - Sussurrei em seu ouvido, morrendo de medo de ter me exposto demais. - Você se tornou a pessoa mais importante da minha vida.

- Sophia... você... como assim? Você me ama? - Ele estava surpreso e seu olhar tornou-se cheio de alegre expectativa. Segurou meu rosto firme, me olhando fixamente aguardando ansioso pela resposta, pensando não ter ouvido direito. Ai meu Deus eu não devia ter falado nada, mas era a verdade.

- Sim Victor... muito! - Confirmei timidamente.

Ele me agarrou e me deu um beijo longo, fervoroso e intenso. Nossa...

- Sophia... - Ele me segurou novamente, olhando bem dentro de meus olhos.

- Não precisa falar nada Victor. - Estava tão constrangida, sabia que era muito cedo pra externar meus sentimentos, mas não tinha como escondê-los mais. Tentei baixar a cabeça, mas ele não permitiu, pelo contrário fez com que eu olhasse diretamente pra ele.

- Sophia... eu acho que te amo... desde o primeiro dia que eu vi você! Lá na estrada! - Seu olhar era tão intenso, e cheio de paixão.

- Tentei ficar longe de você, mas simplesmente não consegui, era mais forte do que eu.

- Agora você me diz isso? É verdade mesmo Sophia? - Ele estava apreensivo, tenso. Sorri diante daquele olhar inseguro.

- Sim Victor. - Disse sorrindo, mal me aguentando de ansiedade.

- Eu. te. Amo! - Ao ouvir ele investiu sobre a minha boca com ímpeto apaixonado, gemendo baixinho em meus lábios.

- Ah Sophia... eu também... te amo tanto!

Sua voz, seu beijo, seu abraço fez minha libido despertar, ele me agarrou com desespero, forçando seus lábios nos meus, moldando-os a seu bel prazer, e eu me entreguei totalmente neste beijo, que enchia meu coração de alegria, afastando os temores e incertezas.

Mas no meio do calor de seus abraços e de seus beijos fervorosos, talvez por sentir o gosto de sangue em meus lábios, não pude deixar de sentir uma culpa enorme, por tudo que aconteceu, por ele estar assim, ferido.

- Ah Victor... - Sussurrei baixinho em seu ouvido. - Me desculpe querido, não quero mais que se machuque, seu pai não vai parar, não seria melhor... que eu me afastasse? Eu... só não sei se consigo...

Minha voz ficou embarcada pelo choro, eu o agarrei e apertei junto a mim, ele me abraçou mais forte ainda.

- Não Sophia, não existe essa possibilidade. - Me olhou preocupado. - Nem pense uma coisa dessas, pode tirar isso da sua cabeça, por favor.

- Estamos nessa juntos, entendeu? Eu preciso de você!

Segurando meu rosto com as duas mãos, disse convicto, cravando os olhos nos meus. Me observava pra se certificar de que não restava nenhuma dúvida. Eu concordei e ele me abraçou forte, dando outro suspiro longo e profundo, afagando meus cabelos, minhas costas.

- Mas o que nós vamos fazer Victor?

- Ah Sophia. - Soltou o ar que estava preso. - Agora meu anjo, vamos dar tempo ao tempo, só isso. O resto se ajeita, o pior já passou.

Mas eu tinha certeza que só estava começando, pelo modo que o Sr. Altamiro deixou claro, gritando lá no rancho. Sua atitude agressiva e furiosa martelava viva em minha cabeça, mas não tive coragem de comentar. Eu o abracei forte, precisava senti-lo junto de mim.

O que mais um pai seria capaz de fazer, para prejudicar o próprio filho? Quer dizer um pai comum, mas o Senhor Altamiro, não nutria esse sentimento paterno por ele, esse era o meu maior medo e não queria que nada de mau lhe acontecesse. Procurei afastar aquela imagem e as suas palavras furiosas de minha cabeça.

- A Sra. Helena está tão preocupada com você Victor. Ela estava até passando mal, me pediu pra te procurar.

- Tadinha da minha fofinha, aquela mulher Sophia, sempre me defendeu, sempre!

- Eu amo aquela criatura, Sophia. Eu contei pra ela...

- Contou o quê?

- Sobre o noivado, e que eu estou apaixonado... Não quis contar ainda sobre nós, ao menos até a poeira abaixar, tinha receio pela reação do velho, não queria prejudicá-la, sei lá o que aquele maldito, poderia fazer... se bem que eu acho que ela já desconfia, ela muito esperta. - Deu um sorriso tímido.

Fiquei olhando pra ele sem saber o que falar, estava chocada. Mas sorri beijando seus olhos.

- Victor, deixe-me ver suas costas, meu amor. Vou precisar de alguma coisa pra limpar e fazer um curativo.

- Paxão, tem tudo o que você precisa no armário do banheiro, pode ir lá pegar, por favor. - E deitou exausto, de bruços no sofá.

Do corredor ouvi a Sra. Helena chegando com João.

O viram deitado no sofá, puderam constatar em seu corpo a agressão de seu pai, ficaram muito aborrecidos, mas eles conheciam bem a personalidade daquele homem intransigente e agressivo.

- Meu filho... como você está? Eu fiquei tão preocupada, o que você precisa querido? - Ela estava arrasada. Se aproximou dele, beijando seu rosto e passando suas mãos delicadamente por seus cabelos, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto aflito.

Cheguei com o material para fazer os curativos. João arregalou os olhos surpreso por me encontrar ali sozinha com ele, mas não falou nada. Imediatamente reparou em minha blusa que havia manchas de sangue, aposto que ficou imaginando como foram parar na minha blusa na altura de meus seios. Franziu a testa, desviando intrigado o olhar para o Victor. Droga será ele vai desconfiar.

- E aí mano quer ir pro hospital? Como você está?

- Não vai ser preciso. Ai! Ai! - Gemia enquanto se ajeitava no sofá, abraçando a Sra. Helena para acalmá-la.

- Não esquenta mãe, ele não manda em mim, cansei de ser uma pessoa que não sou só pra tentar agradá-lo, não dá, não consigo mais.

- Mas o que você aprontou agora? O que aconteceu afinal?

Sra. Helena fuzilou com os olhos, João.

- Terminei o noivado com a Susan. - Só isso, e dessa vez é pra valer!

João arregalou os olhos surpreso e abriu um enorme sorriso.

- O QUÊ? - Não acredito! Você conseguiu? - Ele não se continha.

- Parabéns Vitão, não é a toa que o velho ficou louco! Mas cara... se prepara, você tá ferrado, sabe disso não é?

Imediatamente olhei pra ele preocupada. Victor tentou disfarçar desviando o olhar.

- Nem quero ver o que isso vai dar! Você teve coragem hein, mas... o que te levou a fazer isso?

- Já disse cansei de tentar agradá-lo. - João não ficou nem um pouco convencido.

- Ah tá... só isso Vitão, pra cima de mim cara! - e olhava pra ele esperando uma resposta, que só foi um sorriso enorme nos lábios dele.

- Tudo bem... mas porra! Fiquei feliz por você cara; então hoje... você declarou a sua independência!

Falava todo alegre, embora olhando discretamente intrigado pra mim.

A senhora Helena olhou brava para o João.

- É mas a que preço? Disso? - Apontou para o rosto de Victor e mostrando a camisa suja de sangue. Victor levantou os ombros.

- Não posso fazer nada mãe, se esse é o jeito dele conversar, paciência, eu não vou voltar atrás! - E olhando pra mim, deitou novamente no sofá e me pediu pra fazer os curativos, estava esgotado.

Como eu queria ficar sozinha com ele, e pelo seu olhar carente de Victor, ele também. Mas a Sra. Helena insistiu e acabou ficando em sua casa até o dia seguinte.

Assim passaram-se alguns dias, os comentários aos poucos foram diminuindo, o Sr. Altamiro aparentemente, havia aceitado, o único problema é que não tínhamos como ficar juntos ainda.

Victor estava ainda muito cauteloso, ele tinha certeza que este assunto, não estava definitivamente encerrado, pelo menos para o seu pai.

Só nos víamos brevemente entre as pessoas, eu estava morrendo de saudades e pelo seu olhar, ele também. Sentamos juntos pra tomar café. Falava baixinho pra ninguém escutar.

- Bom dia, meu amor.

Ele virou surpreso e quando me viu abriu um grande sorriso, só não foi maior por causa do corte no lábio.

- Meu amor, bom dia! Estava lhe esperando, dormiu bem?

- Não! Estou com muita saudades de você.

- Ah, eu também, nem imagina o quanto. Hoje, se tudo der certo, acho que consigo passar a noite com você, não prometo nada minha linda, mas deixe a porta destrancada, ok.

Sorri assentindo, toda animada.

- Hoje eu sonhei com você. - Sorri encabulada pelo sonho erótico.

- Verdade? Eu estava brigando com mais alguém?

Sorri.

- Não, você não estava brigando, hum... a gente estava prestes a... namorar.

- E foi bom?

- Uma delícia, mas prefiro ao vivo em carne e osso.

- Posso imaginar... Ele me olhou com aquele sorriso picante, molhando os lábios lentamente, fazia isso pois sabia que me excitava.

- O que a gente estava fazendo Sophia? Me fala.

- Não. É impróprio para o café. - Sorri.

- Ah me conta, vai me deixar assim... imaginando... Quero saber, Sophia em detalhes... - Estava ansioso falando bem baixinho.

- Conta pra mim, só um pouquinho... quero passar o dia sonhando em depois fazer com voce!

- Bem... nós estávamos lá no seu apartamento, eu segurava um colar de pérolas nas mãos e ele sem mais nem menos quebrou, as pérolas se espalharam pelo chão, eu me ajoelhei e comecei a juntá-las, elas estavam por todo o chão, quando voce entrou me encontrou eu estava olhando em baixo da cama. Sabe... naquela posição... com a bunda empinada. Na mesma hora voce disse: "Não se mexa!"

Assustei, eu achei que você estivesse vendo alguma coisa estranha, um bicho sei lá, mas não... você se abaixou e ao invés de me ajudar, começou a passar as mãos em mim, nas minhas pernas, na minha bunda... hum... você me beijava e mordiscava... eu... tirei o meu vestido.

Rapidamente você tirou meu sutiã, depois rasgou minha calcinha, me trazendo pra voce... me mantendo firme pela cintura. Ele fechou os olhos como se estivesse imaginando.

- Nossa Sophia... continua...

- Eu falava baixinho, procurando ser o mais discreta possível, para que ninguém percebesse o conteúdo de minhas palavras.

- Bem a essa altura você já estava nu, e se esfregava em mim me deixando toda acesa e cheia de vontade. Com uma das mãos voce mexia sabe... bem lá... devagarinho, em círculos me provocando cada vez mais e com a outra mão segurava minha cintura bem apertado junto de você.

Subia as vezes acariciando meus seios, enquanto eu rebolava procurando sentir você cada vez mais.

E você sem dó se esfregava com mais vontade... me deixando muito excitada, mas ficava só me provocando... sem chegarmos aos finalmente sabe.

- Ah que delícia Sophia...

- Então logo depois eu acordei. Acho que não chegamos a fazer mais nada porque você era só um sonho.

- Hum meu anjo, isso não é justo!

- Não mesmo, tô morrendo de vontade de pular em cima de você aqui no meio de todo mundo, Victor!

- Ah Sophia... olha como você me deixou... está até doendo. - Eu ri.

- E eu estou até agora cheia de vontade Victor! Estou com muita saudades, preciso de voce!

- Hoje eu vou tentar meu amor, eu também não estou me aguentando, não sei nem como estou conseguindo pensar, mas a gente precisa ter muito cuidado e sermos muito discretos.

- Eu tenho certeza que o velho está com a pulga atrás da orelha e não vai sossegar enquanto não descobrir, mas antes disso, eu quero te apresentar como minha namorada ou... algo mais...

Olhei assustada pra ele, o que isso significava? Mas não conseguiria conversar com ele agora.

- Ah Victor como eu queria que tudo fosse mais fácil, eu temo por você e se ele te prejudicar de alguma forma?

- Só tem uma coisa que me assusta, é se você me deixar... só isso, eu não suportaria te perder Sophia.

Ficamos em silêncio, perdido em pensamentos.

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