Victor & Sophia

Capítulo 47

Gente segue o link do sequencia de Victor &Sophia, ok.

Obrigada amores, Bjus. 

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Ouvia carros chegando, me acudiram pensando que eu estava lá dentro, depois perceberam que era outro tipo de ferimento que eu trazia, e não queimaduras. Eram hematomas e cortes, sinais daquele ser ignorante que se diz meu "pai".

As pessoas corriam tentando em vão apagar o incêndio. Eu estava atordoado, completamente grogue, nem em meus piores porres eu me senti assim. Desorientado não entendia como de repente eu estava aqui no chão, prostrado, todo ferrado dos pés à cabeça, com uma dor indescritível e sufocante no peito.

Olhava indiferente para aquela construção em chamas, era como se aquilo não estivesse realmente acontecendo, embora sentisse o calor que emanava dali.

Não aquilo não era real... definitivamente.

Em meu estado de torpor mal conseguia me mexer, não tinha força pra nada, só um pensamento me mantinha consciente, Sophia, Sophia, Sophia... preciso encontrá-la, conversar com ela... mas como?

Tentei me levantar mas não consegui, estava ainda muito zonzo, talvez pela pancada que me fez apagar. Idiotas!

Mas se eu quisesse encontrá-la precisava sair daqui, mas como se eu mal conseguia me mover?

- Sr. Victor tome um pouco de água, já estão chegando tenha calma por favor.

Quem era esse? Olhava pra ele sem o reconhecer. Engoli aquela água porque ele me ajudou. O líquido fresco desceu queimando pela minha garganta, mas isso me fez bem. Mal enxergava ao redor, com tanta fumaça. Comecei a tossir tanto que acabei engasgando, me ajudaram a ficar sentado, e pude então tomar mais água.

Falavam comigo, perguntando um monte de coisas, mas eu não entendia nada, era tudo muito confuso. Fechei meus olhos e me limitei a respirar segurando minha camisa no nariz para impedir que a fumaça me sufocasse.

Meu Deus Sophia... onde você está meu anjo? Minha cabeça latejava e sentia que aos poucos minha lucidez estava me abandonando e eu não podia deixar isso acontecer. Sophia, preciso achar a Sophia!

De repente me lembrei dos murros do velho, parecia que eu os sentia novamente, esfreguei meu maxilar aliviando a sensação pesada. Porra como dói... a raiva começou a emergir dentro mim, e tudo o que passei voltou com força total, mas foi bom a adrenalina me fez recordar, e também me mantinha consciente. Me agarrei a isso e fiquei me remoendo, revoltado, com tanto ódio daquele velho maldito.

Sim, eu sentia ódio. Eu não consegui protegê-la.

– Sophia! - Gritei desesperado. Meu coração disparou, e a dor em meu peito ardia, sufocando-me. Como eu queria ter arrebentado aquele desgraçado prepotente.

O esgotamento novamente tentava me dominar, me deixando fraco, humilhado, deitei no chão novamente e me entreguei ao esgotamento...

Fechei meus olhos, exaurido, impotente, eu só queria acordar desse pesadelo, então fiquei aqui, entregue, inerte, imóvel. Exatamente onde me deixaram, largado no chão. Estava completamente transtornado, e quando pensava em Sophia então, me sentia desesperado...o que será que aquele miserável fez, pra onde a levou?

Eu não acreditava, em como eu pude ser tão burro a ponto de subestimar aquele cretino! Mas também quando eu ia imaginar que uma pessoa pudesse agir assim?