Fascínio De Um Americano (Sér...

By emilybersch

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Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglat... More

Apresentação
Personagens
Premiações
Ilustrações
Resenha
Epígrafe
Capítulo 1: do fascínio ao ódio.
Capítulo 2: o que esconde?
Capítulo 3: no final das contas, será minha.
Capítulo 4: tiro quase certeiro.
Capítulo 5: o gato comeu a sua língua?
Capítulo 6: passeio pelo jardim.
Capítulo 7: decente até demais.
Capítulo 8: diga, Carolina.
Capítulo 9: o espetáculo acabou.
Capítulo 10: breve despedida.
Capítulo 11: uma dama inocente.
Capítulo 12: somente um sim.
Capítulo 13: desejos obscuros.
Capítulo 14: eles brilham para...
Capítulo 15: vou explodir pela tensão.
Capítulo 16: você é o meu fascínio!
Capítulo 17: uma conversa decente.
Capítulo 18: déjà-vu.
Capítulo 19: em direção ao altar.
Capítulo 20: homem muito bem casado.
Capítulo 22: beijar você é algo viciante, Alex.
Capítulo 23: abandonada sem aviso prévio.
Capítulo 24: uma garotinha inocente.
Capítulo 25: quem fez isso a você?
Capítulo 26: sou seu, apenas seu.
Capítulo 27: senti orgulho de você.
Capítulo 28: minha joia rara.
Capítulo 29: um atentado de morte.
Capítulo 30: uma longa história...
Capítulo 31: o nosso cúpido!
Capítulo 32: revelações surpreendentes.
Capítulo 33: movida pela fúria.
Capítulo 34: sempre estaremos juntos.
Capítulo 35: desjejuns catastróficos.
Capítulo 36: combate contra os leões.
Capítulo 37: omitir também é mentir.
Capítulo 38: sangue nos olhos.
Capítulo 39: cara a cara com a morte.
Capítulo 40: eu te amo!
Capítulo 41: livre para voar.
Capítulo 42: o para sempre.
Epílogo
Agradecimentos
Próxima História

Capítulo 21: você é um homem morto!

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By emilybersch

Carolina

Desperto aos poucos, após mais um pesadelo. Tomo um susto quando vejo que estou em um quarto diferente. Mas, logo me recordo que estou no meu novo quarto, da minha nova casa e do meu novo marido. Estou vivendo uma enxurrada de novidades, sinto que isso é só o começo.

Espreguiço o meu corpo e bocejo. Ponho meus pés ao chão e fito a porta que interliga o meu quarto ao de Alexander com uma fresta aberta.

Corro para ela, abro-a e vejo pela saleta se Alexander está ali. Mas, não. Isso é muito estranho, mas deve ter aberto com o vento da janela da sala pequena que está aberta.

Então, caminho para perto da banheira e quando menos percebo escorrego em algo molhado no chão.

O vestido deixou a queda menos dolorida, me levanto com cuidado, sorrio ao me deparar com a minha própria tolice. Porém, aos poucos o sorriso cessa e eu fico em alerta.

Mas, que estranho. Eu não sai por este lado da banheira, estou encucada.

Afinal, quem esteve aqui? Levo a minha mão aos meus lábios por supor que Alexander teria entrado.

Não, não deve ser isso. Mas, por qual motivo ele teria? Obviamente não perguntarei diretamente a ele. Sondarei a minha pergunta pelas bordas, descobrirei quem esteve aqui.

Há a possibilidade de ter sido um serviçal também, mas darei um jeito de ficar sabendo. Talvez, eu esteja criando suspeitas infundadas e ao final saberei que foi apenas um exagero meu.

Estou com preguiça de colocar o espartilho, portanto escolho um vestido acinturado. Um tom marcante de verde puxado para o azul claro. As mangas são longas e o vestido é despido de detalhes, não há adornos, pois o decote já é bem informativo.

Tiro o que estou usando e coloco este outro. Nos cabelos apenas faço uma trança frouxa e logo após deixo-a em um coque com algumas mexas soltas.

Preciso descobrir também se Patrícia já chegou. Então, observo que os meus baús estão da mesma forma que deixei, devo descartar que alguma criada tenha adentrado aqui, se não, teria mexido em alguma coisa.

Mas, então... sou sonâmbula e joguei água daquele lado ou Alexander realmente veio aqui.

Resolvo parar com os meus devaneios, vou sair do meu quarto e ir para o jantar. Talvez Alexander já esteja me aguardando, não pretendo deixa-lo esperar demais.

Passo pela porta dos meus aposentos e me encaminho pelos corredores tão desconhecidos a principio para mim. Os tons de salmão e creme se encaixam com harmonia, as pinturas nas paredes são lindas e os vasos de plantas estão espalhados em lugares estratégicos.

Vejo as escadas, caminho diretamente para elas e distante dos pés da escada observo Alexander sentado em um pequeno sofá, ele está girando um copo na mão. Quando seu olhar me encontra Alex cessa os movimentos da sua mão. Devolvo um olhar repleto de mistério, irei testa-lo.

Alexander será o alvo da minha obstinação.

— Senhores, o jantar o já está à mesa.

Uma senhora de meia idade nos avisa sobre o jantar. Alexander dá um último gole na sua bebida e faz uma leve careta.

— Vamos, esposa?

Para a minha surpresa, ele oferece o seu braço a mim. Porém, não me deixo abalar pelo simples gesto feito a minha pessoa.

— Certamente, marido. — respondo de maneira firme.

Enlaço o meu braço ao seu com prontidão e seguimos caminhando para a sala de jantar. Então, levanto o meu rosto para o seu. Percebo que o seu maxilar está travado e eu sorrio sem mostrar os dentes.

— Meu rosto é engraçado? — sua indagação soa ríspida.

— De fato, é. — meu sorriso se alarga.

— Não me provoque, Carolina.

— Posso saber o porquê de não te provocar?

— Está brincando com fogo e quem brinca com fogo, hora ou outra se queima.

— Sério? — finjo cinismo — Por sorte, prefiro o fogo do que a água.

— Agora eu estou curioso pela sua preferência.

Chegamos na sala de jantar e observo a mesa retangular farta que está posta para nós dois jantarmos. Desde a queijos finos, carnes variadas, uma torre de frutas e alguns acompanhamentos para tornar a refeição completa. Para bebermos, vinho do porto e água. Os pratos, talheres e taças estão organizados com exímia perfeição.

— Sentem-se, senhores. — Ariela nos dá o aviso — Espero que a refeição esteja do agrado de vocês. Acaso não esteja, estarei disponível para organizarmos o cardápio da maneira que desejar, Sra. Jones.

— Estou certa de que está delicioso, Sra. Evans. — digo, em cortesia — Aliás, a minha dama de companhia já chegou?

— Temo em dizer que não.

— Pensei que ela não demoraria tanto. — penso alto.

— Caso esteja precisando, eu mesma lhe ajudarei nas suas precisões.

— Eu agradeceria.

— Por falar nessas questões. — Alexander começa a dizer — Pode me indicar um bom valete?

— Oh, sim! Tem um senhor de meia idade, chamado Hamlet. Há alguns dias ele veio oferecer os seus serviços, então disse para ele deixar seu endereço.

— Onde ele mora?

— Ele veio de Poole. E, como não encontrou emprego por lá, tentou algo por aqui.

— Compreendo. Então, envie um dos rapazes para encontra-lo e dizer que desejo os serviços do homem.

— Pode deixar! Só mais uma coisa, querem contratar um mordomo também?

— Não temos um mordomo? — Alexander diz pensativo.

— Não, senhor. O último foi demitido em um corte de gastos pelo antigo dono.

— Então, recontrate-o.

Ela apenas sorri e assente, ao compasso que Alexander e eu nos direcionamos para nos assentarmos. Fico surpresa quando ele me segue até a cadeira que irei me assentar e a puxa com educação.

— Assente-se, querida esposa! — controlo a vontade de revirar os olhos pela sua falsidade.

— Muito obrigada. — minha voz soa seca.

Ele se direciona até a sua cadeira e se senta. Eu pego o guardanapo de pano e coloco sobre o meu colo, e os criados trazem os primeiros pratos e nos servem. Pego uma colher para tomar a sopa, mal levanto o meu olhar, mas sinto o olhar dele queimar sobre a minha pele.

O jantar transcorre em um silêncio absoluto, mas tenho de fazer uma sondagem para ter certeza se ele entrou no meu quarto enquanto eu estava dormindo.

Levanto o meu olhar para ele, então o flagro com a boca aberta como a de quem está prestes a falar algo. Arqueio a sobrancelha e sorrio ladinamente, levo o guardanapo aos meus lábios e dou leves batidinhas e em seguida o deixo sobre a mesa.

— O que ia falar? — questiono.

— Ia perguntar se está gostando da comida.

— Ah, sim. A sopa está perfeita, a textura é deliciosa.

— Devo concordar. — ele ainda parece estar sem jeito.

— Há algo que eu queria te questionar.

— Pois, pergunte.

— Pretende instalar água encanada na casa?

— Oh, sim. Está nos planos, estamos apenas com uma banheira em pleno funcionamento e isso é desnecessário se tenho dinheiro para cobrir os gastos básicos.

— Então a única banheira em pleno funcionamento é a do meu quarto?

Ele parece corar e eu quase engasgo pela vontade de sorrir, mas então me lembro do que pretendia descobrir.

Ele se banhou no meu quarto! Seu avermelhamento comprova a teoria. Finjo plenitude enquanto espero ele dizer algo a respeito do meu questionamento.

— Bem... tecnicamente s-s-sim.

— Está nervoso, por quê? — arqueio a sobrancelha.

— Não estou nervoso. — ele franze o cenho.

— Pois, me parece que está. — alfineto.

— Porque eu estaria nervoso?

— Me diga você.

— Está bem! — ele levanta as mãos para o alto — Eu me banhei no seu quarto enquanto você dormia.

— No fundo, eu já sabia. — semicerro os olhos.

— Não foi com segundas intenções!

— Então porque entrou sem a minha permissão?! — começo a ficar irritada.

— Eu não queria te acordar!

— Desculpa esfarrapada uma hora dessas, americano?

Percebo pelos cantos dos olhos a governanta chamar os outros empregados que estão no cômodo para se retirarem da sala de jantar, mas ignoro isso porque Alexander retruca uma resposta.

— Temos apenas uma banheira nesta casa, e eu estava sujo de terra e suor, Carolina. Me diga, como eu ficaria decente para o jantar sem me lavar antes? Sou americano como você vive dizendo com repulsa, mas sem banho eu não fico!

Eu me levanto e espalmo as mãos na mesa, com a minha atitude ele faz o mesmo e me encara com cinismo.

— Eu estava pensando em propor um tratado de paz, mas esqueça essa minha ideia tola.

— Tratado de paz? — ele ri.

— Sim, um tratado de paz. Mas, veja só, você sequer me pediu desculpas por ter invadido algo meu sem permissão! E, provavelmente ficou nu comigo no mesmo cômodo, pervertido!

— Se você souber outro método para se banhar, sem que necessite estar despido, me avise, por favor.

— Você é um estupido!

Na minha frente há uma torre de frutas, em um impulso pego uma banana e jogo em direção dele sem refletir, mas ele caça a fruta antes que chegue no seu rosto.

— Você está louca?

Ao mesmo tempo que ele questiona, também joga uma fatia de pão em mim que acerta o meu busto.

Você é um homem morto! — grito em um rosnado.

Pego o meu prato com o restante da sopa e jogo o resto do conteúdo no rosto dele, ele faz cara de indignação ao passar as mãos pelo rosto coberto pela sopa.

— Isso poderia ter me queimado!

— Mas, não queimou!

— Você vai ver, bruxa!

Arregalo os olhos quando percebo que ele mira o conteúdo da taça de vinho na minha direção. Sinto o liquido gélido tomar conta do meu rosto e busto. Meus lábios se entreabrem pela surpresa e eu semicerro os olhos pela raiva que me domina por completo.

— Seu ogro!

— Você que começou!

— Você que começou. — imito a voz grossa dele de um jeito debochado.

— Bruxa!

— Ogro!

Só então noto que nós estamos tão próximos um do outro que nossas roupas farfalham pelo contato. O rosto de Alexander parece estar tão perto do meu, seus olhos endurecidos estão brilhando de um jeito malicioso.

Pego a taça de água que está ao nosso lado e miro no rosto dele e jogo o líquido transparente, ele fecha os olhos no mesmo instante que o conteúdo se choca contra a sua face.

— Porque fez isso, Carolina?

— Para tirar o resto de sopa do seu rosto.

— E, para quê? — a voz dele ainda ressoa irritada.

— Para isso, Alexander.

Ele abre os lábios para retrucar, mas eu o calo com os meus e sem pestanejar ele retribui a minha atitude. No mesmo instante, ele segura a minha cintura contra o seu corpo e me levanta sobre a mesa se alocando por entre as minhas pernas.

Nossas línguas entram em contato uma com a outra, sinto uma necessidade de remover a sua camisa ao compasso que ele levanta a barra do meu vestido. Em meio ao beijo, levo as minhas mãos para os botões da camisa de Alexander e começo a despi-lo e ele leva os seus lábios para a lateral do meu pescoço.

— Sua pele tem gosto de vinho. — ele sussurra com a voz rouca.

— Não imagino o porquê disso. — sorrio levemente.

Ele volta me beijar e eu deixo escapar um gemido pelo contato da sua língua contra a minha pele quente e manchada pelo vinho.

Percebo a mão dele apertar ainda mais a minha cintura sem espartilho, sua mão agarra a minha pele junto com o tecido e eu volto a suspirar. Ainda inclinado, ele levanta os seus olhos para os meus e um sorriso desafiador surge no rosto dele.

— Não está usando o espartilho?

— Me pegou no flagra, Alex.

— Você é um perigo para a minha sanidade.

Levo a minha mão para o seu queixo e o puxo para mim, selando novamente nossos lábios. Não sei o que acontece comigo quando estou com ele, me sinto corajosa ao extremo para fazer qualquer coisa.

Mesmo entre o beijo volto a desabotoar o restante dos botões da camisa dele, enquanto ele move sua mão para o meu seio. Arqueio as minhas costas para receber mais do seu contato, mas a sua mão parece hesitar.

— O que foi? — sussurro.

— Você quer isso?

— Agora me pede permissão? — provoco-o.

— Sim, somente te toco com a sua permissão.

Fito os seus olhos castanhos tão comuns, mas ao mesmo tempo tão únicos. Engulo em seco pela sua resposta, mordisco o meu lábio inferior.

— Alexander, eu...

O que será que a Carolina vai falar? Tem algum palpite?

Obs: nenhuma comida de verdade foi desperdiçada nesse capítulo, fiquem tranquilos.

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de caprichar nos comentários e votar.⭐

Beijooos

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