Fascínio De Um Americano (Sér...

By emilybersch

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Londres, agosto de 1841. ━ Agora o gato comeu a sua língua. ━ Apenas não estou afim de dar corda para a sua... More

Apresentação
Personagens
Premiações
Ilustrações
Sinopse
Epígrafe
Capítulo 1: do fascínio ao ódio.
Capítulo 2: o que esconde?
Capítulo 3: no final das contas, será minha.
Capítulo 4: tiro quase certeiro.
Capítulo 5: o gato comeu a sua língua?
Capítulo 6: passeio pelo jardim.
Capítulo 7: decente até demais.
Capítulo 8: diga, Carolina.
Capítulo 9: o espetáculo acabou.
Capítulo 10: breve despedida.
Capítulo 11: uma dama inocente.
Capítulo 12: somente um sim.
Capítulo 13: desejos obscuros.
Capítulo 14: eles brilham para...
Capítulo 15: vou explodir pela tensão.
Capítulo 17: uma conversa decente.
Capítulo 18: déjà-vu.
Capítulo 19: em direção ao altar.
Capítulo 20: homem muito bem casado.
Capítulo 21: você é um homem morto!
Capítulo 22: beijar você é algo viciante, Alex.
Capítulo 23: abandonada sem aviso prévio.
Capítulo 24: uma garotinha inocente.
Capítulo 25: quem fez isso a você?
Capítulo 26: sou seu, apenas seu.
Capítulo 27: senti orgulho de você.
Capítulo 28: minha joia rara.
Capítulo 29: um atentado de morte.
Capítulo 30: uma longa história...
Capítulo 31: o nosso cúpido!
Capítulo 32: revelações surpreendentes.
Capítulo 33: movida pela fúria.
Capítulo 34: sempre estaremos juntos.
Capítulo 35: desjejuns catastróficos.
Capítulo 36: combate contra os leões.
Capítulo 37: omitir também é mentir.
Capítulo 38: sangue nos olhos.
Capítulo 39: cara a cara com a morte.
Capítulo 40: eu te amo!
Capítulo 41: livre para voar.
Capítulo 42: o para sempre.
Epílogo
Agradecimentos
Próxima História

Capítulo 16: você é o meu fascínio!

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By emilybersch

Estamos recepcionando os nossos convidados. Stuart ainda não chegou e eu me pergunto o porquê disso, mas o que está me tirando dos eixos é uma pessoa.

Sabe aquele momento que se deseja explodir e jogar inúmeros insultos contra uma pessoa? Estou prestes a iniciar o meu baile de noivado e a egoísta da minha mãe quer todos os holofotes para ela!

Minha vontade é estapeá-la, porém, a respeito e estou por um fio de perder a minha sanidade. É tão difícil para ela me tratar com gentileza? Estou farta.

Sei que devo fazer o que ela manda porque é minha mãe, mas, há certos momentos que desejo fazer o oposto e este oposto é o que eu quero. Para ela, é um ultraje que eu decida por mim mesma.

— Filha? — ele cochicha.

— Sim, papai?

— Parece estar no mundo da lua.

— Não estou, apenas é impressão sua.

— Pode desistir disso, caso queira.

— Papai, sei que está tentando zelar por mim, mas, isso é uma escolha minha e de mais ninguém. Não se preocupe, sei o que estou fazendo.

Ele assente sem dizer palavra alguma, mas sussurra palavras quase inaudíveis "repete tanto, que hora ou outra irá acreditar nas mentiras que conta para si mesma", ouço e apenas engulo em seco.

Ao longe da fila, enfim vejo o meu futuro noivo. Ele traz consigo um ramalhete de flores e eu tento sorrir para ele, mas os meus músculos faciais não se levantam para que isso ocorra.

Primeiramente ele cumprimenta o meu irmão, eles se apresentam um para o outro e trocam algumas palavras. Logo após, ele cumprimenta os meus pais e enfim me alcança. Beija a minha mão coberta pela luva de renda branca, novamente não sinto nada.

A verdade é que: não me questiono mais por sentir algo, sei que com ele não sentirei resquício algum de paixão. Mas, ele é uma escolha confortável e segura, ele me tirar desta casa, é o suficiente para me convencer.

— Está tão bela, futura noiva! — ele diz sorridente, me alcançando as flores e eu as aceito, depois deixo-as sobre uma mesa atrás de nós.

— Obrigada, duque de Brentford. — ele parece estranhar o meu jeito frio, mas nada diz.

— Adentre, aproveite os convidados e observe a decoração que eu montei. — mamãe diz — Depois me diga sobre o que achou da decoração que eu montei sozinha.

— Farei isso, marquesa!

Stuart me fita mais uma vez e pelos seus olhos reflete algo misturado com culpa e arrependimento, mas ignoro, deve ser somente algo da minha cabeça.

Recebemos mais alguns convidados, penso se Alexander virá. Papai fez questão de inclui-lo em meios aos convidados e não deixou alternativas para a minha mãe, se não obedecer a ordem dada.

Mal penso se ele virá e então o vejo, nossos olhares fixam-se um ao outro como imas. Meu peito arfa e as lembranças do que fiz na noite passada vem à tona. Ele faz um trajeto semelhante ao de Stuart ao cumprimentar o meu irmão, porém, com Alex o meu irmão conversa com mais entusiasmo. Com mamãe, ele apenas solta meias palavras e parte para falar com o meu pai.

— Thompson, devo lhe felicitar pelo futuro noivado de sua filha. — ele toca no ombro de papai e sorri maliciosamente.

— Obrigado, Jones. É um prazer recebe-lo na nossa casa. — Alexander nada diz, mas assente.

Seu olhar se direciona para o meu novamente, desta vez os seus olhos estão profundos e enigmáticos. Sua faceta é impermeável, e o seu sorriso parece soar como uma promessa silenciosa e incompreendida. Noto duas pintinhas na sua bochecha, meus pensamentos me levam a como seria toca-lo ali.

Alguém tosse e eu quebro o contato visual, alcanço a minha mão e nada digo.

Ele olha para a minha mão declinada e o seu sorriso se torna ladeado, seus dentes seguem escondidos e ainda com a cabeça inclinada, ele levanta apenas os olhos para os meus, desta vez com um brilho bem humorado.

Seus lábios se aproximam das costas da minha mão, ali ele deposita um beijo que esquenta o meu corpo por inteiro. Seus olhos escuros quanto a noite seguem a me olhar e é como se estivéssemos somente nós dois no mundo inteiro.

Será que se ele me beijasse... eu gostaria?

Encerre esse contato visual, Carolina! Já está a entrar em devaneios.

— Espero que aproveite o baile, cavalheiro!

— Obrigado, Srta. Thompson. — ele sorri e assente, faz menção de se retirar, mas ouço ele sussurrar algo — Sei que aproveitarei com excelência este baile.

(...)

Depois de algum tempo nós terminamos de cumprimentar a todos os convidados, enfim, vamos para o meio deles e a orquestra começa a sua sinfonia.

— O que foi aquilo com aquele americano?

Mamãe diz no meu ouvido enquanto nos encaminhamos para um grupo de damas.

— Nada.

— Sei que está havendo alguma coisa. Diga o que é!

Suspiro pesadamente, o irritamento começa acrescer dentro de mim.

— Mamãe, maneire o seu tom comigo! Eu não sou aquela garotinha idiota de dez anos, eu sou uma mulher!

Ela não diz nada, apenas sorri maliciosamente.

— Mais tarde conversaremos. — ela somente diz isso e mais nada.

Era melhor eu ter ficado calada, mas me irritei.

Alguns minutos passam e eu sigo a conversar brevemente com alguns convidados, mas, Stuart me chama para abrirmos a pista para dar início a celebração.

Uma valsa tranquila começa a tocar, ele segura a minha mão e a enlaça junto com a sua no alto. Minha outra mão se move para a parte de trás das suas costas e a mão dele segue o traço do baixo da minha cintura. Nossos corpos começam a se mover em uníssono com o ritmo da melodia delicada.

— Carolina?

— Sim, Stuart?

— Eu quero confessar uma coisa a você... — a voz dele é tensa.

— Confesse, então.

— Mas não se zangue comigo, te peço em nome da afeição que sentimos um pelo outro.

— Aonde deseja chegar?

— Recorda-se do baile de Stanwick? — assinto.

Não gosto desse homem e agora que a coroa está caçando-o junto com a sua amante por vários crimes terríveis.

— Bem...

— Sem rodeios, Stuart! — começo a ficar irritada pela demora em contar.

— Isso tudo foi por causa de uma aposta. — travo o passo da dança e o fito com interrogação.

— A-a-aposta? — gaguejo.

Sei que não sinto nada a mais por ele, mas, eu realmente o considerava um grande amigo. E todos aqueles dizeres bonitos? Foi tudo falso? Eu pensava que pelo menos alguém desconhecido pensasse algo bom de mim, mas foi tudo por causa de uma aposta.

— Sim. Meus amigos me desafiaram que não eu conseguiria corteja-la sem que me trata-se com arrogância.

— Stuart... — sussurro decepcionada.

— Só vai dizer isso? Não vai me estapear e nem causar um rebuliço?

— Era isso que você e os seus amigos pretendiam? Me humilhar no meio de todos?

Ele me fita em curiosidade e até mesmo surpresa.

— Não? — ele diz com incerteza na voz.

— Eu não estou afim de causar um rebuliço... você não vale uma mancha na minha reputação.

— Carolina...

— Srta. Thompson, para você.

— Mas...

— Mas, nada. Vá e diga aos seus amigos que é um calhorda. — me aproximo do seu ouvido e sussurro — Você é um maldito filho da puta, duque de Brentford.

Me afasto sorrindo, enquanto observo seu rosto tenso. Realizo uma reverência exagerada e resolvo dizer em ênfase.

Obrigada pela dança, milorde.

Dou-lhe as costas e vejo que todos os presentes estão direcionando os seus olhares para mim, um aperto no meu peito começa a se formar. Avisto o meu pai ao longe e me esforço para sorrir, esse sorriso transmite que estou bem e ele logo sorri em conforto.

Evito chegar perto de onde a minha mãe está, aproveito que os convidados se distraíram com outra coisa e caminho discretamente para as portas que levam para os jardins.

Ao passar pelos varões das portas, sinto o ar gélido da noite contra o meu rosto quente. Tudo se torna pacifico, mas logo tudo é ruido pelas lembranças da decepção.

Olho para as escadas que dão de encontro com o labirinto. Daqui onde estou o centro dele é visível. Enfim, tomo coragem para ir para lá. Sempre que estou sem direção, corro para o centro do labirinto que o meu avô ajudou a construir quando ainda era jovem.

Passo pelas folhagens e sigo um caminho marcado pela minha memória. Conforme avanço, ouço o barulho da fonte esbanjando água. Caminho com pressa para o banco próximo a ela e me sento.

Eu... eu achei que alguém gostasse de mim de verdade, sei que não sou fácil de lidar. Mas, com Stuart fui como nunca fui com ninguém e apesar de não o amar, eu nutria afeto de amizade.

Para que tratar os outros com cortesia? Se ao final, tudo será mentira.

— O que faz aqui sozinha, bruxa? — enfim, a voz de Alexander surge.

Algo em meu íntimo dizia que ele viria atrás de mim, eu estava certa. Ele se assenta ao meu lado no banco, em uma distância segura.

— Nada que lhe interesse, americano.

— Estava muito próxima de Stuart durante a dança e quando pararam de dançar, pareciam estar... em conflito.

— O que isso te diz respeito, Alexander?

— Alexander? Oras, isso é um avanço.

— Força do hábito. — digo sem refletir.

— Força do hábito? Então anda dizendo muito o meu nome por aí?

— Obviamente. — dou de ombros — Fico pensando em várias maneiras de como te mandar a merda.

— Está afiada hoje. Está xingando como um marinheiro, Carolina.

— Força do hábito também?

— Com certeza.

— E, porque fica dizendo o meu nome?

— Acho que você não gostará de saber o motivo.

O silêncio consome os meus lábios e eu observo o rosto de Alexander da mesma maneira que ele fita o meu: desejo.

Seus cabelos se movimentando levemente com o vento, a sensação de anseio ao tê-lo por perto aumenta de maneira drástica.

— Me diga, Alexander... — sussurro.

Ele desce o olhar para os meus lábios e curva as sobrancelhas, enfim ele sobre os seus olhos para os meus.

— Eu penso em você em momentos inesperados e até mesmo inoportunos. É como uma droga agindo no meu sangue. Seu corpo girava alegremente na noite em que estávamos a sós naquele corredor. E, também a maneira como seu corpo se prepara para mim nos meus sonhos.

— Meu corpo? Seus sonhos?

— Nos meus sonhos, o seu corpo sempre está em anseio para eu tê-la para mim.

— Isso não acontece somente nos seus sonhos.

Ele entreabre os lábios, parece estar surpreso pela minha resposta.

— Antes mesmo... — me calo.

— Antes mesmo, o quê?

— Eu estava pensando se gostaria de beijar você.

— Carolina...

— Eu desejo descobrir, Alexander.

Ele parece ponderar, a negativa é evidente no seu rosto.

— Eu não posso.

— Por quê?

— Não é honrado fazer isso com você.

— Mas, eu quero.

— Não insista.

O irritamento volta a crescer dentro de mim. Eu não sou boa o suficiente? O meu corpo é repudiante?

— O meu corpo é tão ridículo aos seus olhos?

Ele sorri desacreditado e se levanta do banco em um pulo.

— Não diga uma asneira dessas. É como uma ninfa poderosa, que domina cada parte de mim sem pedir permissão, você é o meu fascínio! Apenas não sei se conseguirei parar se começarmos.

Desta vez, eu me levanto com brusquidão e digo em alto bom som.

— Então não ouse parar.

O silêncio nos consome pelos próximos segundos. O olhar penetrante do moreno me fita com luxúria, apenas isso. Eu nem gosto dele, apenas quero descobrir se sentirei a mesma coisa que senti ao beijar Stuart.

Meu corpo sente uma vontade tão forte em me aproximar dele, mas antes que eu possa fazer qualquer coisa... ele se aproxima de mim em passos rápidos.

Abro os lábios para tentar dizer alguma coisa, mas ele sela os seus aos meus.

Sua boca se mexe com delicadeza pela minha, eu repito os seus atos. Meu corpo está sentindo algo tão inexplicável que nem sei dizer ao certo o que é.

A sua língua implora passagem e eu mal reflito e lhe dou abertura. Instantaneamente, o meio das minhas pernas se umedece pelo contato quente.

Ele abre uma curta distância e morde com leveza o meu lábio inferior, logo volta a me beijar com ferocidade e eu acompanho o seu ritmo com anseio. Suas mãos apertam a minha cintura com firmeza, sinto o seu corpo colado ao meu e isso é tão... instigante. Deixo as minhas mãos percorrerem a linha da sua nuca, adentro com uma delas pelos seus fios sedosos. Sua boca segue a percorrer pela minha, e eu ouso invadi-lo com a minha língua. Um suspiro é solto por ele, sem hesitar, eu o arranho com as minhas unhas pela parte do seu colarinho que deixa uma parte da sua pele quente exposta.

Quando menos percebo, a mão de Alexander envolve a lateral da minha mandíbula e um arrepio me domina quando os seus dedos vão de encontro ao lóbulo da minha orelha preenchida pelo brinco.

Estou quase... sem fôlego, me afasto alguns segundos apenas para respirar. Nossas testas permanecem coladas e um sorriso leve brota do rosto de Alexander.

— Isso nunca havia sido tão bom.

Sorrio involuntariamente, e dessa vez eu me sinto tranquila para concordar.

— Devo concordar.

— Então você já...? — ele questiona com a voz estranha.

Mal tenho tempo para refletir sobre a sua pergunta quando ele é puxado abruptamente para o chão e um soco é arremessado contra a sua face.

— Seu imundo! Solte a minha irmã!

Arregalo os olhos ao ver Michael, papai e o visconde Harmsworth — um homem da nobreza, ele é um tipo de pessoa politicamente correta—.

— Vai ter que se casar com ela! — papai diz firme e eu quase engasgo com a minha própria saliva.

Eu surtei tanto escrevendo esse capítulo!! Fiquei tão indecisa sobre a música no inicio do capítulo! Tinha que ser A MÚSICA. E, o primeiro beijo aconteceu (finalmente). Acho que a Carolina descobriu que ela gosta de beijos, principalmente os do Alex.

Caíram do cavalo com o Stuart? Eu tentei fazer dele um personagem bom, mas não adiantou.

Próximos dois capítulos vão ser panc, acalmem os corações pq eles vão ser bem decisivos. 

Não se esqueçam de comentar as suas opiniões e votar.⭐

Fiz mais ilustrações, vou deixar aqui duas e me digam qual acham que se parece mais com essência da cena.

Beijooos

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