Fascínio De Um Americano (Sér...

By emilybersch

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Alexander Joaquim Jones é um grande empresário de Nova York e que deseja expandir seus negócios para a Inglat... More

Apresentação
Personagens
Premiações
Ilustrações
Resenha
Epígrafe
Capítulo 1: do fascínio ao ódio.
Capítulo 2: o que esconde?
Capítulo 3: no final das contas, será minha.
Capítulo 4: tiro quase certeiro.
Capítulo 5: o gato comeu a sua língua?
Capítulo 6: passeio pelo jardim.
Capítulo 7: decente até demais.
Capítulo 8: diga, Carolina.
Capítulo 9: o espetáculo acabou.
Capítulo 10: breve despedida.
Capítulo 12: somente um sim.
Capítulo 13: desejos obscuros.
Capítulo 14: eles brilham para...
Capítulo 15: vou explodir pela tensão.
Capítulo 16: você é o meu fascínio!
Capítulo 17: uma conversa decente.
Capítulo 18: déjà-vu.
Capítulo 19: em direção ao altar.
Capítulo 20: homem muito bem casado.
Capítulo 21: você é um homem morto!
Capítulo 22: beijar você é algo viciante, Alex.
Capítulo 23: abandonada sem aviso prévio.
Capítulo 24: uma garotinha inocente.
Capítulo 25: quem fez isso a você?
Capítulo 26: sou seu, apenas seu.
Capítulo 27: senti orgulho de você.
Capítulo 28: minha joia rara.
Capítulo 29: um atentado de morte.
Capítulo 30: uma longa história...
Capítulo 31: o nosso cúpido!
Capítulo 32: revelações surpreendentes.
Capítulo 33: movida pela fúria.
Capítulo 34: sempre estaremos juntos.
Capítulo 35: desjejuns catastróficos.
Capítulo 36: combate contra os leões.
Capítulo 37: omitir também é mentir.
Capítulo 38: sangue nos olhos.
Capítulo 39: cara a cara com a morte.
Capítulo 40: eu te amo!
Capítulo 41: livre para voar.
Capítulo 42: o para sempre.
Epílogo
Agradecimentos
Próxima História

Capítulo 11: uma dama inocente.

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By emilybersch

Carolina

Um mês depois.

— Alise seu vestido, Carolina. — mamãe me avisa.

Estou esperando a visita de Stuart para o chá da tarde. Durante esse mês que passou nos aproximamos cada vez mais, ele é uma ótima companhia.

Estou criando coragem para algo, mas o nervosismo domina meu ser.

— Mamãe?

— O que quer?

— Vou rapidamente à toalete, volto em um instante.

— Você com as suas manias! Vá, rápido.

Me levanto como uma verdadeira dama e prossigo a caminhar em passos lentos. Saio da sala de visitas e quando sei que estou longe dos olhos da minha mãe, ouso andar rapidamente.

Ao contrário do que disse a ela, vou ao quarto do meu irmão. Talvez, ele chegue esta semana e depois não conseguirei acesso livre aos aposentos dele.

Fico de frente para a porta. Antes de abri-la, olho para todos o os lados para ter certeza que estou sozinha. Giro a maçaneta e adentro o quarto.

O cômodo possui uma cama central com um dossel amadeirado. Ao lado dela tem uma mesinha para pôr objetos pequenos, perto da porta que leva para o quarto de banho tem um armário com objetos pessoais. As paredes são revestidas por tons de azul e tudo está na mais perfeita ordem.

Mamãe não permite que o quarto do meu irmão fique desorganizado, ela diz que ele é o seu filho favorito. Quando ele ainda estava aqui, ela lhe dava tamanha atenção em excesso.

Eu tinha ciúme da relação deles, queria aquela atenção para mim e o cuidado.

Doce inocência.

Quando ele teve de ir para Oxford, descobri que o meu maior sonho, era também o meu pior pesadelo.

Mamãe voltou toda aquela atenção para mim, mas, não da forma carinhosa como era com Michael.

Acaso um dia o meu pai teve de viajar, ficamos somente ela e eu. Era uma noite tempestuosa, durante o dia passei brincando com a filha de uma das criadas. Eu nunca tive amigas, e foi tão bom passar o dia com ela.

Mas o que a mamãe fez depois de descobrir que eu estava brincando com uma menina pobre, foi o motivo de eu me afastar de todas as pessoas que possuem potencial para serem minhas amigas.

Saio dos meus devaneios e prossigo a procurar um livro em especifico que sei que meu irmão tem, assim como todos os homens.

Vou ao armário e me ajoelho ao chão, percebo uma pequena caixa ao fundo e a puxo. Tiro a tampa e vejo um livro com a capa vermelha, percebo não haver algum título, como se tivesse sido arrancado.

Estranho.

Abro o livro e folheio as páginas envelhecidas, e o seu conteúdo quase me faz cair para trás.

As insinuações sobre uma tal "vara" que o homem possui entre as pernas. Sobre a mulher, está escrito algo relacionado a "pétalas" e "núcleo". Não estou entendendo nada, isto era para ser explicativo e não um texto com palavras sem sentido!

Arregalo os meus olhos quando leio na página 50, que a mulher põe a "vara" na sua boca e a suga, enfiando por toda a extensão dos lábios.

Confesso que fiquei curiosa com essa, mas, ainda não compreendo.

Creio que as sensações que tive ao ver Alexander sejam normais e que podem acontecer com qualquer pessoa. Aquela sensação de formigamento, as borboletas e ansiedade devem ocorrer com qualquer pessoa.

Isso não pode e não deve ser exclusivo dele, não.

Leio por fim um enunciado sobre beijos, nele menciona algo como: língua, movimentos leves e mordiscadas. Deixa bem obvio que o segredo para um bom beijo é a forma sensual como é levado, seja em um ritmo calmo ou intenso. Se o beijo for executado da maneira correta, pode elevar as sensações do corpo todo, principalmente entre as pernas.

Não é isso que parece nos livros de romance que leio. Os beijos neles são simples toques, os lábios mal se tocam e isso parece bastar para causar um rebuliço no estômago, e aqui diz o extremo oposto.

Qual está correto?

Uma ideia brilhante se apodera da minha mente de maneira dominante.

Guardo o pequeno livro em um dos bolsos escondidos do meu vestido — espero que quando o meu irmão retornar, não sinta falta dele —, me levanto e aliso a minha saia e logo fecho a porta do armário e me indico para fora do quarto.

Saio pela porta e logo avisto Patrícia, mal digo algo e ela começa a falar.

— Senhorita, o duque já está aqui e a sua mãe mandou que eu viesse chama-la.

— Obrigada por avisar.

— Está doente? — ela diz tocando o meu rosto.

— Por quê? — indago confusa.

— Seu rosto está vermelho como um pimentão!

— Ah, não deve ser nada. — minto, estou assim pelo que li naquele pecaminoso livro.

— Menos mal. Agora vá! — ela me apressa — Não quero que a sua mãe brigue contigo.

— Pode deixar. — pisco — Mas, pode me fazer um favor?

— Claro, qual?

— Arranje um modo de tirar a minha mãe da sala de visitas.

— Como farei isso?

— Sei lá. — dou de ombros pensativa — Invente alguma desculpa, não sei.

— Tentarei pensar em algo, é cada coisa que me mete no meio. E depois me contará o que está aprontando.

— Me desculpe. A sua ajuda é indispensável para o que preciso.

— Está bem. Agora, ande logo! — assinto, sorridente e me vou para onde eles me aguardam.

Fico de frente para a porta, ponho um sorriso no rosto e abro a porta que separa o corredor da sala de visitas.

Stuart está sentado no sofá de dois lugares e a minha mãe na poltrona, adentro em passos calmos e calculados.

Ele traja um terno preto, com uma gravata longa e nos pés botas bem lustradas. Seus cabelos alaranjados estão penteados calculadamente, seu sorriso surge conforme me aproximo e em suas mãos há um buquê de lírios.

Mas, conforme eu me aproximo, não sinto nada de extraordinário. Apenas o normal, como se eu visse uma pessoa qualquer.

Mas não desistirei da minha ideia de maneira alguma, preciso de ousadia para a minha proposta.

— Boa tarde! Me desculpem pelo atraso. — dito isso, faço uma reverencia e sigo o fitando diretamente nos olhos.

Ainda nada.

— Boa tarde, Srta Thompson. — ele diz o meu nome com mais ênfase.

Ainda nada.

Ele se levanta e segura a minha mão e a beija, depois me alcança as flores e eu as cheiro. Fixo meus olhos aos seus e dessa vez tento sentir algo a mais.

— Obrigada. Pedirei daqui a pouco a uma criada para coloca-las na água. — ele assente sorridente.

Ainda nada.

Pare de pensar nisso, Carolina! Isso atrapalhara seus planos, sua tola!

Ele volta a se assentar no lugar em que estava e eu sento na outra poltrona vazia e deixo as flores sobre a mesinha lateral.

— Estava dizendo a Stuart sobre o seu dom ao tocar piano.

— Sim, confesso que isso despertou a minha curiosidade. — ele diz.

— Ah, sobre isso... — começo a dizer, mas sou interrompida.

— Ela aprendeu tudo comigo, ainda não chegou no meu nível, claro! — ela ri com leveza e eu controlo o impulso de responde-la, pois, é sempre pior se devolver as suas alfinetadas.

— Ah, sim. — a voz de Stuart sai envergonhada.

O clima silencioso se estende pelo recinto, mas logo é quebrado por uma batida na porta.

— Marquesa! — Patrícia surge com pressa.

— O que quer? — minha mãe indaga.

— Segundo alguns rumores dos outros criados, os cavalos se soltaram dos estábulos e estão correndo pelas flores do jardim!

— O que?! — ela levanta em um pulo — Tem certeza disso?

— Não. Mas decidi vir primeiro aqui, acaso realmente seja verdadeiro a milady possa resolver.

— Espero que não seja verdade! Não quero ter que aba-... — ela trava a língua quando percebe o que ia dizer.

Creio que somente não concluiu, por Stuart estar aqui.

— Se me derem licença. — ela faz uma curta reverencia e se retira do cômodo com pressa.

Stuart e eu ficamos sozinhos e em silêncio, até que ele quebra.

— Acaso seja verdade, espero que os cavalos fiquem bem...

— Ficaram, sim. — ele assente.

— Estava quase me esquecendo de lhe dizer como está bela.

— Devo dizer o mesmo sobre ti.

— Estou bela? — ele diz ironicamente.

— Não, caro Stuart. Está belo.

— Está estranha, Carolina.

Me levanto da poltrona em que estou e me assento ao seu lado no sofá.

— Digamos que... eu apenas estou pensativa.

— Sobre?

— Sobre as paixões, tentações e talvez... beijos. — ele tosse ao ouvir essa palavras.

— O que está querendo dizer? — seu rosto fica vermelho.

— Não fique tímido, deve ser do seu cotidiano fazer coisas pecaminosas.

— O que?! — ele diz um pouco alto demais e eu arqueio a sobrancelha em duvida — Não é algo que alguém goste de falar ao lado de uma dama inocente. Mas, sim.

— Sim, o que?

— Essas coisas que mencionou fazem parte do meu cotidiano, mas, não pense que sou um libertino.

— Fique tranquilo, não pensarei.

Inclino o meu corpo para perto do seu e digo.

— Talvez... eu queira descobrir a sensação de um beijo.

— O que?!

— Peço a você, apenas um beijo.

— Isso é inapropriado, Carolina.

— Eu sei. — seus olhos se desencontram dos meus.

Ele parece ponderar e volta a me encarar.

— Um beijo?

— Sim, um beijo.

— Certo. — ele concorda.

Eu arregalo os olhos, não esperava que ele fosse concordar com tanta rapidez.

— Se arrependeu da oferta? — ele indaga maliciosamente.

— N-n-não. — gaguejo — Mas, fique claro que não quero um compromisso firmado entre nós por causa disso.

— Certo. — ele concorda.

Stuart olha para todos os lados e finalmente um nervosismo ecoa pelo meu corpo, mas não é como o das outras vezes.

Sorrio por estar certa, isso não é exclusivo do Alexander.

Ele volta o seu rosto para o meu e se aproxima com leveza do meu, suas mãos sobem pela minha nuca e seus lábios se aproximam cada vez mais.

Até que se chocham contra aos meus, o calor que emana deles não é como pensei... causa o esfriamento do meu nervosismo.

Sua língua pede passagem e eu a libero, espero desta vez sentir aquilo de volta. Seu hálito tem gosto de chá de camomila. Ele suspira e esse suspiro sai cheio de satisfação dos seus lábios, tento sentir algo, mas é como... se eu não gostasse de beijos. Tento me concentrar nos seus movimentos lentos, toco os seus fios cor fogo e o puxo ainda mais para perto.

Ainda nada.

Mas que merda, Carolina!

Ele se afasta sorridente, enquanto eu sigo com o meu conflito interno.

— Isso foi... uau! — ele diz, sorridente.

— Foi... — digo sem graça, mas tentando demonstrar alguma mínima animação.

— Carolina, você-... — ele continua a falar, mas eu já não o ouço mais.

Meu olhar perde o foco e eu prossigo a divagar.

Mas, e todas aquelas sensações que tive ao observar Alexander? Não somente quando ele estava nu, mas em todos os momentos em que estivemos nos encarando. O que foram aquelas sensações? Estou completamente perdida.

A sensação de busca por mais, o calor excessivo e a respiração ofegante. Eu deveria sentir aquilo com Stuart, mas porque então não sinto? Porque sinto essas sensações com Alexander, sendo que mal nós nos tocamos?

Porque só com Alexander?

Já sei, a verdade é que não gosto de beijar.

Definitivamente isso, eu não gosto de beijos — apesar que esse foi o primeiro, mas isso não vem ao caso —.

— Carolina? — a voz de Stuart me tira do transe dos pensamentos.

— Sim? — pisco meus olhos e direciono meu olhar ao seu.

— Quer se casar comigo?

Gente, que capítulo foi esse? Essa ideia da Carolina foi doida, ne? 

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar e votar, é de suma importância.⭐

Beijoooos

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